I Knew You Were Trouble escrita por Juliane Bee


Capítulo 47
You gave me wings and taught me to fly..


Notas iniciais do capítulo

Olá! Então, aqui estou eu, pronta para escrever cada vez mais! Eu estou tãão felizz, serio, muito obrigada pelo apoio de vocês. E adivinhem? Eu estou oficialmente de férias! Uhuul! Sim, eu passei na escola! Peguei exame em 7 materias, mas estudei muito, e passei. Matemática, eu tirei 7.5! Nossa, eu to surtando! Eu escrevi esse capitulo hoje mesmo, porque queria postar o quanto antes. Espero que gostem, e eu sei que vocês esperam que os capítulos tenham um nível bom, que sejam longos e emocionantes. Voltei a escrever assim, com sentimento.
Sem mais delongas, uma ótima leitura!
(Não esqueçam de comentar, viu?)
Outra coisa, a questão da música que a Underground Legend fez para Charlie. A votação está acabando, e vocês ainda não votaram! Olha, olha! Aqui estão as opções:
Gotta Get Out - 5 seconds of summer
You Found Me - The Fray
With me - Sum 41
By Your Side - Tenth Avenue North
Summer Love - One Direction (Não é uma das minhas favoritas, mas sei lá..)
Story Of My life
Mirrors - Justin Timberlake
Iris - Goo goo dolls
Tudo depende da opinião de vocês, então é só comentar!

May the odds be ever in your favor!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/312977/chapter/47

–Você sabe que ele também está sofrendo, olhe essa música, eu sei que você sabe que é pra você.

–Agora não, Vó.. – Falei fugindo dela.

Talvez eu nunca vá me livrar dele.

É difícil tentar esquecer uma coisa que está tão presente na sua vida.

(...)

P.O.V Charlie

Estava meio desnorteada quando saí de lá, que não prestei atenção para onde ia. Acabei no chão, tinha trombado com alguém.

–Me desculpe – Falei limpando meu cotovelo, e totalmente sem graça.

–Eu que não vi para onde estava indo – Essa voz me era familiar.

–Bam! – Eu quase não o reconheci, ele estava diferente.

–Charlie! – Ela engatinhou até onde eu estava para me abraçar – Que saudades de você, pequena.

–Eu que o diga! – Dei um tapa nele – Você nunca mais me ligou, ou mandou um e-mail, seu bocó.

–Desculpa, Chars – Ele riu – Eu andei meio ocupado nos últimos tempos.

–É, você está diferente – Falei o encarando.

–Ei, não me olhe como se eu fosse um alienígena. –Ele riu – Eu só cortei meu cabelo.

–É, e comprou roupas novas, deixou a barba crescer, tomou banho – Falei me aproximando e cheirando ele.

–Idiota – Ele levantou e me ajudou a levantar – Eu cresci, Charlie. E pelo visto você fez o mesmo – Ele sorriu – A garota esquentadinha e sensível que eu conheci sumiu, e olha pra você agora. Confiante, decidida – Ele sorriu.

–Eu passei em Oxford, Bam.

–Mas o que? Isso é fantástico! – Ele me abraçou de novo – Não é nenhuma novidade, todos sabíamos que isso iria acontecer. Você é especial, Chars.

–Obrigada, por que eu não me apaixonei por você, Bam? Você é um cara tão legal, me entende..

–Sou lindo, maravilhoso, um pedaço de mau caminho.

–Convencido define melhor – Nós rimos.

–Porque nós somos parecidos demais, Charlie. Aí a vida não ia ter graça, sempre as mesmas coisas, as mesmas opiniões. O atrito que envolve, as brigas que solidificam uma reação. Se você sobreviver a uma, então vai durar – Fiquei de boca aberta – O que? Eu sou um cara romântico.

–Você tá certo, os opostos se atraem – Deixei meu pensamento me levar e fui pensar em quem? Ele.

–Ta pensando nele, não é? –Não precisei responder, ele me conhece muito bem.

