I Knew You Were Trouble escrita por Juliane Bee


Capítulo 32
I Love You, Mom


Notas iniciais do capítulo

Hello! Capitulo surpresaaa! Ahhh! Muito obrigada pelos comentários, galera, chegamos aos 300! Uhulles! Muito obrigada ♥ Queria agradecer a Julinha Somerhalder pela recomendação ♥ Em poucas palavras você resumiu tudo de um jeito super fofo, muito obrigada! Como fiquei mega feliz, porque estamos indo suuper bem, resolvi postar hoje :) Esse capitulo está muito família - de novo - e não, ele não é filho da Tia Barbara Gi Medrado hahahaha. Bom, um pouquinho de emoção pra vocês!
Boa leitura!



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–Obrigada, pai - O abracei.

–Eu tenho muito orgulho de você, Sebastian. Sempre tive.

–Eu te amo, pai.

(...)

P.O.V Dan

–Eu também te amo, filho. - Meu pai sorriu.
Escutamos algumas batidas na porta e nos separamos.

–Com licença - Clarice abriu a porta - Eu fico feliz que vocês tenham se acetado.

–Eu também, Clarice. - Meu pai respondeu.

–Pena que com a mamãe a história seja outra - Falei me sentando em minha cama.

–Você sabe como sua mãe é, ela sempre foi assim. - Ele se sentou ao meu lado.

–Sebastian, tia Lucy ama você. Do jeito dela, mas ama.

–Clarice, eu venho tentando acreditar nisso há anos. -Fitei o chão.

–Deixe isso para lá, filho. Vamos aproveitar que você está aqui, faz um bom tempo que não nos vemos. Quero botar o papo em dia com meu filhão - Ele me abraçou.

–Vamos jantar, então. - Minha barriga estava roncando.

–Eu estou morrendo de fome também - Clarice levantou ajeitando sua roupa - Vamos pedir o que? Comida japonesa? Uma massa? Um fondue? - Eu fiz uma careta e meu pai riu.

–Que tal uma pizza? - Sugeri.

–Uma pizza está ótimo - Meu pai pegou o celular e começou a discar. - "Alo? Sim, sim. Gostaria de pedir uma pizza tamanho família. É, o endereço é esse mesmo. Calabresa, Italiana e Milho - Ele me olhou piscando.Então ele ainda lembra. Ri sozinho e Clarice me olhou como se eu fosse um louco. Meu pai se lembra.

Quando eu era menor, devia ter uns oito anos, minha mãe teve uma conferencia em outra cidade e eu e meu pai ficamos sozinhos em casa. Ele não sabia cozinhar e as empregas estavam de folga. Ele sugeriu uma coisa chamada "pizza", e eu nunca tinha comido isso na minha vida. Ele pediu, e um homem veio traze-la. Eu fiquei maravilhado, ela era redonda e tinha muitas coisas no recheio. Sim, eu era um garoto de oito anos que nunca tinha comido pizza. Minha mãe é alérgica a lactose, e assim ninguém da casa podia comer essas coisas. Quando meu pai trouxe ela, ele me disse "Filho, eu não sabia o sabor você gosta, então pedi de milho. Todo mundo gosta de pizza de milho" Eu coloquei o primeiro pedaço na boca e comecei a pular. Tirei minha camiseta do pijama e gritei "É a melhor comida do mundo! Pizza de milho é a melhor do mundo" Eu passei a noite inteira indo no banheiro, porque comi a pizza toda sozinho. Desde então, minha pizza favorita é a pizza de milho.

Ele desligou e foi se juntar a nós.

–Bom, eu vou tomar um banho - Falei me levantando.

–Quando a pizza chegar nós te chamamos - Meu pai e Clarice saíram do quarto, me deixando sozinho.

