I Knew You Were Trouble escrita por Juliane Bee


Capítulo 36
Here we go again...


Notas iniciais do capítulo

HEEEEEEEEY! SURPRESAAA! Isso acontece quando eu fico ultramegapower feliz! CHEGAMOS AOS 400 COMENTÁRIOS! UHULLES! Galera, eu fiquei muito feliz. Minha semana tá sendo um lixo. Eu não gostei da escola, não tenho amigos, to me sentindo muito sozinha :´( Aí, eu cheguei em casa e vi isso. Meu Deus, abri um sorriso na hora :D Muito obrigada por tudo! Voces são os melhores! Obrigada aos 103 leitores que acompanham, aos que acompanham sem adicionar a história e aos leitores fantasmas, eu também amo vocês. Galera que comenta em todo santo capitulo, vocês são a razão de tudo isso estar acontecendo, eu agradeço muito por vocês estarem na minha vida.
Enfim, sem mais delongas. Eu adorei escrever esse capitulo e galera, capitulo 40 tá logo aí... Meu Deus, que nervoso! Esse capitulo está giganteee! Espero que vocês curtam ele :)
Me desejem sorte na nova cidade, eu to muito pra baixo :(
Muito Obrigada por tudo!
Boa Leitura!
*Música da Demi ♥ #20dias



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É, essa viagem vai ser perfeita. Além de poder rever meus amigos, que não vejo há meses, ainda vou poder falar com o pessoal da gravadora e abrir o jogo em relação a Charlie. Além de que vou poder mostrar a Charlie a minha cidade. Aula após aula e eu não conseguia tirar as palavras de Bob da minha cabeça. Será que era melhor revelar meu segredo? O que eu faria? Eu amo ela, mas não sei se vou estar certo revelando. Deus, preciso de ajuda. Blake, ele sim vai me ajudar.

P.O.V Dan

Essa última semana foi uma grande correria. Não sabia o que fazer em relação a Charlie, era razão e coração brigando dentro de mim. Tentei me esquivar dela durante toda semana. Não, tentei "fugir" dela a semana toda. Não foi por querer, mas eu não queria correr o risco de ser pego. Bob poderia me afastar de Charlie, a qualquer momento. Eu sei que ela ficou chateada, seu humor foi piorando a cada dia. Ela é muito explosiva, mas de mau humor ela é o capeta.

Blake disse que não queria tomar posição em relação a isso. Que era uma decisão minha. Eu tive que ficar escutando as indiretas dela e todos os olhares a semana inteira. Eu sou homem, foi muito, muito difícil ficar longe dela. Acho que temos uma cina, algo do tipo. Toda vez que alguma coisa dá certo, outra vem lá e estraga tudo. Andamos cinco metros e voltamos oito. 

Bob foi o único que gostou e ficou contente com minha nova postura. Até Lily me lançava olhares tristes, se desculpando pela atitude do marido. Eles são uma família, e pela primeira vez eu podia falar com orgulho que também tenho a minha. Uma família estranha, uma mãe meio louca, mas de coração bom. Um pai descolado, e muito justo. Uma prima\\irmã chatinha, mas que é um doce de pessoa - quando quer. Minha vida poderia estar completa, só falta Charlie ao meu lado. E isso não pode esperar, não pode.

Eu estava na escola, assinando os formulários para o pagamento da viagem. Deus abençoe Blake, que me deu em dinheiro. Não seria muito legal chegar com um cartão no nome de Sebastian Campbell. Terminei tudo e resolvi ir para "casa". Eu vou sentir saudades dessa casa, dessa família. Não quero nem pensar, eu ainda tenho algumas semanas. 

Amanhã era o dia, iriamos pegar o voo logo de manhã. A porta estava aberta - como sempre - então fui entrando devagar. Provavelmente Valerie estaria dormindo no sofá da sala. Fui sorrateiramente para assusta-la, mas eu me assustei com o que vi. Charlie e Michael estavam se abraçando na sala. Tentei controlar a minha raiva, todos os meus sentimentos. Meus punhos já estavam fechados e um segundo meu punho acertaria aquela carinha escrota dele. 

