I Knew You Were Trouble escrita por Juliane Bee


Capítulo 49
I'm still learning love, just starting to crawl..


Notas iniciais do capítulo

Heyy! Olá, lindos e lindas! Mil perdões, eu não vi que estava tão atrasada assim e escrevi pedacinho por pedacinho do capitulo, até achar ele digno de ser postado. Mais um P.O.V Sebastian especial para vocês



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P.O.V Sebastian

Eu estava ansioso. As borboletas em meu estomago não se acalmavam. Uma angustia, uma sensação de de perda estava me atingindo. Eu sabia que se não falasse com Charlie antes dela partir, a perderia para sempre.

O problema agora era como eu faria isso, afinal, estávamos com muitos compromissos, a divulgação do cd e tudo mais. Mesmo assim, eu precisava tentar falar com Foster, isso era muito importante. Minha vida esta em jogo, e se não der certo, eu quero pelo menos lembrar que tentei.

Fui até a gravadora, Foster estaria lá arrumando alguns detalhes da turnê. Parei o carro e entreguei as chaves ao manobrista. Na entrada havia um grupo de pessoas, fãs, a espera de que algum de nós aparecesse. Fui até os fãs, que estavam já gritando. Depois de fotos, autógrafos e muitos abraços cheguei ao 13º andar.

Blake e Foster estavam no estúdio. Fui devagar, não queria atrapalhar a sonorização.

O instrumental tá muito devagar, se acelerarmos mais a voz do Brian e a música, acho que o arranjo fica melhor.

Muito bem, Blake. Ótima ideia - Foster disse. Pigarreei e ele me notou ali - Sebastian! Nós tínhamos marcado alguma coisa?

Não, Foster - Falei me aproximando da mesa de áudio e sentando na cadeira vaga ao seu lado. - Eu precisava falar com você. Blake - Ele acenou com a cabeça.

Você quer ir vê-la, não é? - O olhei embasbacado, assim com Blake - Eu conheço muito bem vocês, garotos.

Então você sabia de tudo - Blake falou - E nós preocupados em como iriamos falar com você.

Como você soube? Tá tão na cara assim? - Falei rindo. -Não, Sebastian. É uma longa história. Quando você sofreu o acidente, e o delegado Sonencler me ligou, eu fui logo preparado para o pior. Quando vi que você estava bem, a primeira coisa que fiz foi tentar convencer ele a não prende-lo. Ele sugeriu que fizéssemos um acordo, e assim foi feito.

Mas que acordo é esse? - Perguntei curioso.

Você não seria preso se pagasse tudo em serviço comunitário e se a banda se apresentasse em uma feira da cidade.

É a Feira da Charlie, Sebastian - Blake juntou os pontos.

É, essa mesma. E depois que todos descobriram, eu telefonei para Bob para ver se o acordo tinha sido quebrado. Ele falou que não, que você estava liberado. Ele falou que você aprendeu a lição, e que era um bom garoto.

Não, Foster. Nós temos que tocar lá. - Falei me levantando - Eu devo isso a Bob, eu devo isso a eles.

Se a banda topar, por mim tudo bem. Nós ainda não começamos a turnê, e não temos nada marcado para o sábado. - Foster disse.

Eles vão aceitar, Sebastian. Eles sabem o quanto Charlie significa pra você.

Tomara, Blake. - Falei torcendo para que eles aceitassem.

Eu vou falar com eles - Foster saiu de lá. Ficamos em silencio, apenas na torcida para que tudo desse certo.

Fiquei encarando pingos de chuva, que agora caía fortemente na janela. Nós tínhamos alguém nos esperando lá. Blake e eu tínhamos uma família. Depois de alguns minutos Foster veio até nós.

Sinto muito garotos - Nós o encaramos pasmos - Mas vocês terão que fazer as malas de novo.

Ah, eu sabia - Blake disse.

Muito obrigada, Foster - Fui abraça-lo.

Nós somos uma família, Sebastian.

