Te Esperaré escrita por Gabs


Capítulo 24
Capítulo 24


Notas iniciais do capítulo

Eu disse que postaria um novo capítulo hoje, não disse? Hahaha.



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Fiquei completamente entorpecida. Queria bloquear aquela frase que acabara de ouvir, mas ela ecoava em minha cabeça fazendo-a girar.

Não podia ser verdade.

— Ramalho, por favor, me diz que você tá brincando. — Lágrimas já desciam pelo meu rosto.

Eu adoraria estar brincando, mas é a verdade. — afirmou e coçou mais uma vez a cabeça, com o mesmo ar preocupado.

— Como? — Minha voz soou tão baixa que mais pareceu um assovio.

— Antes de eu lhe contar, peço que se sente e responda algumas perguntas.

Assenti e ele segurou meu braço, me guiando para a poltrona mais próxima. Como León ainda dormia em uma tranquilidade serena tentei conter meu desespero para não acordá-lo.

Ramalho sentou-se na poltrona da frente e a puxou para mais perto de mim. Respirou fundo duas vezes e perguntou:

— Quando você foi ao Studio ontem, Angie estava lá?

Pensei um pouco sobre o assunto.

— Sim, ela estava! — exclamei me lembrando da aula de canto.

— Ela parecia estranha?

— Não, estava normal...

— Então foi após isso. — Ele falou mais para si mesmo do que para mim. Pôs a mão no queixo e pensou mais um pouco. — E depois do Studio, o que você fez?

— Fui para o Restó. — disse.

— E você viu ela lá?

— Não.

— Hm...

— Ramalho, pode me contar como chegaram a essa conclusão? Agora que já respondi. — perguntei já completamente impaciente. Minha aflição aumentava mais a cada segundo.

Ele respirou fundo mais uma vez e falou em voz baixa:

— Ontem à tarde, seu pai e eu estávamos no escritório falando a respeito dos japoneses. Foi quando o telefone dele começou a tocar, era Angie. Seu pai escutou por alguns segundos e se levantou rapidamente, saindo do escritório. Perguntei para ele o que havia acontecido e ele disse que achava que algo de grave tinha acontecido com Angie, pois quando ela iria falar alguma coisa, foi interrompida e cancelou a ligação — Ele parou um pouco e começou a falar mais alto. — Fomos atrás dela e não conseguimos encontrá-la. Ligamos para ela e o celular estava desligado. Perguntas a todos onde ela estava, mas ninguém sabia responder. Passamos a noite inteira à sua procura, mas não encontramos nada.

As lágrimas agora desciam com mais rapidez por meu rosto e eu começara a entrar em desespero. Minha tia havia desaparecido e tinha certeza que Jade estava associada a isso.

Uma fúria tomou conta de mim e senti vontade de socar algo.

— E vocês não vão fazer mais nada? — Alterei o tom, indignada. — Por que o papai se trancou no escritório?

— Ele está ligando para a polícia.

— E por que vocês não ligaram para me avisar?

— Estava tarde.

— E isso importa? — gritei já dominada pelo desespero. — É a minha tia.

Com o meu grito, León acabou acordando e me arrependi. Tanto por tê-lo acordado como por ter gritado com Ramalho. Sabia que ele não tinha culpa alguma.

Ramalho levantou-se e foi para o escritório, trancando-se lá também. Não tive tempo para pedir perdão. León levantou-se preguiçosamente e olhou para os lados, meio desorientado. Quando viu minha expressão devastada, logo se levantou e pôs-se à minha frente.

— O que foi, meu amor? — perguntou.

Tentei falar algo, mais comecei a soluçar e fiquei em prantos. Simplesmente o abracei com toda a força. Ele entendeu e ficou afagando minha cabeça carinhosamente. Quando enfim me acalmei, contei para ele tudo e ele ouviu com atenção, apenas balançando a cabeça.

