Zumbis, Garotos E Armas! escrita por Andy


Capítulo 15
Desaparecendo parte II


Notas iniciais do capítulo

Então espero que não estejam me odiando. Tanto kkkk
Relaxem. Não sou louca. Só escritora. Armadora, mas escritora.
Enfim, algumas coisas que serão mencionadas neste capitulo, tais como: armas e outros equipamentos militares. Requerem algum conhecimento na area, Eu ia colocar as fotos e explicar porém acho que voces querem logo saber a continuação do último capitulo então na dúvida consultem o Tio Google.
E peço perdão pelo susto do último capitulo ^-^



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Lágrimas e mais lágrimas desciam pelo meu rosto. Quentes e grossas. Acompanhadas do meu corpo trêmulo, que se contraia devido aos fortes soluções. Pela segunda vez eu chorava, por desespero e medo.

– Amy! – ouvi e logo fortes braços me tomaram envolvendo-me. – Amy! O que aconteceu?

Eu não dizia nada, apenas chorava. Foi tudo muito real. Real demais. Talvez fosse uma prévia do que vai acontecer comigo futuramente. Uma premonição.

Afinal de contas, eu ainda estava infectada.

– Tudo bem. Pode chorar! - exclamou Nathanael. E aos poucos as minhas lagrimas foram diminuindo e o soluço também. Nath afagou meu cabelo e deu um beijo em minha testa.

– Quer me dizer o que aconteceu? - perguntou suavemente.

– Eu tive um pesadelo. – respondi com voz chorosa.

– Não se preocupe. Okay? Seja o que for não vai se tornar real. - suspirei. Ficamos um tempo sem falar nada. Ate eu quebrar o silencio.

– Nath...

– Sim, pequena.

– Promete que vai ficar sempre ao meu lado? - ele riu.

– E claro que sim! - respondeu. E apertou minha bochecha. - Agora vamos. Você precisa de um banho depois de ter dormido nesse lugar.

– Que horas são? - perguntei por ter perdido a noção do tempo.

– Cinco eu acho. - respondeu ele. Sorri antes de levantar.

– Vem! Eu te acompanho. – Nath ofereceu seu braço esquerdo passei minha mão no mesmo e o deixei me guiar ate meu quarto. Ele se despediu de mim e foi fazer sua ronda no hotel.

Entrei no cômodo e fui diretamente para o banheiro. Eu necessitava de um banho.

– Amy tudo bem? - ouvir uma voz feminina gritar.

– Sim. - respondi. Ainda tomando uma ducha então eu demorei em responder, meio sem jeito.

– Eu trouxe um lanche para você esta aqui em cima da cama. Coma tudo! - nesse momento reconheci a voz. Era Cassie.

– Ok. Vou comer... Obrigada! - gritei.

– Disponha! - gritou ela de volta depois ouvi o som da porta fechando. Enrolei meu corpo na toalha e sai do banheiro.

Em cima da cama se encontrava uma bandeja de prata com um copo de suco de laranja, um sanduíche natural e uma poção de bolachas de chocolate. As preferidas do Ken. Sorri docemente, sentindo todo o peso e terror que o pesadelo trouxe sobre mim, sair dos meus ombros.

Sequei meu corpo e vestir minhas roupas intimas. Peguei uma calça jeans azul marinho e uma regata ribana cinza aço com renda. Sentei na cama e comecei a comer meu lanche. No momento em que a dei a primeira mordida no sanduiche foi que percebi a fome que eu tava. Comi tudo que se encontrava na bandeja, procurando deixar meu corpo forte. Quando acabei, deitei na cama e fechei meus olhos.

Foram um minuto e quarenta e sete segundos exatos de tranquilidade.

Disparos... E mais disparos. A origem do barulho vinha da cobertura.

Levantei em sobressalto e já fui calçando minhas botas e saindo para o corredor. Encontrando as meninas ali. Ficamos olhando umas paras outras por alguns instantes, e logo prosseguimos no trajeto. Subindo correndo a escadaria ate chegar à cobertura.

– O que aconteceu? - ouvi Bea pergunta assim que passamos pela porta vermelha que dava acesso a pavimentação.

Cas, Nath, Ken e Lysandre formavam uma linha de frente no parapeito do prédio atirando possivelmente em zumbis lá embaixo.