Me despedi deles e corri para meu apartamento. O tempo estava fechado, e a chuva me impediu de chegar rápido. Precisava chegar lá em três dias, e a mala deveria estar pronta desde já. Uma ansiedade me dominou. E se ela não me quisesse lá? Me desviei de meus pensamentos assim que ouvi batidas na porta. Para o porteiro ter deixado entrar, é alguém conhecido. Corri para abrir a porta.

Pessoal? - Todo mundo estava parado do outro lado da porta.

Podemos entrar? - Blake falou. Ele estava com uma cara estranha. Abri a porta e os levei até a sala.

Sebastian, nós não temos boas notícias. Vou ser direto - Foster se apressou e começou a falar - Parece que o destino não esta a seu favor. Depois que vocês saíram da gravadora, eu tentei comprar as passagens para New Jersey, mas infelizmente não foi possível. Devido ao mau tempo, o aeroporto estará fechado até sábado.

Sábado é a feira, vai dar tempo - Falei com uma pontinha de esperança.

Eles não confirmaram. A tempestade pode se prolongar, e avançar cada vez mais. Ninguém tem certeza de nada, Sebastian. Eu tentei ver outras conexões, mas todas só depois do final de semana. Eu tentei com alguns amigos pilotos, mas ninguém quer se ariscar. Nem mesmo por um valor alto. É um tiro no escuro, Sebastian. Atravessar o país em meio a essa tempestade, é quase impossível. - Todos me olhavam com pena.

Não por terra - Falei me levantando rapidamente - Olha, eu preciso estar lá. Voces podem ir no sábado, esperem até o final de semana. Eu não posso, Foster. Eu devo isso a eles, eu devo isso a ela.

Você esta pensando em ir de carro? - Blake perguntou falando como se eu fosse um louco.

Sim. - Falei convicto.

Você não vai conseguir chegar lá a tempo, cara - Brian disse.

Eu não vou parar, se eu for direto eu consigo chegar cedo lá.

Sebastian... - Foster começou a falar.

Eu vou com você - Blake se levantou.

Não, você tem que ficar aqui. A turnê precisa ser finalizada, e você é o melhor nisso. - Ele me olhou contrariado - Se você quer me ajudar, eu preciso que me empreste seu carro. O meu não foi feito para pegar estrada, e não foi revisado.

Claro, eu vim com ele. - Ele me jogou as chaves - Eu revisei ele antes de ir ver você em New Jersey.

Obrigada - Agradeci e fui até o meu quarto para fechar a mala. Aproveitei e fui ao banheiro e peguei meus pertences. - Eu estou pronto. Os encarei. Eles eram minha família.

Se cuida, Cara - Brian me abraçou assim como os outros - Vá com segurança, e cuidado com a chuva.

Fui até a porta, onde estavam Blake e Foster.

Não corra, o importante é que você vá com segurança - Foster me abraçou.

Pode deixar.

Nos vemos no sábado, se tudo der certo - Blake me abraçou - Eu te amo, cara. Fica bem.

Vou estar te esperando - Ele riu - Te amo, irmão.

Ele abriu a porta do meu apartamento.

Toma conta de tudo aí - Me despedi, e ele assentiu.

Entrei no elevador e pareceu uma eternidade essa longa espera. Procurei a Pickup preta fosca de Blake e corri até ela. Graças ao meu capuz não me molhei muito, mas a chuva estava forte. Logo que peguei a estrada, não consegui ir muito longe nas duas primeiras horas de viagem. Não podia estragar tudo, tinha que chegar inteiro para ela.

Como nem tudo são flores, depois de algumas horas de viagem quando esta em Utah vi um acidente que mexeu comigo. Uma família inteira morta, por causa da chuva, imprudência, não sei, mas todos estavam juntos, abraçados. Estava muito abalado ainda, e a chuva tinha parado, deixando o céu cinza. A paisagem era rural, tudo muito verde. Então o carro começou a tossir.

Não, não pode ser - Olhei para o painel e o ponteiro da gasolina estava no vermelho

Mas que merda! - Praguejei. Eu tinha acabado de passar pela cidade, e não tinha nenhum sinal de posto.

