I Knew You Were Trouble escrita por Juliane Bee


Capítulo 51
I fell in love the way you fall asleep, slowly, and all at once.




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/312977/chapter/51

Primeiramente, muito obrigada.

Muito obrigada a todos vocês que acreditaram em mim, que me apoiaram, e que sempre me ajudaram em tempos difíceis. A fic se tornou minha maior fonte de alegria, mas nem sempre foi assim. O começo foi difícil, e até pensei em desistir, mas não o fiz.

Eu sempre gostei de escrever, e vocês apoiaram meu sonho secreto. Ah, só Deus sabe como os elogios de vocês me deixam. Passa até pela minha cabeça escrever um livro.

Quem sabe?

Bom, vocês foram maravilhosos sempre, e peço desculpas se errei em alguma coisa. Eu apenas escrevi com o coração. Tudo que escrevo vem dos meus sentimentos, e talvez um dia eu encontre alguém como o Sebastian.

A todos que comentaram, eu juro que vou responder os reviews, mesmo depois da fic acabada. Eu agradeço imensamente.

Aos que acompanham a fic, muito obrigada, e espero que gostem do final.

É com muita tristeza no coração, mas com o sentimento de dever cumprido, que entrego a vocês o último capitulo dessa história tão linda. Que vocês encontrem suas Charlies e seus Sebastians, e que seus sonhos se realizem.

Isso não é um adeus, viu? Eu tenho outras fics tão boas quanto I Knew que poderei me dedicar mais a partir de agora.

Aos meus amigos, obrigada por me ouvirem. Eu sei que falo demais e que enchi vocês com minhas ideias e desabafos, mas eu amo vocês.

Que esse novo ano de 2014 seja tão bom quanto 2013 foi.

Feliz ano novo!

E agora lá vou eu mudar o status da fic para Terminada.

Uma boa leitura,

Mil beijos,

Juliane Bee, sua amiga.

– - - - -

–Charlie - Falei firme. Não houve nenhuma movimentação da parte dela, que continuou estática.

Alguns segundos de puro silencio me angustiaram.

–Você achou o que? - franziu o cenho - Que era só vir até aqui, e cantar uma musica, que eu voltaria pra você? - ela continuou encarando o chão.

Havia muita amargura em sua voz.

(...)

P.O.V Charlie

Senti a respiração pesada dele.

Ambos ficamos em silencio.

Um flashback das últimas horas passou em minha cabeça.

A primeira coisa que vi ao abrir os olhos, era ele. O transe em que fiquei, nossa, eu estava hipnotizada. Sorri sozinha após Valerie me ajudar a sair do palco. Ele estava ali. E no meu momento mais importante.

Agradeci Owen e Hanna depois do show, eu devo muito a eles. Papai e Mamãe não conteram as lágrimas, e me abraçaram assim que puseram os olhos em mim. Realmente era uma música especial para todos nós.

–Você estava maravilhosa, filha. - Meu pai tentou conter o choro.

–Parabéns, meu amor. - Mamãe estava do mesmo jeito - Ele ficaria orgulhoso de você.

–De todos nós, mãe. - Sorri para eles.

Passei a maior parte do tempo ajudando o pessoal, mas incomodada com o fato de que ele estava ali, e que eu poderia encontra-lo a qualquer momento. Almocei com o pessoal da tenda de arrecadação, onde me "escondi" por muitas horas.

–Realmente é um trabalho incrível, Charlie. - Olhei para cima encarando a voz. Estava concentrada em alguns contratos que tínhamos feito hoje, que demorei para reconhecer de quem era essa voz conhecida.

–Zoe! - Ela me abraçou - Você veio! Muito obrigada!

–Eu não perderia por nada, Chars. - sorriu.

–Eu fico muito feliz em te ver aqui. Isso - olhei ao meu redor - é o meu bebe, quer dizer, nós lutamos tanto para tornar o sonho de Luke realidade, que me deixa emocionada ver todo mundo aqui. - Falei já com lágrimas nos
olhos.

–Você fez um trabalho incrível, parabéns. - falou terna - E cantou muito bem hoje, não sabia desse seu talento - Ela riu.

–Obrigada, Zoe. - disse ainda um pouco envergonhada - Eu achei que não fosse conseguir, mas tirei uma força de dentro de mim que nem sei de onde veio.

