À procura de Alguém escrita por NellyCake


Capítulo 19
A estrela mais brilhante


Notas iniciais do capítulo

Yo! Mais um capítulo! Desculpe, por não postar ontem, não tinha dado tempo! ;-; ~foge de le Derpy~
Estou novamente escrevendo pelo celular, então o capítulo ficou com só alguns parágrafos (quando eu entrar no computador eu ajeito)
Bem, dedico esse capítulo para Derpy (que pediu EnderXSpider) e SplendoraAC (que pediu romance e um capítulo emocionante) :3
O EnderXSpider ficou meio fraquinho, mas está fofo. Se quiserem ler mais EnderXSpider é só falar que eu escrevo no próximo capítulo! :3
Ah! Eu queria saber que casais vocês gostariam de ler na fic :3

Boa leitura! ~



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— Zabazu o quê? — Disse a Cupa rindo.

— Ah, nem vem, você já conhecia o meu nome... Hunf, está rindo do quê? Seu nome também não é um dos melhores. — Se defendeu o Zazu.

— EI! Olha só, coleg...

— Ali em frente é a minha casa. Vamos. — Zazu interrompeu a Cupa e continuou a andar. Zune subiu nas costas de Zombie, ele não pareceu se importar muito.

— Aqui é aonde eu moro.

Chegamos em uma casa/caverna e tinha... Uma cachoeira bem em cima dela, com a água escorrendo pela parede da entrada e pingando sobre a mesma, o pior era que ainda tinha poças por todo lado no chão. Todo mundo entrou lá dentro e eu fiquei observando aquela água assasina. Se eu acabar tropeçando e cair... vou virar uma simples purpurina roxa.

— Ender...? Você não vem? — Olhei para a entrada da casa... Era o Spider.

— Já vou... — Olhei novamente para a cachoeira.

— Ah, entendo... — Ele olhou para a cachoeira e veio em minha direção. — A água está caindo bem em cima da casa, né? — Perguntou o Spider para mim. Eu só balancei a cabeça, confirmando. — Tudo bem, eu te ajudo.

O Spider chegou mais perto, passou a mão pelo meu braço delicadamente e chegou até a minha mão. Senti o meu rosto esquentando.

— Me permite? — Perguntou o Spider, com um doce sorriso no rosto.

— Claro... — Falei, tentando não enrolar a minha língua.

Ele me puxou calmamente até a casa, desviando das poças e impedindo uma gota sequer cair em mim. Entramos lá dentro e encontramos uma cena bem estranha: a Cupa emburrada, enquanto uma zumbi, que acho que seja a mãe de Zazu e Zune, mimava-a? ...

— Sua namorada é linda, Zazu! — Disse a mulher.

— Mãe! Já falei que ela não é minha namorada! — Falou o Zazu, com o rosto levemente vermelho.

— Não fique com vergonha de falar que tem uma namorada, filho. Mas poxa, ein? Demorou um tempão para arranjar uma.

— Eu não sabia que você tinha uma namorada! — Disse Zune.

— Não começa, Zune.

— Mas, então... quando vai ser o casamento? — Disse a mãe do Zombie.

— O QUÊ? — Se indignou a Cupa. O Zombie começou a engasgar.

— Tudo bem que são de espécies diferentes e acontecer isso é bem raro, mas o importante é o amor, não é?

— Pare de falar bobagens, mãe. Já falei que ela não é minha namorada, e nós não vamos nos casar. E você conhece ela muito bem, essa aí não serve pra ninguém. — Ele rimou, mas acho que não foi de propósito.

— Se é mentira, por que está tão vermelho?

— Porque... porque... — O Zombie não conseguiu encontrar uma resposta.

A mãe dele estava de braços cruzados e lançando-lhe um olhar de "te peguei", a Cupa o olhava diferente... Parecia que queria saber resposta dele, mas... uma resposta diferente do que saiu:

— Porque estou cansado dessas bobagens e não entendo como tenha gostado dessa garota irritante. — Respondeu friamente. A reação de Cupa começou triste e logo passou para raiva.

— Ah, filho... Se seu pai estivesse vivo, ele ficaria decepcionado com você. — Ué... O pai dele não está vivo? Bem... Ele está morto, porque é um zumbi, mas ele não está "vivendo"...?

— Mãe, só porque você se separou do meu pai, não quer dizer que ele tenha morrido. — Ah, saquei... Eu acho...

Olhei pro Spider. Ele parecia se divertir com a situação, mas só agora percebi que nós continuávamos de mãos dadas... Senti meu rosto novamente esquentando. Ele olhou para mim e também percebeu. Seu rosto ficou igualmente corado. Desentrelaçamos nossas mãos e continuamos a assistir a discussão meio envergonhados, mas já havia acabado. A Zune nem estava mais na sala.

— Vamos embora, End-chan. — Falou firme com uma pitada de raiva a Cupa, me puxando para fora.

— T-Tchau... — Falei acenando, mas logo me lembro da água do lado de fora. Recuei um passo para trás e acabei levando junto a baixinha.

— O que houve, End?

— A água... queima...

A mãe Zombie veio até mim e se esticou até chegar a mão na minha testa, ela bateu na mesma e disse:

— Água queima? Você está bem, menina? Bateu a cabeça ou o quê?

— Mãe... Ela é uma Enderman. —Falou o Zazu com uma cara de reprovação.

— Ah... — Ela me olhou melhor. — Sim. Faz tanto tempo que não vejo um, que até esqueci. — Respondeu por fim, a mãe Zombie.

É verdade... Eu sou a única da minha espécie nessa área... Os outros eram da minha família, que sumiram ou morreram...