Por favor, só até eu achar um posto. Notei uma placa no meio do campo. "Posto Flickmann, á 3 quilômetros". Mas o carro não aguentou. Parou ali mesmo.

Ótimo, três quilômetros a pé.

Desci do carro e estiquei minha perna, que estava dormente. Eu estava há quase cinco horas na estrada, direto. Eu estava quase a deriva, nenhum carro havia passado nesses dois quilômetros. Quando avistei o posto, já estava me arrastando. O posto parecia abandonado.

Por favor - Entrei na loja de convencia. Ninguém respondeu, estava um silencio imenso.

Em que posso te ajudar? - Um homem apareceu na porta, atrás de mim.

Meu carro, eu estou sem gasolina. Preciso encher o tanque.. - Ele me dava arrepios.

Desculpe, garoto. O posto está desativado - Me respondeu carrancudo.

Mas, tem algum outro posto perto daqui?

Não - Respondeu seco - O próximo é só em Louisville.

Fica muito longe?

Sim - E saiu de lá me deixando sozinho.

O senhor tem que me ajudar - Fui até ele, que estava entrando em sua camionete.

O que você quer, garoto? -Eu preciso chegar em Brass Castle, New Jersey no sábado. E meu carro está sem gasolina, e parado há 3 quilômetros daqui.

Boa sorte - Ele entrou no carro.

Não, por favor. Eu não posso desistir, eu preciso chegar lá. - Ele acelerou o carro

Você nunca correu atrás de um amor? - Ele desligou o carro.

Entra aí - Ele me encarou como se dissesse "Não vou falar duas vezes". Entrei no carro -Seu carro esta a 3 quilômetros, vamos até lá. Eu tenho um galão no banco de trás.

Muito obrigada, senhor. -Agradeci sincero.

Jeff, meu nome é Jeff.

Eu sou Sebastian - Sorri para ele, que agora parecia amigável.

Então você está indo atrás de uma garota?

Sim, Charlie é o nome dela. Eu fiz algumas coisas que magoaram ela, e eu preciso pedir desculpas. Ela está indo para faculdade, e eu preciso falar o que eu estou sentindo antes que seja tarde.

Você é tão jovem, mas o seu amor é muito parecido com o meu. Você realmente a ama.

Sim, de verdade. O senhor então ama muito alguém - Ele suspirou.

Sim, mesmo depois dela ter partido - Ele me encarou - Minha esposa foi meu primeiro e único amor.

Eu sinto muito.

Tudo bem, já faz alguns anos. Todos os dias eu sinto ela presente, e é isso o que me faz continuar. - Ele sorriu triste - Aquela é sua pickup?

Isso! - Estacionamos ao lado dela. Jeff completou o tanque, depositando o combustível que mantinha em um galão no banco de trás.

Muito obrigada, Jeff! - O abracei rapidamente.

Eu espero que sua Charlie seja como a minha Rose foi para mim - Ele embarcou no carro - Boa sorte, garoto.

E desapareceu no horizonte. Entrei na pickup e contabilizei. Perdi uma hora com tudo isso, mas não foi o que pareceu, porque ganhei muito com a história de Jeff. Um ótimo cara. Acelerei, e caí na estrada novamente. Rodei por mais doze horas seguidas, sem nenhuma pausa. Faltavam exatamente um dia e meio para concluir a viagem.

Eu já estava exausto, mas precisava continuar. Acabei parando em um restaurante na beira da estrada porque estava com sede, e fome, muita fome. Tinha alguns caras do lado de fora mau encarados, mas eu estava com fome demais para voltar ao carro e ir embora. O restaurante estava cheio de motoqueiros, e uma fumaça de cigarro estava contaminando o local. Aonde eu vim parar? Pensei com um pingo de medo.

Vai querer o quero, garoto? - Uma mulher no balcão perguntou.

Eu quero um hambúrguer e uma soda, por favor.

