I Hate You escrita por Carol Munaro


Capítulo 53
Te Avisei Que Não Ia Dar Certo


Notas iniciais do capítulo

ooi gente! To quase soltando fireworks por ter conseguido postar hoje =') Espero q gostem do capítulo. Boa leitura :3



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O dia inteiro tive que ouvir o Jason falando que ia dar mais merda que da última vez. Mandei ele calar a boca e parar de ser pessimista as duas vezes.

Coloquei um shorts, uma blusa básica e um salto.

- Achei que você ia colocar vestido. - Minha mãe brotou na porta do meu quarto fazendo eu borrar o lápis no meu olho.

- Que susto! E vestido e boliche não combinam.

- Ah é. E amanhã você não pode sair.

- Onde a gente vai?

- É a prova dos docinhos. - Ela disse toda animada.

- Qual a parte do "eu to de dieta" que você não compreendeu? - Perguntei com a sobrancelha arqueada.

- Olha como fala, garota! E você prometeu me ajudar.

- Vou entrar na academia. É mais fácil. - Disse voltando a me arrumar.

- Isso se o Jason deixar.

- Oushe. Ele não tem que deixar nada. - Ela riu.

- Você é muito ruim. - Ri fraco dando de ombros.

- Ele já chegou?

- Ainda não.

- E como eu to? - Disse dando uma volta.

- Linda, filha. - Sorri. - Mas é estranho sair na rua com um olho pintado e o outro não.

- Eu tava falando da roupa, bobona. - Mostrei a língua de brincadeira e ela mostrou de volta.

- Pra que você quis marcar uma outra saída mesmo?

- Pra aquela vaca parar de se achar melhor do que todo mundo.

- Poxa. Vai ter barraco e eu nem vou tá lá. - Ri.

- Mãe! Não vai ter barraco.

- Se fosse eu já tinha discutido com ela domingo.

- Eu não ia fazer isso em público né.

- No boliche não é público. - Olhei com cara de tédio pra ela. - Tá, é público mas não tão público quanto o shopping.

- Tá, entendi. - Disse rindo. Ela estava falando que no boliche tem poucas pessoas em relação ao shopping. Ou testemunhas, dependendo do que aconteça.

(...)

- Tá linda, Jenny. - Cody disse e eu sorri envergonhada.

- Obrigada.

- Tá até alta. - Ele disse e eu sorri irônica. - Enfim, quem ganha hoje?

- Nós dois. Lógico. Sem dúvida. - Jason disse e eu ri fraco.

- Você sempre foi iludido né, Jason? - Sarah debochou e eu olhei pra ela com cara de poucos amigos.

- Tá querendo dizer o que?

- Nada, Jenny. - Ela respondeu com aquela cara nojenta se fazendo de santa. Respirei fundo enquanto entrávamos no boliche. Os meninos foram pedir a pista e, enquanto eles estavam na fila, nós ficamos sentadas num sofá que tinha lá.

- Jason tá diferente. - Ela disse e eu a olhei de canto de olho.

- É...

- Mas fisicamente do que por dentro. - Não falei nada. - Você tem muito trabalho com ele?

- Com meninas como você, sempre né. - Disse irritada e ela fez cara de ofendida.

- Como assim "meninas como eu"?

- Vadias. Que nunca se contentam com um só. Fui clara agora? - Ela me deu um tapa na cara. Dei um soco na cara que ela caiu do sofá. Coitada. Tem que comer muito feijão ainda pra saber bater em alguém.

- Olha aqui, garot...

- Olha aqui, você! - A interrompi. - Acho que não preciso ter essa "conversa" com você de novo!

- Você é louca!

- Prefiro ser louca do ser uma cadela como você! - Ela veio pra cima de mim e agarrou no meu cabelo. Arranhei a cara dela. - Me solta! - Ela riu de deboche. Comecei a puxar o cabelo dela também.

- Solta! - Ouvi uma voz atrás de mim que, com certeza era do Jason, e senti ele me puxando pra ele. - Jenny, eu mandei soltar! - Ele falou mais alto e eu soltei. Ele foi me guiando pra frente, até a gente entrar no carro.  Jason não disse nada por bastante tempo. Eu sabia que ele ia ficar irritadinho comigo. Mas eu não ia levar um tapa e isso sair de graça.