Observei bem meu quarto, que saudade. Minhas coisas, minhas roupas, meu lar. Abri as gavetas da mesinha e encontrei muitas folhas com rabiscos. Rabiscos que viraram nossos grandes sucessos. Fui ao banheiro e deixei a água esquentar. Me olhei no espelho. Eu enxergava mais Dan do que Sebastian no meu reflexo. Meu cabelo estava bem enrolado, e comprido. Olhei para meu pulso, a tatuagem que Charlie me "obrigou" a fazer. Peguei meu celular, já estava de noite e não dei mais notícias a eles. Tentei ligar para Bob, mas deu caixa postal. Tentei com Charlie, mas aconteceu o mesmo. A nítida sensação de que Charlie me mataria passou pela minha cabeça.

Tomei um banho demorado e ao me trocar coloquei as minhas roupas. Escutei uma batida na porta.

–Pode entrar - Terminei de colocar minha camiseta.

–Filho, nós precisamos conversar. - Lucy entrou e se sentou ao meu lado. - Eu sinto muito, Sebastian. - Eu a encarei. Os olhos estavam tristes e ela parecia cansada. - Sabe, nunca nada foi fácil para mim. Eu sempre tive que batalhar muito, e não me arrependo de nada que fiz. Nossa família sempre foi de posses, de status. Meu pai sempre nos educou de uma maneira rigorosa, nos preparando para seguir os negócios da família. Minha irmã Barbara, a mais velha que tinha que dar o exemplo e ser a sucessora, nunca se importou. Sempre foi rebelde e contrariava as ordens do seu avo. Ele não gostava disso, e a relação deles ficou cada vez mais complicada. Eu era apenas uma criança, não sabia bem como lidar com as coisas e cada vez ele me pressionava mais e mais. Eu tinha onze anos quando sua tia fugiu de casa e me deixou sozinha com eles. Meu pai ficou amargurado e nunca mais foi o mesmo. Eu tive que amadurecer antes do tempo, e para ter a aceitação dele tive que me tornar a pessoa que ele queria que Barbara fosse. - Eu estava estático, minha mãe nunca falou essas coisas. Ela nunca se abriu, ou conversou comigo desse jeito tão pessoal - Quando você nasceu, foi como se seu avo tivesse se transformado em outro. Ele estava feliz, estava voltando a ser como ele era antes. Infelizmente, Barbara voltou pedindo ajuda. Ela estava grávida, não tinha dinheiro e nem marido para ajuda-la. Seu avo foi um coração mole, então a aceitou de volta. A "princesinha voltou para casa" Ele sempre dizia. Eu tive que me contentar com isso, mas não queria que ele fosse assim com você. Eu sempre te levei para visitar ele. Sua tia e sua prima sempre estavam la. Você sabe como me doeu uma vez quando você me disse que queria que ela fosse sua mãe? - Pela primeira vez ela me fitou, os olhos marejados - Eu me senti a pior mãe do mundo, eu estava perdendo tudo para ela. Eu não quis me tornar essa pessoa amarga, mas toda vez que eu olhava para você eu via ela.

–Mãe, me desculpe. - Ela sorriu fraco - Eu era só uma criança, falei sem pensar. Você é a minha mãe, e eu sempre vou amar você.

–Me desculpe, filho - E me abraçou. Eu não lembrou quando ela fez isso pela ultima vez. -Eu jurei que não me tornaria o meu pai, mas eu virei uma versão pior dele. Eu sinto muito, muito mesmo. Eu te amo.

Eu não consegui segurar as lágrimas. Nossa primeira conversa mãe e filho que temos há anos.

–Eu tenho que ir agora, filho. Tenho uma reunião com o meu advogado para falar sobre o divórcio. Não suma, tudo bem? Você sempre será bem vindo aqui. Aqui é sua casa. - Ela me deu um beijo na bochecha e foi em direção a porta - Eu amo você, sempre amei e sempre vou amar. - E saiu sorrindo.

Eu estava leve, não sentia mais o peso que parecia carregar nos ombros. Meu pai bateu na porta e avisou que já era hora de ir jantar. Nós sentamos e comemos em silencio, apreciando a companhia uns dos outros.

–Filho, eu não consigo deixar de notar o seu sorriso. - Clarice se engasgou com a comida.

–Eu fiz as pazes com minha mãe. - Meu pai não ficou surpreso.

