My New Addiction escrita por wtfmonchelevato


Capítulo 14
And The Hospital Situation


Notas iniciais do capítulo

Já nem sei como me desculpar com vocês. Não ando tendo tempo pra literalmente nada, e estou com um bloqueio de inspiração impressionante. Mas vou me esforçar pra postar mais capítulos. Me desculpem mesmo :/ Espero que gostem.



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Meu namoro com Finn não podia estar melhor. Ele era extremamente carinhoso, atencioso e perfeito. Tenho certeza que não o mereço, e isso vem me tirando o sono. Finn merece uma garota saudável, que tenha condições de retribuir toda a perfeição que é Finn Hudson. Ele merece tudo de bom que possa existir nesse mundo, e eu, infelizmente, não posso dar isso a ele.

- Hobbit? – Santana abriu a porta do meu quarto, cautelosa.

- Oi Sant, pode entrar. – Ela sorriu e se sentou na minha cama.

- O que você tá fazendo prostada nessa cama? Você não desceu para jantar, seu pai ficou preocupado e pediu pra que eu viesse aqui. Tá se sentindo bem? – Ela parecia preocupada. Santana era outra que eu não merecia. Era uma amiga maravilhosa.

- Estou sim, só com um pouco de dor de cabeça e uma tosse infernal. Não deve ser nada. – Sorri. E nessa hora a tosse voltou, e Santana se assustou. Ficamos ali, rindo do susto dela, e eu tossia em meio aos risos.

- Você tá meio vermelha Berry. – Ela engatinhou na cama e colocou a mão na minha testa. – DÍO MIO!! Rachel, você está ardendo em febre!!!

- Não se preocupa Santie, com a minha doença, meu sistema imunológico fica muito fraco, e vivo gripando. É sério, não se preocupa. É por isso que tomo aquele monte de remédio. Mas às vezes nem eles conseguem driblar essas gripes. – Sorri, tentando passar segurança pra minha melhor amiga. Mas eu sabia que isso não estava certo. Na minha situação, qualquer doença considerada normal e passageira pros outros, em mim piorava bastante, e eu sabia que a qualquer hora, meu corpo não iria conseguir combater essas doenças.

- Mas você tá muito quente, Hobbit! Vou chamar o seu pai. – E ela saiu em disparada pela a porta.

- Santie, não!!!! Não precisa!! – Mas já era tarde. Ela já havia atravessado a minha porta. Mas que droga! Meu pai vai ficar muito preocupado, e não quero dar trabalho pra ele... Não depois de ele ter passado por tudo isso com a mamãe...

Eu só queria não estar doente. Nem sei como é isso. Já nasci rodeada de remédios, vacinas e cuidados. Deve ser bom poder sair na rua sem se preocupar em pegar um resfriado e acabar morrendo.

Meu pai passou o caminho todo até o hospital me dizendo que eu preciso cuidar mais da minha saúde e blá blá blá, mas como eu vou dizer pro meu namorado que eu não posso tomar um sorvete com ele porque eu posso morrer com isso? Mas eu não sou aquelas pessoas que tem algum tipo de doença como a minha e ficam se lamentando por aí. O fato de eu ser soropositiva não vai me definir. Nunca.

Chegamos ao hospital e tivemos que esperar até que alguém resolvesse fazer o seu trabalho. Minha dor de cabeça não passava e as tosses estavam ficando mais frequentes, e agora eu comecei com uma dor chata no peito e um pouco de falta de ar. Tive que conter Santana, já que ela tava querendo armar um barraco porque eu ainda não tinha sido atendida. Agora estávamos de mãos dadas e meu pai me abraçava. Finalmente uma doutora disse o meu nome e meu pai quis me carregar até o consultório, mas eu não aceitei. Ela nos pediu desculpas pela demora, me examinou e chamou uma enfermeira. Sussurrou alguma coisa no ouvido dela, e eu não sei porquê, mas fiquei tensa com isso. A enfermeira sumiu de vista e a doutora chamou o meu pai para outro canto do consultório. Eu me sentia muito cansada e só queria ir pra casa e dormir. Santana continuava a segurar a minha mão e tentava esconder o seu celular, mas eu sabia que ele estava tocando. Finn. Ela deve ter mandado uma mensagem pra ele ou algo assim. Oh Finn, ele deve estar tão preocupado comigo... Eu não posso fazer isso com ele. Não posso.