–Ah, eu sei. - fez uma careta - Daquele cara gatinho no meio da multidão que olhava fascinado você.

Revirei os olhos.

Não vamos falar sobre ele, por favor.

–Não, Zoe. - Mexi nos papéis - Não quero falar sobre isso, hoje é um dia muito importante pra mim, meu penúltimo na cidade, e não quero ficar chateada.

Ela deu de ombros.

–Antes de você me explicar essa história, eu só quero dizer que eu vi sinceridade nos olhos dele. Ele gosta de você de verdade.

–Sim, Zoe. Aham. - Ela revirou os olhos - Agora deixa eu te contar as últimas - a garota em minha frente riu divertida.

E como se não bastasse Zoe falando sobre isso, Hanna fez o mesmo - o que já era esperado, mesmo sabendo que eu pedi um milhão de vezes que não queria falar mais sobre isso.

Era um assunto acabado, fim.

–Charlie, é sério, por favor. - Falou do outro lado da linha - Você tem que ir vê-lo. Por favor, escute o que ele tem a dizer.

–Hanna, para. - tentei não perder a paciência.

–Para você, Charlie. Chega de se comportar como uma criança mimada. Se eu estivesse aí juro que arrastaria você - Ela estava gritando, e tive que colocar o telefone longe do meu ouvido.

–Mas você não está, e não pode me obrigar. - agradeci mentalmente.

–Charlie, de essa chance a você. Faça isso por Sebastian, por nós que queremos ver nossa marrentinha feliz, e por você, que merece toda felicidade do mundo. - E a ligação caiu.

Não posso dizer se foi de propósito ou não, mas ¨de essa chance a você" ficou martelando em minha cabeça.

A noite já tinha chego, e Hanna disse que seria um dos primeiros shows.

–Lori, segure as pontas - falei para a outra voluntária - Eu compenso amanhã.

Nesse momento corri como se minha vida dependesse disso.

A plateia já estava alvoroçada, mas eu precisava chegar mais perto. Consegui ir me esquivando, mesmo sendo duramente pisoteada, mas cheguei no meio do pessoal.

Mamãe estava no palco, apresentando ele.

–Bom, pessoal. - sorriu para todos - Agora está na hora de uma mega atração! Como dizem, o bom filho a casa torna, e como vocês sabem por um curto período de tempo nós recebemos a visita de um músico muito conhecido por vocês, e principalmente entre o público mais jovem - alguns gritos femininos - Ele está aqui para fazer uma apresentação muito especial, e eu quero que vocês o recebam com carinho. Senhoras e senhores, Sebastian Campbell!

Mamãe gostava dele.

Mesmo depois de tudo, ela, meu pai, vovó, Hanna, e todo mundo,
simplesmente pareceram deletar tudo que ele fez.

Mas eu não.

Ele entrou no palco a passos largos.

–Boa noite a todos - Droga, ele estava muito bonito - Eu gostaria muito de agradecer a todos os moradores dessa cidade maravilhosa por terem sido tão generosos comigo, e prestativos, durante o período em que estive aqui. Essa cidade foi muito acolhedora, e eu tenho um carinho muito grande por todos. - sorriu levando o público a loucura - Eu escrevi essa próxima música durante minha estadia aqui, e uma pessoa muito especial serviu de inspiração. - fitou o chão - Eu só queria pedir desculpas, de verdade, e falar que meus sentimentos se resumem a essas palavras. - ficou alguns instantes em silencio, como se tomasse coragem - Espero que gostem.

Olhei para os lados para ver se alguém me observava. Um sorriso bobo brotou em meus lábios, e não consegui conte-lo.

Era para mim.

De repente toda Underground Legends subiu ao palco. Meu coração deu um salto, devido ao fato de que sou fã deles desde minha adolescência.

–Essa é pra você, onde quer que você esteja.

I don't want this moment, to ever end,

Where everything's nothing, without you.

I'd wait here forever just to, to see you smile,

Cause it's true, I am nothing without you.

Through it all, I made my mistakes.

I stumble and fall,

But I mean these words.

I want you to know, with everything I won't let this go.

These words are my heart and soul,

I hold on to this moment you know.

Cause I'd bleed my heart out to show, that I won't let go.

Thoughts read unspoken, forever in doubt.

And pieces of memories fall to the ground.

I know what i didn't have so, I won't let this go.