Eu.Odeio.Esse.Cara. Fura olho dos infernos, só espera uma oportunidade e boom! Sai para enfeitiçar Charlie. Não, eu não posso ter essa crise. Não posso. Eu não vou fazer como sempre faço, não vou estragar as coisas dessa vez. Virei as costas e sai assim como entrei, sem ser percebido. Sai de lá com uma certeza, eu preciso contar a verdade. E vai ser em Los Angeles. 

Fui até o hotel de Blake, precisava conversar com ele de novo. A recepcionista já me conhecia, eu podia entrar no hotel quando queria. A porta estava aberta - essa mania pegou mesmo - e sentei na cama. 

-Nossa, porque você já não se muda pra cá? É a quarta vez que voce vem aqui essa semana - Ele saiu de toalha do banheiro. 

-Nossa, assim eu me apaixono. 

-Sai fora, se a Hanna escuta isso - Ele riu. - Deixa eu ver, Charlie? - Assenti com a cabeça - Vai, fala tudo.

-Blake, eu não posso mais esperar. Essa duvida de contar e não contar está me matando. Essa sensação de que eu posso ser descoberto em qualquer momento me deixa preocupado, me deixa com medo. Medo, essa é uma palavra nova pra mim. Depois que eu conheci a Charlie, tudo mudou. Eu não penso mais em mim, ou no que vou vestir, se estou bem. Eu só quero ver ela feliz, eu só quero estar bonito pra ela, eu quero que ela fique bem. Mas eu não estou vinte e quatro horas com ela, por isso não sei como ela está. E isso é um saco! - Blake saiu do banheiro, devidamente vestido - Eu só não quero magoar ela, só isso.

-É, mas você falhou - Ele sentou no sofá - A Charlie não está nada contente com você, esse seu silencio e esse gelo que você está dando nela, estão deixando ela fula da vida. - Fula da vida, só o Blake mesmo.

-Eu só estou fazendo o certo - Me joguei na cama.

-Não, você está fazendo o que Bob acha certo. - Blake colocou o casaco - Vem, vamos conversando. Eu preciso sair e não gosto de me atrasar. 

-Você nunca se atrasa. - Eu ri e ele fez uma careta. 

-Tá, tá - Ele colocou o Rayban - Minha namorada está me esperando.

-Me explica mais uma vez todos os nossos compromissos - Como vamos para Los Angeles, todos os compromissos desse mês não precisaram ser cancelados. Nossas "férias" estavam terminando, e a turnê e o novo cd estavam a ponto de ser lançados. 
Nesse tempo em que Blake esteve aqui, ele montou um mini estúdio no quarto. Grande parte dos meus solos foram gravados aqui, e muitas músicas foram criadas aqui mesmo. 

-Bom, nós temos mais tanto tempo assim. Falta menos de um mês para o lançamento oficial do cd e a turnê começa daqui a dois meses. Temos que preparar tudo, e a divulgação vai acontecer semana que vem, já que vamos estar em Los Angeles com os outros. - Assenti, tentando gravar pela centésima vez tudo isso - Você deveria mostrar sua música pra eles, tenho certeza que ela vai para o cd. Só dividir as partes, igualmente, claro. - Esse lance de um aparecer mais que o outro, aqui não acontece. A Underground Legend pode ter começado comigo e com o Blake, mas todo mundo se esforça e trabalha duro. 

-Tire essa ideia da cabeça, não é nada demais. - Ele revirou os olhos - Pronto, chegamos na sua casa da sua namorada.

-Tá, pode ir embora. Tchau - Eu passei em sua frente e toquei a campainha.

Hanna abriu a porta e desfez o sorriso.

-Não ganho um beijo, meu amor? - Ele riu irônica.

-Não me erra, Dan. Não aguento mais a Charlie falando de você - Ela foi ao encontro de Blake.

-Eu também, amor - E eles se beijaram.

-Eca, que nojo. Dá licença - Entrei na casa.

-Minha mãe não está, Dan - Eles entraram também - Errou o dia, só vão poder se ver amanhã. 