Ela anotou o pedido e sem demora voltou com o meu prato. Como eu estava com fome. Enquanto eu comia, notei que estava sendo encarado. Comi silenciosamente, e o mais rápido que consegui. Fui ao banheiro e logo quando saí tratei de pagar e sair dali. Quando fui até o carro notei que ele estava todo riscado e pichado com tinta preta. Os caras da entrada estavam rindo.

Mas o que? - Falei olhando os estragos.

Fiquei na minha, eles eram muitos e eu estava em desvantagem. Entrei na Pickup e saí dali. Não tinha ido muito longe, quando um carro atrás do meu começou a dar sinal de luz. Eu abaixei o vidro e fiz sinal, para que ele passasse. Já era noite, e eu não estava com tanta pressa assim. Ele estava chegando cada vez mais perto, até que bateu com tudo em minha traseira. Eu estava de cinto, e após a freada me certifiquei de que tudo estava bem.

Desci do carro, e fui ver o que realmente tinha acontecido. O motorista do outro carro desceu também.

O que você fez? - Perguntei olhando a traseira detonada.

Passa as chaves - Falou. Tentei recuar, mas outros três indivíduos saíram do carro. -

Vai ser melhor pra você - Falou e riu sádico.

Fiz o que ele disse, e após as risadas tive certeza de que eram aqueles caras do restaurante. Dois entraram na pickup e os outros entraram no outro carro.

E lá se foi toda minha mala, e o carro do Blake - Falei enquanto observava o carro e a pickup indo embora.

Eu devia estar no centro da cidade, tentei procurar um lugar "seguro" para ver o que podia fazer. Eu tinha dinheiro suficiente para alugar um carro, mas eles só abririam pela manhã e eu perderia tempo. Eu tinha que pegar um ônibus, o problema era achar a rodoviária. Peguei meu celular para visualizar pelo gps e notei que estava com pouca bateria.

"Ótimo"

Vi as ruas e coloquei ele de volta no meu bolso. Por sorte a rodoviária não era muito longe, e eu não precisaria andar muito. Enquanto andava uma garoa começou a cair, e pelas possas na calçada havia chovido anteriormente. Enquanto me aproximava da rodoviária - eu já estava na metade da quadra - um carro passou e toda aquela água foi jogada sobre mim. Claro.

Em que posso ajuda-lo - A atendente da empresa de transporte rodoviário falou enquanto mascava um chiclete de uma forma vulgar e me encarava como se eu fosse um mendigo.

Eu preciso de uma passagem para New Jersey.

Me desculpe senhor, mas nós não trabalhamos com essa linha nos domingos, terças e quintas. O proximo ônibus só saí amanhã.

O que? Não, mas eu preciso então de um que vá próximo dessa região.

Um ônibus para Ohio saí daqui a uma hora.

Ótimo, eu quero esse - Falei pegando a carteira.

Não trabalhamos com cartão de crédito senhor, somente dinheiro. -Olhei em minha carteira, eu só tinha quinhentos dólares. - São quatrocentos e vinte e cinco dólares com cinquenta centavos - Ufa - Sem seguro. Com seguro fica quatrocentos e cinquenta dólares com dezoito centavos.

Com seguro, por favor - Era melhor prevenir do que remediar.

Esperei até o ônibus partir, e somente mais duas pessoas embarcaram comigo. Em cada parada que o ônibus fazia durante a estrada algumas pessoas entravam. Aproveitei que estava sozinho e fechei os olhos para dormir. Eu estava cansado. Quando abri os olhos já estava de manhã. Hora da primeira parada, a hora do café da manhã. Aproveitei para ir ao banheiro antes de tudo.

Me olhei no espelho e me assustei. Eu estava sujo e desarrumado. Não dei muita bola, eu estava com fome. Comi um sanduíche e tomei um suco, me restavam ainda cinquenta dólares no bolso. O ônibus estava já ligado, terminei tudo e fui pagar. Estava na fila quando vi um homem no balcão.

Por favor, eu estou morrendo de fome.

Se não pagar, não come - A mulher foi rude com ele.

Eu não tenho dinheiro, por favor - Ele devia ser um andarilho.

O ônibus buzinou, já estavam saindo. Foi aí que eu percebi que tinha duas escolhas. Dois caminhos que me levariam a duas coisas diferentes.