- Eu te avisei que não ia dar certo.

- A culpa não foi minha. Ela ficou me provocando toda hora.

- Não perguntei de quem é a culpa ou não. Isso foi ridículo.

- É, Jason, foi.

- Eu to falando sério.

- Você acha que eu to brincando? - Ele riu irônico fazendo "não" com a cabeça. Dei de ombros.

(...)

- Vocês tão brigados? - Minha mãe perguntou depois do que eu contei pra ela.

- Credo! Não.

- Você bateu mais do que ela né?

- Acho que sim.

- Acho bom. Não quero minha filha com olho roxo, que daí você ia apanhar na rua e em casa.

- Mãe! - Disse indignada.

- Era isso o que sua vó falava pra mim ué. Até que faz sentido. - Resolvi não falar nada. - O Jason vai vim aqui amanhã de noite?

- Não sei. Depende de como vai ser amanhã de manhã.

- Eu pensei que tava tudo bem.

- Não estamos brigados. Mas ele veio o caminho todo me tratando como se eu fosse uma criança de 5 anos que berrou no mercado porque queria comprar cereais.

- Fica calma. Isso é coisa de momento. Apesar que as vezes você parece realmente uma criança de 5 anos. - Fiz bico.

- Não pareço não!

- Parece sim.

- Mesmo? - Ela fez que sim com a cabeça. - Ah, dane-se. Ele não pode ficar bravo comigo. Tirando o fato de eu ter feito ele passar vergonha.

- Que absurdo hein, Jenny. - Tyler brotou na sala de casa.

- Entrou como, garoto? E não sabe bater na porta não? - Perguntei.

- Desculpa. Eu pedi pra ele colocar isso aqui dentro. - Robert disse entrando com uma caixa.

- Ah... Oi. - Disse e ele sorriu.

- Eles vão acompanhar a gente na prova dos docinhos. - Minha mãe disse.

- Eu tenho mesmo que ir?

- Lógico.

- E a minha dieta?

- Esquece essa porra de dieta. Alias, vamos que tá quase na hora. - Bufei me levantando.

(...)

- Meu Deus, isso aqui é o paraíso! - Disse comendo o décimo docinho já. Tinham vários e minha mãe não fazia ideia de qual escolher.

- Já que você quer entrar em dieta, deixa o Tyler provar os próximos também. - Minha mãe disse e eu olhei pra ela.

- To afim não.

- Ai que horror! Fecha a boca pra comer! - Ela disse fazendo uma careta e eu dei de ombros.

- Só não explode aqui, Jenny. - Tyler disse e eu dei um risinho irônico.

(...)

No final, conseguimos escolher os docinhos. E literalmente foi no final, porque eu já havia provado quase trinta tipos de docinhos. Quando eu falo que to parecendo a baleia assassina, não acreditam em mim.

- Jenny? - Minha mãe chamou na porta do meu quarto. Eu tirei o fone e coloquei meu caderno de lado.

- Eu.

- Preciso falar com você. - Ela disse sorrindo.

- O que tem a ver com o Robert? - Ela revirou os olhos rindo.

- A gente vai se mudar.

- Ah, imaginei. Quando?

-Três semanas antes do casamento. - Assenti sorrindo e ela sorria também. - E o Jason? - Desmanchei o sorriso.

- Ainda não me ligou.

- Mas você não se falaram mais cedo na escola?

- Ele não foi.

- Tentou ligar pra ele?

- Só de tarde, antes de você chegar do restaurante.

- Vai lá?

- Lá onde?

- Na casa dele.

- Ahn... Não. Se ele sumir amanhã também, eu ligo pra ele. - Ela deu de ombros. Essa sumida repentina do Jason é, obviamente, estranha. Mas, pra mim, é também preocupante. Se tivesse acontecido alguma coisa, ele ou até a mãe dele me ligaria. Porém...


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Notas finais do capítulo

E aí, o q vcs acham q é essa sumida repentina do Jason? Xoxo :3