-Bom, amanhã eu digo olá para Sra. Morrison - Olhei para o casal, eles queriam ficar sozinho - Acho que vou para casa - Fitei o chão.

-Dan, - Hanna segurou meu braço - Por favor, resolva isso com a Charlie, ou vai ser tarde demais. 

Assenti e segui o meu caminho. Ela estava falando de que? Michael? O segredo? Mulheres! 

Cheguei em casa e subi direto para o quarto. Vida complicada? Magina! O pior é ter que pensar, mas pensar com fome não dá. Desci para pegar comida, mas escutei conversas vindo de lá. Fiquei atrás da porta, escondido.

-Charlie, quando você voltar você tem que dar uma resposta. Você vai para faculdade antes? Sim ou não. - Era Bob, sua voz estava firme.

-Sim, pai. Eu vou tomar uma decisão até lá - Charlie falou com a voz fraca.

Não, eu não vou deixar isso acontecer. Ela não vai me deixar, eu não vou deixar ela me deixar. 

P.O.V Charlie.

Dan me ignorou por completo depois do nosso beijo. Ele não olhou mais na minha cara, nem para me passar o açúcar na hora do café. Morar com ele estava ficando difícil. Não somos namorados e nossa relação já está na décima DR. Prefiro nem falar sobre ele. Só com Hanna, claro. Frequentei a casa dela a semana toda.

-Mas que bosta, Hanna - Cheguei e me joguei na cama dela. 

-O que foi, Charlie? - Ela estava sentada e mexendo no computador - Não, me deixa adivinhar. É o Dan, não é? 

-Quem mais seria? - Bufei.

-Uou, amor. Não sabia que você também estava tendo um caso com a Charlie - Blake saiu do banheiro sem camisa - Ela vem mais aqui do que eu.

-Sim, você quer o que, bonitão? - Hanna me olhou com raiva - O que foi? É esse seu namorado aí que fica andando sem camisa pela sua casa. - Deitei novamente.

-Charlie, eu acho que precisa de um namorado - Blake falou sentando no colo dela.

-Não, amor. Ela precisa do Dan - Eles riram.

-Ah, que ótimo. Piadinha interna, é? Voces são uns chatos. - Encarei os dois - Voces estão muito Dan hoje - Me levantei.

-Charlie - Hanna se levantou.

-Não, fiquem aí, seus chatos. Voces dois se merecem, são uns dois chatos - Eles riram e eu mostrei a língua.

Sai da casa de Hanna irritada. Passei a semana irritada. Dan me irritava. A risada de Allyssa, toda vez que me via - o que era estranho, ela sempre me olha com cara de nojo - me irritava. 

Amanhã era o dia da viagem e eu estava morrendo de tanta raiva interior. Cheguei em casa e deitei no sofá, cansada dessa vida. Então alguém tocou a campainha. Fui abrir a porta e me deparei com alguém que não queria que fosse o outro alguém. Ah, vida complicada.

-Michael? O que faz aqui? 

-Charlie, posso entrar? - Ele rendeu os braços. Eu tive que rir.

-Pode entrar - Abri a porta e ele entrou, nós sentamos no sofá.

-Charlie, a Ally vai armar alguma com voces - Ele falou direto.

-Voces quem? - Perguntei.

-Você e Dan, você sabe. - Fiquei confusa. Ele fez uma careta - Todo mundo sabe de voces dois, que voces se gostam e que estão juntos.

-Nós não estamos juntos - Falei prontamente.

-Mas vão acabar ficando. É visível o quanto voces se gostam. E Allyssa percebeu isso, por isso me convidou para ajuda-la a separar voces dois. - Eu fiquei chocada - Não, eu não aceitei ajuda-la, por isso não sei o que ela vai fazer. Charlie, eu só quis avisar você. Se acontecer alguma coisa, foi ela. Você sabe com ela odeia você. - Assenti - Bom, é só isso. - Ele se levantou.

-Calma, você não precisa ir embora assim - Me levantei também - Eu nem consegui te agradecer direito.