Eu quero um suco e um sanduíche, hoje meu amigo vai tomar um café da manhã de verdade - Olhei para o homem que estava com lágrimas nos olhos.

Muito obrigada, moço - Ele sorriu amarelo - Deus lhe pague.

Sorri para o homem. Eu perdi o ônibus, mas a alegria daquele homem foi maior que tudo. Eu pude ajudar ele, e se pudesse ajudaria mais. Eu fiz o que achei certo. Paguei pelo meu café e o dele, o que me deixou com três dólares no bolso. Infelizmente esse era o fim da linha, depois de todos os contratempos, agora era a hora de ligar para Blake e pedir ajuda, era hora de voltar pra casa. Peguei meu celular e liguei, só me restava mais um pouco de bateria.

Vamos lá - Falei enquanto o telefone chamava.

Lamento, mas esse número não recebe esse tipo de ligação.

Droga, eu estava sem crédito. Olhei e vi uma loja que vende crédito de celular, fui até lá e vi a tabela de preços. O minimo que se vende é treze dólares. Malditas empresas de telefonia. Eu estava a deriva, quem sabe uma alma bondosa me emprestaria o celular. Vi um homem de terno se aproximando.

Com licença, será que o senhor.. - E ele continuou andando. Mas o que?

É claro, eu é quem parecia um andarilho. Todo sujo e desarrumado, sem banho há dois dias e com o cabelo parecendo um ninho de rato. Sentei em um banco desolado. Eu estava perdido. Não conseguiria chegar a tempo, e nem como sair dali. Eu tinha que pensar em alguma coisa. Foi aí que eu vi um garoto chegando, ele trazia um violão costas. Montou a capa no chão e começou a tocar, e ele tocava muito bem. As pessoas que ali passavam depositavam alguns trocados. Depois de algumas músicas me aproximei dele.

Você toca muito bem - Era verdade.

Obrigado - Ele sorriu tímido.

Você faz aula ou algo do tipo?

Não, não tenho dinheiro pra isso. - Ele olhou para o chão

Eu aprendi a tocar sozinho.

Nossa, você é muito bom. Posso tocar com você?

Claro - Ele me estendeu o violão e pegou uma caixa de papelão para começar a bater.

Eu te acompanho. 1, 2, 3...

All I am is a man

I want the world in my hands

I hate the beach

But I stand in california with my toes in the sand

Use the sleeves on my sweater

Lets have an adventure

Head in the clouds but my gravity centred

Touch my neck and I'll touch yours

You in those little hot waisted shorts

Algumas pessoas começaram a se aproximar, e muitas delas a depositar dinheiro.

Oh

She knows what I think about

And what I think about

One love, two mouths

One love, one house

No shirts, no blouse

Just us, you find out

Nothing I really wanna tell you about no

Cause it's too cold whoa

For you here

And now

So let me hold

whoa

Both your hands in the holes of my sweater

And if I may just take your breath away

I don't mind if there's not much to say

Sometimes the silence guides your mind

So move to a place so far away

The goosebumps start to raise

The minute that my left hand meets your waist

And then I watched your face

Put my finger on your tongue

Cause you love to taste yeah

These hearts adore

Everyone the other beats hard for

Inside this place is warm

Outside it starts to pour

Coming down

One love, two mouths

One love, one house

No shirts, no blouse

Just us, you find out

Nothing I really wanna tell you about

No no

Cause it's too cold

whoa

For you here

And now

So let me hold whoa

Both your hands in the holes of my sweater

Cause it's too cold whoa

For you here

And now

So let me hold whoa

Both your hands in the holes of my sweater..

Palmas e mais palmas.

Obrigado - Agradeci. O garoto não parava de sorrir.

Ai Meu Deus, eu faturei hoje o que ganho no mês inteiro - Ele pegou o dinheiro nas mãos - Toma - E me estendeu algumas notas.

Não, é seu - Era o certo a fazer. Ele precisa disso mais do que eu. O garoto sorriu agradecendo- Qual seu nome garoto?

