Uma Garota Bipolar No Japão escrita por Katheryne Foshi


Capítulo 8
Cap.8 – Lembranças que fazem mal Pat. 2


Notas iniciais do capítulo

Mais um!!! >



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Cap.8 – Lembranças que fazem mal Pat. 2

Os gritos daquele lugar me dão medo!

As pessoas usam apenas roupas brancas, e às vezes os brancos (nome que ela deu para as pessoas que usam apenas brancos – médicos, enfermeiras -) carregam pessoas que tem a roupinha de um azul bem clarinho e fofo.

Elas me olhavam estranho, os azuis entortavam a cabeça e dava um sorriso, um sorriso que tirou o meu sono, me fez ter pesadelos.

Os brancos tão pouco piscavam, eram sempre sério. Frios como mármore.

Lá existem quartos, quartos esses que são todos de algodão! Você pode até mesmo jogar-se na parede que nada lhe acontece, você não se machuca nem um tiquinho!

Doutor Charlie me mostrou o quarto fazenda. Ele me deixou entrar e brincar lá!

No quarto tinha ovelhinhas, que eu e mamãe brincamos de irem para as colinas, fizemos os porquinhos ficarem na lama, e os sapinhos, cantamos a musica (O sapo não lava o pé, não la....).

Essa foi a primeira vez que eu visitei o hospital de Sant. Luís!

~~~~~~~~

– Acalme-se Catarina! – Eu ouvia vozes, mais meus olhos não queriam abrir.

– Porque ela não acorda então? – Ouvi a voz da mulher.

– Tivemos que coloca-la em coma! Este estado ira ajuda-la a recuperar-se muito mais rápido... E sem problemas adicionais! – Ele disse está frase tão baixinho que quase não a ouvi.

– Os sinais vitais estão bem... – Ouvia uma voz gélida de mulher. – As ondas cerebrais funcionando normalmente.

– Bom bom! – Ouvia voz do Doutor Charlie. – Iremos acorda-la amanhã então!

– Como quiser! – Disse a mulher.

– Irei avisar Catarina!

Não ouvi mais nada, e acabei por dormir.

~~~~~~~~~~~~

– Quando ela irá acorda? – Ouvi uma voz familiar.

– Logo! – Outra voz que eu não me lembrava bem da onde.

Forcei meus olhos a abrir, e uma luz ofuscou minha vista por um segundo, uma pessoa pulou em cima de mim me abraçando, logo percebi quem era:

–Mamãe! – Falei em um fio de voz, e ela começou a chorar.

– Ah meu amor! – Ela dizia me abraçando bem forte. – Me desculpe me desculpe! – Eu não entendia as desculpas. Não sabia onde estava.

– Seja bem vinda Katy! – Disse um homem de branco. Doutor Charlie!

– Mamãe não chore! – Eu pedi, e ela me encarou.

– Oh meu bebê!! – Ela continuava a chorar.

– Catarina! – Chamou o Charlie.

– Perdi minha filha por muito tempo! – Disse mamãe. – Então cale-se!! – Mamãe nunca havia sido grossa com ninguém. – Como se sente? – Perguntou a mim.

– Bem... – Respondi sorrindo. – Mais onde eu estou? – Perguntei perdida.

– Acineratropis! – Disse Doutor Charlie. Mais oque seria aquilo?

Corria feliz pelo jardim lá de casa! Tão grande, que você pode até fazer uma maratona!

??: Como você é exagerada Katy! – Falou a voz em meus pensamentos.

‘Quem é você? E Porque ta na minha cabeça?’ (O.O)

Inner: Sou sua Inner! Ou consciência se preferir! (Sorriso grotescamente grande)

‘Porque você ta ai?’

Inner: Pra te ajudar! Oras!! Rsrs.

‘ Como você é doida......’ u.u

Estava sentada perto da janela abraçada ao meu urso panda, o Pandilha. A chuva caia lá fora furiosamente. Eu amo dias de chuva, me sinto melhor.

Podia pensar melhor agora, as lembranças que vinham em minha mente, aconteceram e eu tão pouco me lembrava.

O primeiro ataque da minha segunda personalidade, quando fui internada naquele manicômio horripilante, com os brancos e azuis. Aquela cirurgia dissecaram o meu cérebro! (O.o) Quando eu conhecia a Inner!

‘Cadê vocês?!’

A pergunta ecoou na minha cabeça sem resposta nenhuma. Ouvi então batidas na porta, e uma cabeça na fresta:

– Posso entrar? – Perguntou um homem.

– Sim sim! – Ele me era familiar! Ele entrou e pude ver seus cabelos castanhos ficando com eles grisalhos, seus olhos era castanho também, ele é alto.

– Lembra-se de mim? – Ele sorriu para mim, colocando uma cadeira perto de mim.

– Não! – Ele fala comigo em português.

– Lembra-se de mim? – Perguntou Doutor Charlie me encarando.

– Sim!

– Espera! – Eu disse, e ele continuou a me encarar. – Do- Doutor Charlie? – Falei e ele acenou com a cabeça.

– Isso Katy! – Ele sorriu. – Só que um pouco mais velho!

– Oque veio fazer aqui? – Perguntei encarando a chuva.

– Ajuda-la! – Ele disse e suspirou. – Sei que teve outra crise! Deveria tê-la pedido para ficar no Brasil até ver os seus exames mensais! – Ele falou decepcionado.

– Porque isso acontece comigo? – Perguntei o encarando.

– Katy... – Ele começou com aquela voz de médico que toma cuidado em cada palavra que a seguir irá ser dita. – Você sofre de transtorno dissociativo de identidade! Isso não é uma doença!! Ou algo de errado em sua personalidade! – Ele me olhava nos olhos para ver se eu havia entendido, e continuou. – O seu mesencéfalo que causa isso! Ele faz com que você tenha este transtorno Katherine!