Cause it's true, I am nothing without you.

All the streets, where I walked alone,

With nowhere to go.

Have come to an end.

I want you to know, with everything I won't let this go.

These words are my heart and soul,

I hold on to this moment you know.

Cause I'd bleed my heart out to show, that I won't let go.

In front of your eyes, it falls from the skies,

When you don't know what you're looking to find.

In front of your eyes, it falls from the skies,

When you just never know what you will find.

I don't want this moment to ever end.

Where everything's nothing without you.

I want you to know, with everything I won't let this go.

These words are my heart and soul,

I hold on to this moment you know.

Cause I'd bleed my heart out to show

that I won't let go.

Então ele abriu os olhos. Sebastian os manteve fechados durante todo o tempo.

E como hoje de manhã, foi como se alguma coisa o puxasse para que ele olhasse bem em minha direção.

Assim como eu fui puxada.

Lágrimas em meus olhos teimavam em cair a todo momento. Eu consegui relembrar tudo que passamos juntos durante a música. Mas mesmo que eu o perdoasse - coisa que eu já tinha feito há um bom tempo, e que meu coração sabe - nós não poderíamos ficar juntos. Nós temos vidas opostas, não vai dar certo.

Eu estava perdida, minha vida esta divida entre meu sonho, e meu amor. Só que eu não posso fazer isso com ele, e também não posso fazer isso comigo.

É melhor que ele me odeie por não querer escuta-lo, do que ele triste por não me ter ao seu lado. É melhor cortar agora pela raiz, vai doer menos para nós dois.

Eu adoraria voltar para os braços dele, mas não posso.

Não dá.

Ele sorria e me encarava. Era demais para mim, então comecei a andar de costas, depois saindo correndo. Eu precisava fugir.

Fugir dele, fugir desse sentimento, fugir daqui.

Corri, como se o ar não fosse necessário. Tanto que cheguei até o estacionamento ofegante.

–Charlie! - Não podia ser ele, por favor. Me virei, mas era Owen. - Porque você foi embora?

–Eu preciso, Owen. - tentei raciocinar - Por favor, me deixa ir.

–Não, Charlie. Você ama ele. - Ele segurou meus braços, e olhou fundo em meus olhos.

–Owen, as vezes é preciso se afastar das pessoas que mais gostamos, mas isso não quer dizer que as amamos menos. As vezes as amamos mais. - Eu estava quase implorando para que ele me deixasse ir.

Owen largou meus braços.

Ele entendeu o que quis dizer, ele me conhece.

Corri até o meu carro, entrei, e acelerei. Eu só queria ir embora, e se pudesse ir para Inglaterra agora, eu iria. Mas como não podia, fui para o meu lugar seguro.

Estacionei o carro, e andei calmamente até um banco.

Eu precisava voltar a respirar de novo.

Sentei solitária e fiquei encarando o nada. Tantos bons momentos, tantas coisas ruins, esse lugar foi cenário da minha vida, pode se dizer assim.

–Charlie - Ouvi sua voz. Pensei que pudesse ser um delírio, meu pensamento, talvez, mas senti a presença dele.

O calor.

Respirei fundo.

Não podia voltar atrás, tinha que ser assim.

–Você achou o que? Que era só vir aqui, e cantar uma musica, que eu voltaria pra você? - Falei dura. Consegui disfarçar bem a voz, era minha especialidade afastar as pessoas.

–Charlie, eu.. - seu olhar ficou perdido.

–Pois bem, saiba que não conseguiu. - sorri fraca - Agora pode ir embora, você não tem mais nada para fazer aqui. - Continuei fitando o chão.

Assim seria mais fácil.

–Charlie, pelo menos olha pra mim. - Respirei fundo - Por favor?

Me virei lentamente.

Não consegui olhar para os olhos dele, tinha medo de me perder naquela imensidão.

–Charlie, você pode me xingar, me tratar como um lixo, me bater, mas pelo menos olha nos meus olhos. Você vai ver a verdade, o que realmente sinto. - Levantei meu olhar devagar, e encontrei os olhos dele.

–Satisfeito? - tentei pensar em qualquer coisa, menos em nós.

–Eu não entendo, Charlie. Você não sente mais nada? - Ele estava suplicando.

–Não. - Falei seca.