Daniel Reneé.

Um nome de artista - Ele riu - Pois bem, Daniel. Nos vemos em breve - Ele apertou minha mão e pegou o violão de volta.

Voltei para o banco em que estava e sorri sozinho. Mal sabe esse garoto o que vai acontecer com ele no futuro. Ele é um artista que eu tive a sorte de encontrar.

Foi muito bonito o que você fez pelo garoto - Uma garota um pouco mais velha sentou ao meu lado -Eu me chamo Zoe.

Obrigado, Zoe. Só que eu não fiz nada demais - Ela riu.

Você é muito talentoso, um verdadeiro artista - Falou empolgada.

Obrigado - Eu ri. -Engraçado, seu rosto me é familiar. Nós nos conhecemos?

Acho que não, eu não sou daqui. - Era verdade.

Ah, mas nem eu. Eu sou de Los Angeles, CA. - Sorri para ela. Ela só pode ser um anjo enviado para me ajudar. Um anjo com longos cabelos ruivos.

Eu também! - Ela sorriu - Você está indo para lá? Você pode me dar uma carona, por favor? - Ela franziu o cenho.

Me desculpe, mas eu não estou indo para lá. Eu estou indo para outro lugar.

Tudo bem, não tem problema - Eu fitei o chão desapontado.

Mas depois que eu voltar de Brass Castle eu volto pra casa - Espera.

O que disse? - Falei surpreso.

Depois de Brass Castle eu volto pra Los Angeles - Falou confusa.

Brass Castle?

Sim, é uma cidadezinha em New Jersey. Eu vou visitar uma amiga lá.

Zoe, voce é um anjo enviado para me ajudar. Será que eu posso ir com voce? É importante.

Vamos logo, quero chegar amanhã cedo lá - Ela se levantou - Você ainda não me disse seu nome.

Dan, meu nome é Dan. - Ela sorriu.

Então vamos lá, Dan.

Ela tinha um esportivo preto, e se formos direto conseguiremos chegar amanhã pela manhã. Enfim eu conseguiria ver Charlie. Engraçado como todos os caminhos me levam a ela.

Então Dan, o que você faz da vida?

Eu sou músico.

Logo percebi quando vi você tocando com aquele garoto. Você tem talento. - Ela sorriu gentil.

Aquele garoto é incrível, acredita que ele aprendeu a tocar sozinho violão? Ele quer ser músico, mas não tem dinheiro e precisa trabalhar para ajudar em casa. Mas eu vou ajuda-lo. Ele merece.

Como você chegou lá?

Bom, é uma longa história - Eu ri.

Acho que nós temos tempo - Disse rindo.

Depois de cruzarmos 2 estados eu terminei de contar tudo. Já tinha anoitecido e depois de alguns quilômetros nós entraríamos em New Jersey.

Nossa, Dan. Você ama mesmo essa garota.

Eu a amo. Eu não sei, Zoe, mas ela me faz querer ser um cara melhor. Ela é a melhor pessoa que eu conheço, e tudo o que faz é pensando nos outros. Ela é incrível, e eu me apaixonei por todos os pedacinhos dela. Desde a parte marrenta e brigona, até a sensível e frágil.

Uau, eu quero que você me apresente essa garota. Ela deve ser uma pessoa maravilhosa pelo que você fala.

Ela é sim. - Suspirei - Mas e você, Zoe? Você não disse o que faz.

Eu trabalho em uma ONG, trabalhos voluntários - Ela sorriu.

Isso é incrível, poder ajudar muitas pessoas e do jeito certo. Deve ser legal.

É gratificante, muito gratificante. Quem sabe você não se junta comigo algum dia? - Ela sorriu.

Eu adoraria.

Então está combinado - Ela bocejou.

Zoe, para o carro. Vamos trocar, deixa que eu dirijo agora. - Ela tentou relutar - Não, eu te acordo quando chegarmos.

