A Chantagem - Clato escrita por Luly


Capítulo 16
Capítulo 15


Notas iniciais do capítulo

Oi oi gente!! Aqui estou eu novamente kkk =D Mais uma capitulo pronto!! Espero que gostem! Boa leitura! ♥



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   Que eu me lembre foi no dia em que ele me convidou para o baile. O que ele queria?

   Idiota. Idiota. Idiota. Idiota.

  Por que eu não atendi?!

  Será que ele queria me falar o motivo pelo seu convite?

   Tantas perguntas passam pela minha cabeça. Sinto-me uma completa estúpida. Ele podia ter alguma coisa importante pra me dizer, assim como podia ser uma coisa totalmente estúpida como na maioria das vezes.

  Cubro-me até a cabeça e deixo mais lagrima escorrerem. Por que estou chorando?! Não pode ser só por causa disso. Talvez seja.

  Dane-se!

  O final de semana passa rápido. Talvez um pouco rápido demais. Assim como o resto dos dias. Aulas, provas, Cato e suas ordens, professores falando que temos que nós esforçar, sorrisos falsos. Agora é meu ultimo dia de aula. Consegui passar raspando em algumas matérias, mas passei é isso é o importante no momento talvez.

   No almoço encontro com Cato. O que eu definitivamente não queria fazer.

   -Preciso que faça uma coisa pra mim...

   -Não. –não o deixo terminar.

   -Sabe o que vai acontecer.

   -Eu sei.

  Sei mesmo. Por que estou fazendo isso ainda não sei direito.

  Começo a andar e vou para trás da quadra. Só quando chego lá percebo que Cato me segue.

  -Clove.

  -Não! –quase grito. – Conte!

  -Tem certeza? –pergunto ele pegando o celular do bolso.

  Penso por meio segundo.

  -Sim!

  Ele digita.

  -Clove...

  -Vai logo!

  Hoje estou com mais raiva dele do que o normal.

  -Você...

  -Sim eu tenho certeza seu idiota!

  Ele parece mais nervoso com isso do que eu.

  -Enviado. –diz ele guardando o celular no bolso.

  O meu celular vibra. Uma mensagem com o numero confidencial. Abro-a.

Lembra do ano em que o mascote caiu em na treinadora Atlas e ninguém sabia quem era? Era a Clove Fuhrman que tinha feito mascote aquele ano, ela não é tão perfeita como parece não é?kk

   Morrer era a única coisa que eu queria fazer agora. Esse é um dos segredos mais constrangedores que eu tenho. Isso é motivo de piada até hoje, ou seja, agora o motivo de piada sou eu.

   -Clove?

  Encosto a cabeça em seu peito e começo a chorar. Seu braço passa me volta de meu ombro. Achei que ele iria simplesmente ir embora e me deixar lá chorando sozinha.

   -Você pediu. –é o único que ele diz.

   -Eu sei.

  Fico mais alguns minutos tentando me recompor. Quando consigo solto-me dele e saio correndo. Quando entro no corredor todo riem de mim. Pra ajudar tropeço e caio, agora sim todos explodem em risadas. Sinto duas pessoas segurando meu para me ajudar a levantar.

   Cato e Fox.

   Eles se entreolham por um momento eu começo a me afastar dos dois.

   -Você é um monstro. -diz Fox a ele.

   -Eu sei.

  Corro para longe deles.

  O resto do dia é insuportável.  Ao final da aula vou ao mesmo lugar de antes. A quadra.

  Depois de apenas alguns minutos vejo Cato se aproximando. Eu entro no bosque, mas mesmo assim ele continua a me seguir.

  -Queria poder te pedir desculpas. –diz ele me fazendo parar. –Mas realmente não vejo motivos pra fazer isso.

  Paro de frente a uma arvore.

  -Não há motivos. –concordo.

  Ele vem mais perto.

  Após alguns minutos observando a arvore percebe que arvore ela é.

  O beijo volta a minha cabeça como uma bomba. Saio o mais rápido possível de perto dela.

  Cato a observa por mais um momento. Sei que ele sabe que arvore é, mesmo sabendo que ele não se importa com isso.