–Sabe Charlie, isso que eu sinto por você é amor. É uma emoção que esmaga a lógica e o bom senso. Eu fiz o impossível e o possível para vir aqui, só pra te olhar nos olhos, Eu tinha certeza de que você me desculparia, que nós poderíamos ficar juntos. - Ele balançou a cabeça - Não pode ser, eu me apaixonei por você, e sei que você também por mim. - Ele me encarou - Eu não planejei me apaixonar por você, sabe, e duvido que você também tenha planejado se apaixonar por mim. Mas assim que nos conhecemos, estava claro que nenhum de nós conseguia controlar o que estava acontecendo com a gente. Nós ficamos apaixonados, eu sei que sim, e apesar das diferenças entre nós, quando isso aconteceu, alguma coisa rara e maravilhosa foi criada. Pra
mim um amor como o nosso só acontece uma vez, e é por isso que cada minuto que passamos juntos ficou gravado em minha memória. Eu nunca me esquecerei de um momento sequer. -Seus olhos estavam marejados, assim como os meus.

Respirei fundo.

Essa é a última vez que vou passar por isso.

–Isso foi lindo, Sebastian. - sorri - Mas guarde para alguém que se importe! - Ele me olhou surpreso.

O fitei pela última vez. Eu juro que queria guardar na memória uma imagem mais bonita, mas essa seria a última vez que nos veríamos.

–Charlie.. - Ele segurou meu braço enquanto eu tentava ir embora, e me abraçou.

O calor do corpo dele me deixou arrepiada. Se eu pudesse ficaria abraçada a ele para sempre.

Ele encontrou meu ouvido, e sussurrou:

–Você pode mentir para mim, mas não para si mesma. - o larguei naquele mesmo instante.

Voltei para o carro em lágrimas.

E foi nesse momento que percebi o que é o verdadeiro amor.

Amor quer dizer que você se importa mais com a felicidade da outra pessoa, do que com a sua, Não importa o quão doloroso podem ser as escolhas que você tiver que enfrentar. E eu sei que Sebastian só será feliz longe de mim.

Infelizmente não era o suficiente.

I'd like to say we gave it a try

I'd like to blame it all on lif

Maybe we just weren't right

But that's a lie

That's a lie

And we can deny it as much as we want

But in time our feelings will show

Cause sooner or later

We'll wonder why we gave up

But truth is, everyone knows

Oh, almost, almost is never enough

So close to being in love

If I would have known that you wanted me

The way I wanted you

Maybe we wouldn't be two world apart

But right here in each others arms

Well we almost, we almost knew what love was

But almost is never enough.

Não sei como consegui dirigir até em casa, mas assim que cheguei desabei sobre o volante.

–Venha - Owen abriu a porta do carro me amparando - Nós estávamos te esperando.

Ele me pegou no colo, e me levou para dentro como se eu fosse um bebe. Eu estava me sentindo protegida. Fechei os olhos, e quando os abri estava sentada no sofá.

Mamãe, papai e ele, me encaravam.

–Voces sabem que foi melhor assim. - tentava acreditar em minhas próprias palavras - Depois de tudo, acho que não tinhamos outro caminho.

–Charlie, eu sinto muito - Minha mãe afagou meus cabelos.

–Tudo bem, não é sua culpa. - sorri fraca - Obrigada, por tudo Owen. - o encarei - Posso te pedir uma coisa?

–Pode falar. - falou prontamente.

–Você me leva ao aeroporto amanhã de manhã? - Ele fez uma careta.

–Filha? - Meus pais ficaram surpresos.

–Eu remarquei a passagem hoje cedo, e prefiro me despedir de vocês em casa - fitei os dois - Sabem como eu odeio despedidas.

–Tudo bem, filha. - Minha mãe beijou minha testa.

Eles sabiam que essa discussão já estava ganha.

–Eu vou te acompanhar até a porta. - Falei olhando para Owen.

Fomos até ela em silencio.

–Charlie, vai ficar tudo bem. - Ele me abraçou.

–Não vai - balancei a cabeça - É pior do que quando Luke foi embora. Pelo menos eu sabia que não era minha culpa, mas agora.. - Ele limpou minhas lágrimas.

–Você é forte, sabe disso. - me beijou na bochecha.

Tudo que eu mais queria era minha cama, e assim que a encontrei, capotei.

****

–Bom dia, Charlie! - Levantei com meu pai batendo na porta - Acordei você?

