Seguindo... escrita por Itasuke_Myka


Capítulo 3
Capítulo II: Momentos tranquilos...


Notas iniciais do capítulo

Nesse aqui veremos um pouco do por que de Chizuru ter se tornado a noiva de Kazama...



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Capitulo II: Momentos tranquilos...

"Então, o amor é isso? O desejo de ter para si tal pessoa, cuidar dela, e fazê-la feliz custe o que custar? Então, estou amando!"

Eu estava nervosa no avião, odiava voar, era como se eu nunca mais fosse pisar em terra firme, sentia-me perdida, fora do meu mundo... Como se eu nunca mais pudesse voltar.

É engraçado como, quando algo estranho nos abate, as lembranças nos atinge... Quase como se nossos medos apertassem o gatilho para as lembranças dolorosas.

Dolorosas...

Pensei que já tinha esquecido disso, essas lembranças devem permaneceram guardadas, nunca esquecidas.

Não me atrevo a esquece-las, são parte de mim, porém, a fim de não magoar ainda mais meu coração, decidi guardá-las.


– Como é o amor? Que sentimento é esse que vocês tanto preservam?



A lembrança da pergunta de Kazama-san invadiu minha mente e eu me peguei sorrindo minimamente.


Lembrei-me de um de nossos encontros, quando ele simplesmente aparecia, todas as vezes em momentos angustiantes, quando eu já estava prestes a desistir...

– Devia ter vergonha de si mesma... Entrar em depressão... Que coisa ridícula.

Eu estava perto de um lago, olhando as águas tranquilas, lembrando de todos aqueles que morreram e me deixaram sozinha. A voz dele me distraiu de meus pensamentos... Era comum ele aparecer do nada, foi um choque quando Amagiri-san apareceu para levar-lo alegando que ainda havia tempo de salvá-lo, naquele dia, Amagiri-san me ajudou a enterrar o corpo de Hijikata-san junto com os demais.

– Se quiser se matar é só me falar, garanto que não sentirá dor. - Sua voz mais uma vez me tirou de meus pensamentos.

– Como está o ferimento? Foi grave não é?

– Isso foi ha muito tempo...

– Vinte anos, e você ainda está com a aparência cansada, esgotou quase todas suas energias tentando se recuperar, devia estar mais preocupado consigo mesmo ao invés de vir atrás de mim. - Falei tranquilamente, agora, brincando com a água do lago.

– Você os amava? Você " o" amava?

– Por que o interesse? - Eu havia me tornado fria e depressiva... Eu era realmente patética.

– Como é o amor? Que sentimento é esse que vocês tanto preservam?

– Chikage Kazama desconhece tal sentimento? - Perguntei zombando.

– Não preciso de sentimentos humanos, nem você.

– Todos precisamos de um pouco de amor, até mesmo você. - Falei tranquilamente e o ouvi suspirar pesadamente.


A partir desse dia, vi que KAzama se tornava cada vez mais carente de conhecimento, ele aparecia inúmeras vezes e me perguntava sobre os sentimentos humanos, esse era nosso segredinho... E esse segredo se tornou afeição... Ele não se declarou ou algo do tipo, apenas disse de modo rude e anscioso... "Você é minha" Logo em seguida me segurou com força em seus braços e me beijou...


Seus lábios não eram doces e quentes como os do Hijikata-san, mas sim, frios e amargos, não tinham amor e gentileza e sim lúxuria e necessidade, quase como se fosse a última vez que tocaria em alguém.

Nunca gostei de coisas amargas, porém, com o tempo, aquele sabor foi se tornando famíliar para minha boca e logo me vi enfeitiçada, necessitada... Eu estava necessitada disso, e vi que não era só ele o carente. Ele era carente de conhecimento e eu de amor... Ele queria conhecer o amor e eu precisava sentir novamente. O aquecer do coração, o frio no estomago, o rubor nas faces, o nervosismo, a ânsiedade... Tudo, exatamente tudo o que o amor nos fornecia, eu precisava de tudo, eu queria tudo...

Talvez, seja apenas egoísmo meu, ou talvez, o destino me fornecendo uma segunda chance.


O avião estava prestes a pousar e eu continuava a apertar forte o braço do banco, odiava isso...



Haviamos acabado de pegar nossas bagagens, Shiranui e Amagiri sempre ao meu lado, me tratavam como uma princesa, era assim que o próprio Kazama me tratava, uma bonequinha de porcelana de uma princesa. Ele me comprava vestidos simples, porém belos que me deixavam com uma aparência fofa e meiga, uma princesa delicada e bela. Eu levei quase sessenta anos para parar de me fingir de homem, tenho certeza de que Kazama-san suspirou de alivio quando me viu pela primeira vez trajando um vestido simples de manga curta e florido.


Olhei para um dos telões do aeroporto, a data se destacava... "26 de Agosto de 2006"...

– Cento e trinta e sete anos... - Sussurrei para mim mesma. Realmente muito tempo.

– Chizuru-sama, Kazama-san nos ordeu ir diretamente para casa, ele virá daqui a dois meses. - Amagiri-san falou enquanto carregava nossas bagagens.

– Leva essa também grandão! - Shiranui disse jogando a dele para Amagiri levar.

Sorri contente, fazia meses que não via Kazama-san, o dever de apagar a existência deles dos documentos de varias empresas pelo mundo e as atividades de líder do clã o afastava de mim. Eu admito, estava realmente com saudades de Kazama-san, de seus braços, quando me abraçava e apoiava a cabeça em meu ombro no silêncio, apenas desfrutando minha companhia...


Eles haviam dito sobre uma casinha do clã que ficava no interior do japão, bem afastada da pequena cidade, ou melhor, vilarejo. Eu realmente esperava uma casinha, mas, me deparei com uma mansão bem cuidada cheia de empregados.


Logo após tomar um bom banho e me trocar, enquanto as empregadas guardavam minhas coisas, desci as escadas e decidi explorar... Fui para o jardim atrás da mansão e me deparei com as mais belas flores que ja havia visto.

– Wou! Hime-san! (princesa) - Ouvi e me virei rapidamente na direção da voz.

Havia um garotinho de uns dez anos, do outro lado da cerca que separava o jardim da floresta, ele se escondia atras de uma arvore, de modo que só pude ver sua cabeça inclinada para me olhar.

– Olá! - Falei sorrindo docemente.

– Você é uma princesa? - Ele perguntou tímido.

– Talvez eu seja. - Falei. (Uma princesa demônio) Completei em pensamentos.

– Preciso contar para o pessoal que uma princesa se mudou para cá... - Ele falou e saiu correndo.

– Espera! - Falei ao ver que ele deixara cair a touca.


Mas, ele já havia se distânciado. Olhei ao redor e ao constatar que tanto Shiranui quanto Amagiri não estavam por perto, saltei a cerca e fui atrás do garoto...


Quem sabe que aventura me espera?



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Notas finais do capítulo

Hehe, me empolguei, farei mais um agora mesmo... Eu acho xD
E outra, é claro que eu faria ela com o Kazama, vamo lá né pessoal, 137 anos sozinha é demais pra qualquer um... U.U Fiquei com dó e revivi o Kazama.