Jogo De Ideias escrita por Melo


Capítulo 7
Heart- attack


Notas iniciais do capítulo

Na verdade, este capitulo, se seguindo a mais logico cronológico possivel, seria o capitulo numero 3. Digo, tentando seguir a sequencia dos acontecimentos possiveis. E na verdade eu já tinha escrito este capítulo faz tempo (como no comço da historia); só não sei porque que só agora estou postando-o agora. Who knows.....



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Heart- attack

“There was a time when our dreams felt so real
just out of reach but not too far to feel
together we'd finally make them come true
cause anything's possible when I was with you……all ours dreams we will rebuild it from the heart”

Hoobastank: “From the heart”

Anne…cada passo meu, sendo cada vez mais perto de você, descubro a cada dia um pouco a mas de ti. Permita-me te conhecer. Conhecer os teus sonhos, as tuas paixões, os teus desgostos e desilusões, do que você e capaz e incapaz....das tuas virtudes e....

– Crack! – era o som de algo quebrando............Anne, o que você acabou de fazer?, pensei. Corri para a sala, onde ela estava. Ela estava caída no chão, cheia de pintura. O som era das tintas que tinham acabado de cair e ela estava coberta de tinta azul por toda a sua roupa e braços, enquanto que ela tinha tinta amarela no cabelo. Tintas escorriam pelo chão, era uma mistura de cores e ondas em amarelo, azul, preto, laranja, verde. Meus Deus, quem ira limpar tudo isso?! O chão estava coberto de tinta recém derrubada. A cada passo meu o meu horror aumentava. Não, não podia ser, era o quarto do pânico!........Anne, o que você acabou de fazer?!.....

– Calma, que cara e essa Icaro? Você não ira me ajudar me levantar? – ela perguntou, me olhando, encarando-me, enquanto esperava uma resposta minha.

– Anne – gritei – Olha a bagunça que você fez! – exclamei aterrorizado.

– Você esta mais preocupado com a tinta no chão do que com a meu estado? ..............Icaro, eu cai! Hellooo?

– sim, mas, mas......E as tintas? Acabaram de ser estragadas. E o chão! Olha para o estado do chão! Quem que vai limpar tudo isso?

– Relaxa mamãe.....e só tinta. Isso sai com agua e sabão. – ela disse, fazendo uma cara engraçada. – Ou por acaso você não quer se molhar?

– E, bom......- concordei com receio. Ela me olhou, mordendo os lábios, fechando de leve os olhos, mostrando um ar de mistério. E, com certeza ela estava planejando alguma coisa.

Ela deu um pulo e se levantou do chão. O seu macacão estava coberto de uma mistura de tintas. Logo, ela ficou de costas para mim, e devagarinho, devagarinho, ela começou a palpar os limites da sua costa. Era visível que os seus braços estavam cruzados, de modo que os seus dedos meramente alcançavam a sua própria costa, mas mesmo assim ela começou a palpar sutilmente. Isso era para me provocar. E do nada, ela tirou a blusa. A blusa que há dois minutos atrás era branca. Agora a silhueta da sua costa nua estava no meu campo de visão. Era uma imagem perfeita, bonita. Simplesmente fiquei la, sem me mexer. Estava atordoado, surpreso pela cena e pelo improviso. Enquanto que tudo era uma mistura de cores, do chão ate a calça moletom dela, as suas costas eram a única coisa que sobreviveu da chuva de tintas, permanecendo intactas, com tal pureza. Logo ela agarrou os seus seios pequenos. Ela virou, me encarando. Olhei logo para os seus seios. As suas mãos faziam concha para os seios, permanecendo estes cobertos. Apenas fiquei lá, olhando a sua silhueta fina, o seu cabelo claro, olhando feito um bobo. Eu não tinha palavras para aquilo. Isso era um espetáculo para mim, que era revelado com o seu olhar sedutor. Ela se inclinou um pouco para a frente, como se iria pegar algo no chão. Eu olhava atentamente para sua delicada costas se inclinando enquanto que ela liberou as suas mãos de seus seios e pegou algo do chão. Ela juntou as suas mãos em concha, como para pegar algo liquido. E....merda........................................

Porque eu fui tão inocentemente desatento?

– Para de jogar tinta em mim Anne!....Mas ela não me ouvia, era como falar com as paredes. Para o momento eu já estava encharcado de tinta laranja, mas ela parecia estar se divertindo com aquilo. Então, tudo aquele espetáculo, foi engano? Você só fez isso para distrair Anne? Anne sua trapaceira!

