A Dama da Morte escrita por namisa


Capítulo 12
XII


Notas iniciais do capítulo

Desculpe a demora...



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/312876/chapter/12

- Ok Hannah, é hora do show... – suspirou  a garota que agora era uma adolescente cheia de problemas.

Não aguentava mais viver naquela casa onde tudo aconteceu, desde suas primeiras luzes saindo até a Morte aparecer. Foi lá onde Hannah rabiscou a porta e um dia depois o pai morreu, se enforcando no meio da cozinha.  A mãe e ela não consiguiriam mais viver naquele lugar.

Sabela conseguiu comprar uma casa numa rua longe do centro da cidade, mas perto do trabalho e da escola da filha. O bairro era calmo e tranquilo de viver, sem caos como em típicos bairros daquela região: até agora.

Na escola, não tinha amigos somente uma colega que conversavam na troca de professores sobre assuntos comuns. Ainda era boa aluna, mas não como antigamente, chegou a ficar de recuperação e tirar dezenas de notas vermelhas.

Hannah estava esperando a vizinha da outra rua chegar, morena de olhos claros, mãe de um filho, professora em uma universidade – a mais nova dos professores de lá- e esposa de um chefe de restaurante. Era a hora dela, todo aquele desejo realizado iria acabar em menos de um minuto, com uma faca fincada em algum lugar do corpo tudo estaria em vão como o sangue que escorreria.

Os passos com o som típico de salto alto estava se aproximando ainda mais, era ela. Hannah apertou com força  o canivete que segurava no bolso da blusa e colocou o capuz. Depois que ela passou, a menina começou a segui-la com os mesmos passos que a mulher seguia.

De repente ela parou para pegar a chave do portão de casa, pronto a hora era agora.

Hannah se aproximou ainda mais, com o capuz combrindo totalmente o rosto deixando somente a boca para ser vista. Se aproximou ainda mais, cutucou o ombro da mulher que virou e disse:

- Com licença...

- Fale querida... – disse a mulher abrindo um sorriso.

- Gostaria de saber, que dia que está prevista a sua morte. Por que pelo que  vi na minha agenda, é hoje às exatemente oito horas e dez minutos da  noite, e agora são... – Hannah parou para olhar o relógio – Olha! Na  hora, faltam dois minutos...

A mulher a olhou assustada. Ficaram encarando por alguns longos segundos.

- Olha eu não sei do que a senhorita está falando... – ela disse andando rapidamente para a casa.

- Ainda dá tempo de correr... – disse Hannah abrindo um sorriso.

A moça arregalou os olhos ainda mais quando Hannah mostrou o canivete que guardava no bolso.

-  40 segundos... – continuou Hannah.

A mulher começou a correr sem rumo pela rua escura e Hannah a seguiu andando com passos fortes.

- Por que faz isso?! Isso só deve ser uma pegadinha não é! – exclamou a mulher parando e largando as coisas no meio da rua.

- Pegadinha nenhuma. 20 segundos, vai ficar parada aí mesmo? Corre! – disse Hannah.

- Não, eu me recuso a correr. Vamos, cadê as câmeras¿ Um beijo para a minha família.

- Ela não será capaz de receber... 10 segundos...

A mulher começou a correr bem depois de ver o canivete sendo jogado pela menina.  Hannah revirou os olhos ao ver que a  professora estava no chão, sangrando pela nuca, mas ainda respirando. Caminhou até ela com um sorriso no rosto, agachou e disse:

- Pegadinha hm? - tirou o canivete da nuca fincou ainda mais nas costas, fazendo sua vítima número 98 gritar – Não grite, assim será pior para mim. – ela passou delicadamente os dedos nas pálpebras  a fazendo fechar os olhos.

 Se levantou, olhou para os lados, correu até uma árvore e subiu esperando que alguém visse Carla. Carla Bittencourt.

- Mamãe! – Hannah acordou assustada ao ouvir uma voz masculina correndo até a vítima.

Ele agachou até a mãe e começou a abraçá-la. Olhou para os lados e não viu nada, começou a gritar de desespero.

Minutos depois, uma pequena porção de vizinhos estava em torno dela, inclusive Sabela. Hannah desceu da árvore e caminhou em direção a mãe que estava em estado  de choque.

- O que acontceu aqui? - perguntou Hannah.

- Ela, morreu... – disse um vizinho.

Hannah abaixou a cabeça para fingir que estava com dó da vítima.

O menino que abraçava a mãe morta, olhou para as pessoas que estavam em volta.  Uma lhe chamou a atenção em especial, uma garota de cabelos negros com capuz. Em seu rosto pálido estava uma gota de sangue minúscula.

Hannah estranhou o garoto olhando fixamente para seu rosto, colocou o dedo na bochecha e viu sangue nele. Limpou com a barra da manga e entrou em sua casa, com medo dele ter percebido ou de ter que matá-lo.

--------------------------------------X---------------------------

O alarme começou a vibrar e tocar ao mesmo tempo.  Hannah tateou a mesa que ficava do lado até achar o celular, abriu os olhos ainda com sono e para sua surpresa não era alarme, era sua “amiga” ligando para ela.

Era sábado, sete da manhã.

- Alô¿ - atendeu Hannah com voz de sono.

- Tá acordada? Aiiii, desculpa de ter te acordado tão cedo. É que, você tá sabendo da super festa que vai ter na casa da super popular da... como é o nome dela.... Você sabe né? Aquela loira, falsa e cheia de frescura...

- Hm, sei. O que tem ela e a festa?

- Você vai? Eu vou, e não quero ir sozinha. Você é a única amiga que tenho, então...

- Única? Sara, e as outras duas que ficam com a gente¿

- Elas ficam de “tititi” com a loira falsificada e não confio nelas, só você mesmo.

Hannah revirou os olhos, era bem aquilo. Sara ficava sempre com Hannah no recreio e sempre ficava olhando as outras com cara de que também queria estar lá, morria de inveja da loira e tentava que tentava se produzir igual a ela.

- Ok, eu vou então.

- Eba! Meu pai te pega aí então às sete da noite. De dia vai ter piscina e não quero passar vergonha... E aposto que você também não.

- Ok... Tchau Sara...

- Tchau Hannah! Até lá!

- Até...

Hannah desligou o celular e voltou a dormir.

Sete horas Hannah já estava pronta: calça jeans, tênis e camisa comum. Estava parada esperando Sara na porta de casa. A amiga estava dez minutos atrasada.

De repente, Hannah viu os vizinhos saindo de preto, todos chorando. Era o dia do enterro de Carla a rua estava em luto, ela era muito importante para eles até mesmo com Sabela. No dia que se mudaram, Carla entregou para Sabela uma caixa de bombons com boas-vindas.

Ficou observando todos saindo de casa. Saiu do mundo que estava quando ouviu a buzina do carro de Sara.

 Entrou no carro e foram. Mal sabia ela o que iria encontrar por lá.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Dama da Morte" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.