–Não, pai. Eu já estava acordada há um tempo - Menti.

–É que eu queria trazer café na cama para minha garotinha, como fazíamos quando você era menor. - Ele entrou no quarto, levando a bandeja até a cama.

–Pai.. - sorri encantada - Muito obrigada.

Ele ficou um tempo me observando, provavelmente querendo guardar esse momento em sua memória.

–Filha, eu só te peço uma coisa. - me encarou sério.

–O que? - Falei com a boca cheia de pão.

–Seja feliz. - Ele sorriu - Eu sei que você vai obter sucesso em tudo que fizer, sabemos que você é brilhante, mas não se esqueça de você. Eu só quero que você seja feliz como merece, e você merece tudo.

–Obrigada, pai. - O abracei.

–Eu vou sentir tantas saudades suas, todos vamos. - sussurrou com a voz chorosa.

–Eu vou tentar sobreviver sem vocês, e sem o seu café na cama - Nós rimos.

Ele saiu do quarto me deixando livre para terminar de arrumar as coisas.

Tomei um banho, e coloquei uma roupa apropriada para viagem. Assim que terminei tudo fechei minhas malas. Coloquei meus objetos pessoais todos em uma outra mala, mas não pude deixar de olhar para o meu quarto.

18 anos de história aqui, e agora eu estava partindo.

Abri as asas e voei para longe, como vovó sempre fala.

Fechei a porta do quarto decidida. Só voltaria aqui quando estivesse completa. Formada, e feliz.

Peguei as duas malas, e as arrastei para fora. Parei na porta em frente ao meu quarto. A abri devagar, e deixei as lembranças me levarem. O quarto de Luke, e que também foi de Sebastian.

Tantas memórias.

Desci a escada com dificuldade. Minha mãe, vovó, Valerie e Owen estavam me esperando na sala junto com Papai.

–Vó! - Fui abraça-la.

–Eu vou morrer de saudades, filha. - Falou com a voz embargada - Por favor, não esqueça dessa velha aqui, hein? - Ela sorriu.

–Nunca vou esquecer - sorri - Você vai estar comigo sempre. - Ela assentiu - Val! - Outra que já estava chorando.

–Ah, prima. Eu e James vamos para Europa daqui há algumas semanas, e prometo te visitar. Não vou conseguir ficar longe de você.

–Nem eu. - Falei a abraçando.

–Charlie! - Minha mãe era a pior de todos, ela estava aos prantos - Como vou viver sem minha garotinha? - A abracei - Eu te amo, filha. E prometo que vou levar seu pai para vê-la, nem que eu precise arrasta-lo.

–Eu amo vocês. - Falei olhando para ela e papai.

–E nós você. Temos muito orgulho em ter você como filha - Papai tentou conter as lágrimas. - E então fizemos isso.

Ele foi até a mesa de centro, e pegou uma cartolina.

"Parabéns, Charlie! Medicina, Oxford -UK."

–Eu não acredito que voces fizeram isso! - sorri embasbacada - Obrigada, eu amo vocês - abracei as pessoas mais importantes em minha vida.

–Charlie, vamos indo? Faltam menos de duas horas para seu voo. - Owen falou abrindo a porta.

–Claro, vamos sim. - Olhei uma última vez para eles.

"Boa sorte, querida".

"Nós amamos você".

"Sentiremos sua falta".

Sorri para eles.

Agora é o inicio de um novo começo.

Segui com Owen de carro até o aeroporto. Quando chegamos lá, tratei logo de fazer o check in, para ficar mais tranquila. Sentei em uma das poltronas na sala de espera, e respirei fundo.

–Nervosa? - perguntou.

–Você não faz ideia.. - Sorri nervosa.

–Charlie! Charlie! - Ouvi gritos.

Era Hanna correndo pelo aeroporto, imagina se não.

–Hanna! - Quando me viu, veio correndo em minha direção.

–Como você ousa ir embora sem se despedir! - Ela me abraçou forte - Eu odeio você - Ela estava chorando.

–Eu vou sentir sua falta, muito, mesmo. - Olhei para o lado. Blake estava parado ali. Ele sorriu, e eu fiz sinal para que ele viesse também.

–Você é muito especial, Charlie. Parabéns pela conquista. - Ele me abraçou tímido.