Minha explicação acabou e ele me abraçou mais uma vez, dizendo que tudo ficaria bem. A polícia chegou por volta de 30 minutos e meu pai os acompanhou para ir em busca da Angie.

Eu queria ter ido com eles, mas ele não permitiu. Sentia-me inútil por não poder fazer nada. Sabia que minha tia estava em risco.

León disse que ficaria o dia inteiro comigo, pois eu estava muito desnorteada. Só passou em casa para pegar algumas roupas e outras coisas necessárias.

Agora estávamos na cozinha. Eu apenas olhava para o meu pedaço de bolo monotonamente, não estava com a mínima vontade de comer. Minha única vontade era sair dali e encontrar Angie.

— Você precisa comer. — León falou pela décima vez naquele dia. Sim, eu contei.

— Não estou com fome. — Essa era minha resposta de sempre. Ele revirou os olhos e segurou o meu queixo, fazendo-me olhar para ele.

— Ficar com fome não vai ajudar em nada.

— Não posso comer nessas circunstâncias.

— A Angie deve estar bem, você vai ver. — Ele disse, me abraçando e depositando um beijo em minha testa.

— Mesmo assim, não posso ficar parada.

— Violetta, o que você pretende fazer? Está com a perna quebrada, e além do mais, não pode sair por aí procurando a Angie mesmo que fosse diferente.

Lembrei-me de uma pessoa que se preocupava com Angie tanto quanto eu, e além do mais, sabia que a amava muito mais do que uma amiga. Tirei o celular de meu bolso e disquei o número, cruzando os dedos para que atendesse.

Violetta? — Pablo perguntou surpreso.

Suspirei aliviada.

— Pablo, preciso da sua ajuda! — exclamei e León franziu o cenho, confuso.

O que aconteceu?

— A Angie sumiu.

COMO É? — Ele gritou. — Mas como?

Expliquei para ele todo ocorrido e também o envolvimento da polícia, que já estava a procura dela.

Quem você acha que foi? — perguntou, quando terminei de falar.

— Jade e Matias. — falei rapidamente.

Tem certeza?

— Claro, Pablo! — exclamei impaciente. — Você vai me ajudar ou não?

Ajudar com o quê?

— A procurar a Angie! — Como ele era lerdo.

Como?

Disse para ele todo o meu plano. Ele pareceu relutar um pouco, mas logo aceitou. Sabia que ele amava Angie e que faria tudo para vê-la bem, principalmente nessa situação.

León não concordava com meu plano, achava que poderia me colocar em risco, mas disse que me acompanharia.

Ele me carregou até a calçada, pois minhas muletas haviam sumido e não consegui achá-las de maneira alguma.

Pablo parou o carro em frente à mansão poucos minutos depois e entramos rapidamente.

— Tem certeza que isso vai dar certo? — perguntou.

— Ter certeza eu não tenho, mas temos que arriscar. — disse-lhe, respirando fundo.

Ele pôs o carro em movimento e seguimos em viagem. Aquilo tinha dar certo, precisávamos encontrar Angie sã e salva. Não sabia o que estava por vir e temia por isso, mas tínhamos que nos arriscar.

Encostei a cabeça no ombro de meu namorado e fechei os olhos, tendo a uma pequena esperança de que tudo aquilo fosse um pesadelo e que não precisássemos ficar em perigo.


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Notas finais do capítulo

Qual será o plano da Vilu? Será que vai dar certo? Desculpem por ter ficado pequeno, mas não tive muito tempo para escrever e eu já tinha prometido que postaria hoje.
POR FAVOR, DEIXEM REVIEWS, FAVORITEM E RECOMENDEM (mentira, vocês não precisam recomendar se não quiserem, sei que essas coisas a gente não pede.) Eu sei que é chato pedir, mas ajuda muito. Espero que o capítulo não tenha ficado chato...
Se esse capítulo tiver muitos reviews, prometo que posto o próximo o mais rápido possível :)