–Eu senti tanto a sua falta, eu não sabia que precisava tanto de você. Podemos nos ver amanhã?

–Claro, Chars. – Ele me abraçou – Passo na sua casa as cinco e meia.

–Porque tão cedo? – Perguntei curiosa.

–Espere e verá – Me deixou ali e entrou na D´Anna.

Meus pais o encontraram quando saíram de lá e o cumprimentaram. Bam é meio amigo desde a infância, e meus pais gostam muito dele e sabem como ele é um cara legal –apesar do look roqueiro, que na verdade não existe mais.

–Vamos pra casa, filha? – Minha mãe encostou no meu ombro.

–É tudo que eu mais quero. –Entrei no carro e coloquei o cinto. Tudo que eu mais queria era dormir, aliviar minha cabeça desses pensamentos que só me fazem sofrer.

* * *

Acordei na manhã seguinte com um barulho na janela. Alguém estava jogando pedrinhas nela. Corri até lá e mostrei o dedo do meio. Só Bam mesmo para me acordar tão cedo assim. Me troquei em alguns minutos e sai silenciosamente de casa. Ainda estava escuro e o ventinho frio me fez estremecer.

–Muito bem, lerda. Se demorasse mais nós iriamos nos atrasar.

–Atrasar pra que? Baker!

–Não me chama assim, Charlotte Rose! Você sabe que eu odeio esse nome, não combina com a minha personalidade. – Ele riu – Ainda sabe andar? – Ele me esticou um skate.

–Algumas coisas a gente nunca esquece.

–Vem comigo – Saiu deslizando sobre a pista.

Fazia algum tempo que não subia em um skate, mas ao fazer isso, muitas lembranças voltaram.

–Não é libertador? – Falou assim que eu o alcancei.

–É incrível.

Andamos um pouco e ele parou assim que nos deparamos com uma rua que tinha uma subida gigantesca. Fomos caminhando até chegarmos ao top dela, foi quando ele pegou em minha mão e saiu correndo.

–Tá quase, vamos logo.

Paramos de correr quando chegamos em uma espécie de forte, onde podíamos ver toda cidade.

–3, 2, 1.. – Falou – Olha.

O sol estava nascendo no horizonte, e foi uma das coisas mais lindas que eu já vi. As cores se misturando e tinha riscos de diversas cores no céu. Laranja, vermelho, amarelo escuro. Era um quadro abstrato dos mais bonitos que já vi, só que era real.

–É lindo – Falei maravilhada.

–Eu nunca trouxe ninguém aqui, eu queria mostrar pra alguém especial, mas não consegui trazer Hanna aqui – Ele baixou os olhos – E como você também é muito especial, só que de um jeito diferente, pensei em compartilhar esse lugar secreto com você.

–Obrigada, Bam – Ele colocou o braço sob meus ombros.

–Você é a irmã que eu nunca tive.

–Bam, você tem três irmãs.

–Eu sei, mas elas não são legais como você – Ele riu e eu também.

Pegamos nossos skates e fomos até a descida (antes subida).

–Preparada? – Falou empolgado.

–Sim – Respirei fundo e fui.

O vento em meu rosto e a sensação de liberdade eram demais.

–He was a skater boy, she said see you later boy. He wasn't good enough for her... – Bam estava já ao meu lado, cantando alto.

– She had a pretty face, but her head was up in space. She needed to come back down to earth.... – O acompanhei.

Parecia que éramos dois pré adolescentes de novo.

Quando chegamos em minha casa, fomos direto pra cozinha.

–Eu adoro a comida da sua mãe, vou almoçar aqui.

–Que novidade – Falei subindo as escadas em direção ao meu quarto.

Me joguei em cima da cama, ainda com adrenalina nas veias depois dessa manhã diferente. Bam sentou em minha poltrona, com um sanduiche na boca.

–Bam, a sensação que senti quando estava sobre o skate... Muito obrigada por me proporcionar isso de novo, eu estou me sentindo tão bem. É tão libertador.