-Sim, Charlie. Eu preciso ir embora agora - O encarei confusa - Você não sabe como é difícil ficar perto de você e ser apenas só seu amigo. Acho que não vou suportar, é uma coisa muito forte. Eu vou voltar, vou me mudar de volta - Senti um aperto no peito. Ele era muito especial pra mim, ele é meu amigo.

-Não vá - O abracei. Foi involuntário. Malditos hormônios.

-Charlie, você não está ajudando - Ele riu.

-Mike, só estou agradecendo. Você é um grande amigo, me desculpe por não gostar de você do jeito que você gosta de mim - Falei sincera e fitei o chão.

-Você merece alguém que te de valor. - Ele sorriu - Tchau, Charlie - Ele me beijou no rosto.

-Você vai viajar amanhã? - Tinha uma ponta de esperança na minha voz.

-Sim, um último adeus - Ele sorriu e eu também.

Ele saiu de lá e eu fiquei sozinha de novo. Allyssa estava armando alguma, hum, coisa boa não é. Isso explica os risos. Acabei cochilando no sofá, só acordei quando meu pai me cutucou me fazendo levantar.

-Charlie, preciso conversar com você - Ele se dirigiu a cozinha. Fui atrás dele - Você já decidiu se vai antes para Oxford? - Ele falou com um brilho no olhar.

-Não, pai. - Fitei o chão.

-Charlie, o que te impede de ir? 

-Eu só não sei se é a hora certa. - O encarei - Todo mundo está aqui, eu quero poder aproveitar até o último minuto a companhia de voces. Eu vou pra lá de qualquer jeito, pai. Mas é longe, não é, pai? 

-Charlie, quero que você pense em você. E não nos outros. Eu não quero que ninguém faça sua cabeça.- Falou sério - Nesse momento é você a grande estrela - Ele mexeu em meu colar. Uma estrela dourada, que ele mesmo me deu. 

-Sim, pai - Falei triste.

-Charlie, quando você voltar você tem que dar uma resposta. Você vai para faculdade antes? Sim ou não. - Ele me encarou.

-Sim, pai. Eu vou tomar uma decisão até lá. - Ele sorriu e beijou o topo da minha cabeça.

Subi até o meu quarto, tudo estava pronto. As malas e todo o resto. Eu estava muito cansada, só queria dormir. Fechei os olhos e capotei, acordei atrasada e tive que ir com meu pai. Perdi a carona com Hanna, Dan e Blake. Cheguei no aeroporto e fui uma das ultimas a entrar no voo, que por sinal estava cheio. 

Avistei um lugar vago e fui até lá. 23- B, minha poltrona. Pelo visto só faltava eu mesmo. Tinha um homem virado para janela, parecia estar dormindo, não quis acorda-lo. Tentei colocar minha bagagem de mão, mas caiu tudo no chão. Merda! Esqueci de fechar a bolsa.

-Eu ajudo você - Uma mão grande começou a ajuntar as coisas comigo. Espera, aquela tatuagem com o numero 7 e as outras.

-Obrigada - Sorri encarando aqueles olhos verdes. 

-Guardei seu lugar - Dan falou sentando na poltrona da janela.

-Dan, nós temos uma poltrona definida quando compramos a passagem. - Ele riu. Que saudades daquela risada.

-Eu sei - Ele virou para trás e piscou para Lucy Jenkins.

Me sentei ao seu lado e fiquei o observando.

-Se quiser um ombro para deitar, to a disposição. 

-Bobão - Ele riu e eu também.

É,

Hard as I try I know I can't quit

Something about you is so addictive

We're fallin' together

You think that by now I'd know

'Cause here we go go go again....


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Notas finais do capítulo

E ai?? Gostaram??
MÚSICA DA DEMI UHUULES!
Notam que todos os voces tão sem acento? Esse not louco hahaha
Ainda está tudo bem, curtam essa fase hahaha
Quero reviews lindos! Leitora fantasmas, quero só um oi, viu?
Outra coisa, me add no face galera! Juliane.Bee : )
Twitter é @Beejuh, me aturem lá também hahaha
Hahaha
Uma boa semanaa!
Amo voces ♥
Mil Beijos,
Ju ♥