Nem Emma nem Regina se falavam mais, já havia uma semana que ambas não namoravam mais, Emma passava a maioria do tempo trabalhando, na esperança que não tivesse que voltar para a casa, Regina também. Nenhuma das duas conseguiam dormir, sentiam falta uma da outra, choravam quando se deitavam, ficavam entre devaneios e quase sonhos, lembranças uma da outra, então elas acabavam ficando acordadas, e apenas as vezes dando as famosas "pescadas", ou seja, tiravam um pequeno cochilo.

Elas procuravam realmente se evitar, como haviam namorado por seis meses - quase sete, Emma procurava nunca esquecer - elas sabiam a rotina uma da outra, e procuravam ao máximo não cumprir a mesma, para não se encontrarem, porém era inevitável, Emma era a Xerife, e Regina permaneceu como prefeita, porém as únicas conversas continuavam sendo sobre o trabalho e sobre Henry. Elas não se olhavam nos olhos, não se olhavam, as conversar eram por telefone - escolha de Regina, não suportaria ver a dor nos olhos de Emma, porém escolha de Emma também, não agüentaria ver Regina sem desabar em lágrimas.

Uma semana - Regina contava os dias - Uma semana, ela não via Emma, ela sabia que ela estava sofrendo decidiu então que iria fazer com que a loira pudesse de vez saber a verdade, e só haveria um jeito, Rumple... Ele era o maldito que havia causado isso, porém seria o único capaz de concertar, ela iria procurá-lo na manhã do dia seguinte, foi para a casa então, com o pensamento na cabeça.

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O expediente de ambas terminava as 19h, então elas iam para a casa, cada uma para a sua, antigamente ambas iriam juntas, porém dada a situação...

Quando Emma chegou em casa, fez algo de costume, ligou o rádio, e apenas sorriu, mais uma lembrança...

- Emma, que coisa é essa por cima da mesa? - Perguntou regina olhando o objeto.

- É um rádio - respondeu Emma.

- Eu sei que é um rádio, eu quero saber porque está aqui?

- Eu gosto de ouvir ué, você tem que se acostumar, porque é sério, tem uma estação muito boa... - Regina apenas ficou encarando o objeto, e depois Emma, porém se deu conta, de que talvez um rádio fosse inofensivo... Então decidiu que não seria nada de mais, e daí cresceu a mania, toda noite, quando chegavam do trabalho, enquanto uma ligava o rádio, outra iria buscar o vinho e as taças.

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Regina chegou em casa e apenas encarou o objeto encima da mesa, ela não ligava o objeto a uma semana, decidiu então ligar o mesmo e beber, - beber acima da conta aliás...

Ambas estavam no final com o rádio ligado, cada uma em sua casa, porém a mesma estação tocava, e derrepente uma música conhecida por ambas começava a tocar.

Os acordes começavam a tocar, a atenção de ambas era pega pela música que tocava no rádio... 

A hundred days have made me older

Since the last time that I saw your pretty face

A thousand lies have made me colder

And I don't think I can look at this the same

But all the miles that separate

They disappear now when I'm dreaming of your face

Regina apenas encarava a parede, a música soava na sua cabeça, e ela apenas continuava a escuta-la, enquanto deixava lágrimas escorrerem livremente por sua face.

I'm here without you baby

But you're still on my lonely mind

I think about you baby

And I dream about you all the time

I'm here without you baby

But you're still with me in my dreams

And tonight, it's only you and me.

Emma não sabia o que fazer, se chorava ou se tocava o aparelho pela janela, essa música... Essa música explicava tudo, as mentiras, porém ela continuava sonhando com momentos e histórias... Histórias e momentos que talvez nunca se repetirão.

A música continuava, e quando acabou Regina apenas desligou o aparelho e desligou a comida que estava no fogão, a tampou e subiu para o eu quarto, ela não sentia vontade de comer, não sentia vontade de fazer nada. 

Tomou seu banho e se deitou, abraçou o travesseiro que Emma usava e apenas dormiu.

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Emma havia feito praticamente a mesma coisa, porém ainda se sentia solitária, e não se recordava de ter nada que fosse de Regina para poder ao menos se sentir mais perto da mesma, porém se lembra de uma camiseta de seda azul, que havia usado uma vez, porém havia devolvido a Regina, ela se lembra de ter pegado a blusa quando fez sua mala para voltar para o apartamento de sua mãe.

Ela coloca a blusa e dorme - coisa que não acontecia frequentemente.

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O dia já estava sendo presenteado com um belo sol, Emma já estava acordada, e também já havia acordado Henry para se arrumar para ir para a casa de sua mãe, era final de semana, e esse era o acordo.