–De nada, eu sei que sou demais.

–Ela sabe que você voltou?

–Não.

–Quando vocês terminaram o que você sentiu?

–Uma dor muito grande. Eu pensei que meu mundo estava desmoronando, nunca esperei que ela fosse terminar comigo. Pensei que ela não gostasse mais de mim, mas depois percebi que era o contrário. Ela me amava o suficiente para me deixar ir embora, ir atrás dos meus sonhos. Ela não foi egoísta, pelo contrário. Ela pensou em mim. – Ele me encarou – O amor é isso não é? Abrir mão do que achamos certo em função do outro. Cara, amar alguém é uma droga.

–Realmente é uma droga, é viciante.

–Ah, então você ama ele – Falou deitando ao meu lado e encarando o teto, assim como eu.

–Sim Bam, eu o amo. Eu pensei tanto nisso nos últimos dias, eu não queria admitir, mas eu só estou assim porque eu gosto muito dele, e as mentiras me machucaram.

–Você quer falar sobre isso?

–Sim – Pensei duas vezes antes de responder.

–Eu to aqui pra isso.

–É bom ter você aqui, você sabe como é o mais sensato de todos nós. Você não vai olhar o angulo como amigo dele, você me conhece antes de tudo.

–O que você está sentindo, Chars?

–Raiva. Eu to com muita raiva. Raiva por ele ter mentido esse tempo todo, porque ele teve oportunidade de me contar a verdade, mas ele só mentiu e mentiu. Raiva por ele ter causado o incêndio, e o motivo dele ajudar é porque meu pai obrigou, se fosse por ele, que se dane o galpão, que se dane a feira. Raiva por ele ter contado pra Hanna quem ele era, raiva porque todo mundo sabia, menos eu. Raiva porque ele não é o cara que eu pensei que ele fosse. Raiva, porque o cara por quem eu me apaixonei não existe, foi tudo ilusão, teatro dele. Raiva porque ele consegue ser lindo, mesmo eu o odiando. Raiva porque eu sinto saudades dele, e isso vem me consumindo a todo instante. Raiva, porque o que passou não vai mais voltar. Raiva, por ser fraca e ingênua. Raiva por amar ele, mesmo com todos os efeitos e depois de tudo que ele fez.

–É, não tem mais volta. Você ama ele, fim. – Ele me encarou – Por onde quer que você vá, não importa aonde você esteja, você vai lembrar dele. Tudo vai lembrar ele. – Ele pegou meu pulso e mexeu na pulseira, a pulseira que era dele – Se você deixar o seu orgulho de lado, você vai conseguir perdoa-lo.

–Eu não sei, Bam. Ele me machucou demais, ele me deixou pior do que Michael me deixou.

–Charlie, ele não fez de propósito como Mike.

–Bam, ele não está mais aqui. Ele tem sua vida lá em Los Angeles, vai começar uma turnê, e eu vou para faculdade. Não há mais tempo e espaço para nós, o nós acabou.

–Charlie..

–Não, chega de falar sobre isso. Eu falei tudo o que tinha para falar, e muito obrigada por ter me escutado.

–Você é a pessoa mais cabeça dura que eu conheço.

–E você também é. Agora pega o telefone e liga pra ela, vocês são amigos acima de tudo.

–Não, obrigado. Eu passo essa, ela tá com outro cara agora, eu não quero atrapalhar a vida dela voltando a uma lembrança do passado que não existe mais.

–Passado, que saudades de algumas coisas.

–Como hoje no skate? –Ele me olhou sorrindo – Eu vi como você estava feliz, feliz como quando..

–Luke estava aqui – Falei sorrindo – Tudo bem, pode falar o nome dele. Eu não vou mais quebrar nada, ou atirar pela janela.

–Você já superou? – Perguntou.

–Nunca vou superar, essa é a verdade. Eu também não quero superar, porque eu não quero esquecer. Eu não quero esquecer dele.