Em meio a muitas reclamações ela cedeu. Peguei no volante e ela logo dormiu. Dirigi a noite inteira e quando já estava amanhecendo, pegamos um congestionamento. Ficamos parados por duas horas, o que nos atrasou. Suspirei aliviado quando vi que tínhamos chegado em Brass Castle. Mas estava atrasado. Fui o mais rápido que pude, até que cheguei na Feiracler.

Dan, chegamos? - Zoe tinha acordado

Ai Meu Deus, eu estou atrasada! Onde estamos, eu preciso ir em um lugar. Eu tenho um compromisso.

Me desculpe, Zoe, mas eu tinha que vir para cá. É muito importante. Estacionei o carro.

Feiracler? - Ela leu a faixa no portão.

Isso, eu tenho que estar lá. - Abri a porta do carro.

Dan, eu..

Venha comigo, Zoe. Eu te explico depois- Peguei ela pela mão e corri passando por entre a multidão.

Já tinha começado, e tudo mundo estava em silencio. Fui devagar até o meio do pessoal, e achei um lugar para mim e Zoe. Ela estava calma ao meu lado, e em silencio. Até que eu escutei a voz dela. Ela estava linda.

Muitos de vocês não sabem que dia é hoje. Bem, se Luke estivesse aqui hoje ele completaria vinte anos. Por muito tempo eu me perguntei: Porque ele? Porque não eu? Eu infelizmente ainda não sei a resposta. O que sei é que tive que aprender a viver sem ele. Foi um choque no início, na verdade ainda é difícil, mas não tinha o que fazer. Ele não voltaria mais pra casa. Meu irmão foi a melhor pessoa que eu já conheci, e não sei porque Deus tirou-o de nós. Talvez ele precisasse dele mais do que nós, talvez a mensagem que Luke tinha que passar ele já havia o feito. São coisas que nunca entenderemos, e a única coisa que nos resta é viver com as lembranças e memórias que temos com ele. As minhas, muitas delas são ajudando os outros. Coisa que Luke mais gostava de fazer. Ele queria salvar o mundo, muda-lo de alguma forma. E que surpresa, ele conseguiu. Luke não mudou apenas a mim, mas sim todos aqueles que tiveram contato com ele. Luke mudou todos nós. Nós passamos por tantas coisas até chegar aqui, mas conseguimos. Conseguimos dar esse presente a ele. E antes dele partir, ele também me deixou um presente. Eu gostaria muito de mostrar a todos vocês. Bam, Hanna.

Ela estava emocionada, assim como todos nós. Charlie tem o dom de nos tocar, ela fala com o coração.

Voce queria saber quem é a garota, bom, é ela - Falei olhando para Zoe. Ela estava sorrindo.

Charlie - E me encarou com lágrimas nos olhos.

O olhei confuso, então ela conhecia Charlie.

I can be so negative, sometimes

My own worst enemy, sometimes

Even at my lowest low,

You still had hope

When I wanna quit,

You won't let me.

When I'm falling down,

You gon' catch me.

You pick me up

Yeah, you fix me up

Now I'm on my way,

And I'm strong enough to say

You gave me wings and taught me to fly

When I was out there on my own

You gave me wings and brought me to life

And now I need to know

If you wanna fly cause I wanna fly, Yeah

Tell me you're down for touching the sky, Yeah

You and Me,

Me and You

Thae higher, the better

When we fly, we fly together,

together, together, together, together

When we fly we fly together..

Nesse instante quando a música parou e ela terminou de cantar, eu sabia que podia passar por tudo nessa vida e nunca desistiria dela. Charlie é a garota que eu amo, eu não tinha mais duvida.

Então ela abriu os olhos, e eles foram de encontro aos meus. Foi nesse momento que não importa aonde eu estiver, aonde Charlie estiver é o meu lugar.

Eu ainda estou aprendendo a descobrir o que estou sentindo.

Mas com aquele olhar, eu tive certeza de que era correspondido.

E eu poderia morrer agora mesmo.


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Notas finais do capítulo

E ai? Gostaram?
Muito obrigada por tudo!
Não esqueçam de comentar, hein?
Tudo de bom nesse Natal!
UM ÓTIMO NATAL!
Com amor,
Ju.