– No começo da tarde eram apenas alguns bandos. Agora eles estão se tornando numerosos. Parece ate que combinaram de se encontrar aqui. - respondeu Nath. Que apesar de ter falado de maneira humorada. Ninguém riu.

– E nós não teríamos saída. - continuou Ken. - A não ser ficar nesse hotel mais um dia!

– O que para a gente não é opção. Precisamos sair daqui e chegar naquela mansão o quando antes. - ressaltou Castiel. E mais disparos foram dados.

– Ou então morreremos. - finalizou Lysandre. E eu e os outros nos entreolhamos.

Aproximei-me do parapeito e então os vi lá embaixo.

Em um estado vegetativo, vagando com uma lentidão enorme. Movimentos desengonçados, ou melhor, o famoso andar trotado dos zumbis, estado de decomposição precário e os grunhidos. Os malditos grunhidos.

Eu não vou deixar meus amigos se transformarem nisso. Eu vou tirar eles dessa cidade. Nem que para isso pague com a minha própria vida.

Olhei uma ultima vez para os zumbis e depois me voltei para a escadaria determinada. Desci todos os lances de degraus urgentemente, enquanto minha cabeça girava com planos e ideias mirabolantes, atrás de uma solução.

Cheguei aonde era a recepção do hotel, e peguei a mochila preta em cima do sofá, a mesma que havíamos pegado na loja do Leigh.

Revirei-a até encontrar o mapa da cidade. Achei também alguns sinalizadores, os separei colocando-os no sofá.

Abri o mapa em cima de uma mesinha e comecei a analisa-lo. Não demorou muito para ouvir passos apressados descendo a escadaria e alguns minutos depois todos estavam na sala.

– Eu tenho um plano. - declarei antes que algum deles se pronunciasse.

– Amy... Você ta bem? - perguntou Rosalya.

– Eu só quero sair daqui... - balbuciei. Não querendo responder sua pergunta e continuar o assunto ao qual ela se referia.

– Esta bem. - exclamou e então se sentou ao meu lado, sorrindo para mim logo em seguida.

– Pode contar comigo! - afirmou e logo encarou o mapa com a mesma expressão de determinação que havia em meu rosto.

Os demais se aproximaram rodeando a mesa. Bea e Cassie sentaram-se. Lysandre se agachou, apoiando-se em um dos joelhos e Ken sentou-se ao meu lado um pouco atrás de mim e beijou meu ombro desnudo. Nath preferiu ficar no sofá, assim, como, Leigh e Castiel.

– Então. Se vamos sair daqui, precisamos pensar no que iremos fazer depois. - comecei.

– A cidade de Innocence é a mais próxima. - pronunciou Castiel.

– Okay. Então se vamos para Innocence, precisamos de umas coisas. Tais como... Nossa documentação. - falei apontando alguns apartamentos, e depois deslizei meu dedo para o banco. - Dinheiro. E nossa transferência da Sweet&Amorins. - finalizei dessa vez passando meu dedo indicador na escola.

– Ah! Já ia esquecendo. Vamos precisar de munição. Muita munição. - exclamei apontando para o shopping. - No Dario Arm's deve ter.

– Apartamentos, banco, escola e shopping. Quatro lugares. - repetiu Castiel.

– Teríamos que nos separar. - observou Lysandre. Dizendo o que se passava na cabeça de todos. Castiel tomou a frente.

– Okay. Leigh e eu vamos ao banco. - declarou olhado para o mesmo em seguida. Que afirmou com a cabeça. - Nath e Rosalya podem ir para a escola. Cassie, você mencionou que sabia atirar, pode da cobertura para eles?

– Com certeza. - respondeu Cassie.

– Ótimo.

– Eu posso ir aos apartamentos. Sou o mais rápido. - indagou Ken. - E só me dá o endereço.

– Tudo bem. Rosalya, você escreve e passa pra ele. - a garota concordou com a cabeça e foi procurar papel e caneta.

– Eu o Lys, vamos para o shopping. - afirmou Bea antes que Castiel falasse algo.

– Isso. - exclamou ele. - E como alguém precisa ficar aqui, e melhor que seja você Amy.

– Tudo bem. - respondi. Um silêncio se formou. Talvez ninguém, deduziu que eu fosse aceitar numa boa.

– Vamos lá! – exclamou Nath. E logo uma movimentação organizada se deu iniciou.