Regina não havia conseguido dormir muito, então havia se acordado cedo e limpado a cozinha e se vestido, ela se lembrou que Henry viria até sua casa, então decidiu deixar tudo pronto com antecipação.

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Henry iria almoçar com Emma e depois iria junto com a loira até a casa de Regina, onde o deixaria para o final de semana.

Após ambos almoçarem, Emma paga a conta e saí junto de Henry andando até a casa da Prefeita.

- Emma, posso fazer uma pergunta? - falou o menino, inocentemente.

- Claro, o que foi? - ela respondeu

- O que aconteceu com você e com a mamãe?

- Nada... é só... que nós não estamos mais juntas.

- Porque? - ele disse, mágoa era visivel em sua voz.

- Porque as vezes, as pessoas não tem os mesmos sentimentos umas pelas outras, porque as vezes, não é para ser...

- Mas você é o verdadeiro amor dela! 

- Henry - ela se abaixou até a altura dele - ela já teve o amor da vida dela, e além disso, não sou não... - ela sussurou.

- Você é, você sabe que é - ele gritou enquanto corria para a porta, ele tocou a campainha, e Emma continuava parada no portão, o mesmo lugar onde havia visto Regina pela primeira vez.

A morena mexeu a cabeça, não acreditava naquilo, porém logo perguntou

- Você é a mãe biologica do Henry? - Ela perguntou em choque.

- Hi... - e um sorriso tímido apareceu no rosto da loira.

A porta se abriu, e foi imediato, a porta se abriu e os olhos de ambas se encontraram.

Regina ficou chocada, Emma tinha enormes circulos pretos embaixo dos seus olhos, o que indicava que ambas estavam com o mesmo problema, não conseguiam dormir, além disso Emma parecia mais magra, porém Regina estava com a mesma aparencia, porém não se dava conta.

- Hey mom! Emma pode ir comigo ver meus quadrinhos? - perguntou Henry olhando para a morena.

- Henry! Hey... Claro... se ela quiser... - Ela respondeu, olhando para seus pés, e então para Henry que agora estava virado para Emma.

- Emma, vamos lá, eu quero te mostrar aqueles que te falei do Lanterna Verde! - Ele falou entusiasmado.

- Henry, hoje não vai dar, e-eu... eu preciso ir, eu tenho que... eu tenho que ajudar a Ma- ela parou - a Snow com algumas coisas, mas talvez outro dia... - a loira não conseguia ficar ali, se ficasse iria desabar a qualquer momento.

- Ah... tudo bem então. - Ele disse e correu para dentro de casa, restando apenas as duas mulheres ali, nenhuma com coragem para olhar para a outra, apenas ali, até que no mesmo momento elas se olham, e após alguns segundos Emma quebra o silêncio.

- Segunda-feira você pode leva-lo na escola, por favor depois eu busco ele na escola. - Ela disse se virando e indo embora, enquanto Regina apenas permanecia ali, olhando ela ir embora... novamente.

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- Henry, venha nós vamos dar um passeio - disse Regina.

- Ok mãe, só vou pegar meu casaco - disse o menino, que correu para cima e voltou alguns segundos depois com o casaco em mãos e correu para dentro do Mercedez preto de sua mãe.

Ela dirigiu até o Granny's, e ambos desceram lá, foi quando Regina foi em busca de Ruby após dizer para Henry se sentar em uma das mesas.

- Ruby, você tem um minuto - perguntou Regina.

- Claro, o que posso fazer por você hoje? - Perguntou Ruby.

- Você poderia por favor, após levar o pedido de Henry a ele, ligar para Emma e dizer para ela que eu preciso que ela fique com ele? Por favor...

- Claro, eu posso fazer isso...

- Obrigada, fique de olho nele até ela chegar, eu preciso ir. - Ela disse e deu um sorriso triste.

Então ela pegou suas chaves novamente e dirigiu até a loja do Mr.Gold, onde ao entrar o chamou.

- O que você quer para contar a verdade a ela? - Ela perguntou.

- Que você prove do seu veneno - ele respondeu.

- O que você quer dizer com isso? - Ela disse, não entendeu muito bem, porém já imaginava o que deveria ser, e sua dúvida foi comepletamente esclarecida quando uma maçã apareceu na mão do Senhor da Sombras a sua frente.

- Dearie, você não sabe por quanto tempo esperei por isso - ele disse dando uma risada, - simples, eu irei mostrar para ela tudo o que aconteceu, irei contar a verdade, porém isso tem um preço, e o seu será morder a maçã...