  -Por que isso te assusta tanto? –pergunta ele.

  -Não me assusta.

  -Assusta sim. –diz ele. – Vejo quando você olha pra mim desde daquele dia, como se eu fosse um assassino ou coisa pior.

  -Você é coisa pior. –rebato.

  -Talvez esteja certa. –ele fecha os olhos. –Às vezes acho que aquilo não passou de um sonho.

  -Pesadelo. –o corrijo.

  -Não, acho que aquilo foi pior. –ele continua com os olhos fechados, me aproximo um pouco dele. –Eu e você, juntos? Isso é bem pior que qualquer pesadelo.

  -Tem razão.

  Ficamos um pouco em silencio.

  -Achei que queria esquecer. –diz ele.

  -Quero.

  -Mas não esqueceu. –ele abre os olhos.

  -Você também não.

  -Pensa muito nisso?

  -Não. –minto. –E você? 

  -Não. –ele dá um passo para mais perto. –Por que quis que eu contasse?

  -Não quis.

  -Quis sim, nem sabia o que eu ia pedir.

  Não falo nada. Talvez ele tivesse razão, eu queria que ele contasse, por que eu não sei. Talvez eu estivesse cansada de obedecê-lo.        

  -Talvez você tenha razão. –digo.

  -Sobre o que?

  Sinto lagrimas em meus olhos faço de tudo para elas não caírem.

  -Sobre tudo.

  Corro.

  -Clove? –ele me segue. –Espera!

  Depois de tempo me jogo no chão.

  Não sabia que ele continuava me seguindo até se senta ao meu lado.

  -Vai embora! –mando.

  Ele não responde apenas fica.

  -O que queria me falar aquele dia?- pergunto ainda chorando um pouco.

  -Que dia?

  -Na sua casa e aquele dia em que me ligou. –respondo. –E, por favor, não se faça de desentendido.

  -Eu só... só queria me desculpar pelo baile.

  -Como assim? –pergunto verdadeiramente confusa.

  -Sei que não quer ir ao baile comigo e não gosto da ideia de estragar a sua noite, mas eu preciso fazer isso entende?

  -Não vai ser por causa dessa noite que você vai acabar com a minha vida não se preocupe. –digo um pouco irônica.

  Levanto-me e ele apenas observa.

  -Até o baile então. –diz ele.

 Olho para ele. Penso em responder alguma coisa, mas não. Cansei de perder meu tempo com as suas coisas estúpidas.    

  Em casa tudo esta normal. Vou para meu quarto. Penso em ligar para Fox, mas ela provavelmente deve estar comemorando o final do ano letivo assim como todos. Então começo a ouvir musica. Percebo que é a única coisa que tenho agora.Musica.

   Sento-me no chão de meu quarto e começo a folhar cadernos antigos. Vejo também algumas fotos de quando eu era pequena. Eu parecia tão diferente, mas ao mesmo tempo tão igual. Não sei como explicar.

   Vejo algumas fotos dos bailes anteriores. Os que eu tinha ido com Kat e Fox. Eram sempre divertidos. Sem se preocupar com garotos e coisas fúteis, só uma noite de diversão com as amigas onde tudo poderia acontecer.

   Sorrio.

  São lembranças que eu com certeza quero ter para o resto de minha vida. Mas as lembranças que terei amanha a noite duvido que eu queira lembrar. Cato e eu em um baile? Juntos? Isso com certeza só pode ser o fim do mundo.

  Fico imaginado quando as pessoas nos virem, o que elas irão pensar? Todos sabem que eu e Cato somos inimigos mortais, sempre fomos.

  Inimigos mortais que se beijaram, e vão ao baile juntos. Sim isso com toda a certeza é muito normal nos dias de hoje.


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Notas finais do capítulo

Gostaram??? Comentem! Eu quero agradecer muito muito muito a todos que estão lendo e comentando. Seus comentários me deixam muito feliz mesmo. E caso tenha alguém que esteja lendo, mas não esteja comentando fique a vontade pra falar sua opinião ;) Beijoss até o próximo capitulo!! ♥