I'm out of sight,

I'm out of mind,

I'll do it all for you anytime

And out of all these things I've done

I think I love you better now...

P.O.V Hanna

Eu sabia que era ele, tinha certeza que era o Blake. Ethan era o nome do seu falecido gato, HÁ! Até parece que eu não reconheceria o cara pelo qual sou apaixonada desde sempre, acompanhei toda sua história, mas o que ele estaria fazendo aqui? Dan? Seu primo? Suspeito.

– Hanna? Esta tudo bem? – a voz de Owen me fez voltar por um instante.

– Sim - respirei fundo - Esta.

– Estava pensando longe. – disse ele olhando em meus olhos

– Estou bem. Preciso ir, Tchau. – Dei-lhe um beijo na bochecha e corri até a porta da minha casa.

Subi as escadas como quando era criança, de 3 em 3 degraus, e como de costume bati a porta, arrancando mais um pedaço de tinta branca. Joguei todas as revistas sobre Underground Legends encima da cama e, DEUS, distinguir Dan e Sebastian, deveria ser o tema de Missão Impossível 4.

Já era tarde, iria resolver isso amanha, então deitei minha cabeça no travesseiro. Perdida em meio aos meus pensamentos estava Ethan, e não Owen.

Quando o Sol encontrou meus olhos, senti que algo bom iria acontecer. Olhei no relógio e ótimo – pensei – Perdi o Horário. Comecei a pensar no “Blake” outra vez, sei la, eu devo estar delirando, não era ele, e o Sebastian, o que estariam fazendo aqui? Eu devo estar ficando louca.

“Precisamos conversar”

Era uma mensagem de Owen.

Fui tomar um banho, e fiquei uns 40 minutos embaixo do chuveiro refletindo.

– Achei que nunca sairia dali.

– Owen, que susto, não está vendo que estou de toalha?!

– Como se eu nunca a tivesse visto assim.

– O que você queria falar comigo? – falei de costas enquanto vestia o roupão

– Eu recebi uma proposta.

– Que tipo de proposta?

– Competir, fora do país.

– Quanto tempo vai durar?

– Eu ainda não aceitei, queria falar com você antes de qualquer decisão precipitada.

– Quanto tempo? – indaguei revirando os olhos

– Um ano e meio, talvez dois.

Desmoronei, não conseguia ficar sem ele sequer um mês, quem dera um ano. Eu estava chorando em seu colo, sabia no que isso acabaria.

– Hanna, não precisa chorar, eu não vou.

– Não, por minha culpa você vai arruinar sua carreira? Não, eu não quero viver com isso, e nem sem vocês. Owen, é melhor a gente terminar. – Falei com um nó na garganta.

– O que? Por quê?

– Por que você vai, e quem fica sou eu, ou os dois saem perdendo, eu não sigo minha vida, nem você a sua.

– Mas eu te amo.

– Eu também amo você, muito, mas não é disso que eu falo. Como aumentar o amor sem carinho, sem toque, sem paixão? Um amor não sobrevive apenas de palavras bonitas, ele precisa de muito mais que isso – Ele abaixou a cabeça e depois de longos segundos disse com uma voz embrulhada em futuras lagrimas.

– Você tem razão, mas nunca deixarei de pensar em voce – Ele me beijou com tamanha intensidade, e saiu.

Eu não estava mais chorando, mas precisava falar com a Charlie.

Coloquei qualquer roupa e sai correndo pela chuva, eu gostava, era uma forma de desabafar. Em fração de segundos bati em alguém, e voei ao chão, era um homem.

– Perdoe-me – vejo um vulto se aproximando.

– Você é a Hanna, amiga da Charlie, certo? – Era ele, Ethan/Blake, ainda tinha minhas duvidas.

– Hám... – Estava em choque, não conseguia sequer montar uma frase.

– Vou entender como um sim. Esta tudo bem?

– Sim, estou bem – ele estava segurando minha mão, deparei-me com a tatuagem de ancora em seu pulso, agora não existia mais duvidas, era o Blake.

– É você, Blake Lee.

– Não, eu sou Ethan, primo do Dan.

– Não, Ethan é o nome do seu falecido gato, e sua tatuagem te denuncia - HÁ!

– Parece que fui descoberto. – Ele sorria.

– Explique-se.

– Me daria a honra de levar essa linda senhorita até sua casa? – disse ele beijando a superfície da minha mão.

– Claro que pode. Mas comece a me explicar, o que você e Sebastian fazem aqui?

– Nós havíamos brigado, sabe como somos diferentes. Ainda mais depois de algumas doses. Ele saiu de lado correndo, bom, o estrago no galpão de Charlie.. – Ele olhava para baixo.

– O que?

– Calma, então Foster, nosso empresário e o pai de Charlie, decidiram que para o bem da banda, ele se passaria por Dan e ajudaria Charlie na reforma. Sebastian e eu fizemos as pazes por telefone, mas senti que ele precisava de mim, então aqui estou.

– Nossa, muita mentira pra uma Charlie só - Não tinha certeza se ela iria perdoa-lo se soubesse a verdade.

– Não comente nada, por enquanto.

– Não vou.

~Se fez um silencio~

– E aquele seu namorado?

– Nós terminamos.

– Hmm – disse ele erguendo as sobrancelhas – por quê? – continuou.

– Eu não o amo mais como antes, as vezes me sinto como um fardo nas costas dele.

– Você nunca, nem se quisesse, seria um peso pra alguém – sorri sem jeito, depois de tanto tempo, querendo conhece-lo, ele estava me levando até em casa.

– Que indelicadeza a minha, pegue meu casaco, essa chuva está muito fria – ele colocou o casaco em meus ombros.

– Obrigada – respondi, tentando não sorrir muito, disfarçando minha alegria que mal se contia dentro de mim.

– Não precisa agradecer.

– Bom, chegamos. Foi muito bom falar com você Blake.

– Foi um enorme prazer lhe fazer companhia, Hanna.

Ele veio até mim, e me deu um beijo no rosto, senti meu corpo arrepiar, foi bom, ele corou, e eu também.

– Você quer entrar? Tomar um café? Eu mesma preparei.

– Proposta encantadora, mas preciso pegar o Voo daqui 2 horas.

– Você vai embora?

– Mas eu volto. Quem sabe se você passar seu numero, posso avisar quando estiver na cidade.

– E quem sabe eu lhe ofereço outra xicara de café.

– Adorei a ideia.

– Boa viagem, Blake.

– Obrigado, e se cuida Hanna.

Percebi que ainda estava com seu casaco, mas quando virei-me para avisa-lo, ele não estava mais lá. No mesmo instante recebi uma mensagem. Era ele.

“Você fica mais bonita com ele do que eu.”