– O que é isso? – Perguntei.

– É mais conhecido como complexo de dupla personalidade! – Ele parecia contar uma história. – Isto está em uma parte de seu cérebro! E não podemos retira-lo.

– Aquela cirurgia... – Eu dizia e ele entendeu.

– Sua memória... – Ele suspirou. – Por você ser nova na época, tentei fazer uma cirurgia em você. Mais fora impossível! A TDI (Transtorno dissociativo de identidade) faz com que você esqueça, tenha uma pequena amnésia. Ou perda de memória recente no seu caso. – Ele me encarou, e pareceu pensar bem nas palavras que diria! Sua cara não era boa. – Quando a TDI, o individuo tem mais de uma personalidade dentro de si, e qualquer uma dessas personalidades pode controlar o corpo deste individuo. – Meus olhos arregalaram-se. Era isso! – Sua primeira crise fora com quatro anos!

– Fui ao hos... Manicômio com essa idade! – Eu me lembrava disso.

– Sim! – Ele sorriu de canto. – Levei você e sua mamãe para conhecer. – Ele chegou mais perto. – Era lá para onde você iria ficar! – O medo subiu em meu corpo! Ficar com os brancos. – Na sua primeira crise, não pensávamos que seria TDI. Até vermos que isso já havia ocorrido em sua família! – Como assim? – Sua tia-avó, seu tataravô, seu bisavô. A única diferença Katy, é que você tem o Acineratropis! – Ele falou meio orgulhoso pelo remédio. – Seus antepassados com a doença encefálica, se suicidaram! - Fiquei–horrorizada. – Sua personalidade oposta, causou isso. – Eles se mataram, eles se suicidaram! Por causa.... Disso!

– P-P-Porque e-el-el-eles fi-fi-fiz-fizer-ram isso? – Minha voz saiu gagá.

– Para proteger a si, e a quem amavam! – Ele me encarou. – A dupla personalidade nem sempre é boa Katy! – Eu o escutava com atenção. – Ela pode causar mal as pessoas ao seu redor! – Lembrei-me de quando tentava atacar vasos em minha mãe. - Seu bisavô, tentou matar o irmão de seu avô! – Eu quase desmaiei com isso! Isso pode matar alguém! Alguém que seja importante para mim!

– O que aconteceu? – Meus olhos continham já lágrimas.

– Chegaram a tempo! – Um alivio cercado por medo veio. – Duas semanas depois, ele deu um tiro na própria testa!

Virei-me para a janela chorando! Eu poderia causar aquilo, poderia fazer isso!

– Não Katherine! – Disso o doutor. – Não eram eles! Era seu outro lado! – Encarei Charlie. – Sua pior crise fora aos seis anos! Tive que interna-la!! – Ele gritou com ela neste dia.

– Eu me lembro! – Disse pensando na cena.

– Toda a vez que isso acontecia você perdia a memoria, de até duas semanas! – Eu o olhei horrorizada. – Não é aconselhavam a quem tem a crise e perde a memória, a fazer com que a pessoa lembre-se! Você lembrou agora, dez anos depois. – Queria chorar. – Você fora ao psicólogo, aos poucos, e numa dessas vezes, você contou algo sobre uma Anny! Você disse...

– Quem é Anny Katy? – Perguntou a Doutora Rulis.

– Ela vivi aqui, - Cutuquei minha cabeça, enquanto montava um quebra-cabeça. – Ela não gosta de mim! – Falei calmamente. – Quer machucar todo mundo que diz não a ela! – Terminei de montar o quebra-cabeça e encarei a médica. – Ela quer que eu morra!

– Ela me quer morta! – Falei num fio de voz que custou a sair.

– Katy, - Ele segurou minha mão, fazendo com que eu o encara-se. – eles querem isso. Querem sair para serem livres! Mais você a comanda Katherine!! O Acineratropis faz com que você seja mais forte que ela! Com que você a vença! – Ele dizia querendo me encorajar.

– Inner...? – O sussurro foi oque saiu minha frase.

– Sim, sim! – Ele olhou para o nada e voltou a me encarar. – Em uma das ultimas sessões você comentou sobre ela! Sua ‘Inner’ que matem Anny presa, adormecida em sua mente! – Inner... – Você não teve mais nenhuma crise após o aparecimento desta ‘inner’!

– O-ou-t-ra p-p-per-so-na-na-li-da-da-de? – Perguntei receosa.

– Não! – Ele disse. – Ela é seu porto seguro! Como você mesma disse uma vez quando tinhas, hum... Oito anos!

Inner: Só pra te ajudar! (Sorriso)

‘Inner!! (Choro)’

Inner: Pode ir parando já com isso Katherine Foshi!!! (Sacudindo os braços acima da cabeça) Cadê a Foshi samurai que eu treinei! (Sorriso sarcástico)

‘Mal chego já veem me enchendo! U.u! Só você viu!! Rsrs’

– Quer saber mais alguma coisa Katherine? – O doutor me perguntou. Devia ter viajado total!!

–Isso tem cura? – Perguntei na esperança de me livrar disso de uma vez por todas!

Ele olhou para o seu lado direito, o pesar via-se em seus olhos! Não, não, não, não! Ele me encarou:

– Sinto muito Katy! – Ele disse e esperou minha reação.

Reação. Palavrinha engraçadinha!

Reação, minha reação não era a das melhores possíveis! Minha vontade?

Quebrar oque pudesse me quebrar!

Acabar com isso... É oque mais quero!


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Notas finais do capítulo

#Muahaha... Autora malvada eu sei!!! uma certa filha de Hades não me deixa esquecer disso sabe!!!!!! u.u
Até o proximo...



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