Também me juntei na brincadeira dela de mau gosto. Sujei as minhas mãos de tinta azul e comecei a persegui-la, com o intuito de mancha-la de tinta azul. Peguei os pequenos potes que continham tinta e a joguei nela. De cabeça ate os pés ela ficou coberta de tinta verde. Uma nova cor para o mix de cores já expostos nela. Logo me arrependi de ter me aproximado dela. Ela estava perto da escada, e no degrau mais alto, ela guardava um pote, ainda maior de tinta vermelha. Foi mais que suficiente para olhar no teto e com um leve empurrão dela, eu já estava empapado de tinta vermelha. Os meus olhos mal conseguiram se abrir de tanta tinta. Por mais que eu limpava o meu rosto com as minhas mãos cheias de tinta, mais impregnado de tinta eu permanecia. De repente ouvi o som de gargalhadas, que cada vez mais iam ficando mais alto e irritante. Anne não conseguiu parar de rir de mim.

– Deixa tirar uma foto de você?!- ela disse, como se a minha resposta realmente tivesse importância.

Eu tinha tanta tinta em mim, que era impossível conseguir enxergar o meu rosto com o resto do meu corpo. Eu era apenas uma silhueta completamente vermelhar. E tudo isso graças a Anne. Obrigada hein Anne, pensei. Mas isso não vai ficar assim

Corri para onde ela estava, com o intuito de pega-la nos braços, deixa-la imóvel. Simplesmente arrependida por o que ela fez. E eu, dono dela. Era como uma brincadeira de pega-pega, para ver quem agarrava quem, quem manchava de tinta quem. Era obvio que eu estava na pior condição de limpeza, pois o que restava de mim era apenas uma silhueta vermelha que cobro viva com o fim de atormentar uma única pessoa: Anne! Ela se protegia detrás da mesa de jantar, que por milagre, não havia sido infectada de tinta. Eu corria de um lado para o outro lado da mesa, para onde ela ia. Eu só respirava com fim de pega-la. De tê-la, apertada, imóvel nos meus braços. O seu corpo todo, do começo dos seios ate o fim do macacão estava sujo de tinta azul, enquanto que os braços estavam sutilmente decorados com tinta laranja e o seu cabelo, detinha a cor dela que deveria ser de nascença: amarelo, quero dizer, loira. Porque Anne não nasceu loira?

– Oiiii, você esqueceu que tem que me perseguir?.....Seu leeeeeeeeeeeeeeeeeeeentooooo~! – ela disse.

– O que? Ah, caralho!...- foi a ultima coisa que consegui disser. O meu corpo todo logo sentiu o rojão de agua que vinha da mangueira. Enquanto a agua fazia força em mim, a tinta cada vez mais se desvanecia, embranquecia, enquanto ia embora, me deixando, com a agua que escorria do meu corpo, da minha roupa molhada, do meu cabelo encharcado, dos meus braços estendidos recebendo aquela fria agua dela. Era ela que tinha a mangueira, apontando para a minha direção, enquanto que ela ria, ria da minha decepcionante situação eu mergulhava cada vez mais na fria agua, agoniante, congelante. Maldita agua fria!

– Cought, coutgh!.......coutgh! –tossi. Anne largou a mangueira no momento em que me viu passando mal, o seu rosto ficou horrível, ela entorto os lábios enquanto seus olhos se arregalavam, certamente era uma careta engraçada dela, a sua cara de preocupação sincera. Ela correu a meu lado, enquanto a minha saúde piorava devido à agua extremante fria, eu tossindo freneticamente. Continue fingindo de coitado doente moribundo, só para ela se aproximar de mim, ate que, ela esteve bem pertinho de mim, podia senti-la, bem no meu lado, com o ser ar de preocupação desnecessária. Ela não se sentia culpada, então como podia estar preocupada comigo?

Mantive a cabeça baixa, olhando para o chão, ate que ela ficou bem perto do meu, seu cabelo acariciando levemente o meu rosto, chegando ao meu peito, a sua respiração acelerada bem no meu ouvido ate que com um rápido movimento peguei-a pelo braço.

– Agora você e minha! – disse, orgulhosamente, como se tivesse ganhado um troféu ou um novo brinquedo.

– Me solta! – ela disse freneticamente, tentando com todas as suas forcas se livrar de mim. – Me solta Icaro! Você esta me machucando!! – ela gritava

Haa...como quem vê pensa. Você não e tão frágil assim não Anne e mesmo que eu tivesse te machucando, no mesmo segundo de te deixar livre, você iria novamente me perturbar, me manchar de tinta com um chute e fazer eu correr atrás de você novamente. Anne, nos seus jogos, sou eu que estou na desvantagem.

