— Uau! Isso aqui está praticamente o fim do mundo! – falei enquanto contemplava a nova decoração de Sweet.

— Do mundo, eu não sei, mas dessa cidade eu tenho certeza – disse Lysandre ao meu lado.

— Melhor irmos. – Castiel havia acabado de pegar um taco de beisebol perto de um pútrido cadáver que á algumas horas atrás era apenas mais um sobrevivente querendo sair desse inferno.

Caminhamos por uma trilha rodada de destruição, era como está em um lugar que foi devastado pela guerra ou bárbaros insanos.

Se bem que seria bem melhor se eles fossem nosso inimigo.

Olhei para os garotos. Nunca imaginei o quanto poderiam ser protetores, estrategistas e corajosos em uma situação de risco. Os olhando assim até dá para pensar que estão prontos pra tudo, pois eles superaram rapidamente o impacto da noticia de que a cada passo que demos nossa vida está em jogo graças a um terrível apocalipse zumbi.

Garotos... Isso me faz lembrar o Ken.

Onde será que ele está?

Passei os braços pela minha cintura os cruzando com se estivesse com frio. Só faltava atravessar alguns carros que estavam empilhados pela rua para chegamos a Loja de Leigh.

— Que... Barulho é esse? – disse Lysandre fazendo sinal para paramos.

Uma brisa passou entre nós trazendo consigo o som de grunhidos, viramos na direção do som a tempo de ver no horizonte da rua que estávamos uma horda de zumbis ensanguentados, sujos e pútridos e até mesmo em um estado péssimo de decomposição.

— Ferrou! – falei enquanto olhava para os mortos vivos sem ação. Castiel olhava para tudo quanto é lado, procurando um meio de nós fazer escapar do perrengue.

— Por aqui! – disse ele pulando por cima do capô de um Cross Fox e começando a andar por cimas dos carros pulando de um em um.

— Não sei se consigo! – falo subindo no primeiro carro que estava a minha frente.

— Consegue sim! Você tem que consegui! – disse Rosalya me ajudando, começamos a fazer igual ao Castiel até que um grito nos interrompeu.

— Ahhhhh! – olhei para atrás em busca do grito e vi Melody sendo atacada bruscamente pelos famintos zumbis.

— Melody, não! – falo tentando ir ajuda-la, mas Nath que estava perto de mim segurou-me impedido que eu fosse ajuda-la. – Nããão! – gritei sentido lágrimas quentes descerem pelo meu rosto.

— É melhor... continuamos. – disse Castiel abalado pela cena.

Engoli o choro tentando ser forte. Mas era pavoroso vê-la ali sendo atacada por terríveis canibais, ela era uma boa pessoa... Uma boa garota.

Enterrei minha cabeça no peitoral de Nathaniel não querendo mais olhar para o terrível fim de Melody.

Voltamos a fazer nosso percurso, eu ainda estava no colo de Nath, eles acharam melhor continuar assim para mim não fazer nem uma besteira e ir atrás da Melody.

Como se eu pudesse fazer algo...