Os meninos subiram para pegar, armas e munição que havia em suas bolsas. E logo voltaram à sala jogando em cima da mesinha tudo que havia dentro.

Cinco pistolas semiautomáticas, sendo, duas Glock Modelo 17*, uma H&K USP* e duas Beretta 92F*. Uma M45D Shotgun* e uma Ithaca Model 37 Shotgun*. Havia também duas Katana e o taco de beisebol que o Castiel achou na frente da escola. Em meio as arma estava espalhado, vários projéteis e pentes de munição.

– Eu tenho umas coisinhas também. – dizia Cassie despejando o que tinha em sua mochila. De dentro caíram vários coletes a prova de bala, cotoveleiras preta, luvas, coldres e algumas facas de combate, mira laser vermelha e granadas.

Ficamos estagnados por alguns minutos. Eu não notei quando ela pegou aquelas coisas na ponte. Ninguém notou.

– Equipamento legal. - exclamou Ken.

– Eu me amarro no exercito. - afirmou ela.

– Vamos parar de ficar babando e nos equipar, por favor! - exclamou Rosalya. Estraga prazeres como sempre.

– Tinha que ser a Rosalya. – falei, e ela me mostrou sua língua. Todos sorriram enquanto íamos nós preparando.

Peguei um coleto e o vestir arrumando-o em meu corpo.

– Aqui fique com isso! - falaram Castiel e Ken em uníssono para mim. Olhei para os dois os fitando, enquanto terminava de arrumar o colete. Ken estendia uma Katana pra mim. Castiel uma das pistolas semiautomáticas a H&K USP.

– Ela não sabe atirar. - rosnou Ken.

– Então aprendi. - respondeu Castiel sem olhar para Ken. Peguei a Katana e em seguida a pistola. Colocando a mesmo em um coldre em minha perna. De fato eu não sabia atirar. Mas... E só puxar o gatilho, certo?

Tomara que sim.

– Não precisa usar a pistola se não quiser. - disse Ken para mim. Quando estávamos em um canto da sala. Eu o convenci a usar o colete e agora ajeitava o equipamento em seu corpo.

– Vai chegar a hora em que eu terei que usar. - respondi.

– Eu sei. - respondeu ele triste. Terminei de afivelar o colete. Mas deixei minhas mãos continuarem em seu peito.

– Não se preocupe. Eu vou sempre permanecer ao seu lado! - falei. Tentando acreditar nesta mentira.

Ken levou sua mão até a minha nuca e pousou a outra em minha cintura. E no momento seguinte eu estava empresada na parede do nosso quarto. Ele realmente é rápido. Ken me beijou com desespero. Sua mão que estava em minha nuca agora se encontrava embrenhada em meu cabelo e a outra me puxava fortemente pela cintura.

– Se acontecer alguma coisa com você. Eu morro! - balbuciou Ken, separando nossos lábios por alguns minutos. E retornando ao ritmo.

– Miss cupcake, e Lorde Vampiro, estão requerendo a doce e agradável presença de vocês na sala. Cordialmente, Lady Rosalya. - gritou minha adorável amiga da porta. Ela não perdia uma. Rosalya sem duvida era alguém com quem eu poderia contar pra sempre. Era como uma irmã.

– Por favor, Ken, não devora minha melhor amiga. - gritou ela ao não ter resposta alguma de mim ou do meu namorado. Ken se desvencilhou de mim sorrindo.

– Sua melhor amiga e uma teimosa de primeira mão. - exclamou ele se dirigindo para a porta e abrindo a mesma.

– Amy, você ta viva? - gritou sorrindo. E logo eu apareci atrás do Ken.

– Que lábios vermelhos. Hein?! Estão da cor do seu cabelo. - comentou ela e eu corei.

– Você não e mais nem uma criança inocente, Rosalya. - exclamou Ken em minha defesa dando um peteleco na cabeça da Rose que fez bico.

– Ok, ok. Vocês sabem que eu só estou brincando. - respondeu ela rindo. - Mas é serio sobre os lábios! - respondeu e antes que pudesse sorrir Ken já havia tomando eu e ela pela cintura e nos levado para sala.

– Demoraram, hein. - reclamou Castiel.

– Mulheres! - respondeu Ken. - Sabe como gostam de altos papos. - respondeu Ken revirando os olhos. Olhei para ele perplexa que piscou em camaradagem pra mim. Rosalya percebeu e sorriu maliciosamente.