Suspirei com aquele comentário. O Creeper se levantou do sofá, no qual estava observando aquilo tudo, e tirou o cachecol que eu tinha o emprestado.

— Use o cachecol para ssse proteger da água.

— Mas você não estava passando mal? — Perguntei preocupada.

— Sssim, mas eu já estou melhor. — Sorriu o Creeper, botando o cachecol em minhas mãos.

— Quanta fofura, vou vomitar. Vamosss logo. — Disse a Cupa, já impaciente saindo da casa.

— Tchau, até algum dia. — Me despedi e dei um sorriso.

Sai da casa me protegendo com o cachecol e prestando atenção nas poças do chão. O Spider me ajudava, enquanto o Creeper tentava acalmar a Cupa. Só depois que eu saí eu pensei na possibilidade de me teletransportar. Eu sou uma anta mesmo.

Chegamos na superfície. Já estava de noite. Começamos a andar pelas árvores, eu iluminava o caminho com as minhas áureas roxas.

Lembro-me do tempo que eu brincava com o meu irmão de esconde-teleporta no meio da floresta à noite. Era mais divertido do que de dia, porque aonde nós passávamos ficava com nossas auras brilhantes.

Flash back On

Ender e seu irmão estavam brincando de esconde-teleporta — um jogo que só quem tem pérolas de Ender consegue brincar — ao anoitecer. O irmão de Ender se teleporta para as costas de Ender.

— Te peguei! — Comemorou ele.

— Ah, de novo! — Ender cruzou os braços e fez uma cara emburrada.

— Não, fica assim, maninha. — Ele apertou as suas bochechas e continuou. — Tem um segredo nesse jogo, quer saber qual é?

— Quero sim! — Ender se alegrou.

— Quer mesmo?

— Sim, sim!

— Quer mesmo, mesmo?

— Conta logo! — Disse a pequena Ender, curiosa.

Seu irmão chegou bem perto de seu ouvido e disse:

— Nunca seja minha adversária.

— Seu besta! — Gritou Ender furiosa, dando um soco em seu ombro, seu irmão simplesmente riu e bagunçou seu cabelo.

Flash Back Off

Dei um breve sorriso ao me lembrar do meu irmão. Me pergunto o por que dele ir embora...

Saio de meus devaneios, quando o Creeper puxa minha manga.

— Ender?

— Hm? Que foi? — Pergunto boiando.

— Já chegamoss.

— Ah, sim...

Fiquei praticamente o caminho todo relembrando meu passado... e com o meu cachecol arrastando no chão! Agora ele está todo sujo... Melhor ajeitar isso depois.

— Eu já vou indo. Até. — Se despediu o Spider.

— Tchau! Já vou dormir, essstou com ssono.

— Também esstou. Boa noite, gente... — Falaram Creeper e Cupa, enquanto se deitavam no chão.

— Boa noite. — Falei ajeitando meu cachecol e indo para fora.

— Bem que a gente poderia arrumar umass camass para não ter que dormir no chão, sabe End-chan...

Ri baixo do modo que ela falou e continuei indo para fora. Sentei-me na montanha que sempre vou e fiquei sentindo a brisa gelada... Avistei algumas luzes vindo do Oeste, lado contrário de onde achei os porquinhos... Amanhã tenho que buscar alguma comida para eles, coitados!

Continuei observando a paisagem. Subi meu olhar para encontrar o céu, que se encontra bem estrelado hoje... Consigo ver das maiores e mais brilhantes estrelas até as menores e mais foscas...

A minha preferida sempre foi a estrela que está localizada mais ao norte, mesmo estando distante, se pode ver sua linda luz, que existe desde que eu era criança, mesmo sendo bem antiga, ela não perde seu brilho. Ela é a que se destaca mais nesse céu escuro... Meu pai falava que cada estrela pertencia à alguém e que cada alguém pertencia à essa estrela. Quando morria, a estrela se apagaria junto... Ele gostava muito de estrelas, até botou nome em algumas, mas nessa estrela, meu pai botou o meu nome nela...

Flash Back On

Ender deitada à noite observando as estrelas, quando seu pai senta ao seu lado.

— O céu está bem bonito hoje, não é? — Perguntou o pai dela.

— Sim... pai, é possível pegar uma estrela? — Perguntou a pequena curiosa, com esperanças que ele respondesse "sim".

— Não... — Respondeu o pai, com um sorriso no rosto. — Mas você pode botar o nome que quiser nelas... Por exemplo, não está vendo aquela estrela mais brilhante?

— Sim! Ela é minha preferida, é tão bela...

— Eu apelidei-a de "Ender", igual a você.

— Hm... Pai, porque meu nome é "Enderman"?

— Porque esse negócio de botar nomes diferentes é coisa de humano... Sua mãe gosta muito deles e quis botar seu nome de "Andr", mas os outros mobs não aceitaram, então seu nome é igual de nossa espécie, mas seu apelido é "Ender".

— "Andr"...? — Perguntou, confusa com o nome.

— Quando se fala "Andr" tem um som parecido com "Ender" de "Enderman" e assim mesmo é diferente, podendo ser um nome de humano.

— Ah, entendi...

Flash Back Off

Pensando bem... Eu me lembro que a Cupa me chamou de "Andr" quando foi pensar em algum apelido para mim... De onde será que ela tirou isso?


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Notas finais do capítulo

O ''esconde-teleporta'' foi ideia da leitora Derpy!
Gostaram dos flashbacks? :3
Espero que tenham gostado! /o/
Até o próximo capítulo! :3
(Capítulo editado em 04/07/2014).