–Bom, eu escutei a conversa de vocês. Fico feliz por isso, mas acho que não é o motivo para tamanha felicidade.

–Tem uma garota no meio, tio James - Clarice disse e eu a chutei por debaixo da mesa.

–Aé - Meu pai deu um sorriso malicioso - Qual é o nome dela? Ela é bonita?

–O nome dela é Charlie, e pelo que Sebastian fala ela é muito bonita. - Eu tive que rir e meu pai fez o mesmo.

–Ela é muito bonita, pai. E eu gosto mesmo dela, só que é complicado.

–Complicado? E dai? Qual seria a graça das coisas se elas fossem fáceis? - Foi o melhor conselho que ele já me deu. - Você é jovem e ainda tem o mundo inteiro nas mãos. Não perca tempo filho, fale o que sente e fique com a garota. - Ele me encorajou.

–Você tem razão, mas antes eu tenho que conversar com ela. Não sei bem o que ela vai fazer, mas eu não posso deixar as coisas como estão. Eu amo ela, pai. E se não falar nada, eu acho que vou explodir.

–E você está fazendo o que aqui? - O olhei confuso -Vá, Sebastian. Você já fez o que tinha que fazer aqui.

–Vem, eu te dou uma carona - Clarice se levantou pegando a chave do carro.

–Obrigadão, pai. Esse foi um dos melhores dias da minha vida. Muito obrigado e ajude a mamãe, ok?

–Pode deixar, filho. - O abracei e subi correndo para pegar minhas coisas.

Clarice voou até o aeroporto.

–Não deixe a garota escapar, primo. - Ela me abraçou me deixando no portão de embarque.

–Se cuida, maninha. - Beijei a sua testa - Você é a melhor prima\\irmã que eu poderia ter.

–Eu sou a única, né?

–Não, você é única. - Peguei as malas e corri até o avião.

Quatros horas e vinte e dois minutos. Eu estava ansioso, contei cada segundo para chegada. Do aeroporto tive que convencer um taxista a me levar até a casa deles, um cara sozinho a essa hora da noite e indo para um fim de mundo? Era uma coisa duvidosa. Perdi quinze minutos o convencendo e mais meia hora para chegar. Ele parou o táxi e eu fiquei imóvel.

Uma Charlie sombria estava parada na escada da casa sentada encarando o nada. Estava tudo escuro, a noite fria deixava uma nevoa no ar. Desci do táxi e com minha mochila nas costas fui até ela. Ela me encarou e se levantou, estava tentando ver quem estava chegando. Corri até ela.

Os olhos azuis estavam mais brilhantes do que nunca. Ela abriu a boca para falar, mas fechou em seguida. Me aproximei dela e sua respiração foi ficando cada vez mais pesada. Passei a mão em sua cintura e a senti estremecer. Passei a mão em seu rosto, tão angelical e sombrio ao mesmo tempo.

–Charlie, antes que você me bata - como da ultima vez - você já sabe o que eu vou fazer.

E eu a beijei.

Sem deixar tempo para brigas ou para discussões.

Parece o único jeito em que nos acertamos.

Charlie

Dan ♥

A mãe do Sebastian:

*****

http://fanfiction.com.br/historia/387048/Dear_Life/

Dear Life,
Eu não sei como eu vim parar aqui. Como eu acabei desse jeito? Eu pensei que todos nós tivéssemos direito a um tribunal na hora do juízo final. Por que eu tenho que viver assim? Presa nessa situação? Porque justo ele? Eu pensei que quando me mudasse todos os meus problemas ficariam, mas não. Eles vieram juntos e também muito piores. Eu preciso de ajuda, e ele não pode me deixar. Se ele me esquecer, eu deixo de existir. Eu preciso literalmente dele para viver.


















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Notas finais do capítulo

E ai? Gostaram???
So, espero que tenham gostado ahahaha
Quero reviews, hein?
Obrigada por tudo, mais uma vez ♥
Agora eles vao ficar juntos? Será? ahahahaha
Uma boa semana, e não esqueçam de olhar as outras fics!
Mil Beijos,
Bee ♥