– Nada que vocês não saibam. - ressaltou Rosalya.

– Tudo. Agora aula rápida sobre atirar. Prestem atenção garotas. - exclamou Nath pegando a Glock Modelo 17 e segurando a mesma em posição de tiro - Primeira coisa: postura estável.

– Empunhadura, ou melhor, dizendo, posição de tiro. Deixe que o seu cérebro “encontre”, de forma inconsciente, a força ideal para segurar a arma, não precisa se esforçar muito, Tentar encontrar a “força ideal de empunhadura” é o mesmo que tentar racionalizar com que força deve segurar a caneta na hora de escrever.

– Como o Mestre Silvino, recomendava: segure a arma como se fosse um passarinho; se soltar ele voa, se apertar ele morre. – argumentou Lysandre.

– Boa! – exclamou Nath sorrindo. - O que realmente importa não é com que força você empunha, mas sim que o faça sempre com a mesma intensidade e que a mantenha igual durante todo o processo do disparo.

– Segundo: pontaria. – continuou Castiel. – Consiste em colocar a arma na direção do alvo de forma que atinja o ponto desejado. Para tanto, será necessário o controle da respiração. – terminou Cas. Se aproximando de mim e puxando-me para perto de si. Em seguida girou-me fazendo com que eu ficasse de costas para ele, e então sem que eu percebesse, a pistola H&K não estava mais no coldre e sim em minha mão. Castiel segurou ao redor da mesma e então arrumou minha postura. Ken grunhiu.

Castiel ignorou.

– No momento do acionamento do gatilho a respiração deve ser bloqueada. – retrucou Cas. Eu o obedeci. Bloquei minha respiração e em seguida puxei o gatilho. Fechei os olhos ao disparar e meu corpo recuou alguns centímetros para trás.

– Caso você dispare em uma ação continua, ou seja, tiros inopinados, que exigem rapidez. O ciclo respiratório é interrompido em qualquer ponto imediatamente antes do disparo.

– E por último. – ressaltou Nath. Fazendo Castiel se afastar de mim. – O acionamento do gatilho. Durante o deslocamento do gatilho ocorrerá o disparo, causando “surpresa” no atirador. Cada ação uma reação. Ou seja, como aconteceu com a Amy, seu corpo recuou.

– É importante não alterar a empunhadura durante a compressão do gatilho, melhor dizendo, o movimento indicador deve ser totalmente independente da empunhadura. – prossegui Nath e então arrumou novamente a minha postura e o meu dedo no gatilho. – Após o disparo o atirador deve manter o foco visual sobre a massa de mira, assim como deve continuar pressionando o gatilho. Essa ação é chamada: Acompanhamento. E impedi que o foco visual se desfoque do alvo, no que poderia acarretar em erro de mira.

Bloquei a respiração e segui suas instruções. Dando vários disparos continuo e me esforçando para deixar meu braço estendido firme. Sem aperta muito a pistola ou folgar a maneira que a segurava.

– Perfeito. –exclamou Nath. – E mais uma coisa. Há alguns erros que devem ser evitados a todo custo. Como: gatinhada, antecipação, esquiva e fechar os olhos. Principalmente fechar os olhos. – E isso é tudo garotas.

– Mais alguma coisa? - perguntou Nath olhando para Castiel.

– Sim. – disse ele dirigindo-se dessa vez para todo mundo. - Usem os sinalizadores apenas em extrema emergência e subam em usar alto para acionarem. Esperem pela equipe mais próxima e se demorar mais do que meia hora... Pegue o seu parceiro e vá para oeste, para a mansão, caso veja que não é possível voltar para o hotel. Nós encontraremos lá. O mesmo vale para você Amy. Se ninguém retornar, pegue todas as armas que puder e abandone este lugar. - o peso das palavras de Castiel, deixou o clima na sala tenso.

Todos só pensavam em duas palavrinhas. Tão pequenas, mais contendo tantas coisas grandes.

“E se..."


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Notas finais do capítulo

E ai? Gostaram?
Créditos da aulas de como atirar do site sala das armas e um artigo de outro site que bem, esqueci o nome.
Preparem-se. As coisas vão ficar bem mais emocionante.
A fic já tá na sua rota para o final.