- Filha. – Meu pai me tirou dos meus devaneios.  – A doutora me disse que vai ser preciso te internar. Você tem grandes chances de estar com uma pneumonia.

- O quê? Internar?? – O pânico subiu em mim. A única vez que internaram a mamãe, ela nunca mais saiu... não viva.

- Calma querida, eles só querem o melhor pra você. Você vai melhorar tão rápido que nem vai perceber, eu prometo.  – Tinha dor nos olhos dele. Ele estava preocupado. Por mais que ele tentasse me acalmar, eu sabia que as coisas não estavam bem.

- A gente tá aqui Rach, não se preocupa. Eles vão te mandar embora daqui antes mesmo de você perceber. – Santana sorriu.

A enfermeira que a doutora havia chamado entrou no consultório e nos chamou. Ela estava com uma cadeira de rodas. Eu não queria subir nela, mas meu corpo estava tão cansado, que só o pensamento de andar por esse hospital todo... Ela nos levou para um quarto, onde coloquei aqueles vestidos ridículos de hospital e me deitei na cama. Logo fui ligada ao soro e aos remédios, que já me deixaram um pouco melhor.

- Papai, vocês podem ir, eu vou ficar bem. Você tem que trabalhar e a Santie tem que ir pra escola.

-Eu não vou a lugar nenhum. – Meu pai disse. – Mas se você quiser ir Santana, te entrego as chaves e te pago o taxi.

- Vou ficar aonde eu estou, sr. Berry. – Santana sendo simpática? Acho que eu realmente não estava bem.

- Oh, droga. – Ela olhou pra tela do seu celular e imediatamente tentou disfarçar.

- O que foi Santie, quem é?

- Finn, ele está aqui Rachel.

- Aqui no hospital?? Você contou pra ele?? – Não estava surpresa com o fato de Santana ter avisado a Finn o que havia acontecido, mas sim com o fato de ele ter vindo até aqui.

- Não estão querendo deixar ele entrar. Vou lá buscar ele, ok? – Não disse nada, e ela saiu, seguida do meu pai. Coitado do meu Finn.

Alguns minutos depois, um Finn com uma cara de desespero adentrou a porta do quarto, quase que correndo.

- Rach, Rachel, meu amor, você está bem? O que aconteceu? – Ele pegou a minha mão e colocou em seu rosto, beijando-a em seguida. – Eu fiquei tão preocupado.

- Tá tudo bem Finn, eu tô bem. – Acariciei o seu rosto. Como eu amava aquele garoto.

- Santana só me mandou uma mensagem dizendo “a Hobbit tá no hospital municipal, não se desespere.” O que basicamente foi a mesma coisa que dizer pra eu me preocupar. Aí liguei pra ela umas mil vezes e ela não me retornou, então peguei o carro e vim o mais rápido que pude. Você tem certeza que você tá bem, mon petit?

Os olhinhos dele estavam preocupados, me encarando. Eu não podia fazer isso com ele.

- Eu estou bem, não se preocupa, meu grandão. – Sorri. Ele veio em minha direção e me deu um abraço mais que apertado.

- Se alguma coisa acontecesse com você, eu...

- Shhhhhhh, por favor, não fala isso. Por favor. Eu estou aqui, não estou? – Ele me abraçou de novo. Eu não posso fazer isso com ele.

- Porque está chorando, petit? Tá sentindo dor? Espera, vou chamar a enfermeira.

- Finn, não! Não precisa chamá-la. – Respirei fundo. – Acho melhor você ir pra casa, Finn.

- O quê? Não! Eu não vou a lugar nenhum.

- Por favor Finn, eu preciso ficar sozinha.

- Mas por quê? Eu fiz algo de errado?

- Por favor. – Não consegui olhar pra ele. Depois de algum tempo, que eu imagino que ele passou me encarando, Finn saiu do quarto. E por um bom tempo, tudo que eu conseguia fazer era chorar.


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Notas finais do capítulo

reviews? *-*