Peguei ela pelos dois braços, ergui ela e a levei comigo. Já estava cansado dessa brincadeira inútil.

– Icaro! Me solta seu insensível! – ela gritava

– Insensível? Eu? E você, e o que Anne? Eu, que recebi um balde inteiro de tinta vermelha de você, e depois verde? Eu, que foi molhado, encharcado de agua por sua vontade? Eu, que acabei me dando mal por sua obra de arte horrível de mau gosto? Sim Anne, eu que sou o insensível, o horrível – disse, de saco cheio, secamente, grosso com ela. Simplesmente não pensei nas minhas palavras e nos resultados que podiam causar nela. Ela ficou em silencio, pensativa, sem reclamar enquanto a levava comigo, por minha vontade. Abri a porta do quarto e a joguei na cama branca de casal, longamente ajeitada no meio do quarto pequeno. Ela ficou ali, imóvel, do jeito em que a tinha jogado, com a sua cabeça deitada de lado, o seu corpo de lado, encolhido, as suas mãos juntas e a sua mente em pensamentos, longe de mim, longe da mesma dimensão em que eu me encontrava. Anne, no que você esta pensando?

Deixei-a la, na cama fria, vazia, enquanto fui para o banheiro, para ver o estrago das minhas roupas. Realmente eu estava com uma aparência horrível. O meu cabelo, obscuro ondulado, agora estava totalmente esticado na minha face, como se eu tivesse feito um corte de emo. Os meus olhos fundos, ressaltavam com a minha tez pálida, fria. As minhas mãos, molhadas pareciam mais magras do que nunca. As tintas que tinham sido ofuscantemente parte de mim, agora estavam levemente embranquecidas pela agua que mantinham as minhas roupas encharcadas. As mangas azuis, compridas da minha blusa, teimavam em se deixar cair, pesadamente pela gravidade. Simplesmente aquela aparência horrível ,de morador de rua, não podia ser eu. Pensei em tomar um banho quente e estender a roupa, mas me lembrei que ela ainda permanecia no quarto. Era estranho, porque tudo permanecia num silencio extremamente calmo, e isso, com Anne, era estranho. Olhei de relance para o cama de casal e ela continuava no mesmo estado em que a tinha deixado. Os seus olhos azuis fitavam o nada, os seus pensamentos estavam no nada....simplesmente ela não respondia. Mas perguntar o que aconteceu não serviria de nada....ou ela não me responderia, continuando mergulhado nos seus pensamentos indevidos, profundos ou se fazia de bobo e me responderia com um sutil sorriso de que tudo estava bem. Eu a conhecia, e conhecia todas as suas possíveis respostas. E isso não serviria de nada, ao não ser que.....

O barulho do secador de cabelo era o único que ocupava o quarto, nenhuma palavra dela, ditas por sua boca, ainda. O secador estava bem perto dela, eu bagunçava os seus cabelos castanhos com o ar quente do secador. O barulho do secador era extremamente irritante, de um chiado, frenético, atormenta-te que cortava o ar, mas o efeito que fazia no cabelo de Anne era realmente assombroso. Os seus cabelos, bagunçados, pairavam no ar, eles levemente permaneciam no ar por alguns instantes e logo cobriam-na como um véu, totalmente o seu rosto, e quando eu fitava o secador bem no seu rosto, o resto de cabelos que estavam na sua face desaparecia e bagunçava-se de novo no ar, como se fosse uma brincadeira. Anne ria toda hora em que sentia o calor quente do secador no seu rosto. E a sua risada era o único que importava para mim naquele momento. A sua alegria era o que importava. A sua risada aconchegante, enquanto que eu brincava, aquecendo cada parte, cada célula dela. Enquanto ela ria, graciosamente, porque o ar quente do secador fazia cócegas toda vez que relava na sua suave pele. E eu gostava daquele sorriso do seu rosto, sorriso puro, alegre dela. Somente dela.

Me ajeitei no seu lado, ainda com o secador nas mãos. Ela permanecia, quieta, na minha frente, ainda deitada de lado e com o leve sorriso. O sorriso era o que importava. Me juntei delicadamente a ela, sentindo o calor do seu corpo perto de mim. Fiquei ao lado dela. Meus braços apoiaram no seu corpo, abraçando-a, sutilmente. E permaneci ao seu lado.



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Notas finais do capítulo

Espero ansiosamente os seus reviews MaryLu....xD.....rsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrs