Te Esperaré escrita por Gabs
Notas iniciais do capítulo
Eu disse que postaria um novo capítulo hoje, não disse? Hahaha.
Fiquei completamente entorpecida. Queria bloquear aquela frase que acabara de ouvir, mas ela ecoava em minha cabeça fazendo-a girar.
Não podia ser verdade.
— Ramalho, por favor, me diz que você tá brincando. — Lágrimas já desciam pelo meu rosto.
— Eu adoraria estar brincando, mas é a verdade. — afirmou e coçou mais uma vez a cabeça, com o mesmo ar preocupado.
— Como? — Minha voz soou tão baixa que mais pareceu um assovio.
— Antes de eu lhe contar, peço que se sente e responda algumas perguntas.
Assenti e ele segurou meu braço, me guiando para a poltrona mais próxima. Como León ainda dormia em uma tranquilidade serena tentei conter meu desespero para não acordá-lo.
Ramalho sentou-se na poltrona da frente e a puxou para mais perto de mim. Respirou fundo duas vezes e perguntou:
— Quando você foi ao Studio ontem, Angie estava lá?
Pensei um pouco sobre o assunto.
— Sim, ela estava! — exclamei me lembrando da aula de canto.
— Ela parecia estranha?
— Não, estava normal...
— Então foi após isso. — Ele falou mais para si mesmo do que para mim. Pôs a mão no queixo e pensou mais um pouco. — E depois do Studio, o que você fez?
— Fui para o Restó. — disse.
— E você viu ela lá?
— Não.
— Hm...
— Ramalho, pode me contar como chegaram a essa conclusão? Agora que já respondi. — perguntei já completamente impaciente. Minha aflição aumentava mais a cada segundo.
Ele respirou fundo mais uma vez e falou em voz baixa:
— Ontem à tarde, seu pai e eu estávamos no escritório falando a respeito dos japoneses. Foi quando o telefone dele começou a tocar, era Angie. Seu pai escutou por alguns segundos e se levantou rapidamente, saindo do escritório. Perguntei para ele o que havia acontecido e ele disse que achava que algo de grave tinha acontecido com Angie, pois quando ela iria falar alguma coisa, foi interrompida e cancelou a ligação — Ele parou um pouco e começou a falar mais alto. — Fomos atrás dela e não conseguimos encontrá-la. Ligamos para ela e o celular estava desligado. Perguntas a todos onde ela estava, mas ninguém sabia responder. Passamos a noite inteira à sua procura, mas não encontramos nada.
As lágrimas agora desciam com mais rapidez por meu rosto e eu começara a entrar em desespero. Minha tia havia desaparecido e tinha certeza que Jade estava associada a isso.
Uma fúria tomou conta de mim e senti vontade de socar algo.
— E vocês não vão fazer mais nada? — Alterei o tom, indignada. — Por que o papai se trancou no escritório?
— Ele está ligando para a polícia.
— E por que vocês não ligaram para me avisar?
— Estava tarde.
— E isso importa? — gritei já dominada pelo desespero. — É a minha tia.
Com o meu grito, León acabou acordando e me arrependi. Tanto por tê-lo acordado como por ter gritado com Ramalho. Sabia que ele não tinha culpa alguma.
Ramalho levantou-se e foi para o escritório, trancando-se lá também. Não tive tempo para pedir perdão. León levantou-se preguiçosamente e olhou para os lados, meio desorientado. Quando viu minha expressão devastada, logo se levantou e pôs-se à minha frente.
— O que foi, meu amor? — perguntou.
Tentei falar algo, mais comecei a soluçar e fiquei em prantos. Simplesmente o abracei com toda a força. Ele entendeu e ficou afagando minha cabeça carinhosamente. Quando enfim me acalmei, contei para ele tudo e ele ouviu com atenção, apenas balançando a cabeça.
Minha explicação acabou e ele me abraçou mais uma vez, dizendo que tudo ficaria bem. A polícia chegou por volta de 30 minutos e meu pai os acompanhou para ir em busca da Angie.
Eu queria ter ido com eles, mas ele não permitiu. Sentia-me inútil por não poder fazer nada. Sabia que minha tia estava em risco.
León disse que ficaria o dia inteiro comigo, pois eu estava muito desnorteada. Só passou em casa para pegar algumas roupas e outras coisas necessárias.
Agora estávamos na cozinha. Eu apenas olhava para o meu pedaço de bolo monotonamente, não estava com a mínima vontade de comer. Minha única vontade era sair dali e encontrar Angie.
— Você precisa comer. — León falou pela décima vez naquele dia. Sim, eu contei.
— Não estou com fome. — Essa era minha resposta de sempre. Ele revirou os olhos e segurou o meu queixo, fazendo-me olhar para ele.
— Ficar com fome não vai ajudar em nada.
— Não posso comer nessas circunstâncias.
— A Angie deve estar bem, você vai ver. — Ele disse, me abraçando e depositando um beijo em minha testa.
— Mesmo assim, não posso ficar parada.
— Violetta, o que você pretende fazer? Está com a perna quebrada, e além do mais, não pode sair por aí procurando a Angie mesmo que fosse diferente.
Lembrei-me de uma pessoa que se preocupava com Angie tanto quanto eu, e além do mais, sabia que a amava muito mais do que uma amiga. Tirei o celular de meu bolso e disquei o número, cruzando os dedos para que atendesse.
— Violetta? — Pablo perguntou surpreso.
Suspirei aliviada.
— Pablo, preciso da sua ajuda! — exclamei e León franziu o cenho, confuso.
— O que aconteceu?
— A Angie sumiu.
— COMO É? — Ele gritou. — Mas como?
Expliquei para ele todo ocorrido e também o envolvimento da polícia, que já estava a procura dela.
— Quem você acha que foi? — perguntou, quando terminei de falar.
— Jade e Matias. — falei rapidamente.
— Tem certeza?
— Claro, Pablo! — exclamei impaciente. — Você vai me ajudar ou não?
— Ajudar com o quê?
— A procurar a Angie! — Como ele era lerdo.
— Como?
Disse para ele todo o meu plano. Ele pareceu relutar um pouco, mas logo aceitou. Sabia que ele amava Angie e que faria tudo para vê-la bem, principalmente nessa situação.
León não concordava com meu plano, achava que poderia me colocar em risco, mas disse que me acompanharia.
Ele me carregou até a calçada, pois minhas muletas haviam sumido e não consegui achá-las de maneira alguma.
Pablo parou o carro em frente à mansão poucos minutos depois e entramos rapidamente.
— Tem certeza que isso vai dar certo? — perguntou.
— Ter certeza eu não tenho, mas temos que arriscar. — disse-lhe, respirando fundo.
Ele pôs o carro em movimento e seguimos em viagem. Aquilo tinha dar certo, precisávamos encontrar Angie sã e salva. Não sabia o que estava por vir e temia por isso, mas tínhamos que nos arriscar.
Encostei a cabeça no ombro de meu namorado e fechei os olhos, tendo a uma pequena esperança de que tudo aquilo fosse um pesadelo e que não precisássemos ficar em perigo.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Qual será o plano da Vilu? Será que vai dar certo? Desculpem por ter ficado pequeno, mas não tive muito tempo para escrever e eu já tinha prometido que postaria hoje.
POR FAVOR, DEIXEM REVIEWS, FAVORITEM E RECOMENDEM (mentira, vocês não precisam recomendar se não quiserem, sei que essas coisas a gente não pede.) Eu sei que é chato pedir, mas ajuda muito. Espero que o capítulo não tenha ficado chato...
Se esse capítulo tiver muitos reviews, prometo que posto o próximo o mais rápido possível :)