A Chantagem - Clato escrita por Luly


Capítulo 15
Capítulo 14


Notas iniciais do capítulo

Ooioi estou aqui de novo kkk bom como esse capitulo já estava pronto resolvi posta-lo agora. Espero que gostem!



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   Tinha duas opções para voltar para casa. Ir a pé ou ir de carro com meu irmão que quer me matar. Obviamente escolho a primeira opção.

   O tempo não está muito bom hoje. Parece que daqui a pouco voltará a chover. Faço o máximo para chegar antes da chuva em casa antes da chuva. Consigo  por pouco.

   Meus pais estão na cozinha. Estranho os dois estarem em casa a essa hora, mas não pergunto nada.

  -Oi. –digo entrando na cozinha.

  -Olá. –os dois respondem.

  Fico mais alguns minutos lá conversando um pouco com eles, mas tipo bem pouco. Depois subo para meu quarto faço a lição de uma forma totalmente errada, mas agora simplesmente não consigo prestar atenção em nada principalmente em matemática ou coisa do tipo. Só quero conseguir parar de existir por um tempo.

  Meu celular toca. Deixo-o tocando sem nem mesmo saber quem é. Não quero falar com ninguém agora.

   Fico olhando para janela. Vejo o pequeno quintal de minha casa. Não há praticamente nada lá. A chuva cai e tudo parece estar vazio por um tempo, não há nada ou ninguém lá fora. Vejo dois pássaros atravessarem o quintal. Por um momento vejo tudo em câmera lenta. Os dois voavam alegremente na chuva. Livres. Os invejo por isso. Eles não estão presos a nada ou a ninguém. Sem se preocupar com a escola, com as notas, com seu irmão irritado, e agora que droga de roupa terá que usar em um baile estúpido. Eles apenas têm que voar. Sem rumo. Para onde quiserem. Sortudos.

   Saio da frente da janela e sento-me em minha cama. Pego meu celular e ignoro a ligação que não atendi. Começo a ouvir, é a única coisa que estou a fim de ouvir agora. A musica que começa a tocar é Breathe da Taylro Swift. É uma linda musica a única coisa que não consigo entender é como alguém pode conseguir sentir um amor igual a musica. Acho que nunca sentirei alguma coisa assim por alguém e também duvida que alguém sinta por mim. O amor é só mais um problema, e eu já tenho muitos para enfrentar agora. Cato com toda a certeza é o maior deles.

   Amor. Uma palavra ainda desconhecida pra mim, e talvez pra muitas outras pessoas. Algumas pessoas simplesmente estragam essa palavra para outras pessoas. Tenho certeza que Cato é uma dessas pessoas. Quantos corações ele já deve ter partido iludindo uma garota?Quantas garotas ele simplesmente jogou fora depois de um pouco de diversão. Acabo percebendo que ele também me usou. Com... com aquele beijo. Ele apenas queria me usar assim como vez varias vezes.

   Esqueça aquele beijo!

   Por que fazer isso é tão difícil?!

   A semana parece demorar um século para passar. E é uma semana horrivelmente chata e fica pior quando descubro que terei que jantar na casa de Cato sexta. Valeu mesmo pais.

   Tenta vestir alguma coisa “decente” como minha mãe me instruiu. Coloco um vestido azul claro que bate um pouco acima de meu joelho. Uma maquiagem que combinasse ao menos um pouco com o vestido e prendo meu cabelo em um coque. Olho me no espelho, não aprovo nada o que estou vestindo, não sou eu, mas tenho certeza que minha mãe vai adorar.Desço junto com minha mãe.Meu pai n estava em pé junto a porta e meu irmão jogado no sofá. Queria saber como meus pais o convenceram de ir.

   -Vamos. –diz meu pai.

   Nós vamos.

   Quando chegamos os pais de Cato nos recebem. Cato também. Vejo que ele faz o máximo para não olhar muito para mim. É estranho vir aqui como convidada e não como empregada.

  Sentamo-nos a mesa. Como sempre meus pais conversam com os pais de Cato. Cato conversa com Jack e eu olho para frente.

   Nós comemos e a mãe de Cato sugere que nós fossemos lá pra cima.Com nós ela quis dizer Cato, Jack e eu. Por que ela pediu isso eu não sei. Mas dane-se.

