Já se fazia dois meses desde o “sumiço” repentino de Olivia e desde então Elliot não tinha noticias dela, e não conseguia estabelecer nenhum tipo de contato – por mais telefonemas que desse, mensagens de textos enviadas –, nada. Nenhum sinal de Olivia, de “sua” Olivia.

Foram os meses mais difíceis e dolorosos de sua vida, e estar na unidade todos os dias, só o fazia lembrar que ela o havia deixado, sem ao menos explicar o porque. Desde a sua ida, as coisas começavam a mudar, não somente com Elliot e seus sentimentos, mas também na unidade. Estava difícil com tantos casos e com uma policial a menos.

Cragen estava sendo pressionado a contratar outro detetive e a delegacia estava um caos, á todo momento recebiam chamados e eram tantos que eles tinham que escolher de muitos o mais ‘importante’. Donald se sentia mal perante a real situação, não queria contratar outro detetive, pois sabia que assim que o fizesse, Olivia passaria a ser ‘segundo plano’ para a unidade, porque foi ela quem decidiu sair.

Olivia e Cragen mantiveram contato, apenas por telefone – mas era o suficiente  – ela sempre  ligava dizendo ainda não estar preparada para voltar, ele lamentava ouvir e sempre no final da conversa, Olivia pedia para ele não dizer a Elliot que ela ligara.

Em meio ás cobranças e sempre com a mesma resposta, Cragen estava decidido a contratar outro detetive – mesmo que temporário – e teria de dar essa noticia a Elliot e assim o fez, o chamou em sua sala, tomando olhares de Munch e Fin.

Cragen: Stabler, preciso falar com você – entre a porta

Elliot olhou para Cragen e sem entender  fora em direção a sua sala, parou entre a porta, suspirou fundo e seu olhos foram diretamente ao distintivo e arma que estavam em cima da mesa.  

Elliot: o que é isso? – referindo-se a arma e distintivo

Cragen: são da Olivia – olhando para ele

Elliot: como disse? – disse incrédulo

Cragen: Elliot, não há outra maneira de lhe dizer isso, Olivia ainda não está pronta para voltar e nós não podemos mais ficar com um ‘homem’ a menos, então você terá um parceiro temporário. Ela esteve aqui ontem a noite e me entregou sua arma e ..

Elliot: oh my god – interrompendo-o – a Liv esteve aqui e não falou comigo? – praticamente sussurrou – porque?

Cragen: I don’t know – pegando a arma e distintivo colocando-os na gaveta  

Elliot: isso não faz o menos sentido – balançando a cabeça negativamente – capitão,  eu não preciso de um novo parceiro, eu posso fazer meu trabalho sozinho

Cragen: você sabe que nós não trabalhamos sozinhos aqui detetive

Elliot: capitão ..

Cragen: isso não é opcional Elliot – o interrompeu – você terá uma nova parceira

Elliot: - aumentando o tom da voz – isso é ridículo

Cragen:  você não tem escolha, se você continuar aqui como eu espero, você terá uma nova parceira.

Elliot: - levando as mãos á cabeça – uma parceira temporária – olhando dentro dos olhos dele

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ALGUNS MESES DEPOIS

Eles pareciam se dá bem, como se conhecessem á anos. Emilly era uma ótima policial, era realmente boa naquilo que fazia. Dedicada ao trabalho e atenciosa com as vitimas. No começo não foi fácil para Elliot se adaptar a ela, mas depois de algum tempo, pareceu ser mais fácil á ideia de ter uma nova parceira.

Ela lembrava um pouco a Olivia, tinha cabelos negros assim como os dela e seus olhos eram grandes e suas íris escuras. Algumas vezes Elliot via um pouco de Olivia em Emilly, não apenas pelo físico, mas pelo seu jeito doce com as vitimas e estar sempre disposta ao trabalho.

Eles aos poucos foram criando um vinculo e um pequeno grau de intimidade, ela gostava em tê-lo como parceiro, e há medida que iam se conhecendo, Emilly ficava mais próxima de Elliot, e aos poucos contava de sua vida a ele. Elliot ouvia tudo atenciosamente e algumas vezes opinava.

POV ELLIOT STABLER

Eu não podia reclamar, ela estava se saindo muito bem, era uma boa parceira, eu podia confiar nela. Emilly era como a Liv, um jeito autoritário e ao mesmo tempo doce de ser. Ela me lembra Olivia as vezes, não posso compará-las, mas, eu finalmente estou conseguindo esquecer Olivia, não totalmente, mas Emilly está suprindo o vazio deixado por ela.

Elliot: hei – colocando uma perna sob a mesa e deixando a outra apoiada no chão – quer beber alguma coisa?

Emilly: claro, porque não? – sorriu – só me de um minuto para juntar minhas coisas

Elliot: perfeito – retribuindo o sorriso   

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Elliot a levou ao bar que sempre ia com Olivia, eles conversavam e davam gargalhadas e ela algumas vezes se dava conta de que finalmente estava conseguindo se entender com ele. Elliot pediu mais uma dose de uísque para ambos e por alguns segundos a fitou, seus olhos percorriam todo o rosto de Emilly e os olhos dela eram convidativos aos dele, penetrante e sensual.

Elliot: você me lembra uma pessoa – dando um grande gole do uísque

Emilly: quem? – mantendo seus olhos fixados aos de Elliot

Elliot: minha antiga parceira – sorriu meio de leve

Emilly: somos parecidas?

Elliot: um pouco – mais uma vez deu um grande gole do uísque

Emilly: sabe, você nunca me falou sobre ela, e eu não queria lhe perguntar isso, mas porque ela foi embora?

Elliot: eu não sei – desviando seu olhar

Emilly: vocês estavam juntos a muito tempo?

Elliot: yeah – passou os dentes no lábio – doze anos

Emilly: uau – surpreendida