– Caroline!

É, esse é meu nome! Mas porque teria alguém me chamando as 6h em uma estrada vazia na minha caminhada matinal?

–CAROLINE!

Era uma voz estranha e eu também estava com uma sensação estranha, não sabia se me apressava, por conta do medo, ou se respondia, pela curiosidade.

"Everyday I wake up, everyday I wake up alone ♪♫"

Era o meu celular, vou atender e pedir ajuda!

– Alô!

– Estou te chamando faz alguns minutos porque não me responde? - Falou uma voz masculina e rouca, olhei em volta, já não tinha ninguém.

– Quem é? Alô? Alô!

É, tinham desligado na minha cara!

Era no final de outono, não havia muitas pessoas na rua, as folhas secas estavam caidas nas calçadas, ninguém saia de casa. Estavam todos com medo, haviam boatos que alguma criatura estava assombrando a cidade, algumas pessoas morreram, mas eu não acredito nesses monstros que as pessoas imaginam. Mas de uns dias pra cá estou ficando com medo, parece que tem alguém me vigiando, e com essa ligação de hoje... Ah Caroline, pare de pensar besteira!

Minha caminhada foi rápida, estou na frente de casa, abri a caixa do correio, peguei a correspondencia e fui entrando, quando eu estava quase abrindo a porta escuto:

– Caroline precisa saber o que ela é! - Era a minha vó falando, abri a porta rapidamente.

– Preciso saber o que?

– Nada filha, vem cá, fiz uma torta pra você! - Disse minha mãe, olhando pra minha vó com uma cara de "e agora?"

– Obrigada, não quero! - Sai batendo os pés e fui pro meu quarto, já era a segunda vez que eu ouvi conversas assim entre minha familia. "Uma hora ela vai descobrir". "Ela é perigosa". O que será que está acontecendo?