  Cato e Jack vão então automaticamente eu também terei que ir. Os dois continuam a conversar e eu não faço nada como sempre. Após um tempo os dois também param de conversar.

  Agora imagine a cena. Eu no canto olhando para o nada, meu irmão com um ódio mortal de mim junto a Cato o garoto que esta me chantageando desde o começo do ano e que me beijou há alguns dias atrás. Agora imagine só o clima.

  Simplesmente precisava sair dali.

  -Vou ao banheiro. –digo saindo um pouco rápido demais de lá.

  Vou até o banheiro e me fecho lá. Encosto-me na parede e olho fixamente para a outra parede. A única luz é da janela e é pouco como já é de noite.   

  Após um tempo escuto uma batidinha na porta. Vejo que a maçaneta se mexe, mas a porta está trancada.

  -Clo?-

   É Cato.

  Destranco a porta e ele entra e se apóia na parede na minha frente.

  -Deveria ter pelo menos fingido que não sabia onde ficava o banheiro. –comenta ele. –Seu irmão estranhou.

  -Como se ele não soubesse que eu já vim aqui. –digo dando de ombros.

  -Mesmo assim. –diz ele.

  Voltamos a ficar em silencio. Eu olhava para o chão, mas podia sentir que ele não tirou os olhos de mim desde quando entrou. Queria poder encará-lo também, mas não tenho coragem o suficiente para fazê-lo. Queria dizer alguma coisa, mas não sei o que. Queria poder xingá-lo ou coisa parecida, mas simplesmente não quero fazer isso com ele agora. Na verdade queria socar seu rosto. Queria poder matá-lo agora. Esquecê-lo para sempre.

  Sinto como alguém tivesse socado meu estomago quando penso nisso.

  -Por que me convidou para o baile? –pergunto.

  Não tenho uma resposta. Finalmente consigo olhar para ele. Sem antes pensar dou um tapa em seu rosto. Ele olha para mim com raiva e sei que se meus pais não estivessem aqui e eu não fosse uma garota ele com certeza me espancaria agora.

  Fico em silencio novamente. Dessa vez olhando para ele.

  -Você fica horrível nesse vestido.-provoca ele.

  -Eu sei. –respondo.

  Ele abre a porta e faz um sinal para que eu saia. Eu o faço e ele me segue. Ele me guia até o andar de baixo onde todos estavam novamente. Ninguém comenta nada quando chegamos apenas conversam como antes.

  Cato se senta novamente a meu lado e conversa com meu irmão. Deveria pedir desculpas pelo tapa, mas não vou pedir. Não a Cato.

  Quando finalmente meus pais percebem que é hora de ir. Todos levantamos e vamos até a porta. Cato vai atrás de mim. Ele segura meu braço e nós deixa um pouco mais atrás de todos. Viro para ele, sei que ele quer me dizer alguma coisa. Consigo ver isso em seus olhos, mas ele não diz nada.

   -Fala. –sussurro.

   Ele olha para frente rapidamente e volta a olhar pra mim. Solta meu braço e volta a andar.

   -Cato?

   Ele me ignora e eu sou obrigada a andar. Despeço-me dos pais de Cato e finjo ter esquecido dele. Entro no carro e olho pela janela, eles voltavam para a casa. Cato se vira. Vejo-o observar o carro até ele desaparecer na rua. O que ele queria me dizer?

   Percebo que meu irmão olha para mim também com duvida. Ele provavelmente quer saber o que eu e Cato estávamos fazendo quando estávamos no banheiro. Espero que ele não tire conclusões precipitadas como sempre.

   Em casa eu me troco e fico na em minha cama. Lagrimas escorrem silenciosamente pelo meu rosto. Não sei direito o motivo. Sinto algo faltando.  Queria poder gritar agora.

   Uma coisa passa pela minha cabeça. Pego meu celular e chego a ligação que deixei de atender alguns dias atrás.

   A ligação era de Cato.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Não? Comentem por favor!
Fico feliz que todos tenham gostado do "capitulo" anterior narrado por Cato, eu estava bem insegura com ele, mas fico feliz que vocês tenham gostado!
Bejinhos até o próximo capitulo! ♥