–Obrigada, Blake. E por favor, não desista dessa maluca aqui, tá? - Hanna sorriu ainda chorando.

–Eu não vou. - Falou decidido.

Olhei para um Owen deslocado ali.

–E você, meu garoto. - o abracei - Vai encontrar alguém especial, e será muito feliz. - sorri para ele - Não me deixe ficar sozinha, vá me ver em breve. Sempre terei um lugar para voce, em minha casa, e no meu coração. - ele sorriu.

–Eu nunca vou te deixar, pequena. Te amo! - me abraçou.

Olhei para todos ali, meus amigos. Como vou sentir falta deles.

A atendente avisou que o voo sairia em menos de uma hora. Eu já queria entrar, ficar um pouco sozinha, e preparada.

–Eu amo vocês! - Soprei um beijo, andando até o corredor.

–Não! - Me virei na hora - Você não pode ir se me escutar.

Sebastian.

–Você? Como soube? - Olhei para Hanna - Voces..?

–Eu o trouxe. - uma voz grave me assustou.

–Pai? - Ele estava um pouco mais atrás dele.

–Filha, eu só quero ver você feliz. - sorriu - E você só vai ser feliz se estiver com ele - encarou Sebastian.

Então o encarei.

–Charlie, eu amo você. - disparou logo de cara - Eu só sou quem eu sou, por sua causa. Você é toda a razão, esperança, e sonhos que eu já tive na vida, e aconteça o que acontecer no futuro, cada dia que passamos juntos é o melhor dia da minha vida. - ele sorriu - Serei sempre seu, você sabe disso. E
você, marrentinha, sempre será minha. - Ele era o cara mais convencido que eu já conheci.

–Você é o cara mais convencido que eu já conheci! - Falei sorrindo.

–E o que você mais ama. - Ele foi se aproximando.

–Eu amo você - Falei sincera.

As três palavras que estão entaladas desde o dia em que o conheci, mas que ainda não sabia.

–Eu também amo você, Sonencler. - E então ele colocou as mãos em minha cintura, e me puxou para perto.

Nós nos beijamos.

Nada precisava ser dito, tudo estava explicado em um simples selar de lábios. Desculpas, saudades, sentimentos, eramos só nós dois. Como sempre.

Nunca vou me esquecer desse beijo, o nosso beijo de despedida.

Nos soltamos com dificuldade, e também porque papai pigarreou.

–Você sabe que não vai ser fácil - Falei com a testa ainda colada na dele.

–E daí que não vai ser fácil? - Ele sorriu - Vai ser muito difícil, sim, e vamos ter que trabalhar nisso todos os dias. Mas eu quero fazer isso porque eu quero você, eu quero você para sempre. Você e eu, todos os dias. - Sorri para ele - Quando duas pessoas se importam uma com a outra, elas dão um jeito de fazer as coisas darem certo.

"Atenção passageiros do voo 797 destino Londres, favor se dirigir a pista de embarque".

–Nunca esqueça que eu amo você. - fitei seus olhos sabendo que também era correspondida - Meu coração é, e sempre vai ser seu. Obrigada por ter me feito tão feliz - o abracei.

–E você, Charlotte Rose Sonencler, me acordou. - ele ficou sério - Eu te amo.

Nos deixamos com dificuldade, eu não queria deixar ele ir, e ele também não queria me perder.

–Do tamanho do infinito. - Falei enquanto andava até o portão de embarque.

–E alguns infintos são maiores que outros, como o nosso! - disse sorrindo.

Olhei para frente, sabendo que estava deixando as pessoas que eu mais amo para trás.

Eu estava com medo.

Assim que entrei no avião, sorri sozinha. Então eu percebi duas coisas:

1- Eu me apaixonei do mesmo jeito que alguém cai no sono: gradativamente, e de repente, de uma hora para outra.

2- Você pode amar muito alguém, mas você nunca pode amar uma pessoa tanto quanto pode sentir falta dela.

E eu sentiria muito a falta de Sebastian, porque eu o amo.

Como nunca amei ninguém.

E nunca vou amar.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Não esqueçam de comentar o que acharam, viu!! E por favor, se despeçam de mim. Nós criamos uma relação, e eu queria muito dar um tchau pra vocês. Muito obrigada por tudo! E agora partiu ler minhas outras fics, né galera? Hahaha
Amo vocês!
Feliz 2014!