–Você não vai esquecer, ele está presente na memória de todos nós. – Eu o encarei sorrindo.

Ficamos alguns minutos em silencio, quando Bam sentou na cama e olhou para o criado mudo.

–O que é isso? – Perguntou segurando um caderno de capa preta de couro.

–Era dele, uma espécie de diário. Você pode olhar se quiser – Ele era a única pessoa depois de mim que tinha acesso a ele.

–Obrigada, Chars – Falou levantando da cama com ele nas mãos – Opa – Falou pegando do chão um papel dobrado que tinha caído.

–O que é isso? – Falei me aproximando.

–Eu não sei, mas é pra você – Ele me entregou o papel.

“Faz algum tempo que estou matutando algumas ideias para o presente de aniversário de Charlie. Parece que foi ontem, mamãe chegando em casa dizendo que tinha uma surpresa. “É um cachorrinho” – Perguntei a ela animado. “Não filho, é uma irmãzinha”, “Tudo bem filho, é quase a mesma coisa” Meu pai falou brincando. Mas não era, ter uma irmãzinha me deu algumas responsabilidades, eu tinha que ser um bom exemplo pra ela, tinha que cuidar e defender ela. Mas ela me saiu melhor que a encomenda, Charlie é incrível. Ela não sabe o potencial que tem, e como me inspira a ser um cara melhor. Tudo que eu sempre quis, foi ser um exemplo pra ela. Eu amo demais a pirralha. Ela ainda vai longe, vai se tornar uma mulher maravilhosa (prevejo que serei um irmão mais velho ciumento) Eu sei que ela tem alguns rolinhos, mas algum dia, um cara de valor vai merece-la, e eu quero estar lá para aprova-lo. Minha irmã merece as melhores coisas da vida. Ela não sabe o quanto me faz bem, o quanto me ajuda com tudo. Ela me faz rir e esquecer dos meus problemas com papai. Ela me torna uma pessoa especial, ela faz com que eu me sinta especial. Como sei que nossa pequena prodígio, a qual já percebi que vai ser uma médica muito boa – ela ainda não sabe a vocação que tem, mas eu já sinto isso nela. Ela é muito parecida comigo. – Gosta muito de música, eu pensei cá com meus botões “Vou escrever uma música pra ela”. Agora a inspiração veio, e então vamos ver se ficou boa o bastante para ser dedicada a minha maninha.

I can be so negative, sometimes

My own worst enemy, sometimes

Even at my lowest low,

You still had hope

When I wanna quit,

You won't let me.

When I'm falling down,

You gon' catch me.

You pick me up

Yeah, you fix me up

Now I'm on my way,

And I'm strong enough to say

You gave me wings and taught me to fly

When I was out there on my own

You gave me wings and brought me to life

And now I need to know

If you wanna fly cause I wanna fly, Yeah

Tell me you're down for touching the sky, Yeah

You and Me, Me and You

The higher, the better

When we fly, we fly together, together, together, together, together

When we fly we fly together..

Meus olhos já estavam marejados, e meu coração sentia a presença de Luke se alastrando. Tudo que ele escreveu, me deixou tão feliz. Eu me sentia amada, tudo que ele falou era o que eu estava precisando ouvir. Realmente nosso sentimento era recíproco. É um amor tão grande.

–Charlie, tá tudo bem? – Bam veio me amparar. Eu estava chorando, mas de felicidade. Entreguei o papel a ele, assim que me sentei na cama. – Charlie, essa música é muito bonita. Luke expressou bem o que sentia por você, o efeito que você causa nas pessoas. – Ele me abraçou.

–Bam, você tem me ajudar com uma coisa – Falei me levantando da cama – Você sabe tocar violão?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Obrigada por ler!
E aí, gostou?
Quero saber sua opinião, hein?
Muito obrigada pelo apoio!
Bom, logo logo temos mais!
Um ótimo final de semana,
Mil Beijos,
Ju