I Hate You escrita por Carol Munaro
Notas iniciais do capítulo
ooi gente! To quase soltando fireworks por ter conseguido postar hoje =') Espero q gostem do capítulo. Boa leitura :3
O dia inteiro tive que ouvir o Jason falando que ia dar mais merda que da última vez. Mandei ele calar a boca e parar de ser pessimista as duas vezes.
Coloquei um shorts, uma blusa básica e um salto.
- Achei que você ia colocar vestido. - Minha mãe brotou na porta do meu quarto fazendo eu borrar o lápis no meu olho.
- Que susto! E vestido e boliche não combinam.
- Ah é. E amanhã você não pode sair.
- Onde a gente vai?
- É a prova dos docinhos. - Ela disse toda animada.
- Qual a parte do "eu to de dieta" que você não compreendeu? - Perguntei com a sobrancelha arqueada.
- Olha como fala, garota! E você prometeu me ajudar.
- Vou entrar na academia. É mais fácil. - Disse voltando a me arrumar.
- Isso se o Jason deixar.
- Oushe. Ele não tem que deixar nada. - Ela riu.
- Você é muito ruim. - Ri fraco dando de ombros.
- Ele já chegou?
- Ainda não.
- E como eu to? - Disse dando uma volta.
- Linda, filha. - Sorri. - Mas é estranho sair na rua com um olho pintado e o outro não.
- Eu tava falando da roupa, bobona. - Mostrei a língua de brincadeira e ela mostrou de volta.
- Pra que você quis marcar uma outra saída mesmo?
- Pra aquela vaca parar de se achar melhor do que todo mundo.
- Poxa. Vai ter barraco e eu nem vou tá lá. - Ri.
- Mãe! Não vai ter barraco.
- Se fosse eu já tinha discutido com ela domingo.
- Eu não ia fazer isso em público né.
- No boliche não é público. - Olhei com cara de tédio pra ela. - Tá, é público mas não tão público quanto o shopping.
- Tá, entendi. - Disse rindo. Ela estava falando que no boliche tem poucas pessoas em relação ao shopping. Ou testemunhas, dependendo do que aconteça.
(...)
- Tá linda, Jenny. - Cody disse e eu sorri envergonhada.
- Obrigada.
- Tá até alta. - Ele disse e eu sorri irônica. - Enfim, quem ganha hoje?
- Nós dois. Lógico. Sem dúvida. - Jason disse e eu ri fraco.
- Você sempre foi iludido né, Jason? - Sarah debochou e eu olhei pra ela com cara de poucos amigos.
- Tá querendo dizer o que?
- Nada, Jenny. - Ela respondeu com aquela cara nojenta se fazendo de santa. Respirei fundo enquanto entrávamos no boliche. Os meninos foram pedir a pista e, enquanto eles estavam na fila, nós ficamos sentadas num sofá que tinha lá.
- Jason tá diferente. - Ela disse e eu a olhei de canto de olho.
- É...
- Mas fisicamente do que por dentro. - Não falei nada. - Você tem muito trabalho com ele?
- Com meninas como você, sempre né. - Disse irritada e ela fez cara de ofendida.
- Como assim "meninas como eu"?
- Vadias. Que nunca se contentam com um só. Fui clara agora? - Ela me deu um tapa na cara. Dei um soco na cara que ela caiu do sofá. Coitada. Tem que comer muito feijão ainda pra saber bater em alguém.
- Olha aqui, garot...
- Olha aqui, você! - A interrompi. - Acho que não preciso ter essa "conversa" com você de novo!
- Você é louca!
- Prefiro ser louca do ser uma cadela como você! - Ela veio pra cima de mim e agarrou no meu cabelo. Arranhei a cara dela. - Me solta! - Ela riu de deboche. Comecei a puxar o cabelo dela também.
- Solta! - Ouvi uma voz atrás de mim que, com certeza era do Jason, e senti ele me puxando pra ele. - Jenny, eu mandei soltar! - Ele falou mais alto e eu soltei. Ele foi me guiando pra frente, até a gente entrar no carro. Jason não disse nada por bastante tempo. Eu sabia que ele ia ficar irritadinho comigo. Mas eu não ia levar um tapa e isso sair de graça.
- Eu te avisei que não ia dar certo.
- A culpa não foi minha. Ela ficou me provocando toda hora.
- Não perguntei de quem é a culpa ou não. Isso foi ridículo.
- É, Jason, foi.
- Eu to falando sério.
- Você acha que eu to brincando? - Ele riu irônico fazendo "não" com a cabeça. Dei de ombros.
(...)
- Vocês tão brigados? - Minha mãe perguntou depois do que eu contei pra ela.
- Credo! Não.
- Você bateu mais do que ela né?
- Acho que sim.
- Acho bom. Não quero minha filha com olho roxo, que daí você ia apanhar na rua e em casa.
- Mãe! - Disse indignada.
- Era isso o que sua vó falava pra mim ué. Até que faz sentido. - Resolvi não falar nada. - O Jason vai vim aqui amanhã de noite?
- Não sei. Depende de como vai ser amanhã de manhã.
- Eu pensei que tava tudo bem.
- Não estamos brigados. Mas ele veio o caminho todo me tratando como se eu fosse uma criança de 5 anos que berrou no mercado porque queria comprar cereais.
- Fica calma. Isso é coisa de momento. Apesar que as vezes você parece realmente uma criança de 5 anos. - Fiz bico.
- Não pareço não!
- Parece sim.
- Mesmo? - Ela fez que sim com a cabeça. - Ah, dane-se. Ele não pode ficar bravo comigo. Tirando o fato de eu ter feito ele passar vergonha.
- Que absurdo hein, Jenny. - Tyler brotou na sala de casa.
- Entrou como, garoto? E não sabe bater na porta não? - Perguntei.
- Desculpa. Eu pedi pra ele colocar isso aqui dentro. - Robert disse entrando com uma caixa.
- Ah... Oi. - Disse e ele sorriu.
- Eles vão acompanhar a gente na prova dos docinhos. - Minha mãe disse.
- Eu tenho mesmo que ir?
- Lógico.
- E a minha dieta?
- Esquece essa porra de dieta. Alias, vamos que tá quase na hora. - Bufei me levantando.
(...)
- Meu Deus, isso aqui é o paraíso! - Disse comendo o décimo docinho já. Tinham vários e minha mãe não fazia ideia de qual escolher.
- Já que você quer entrar em dieta, deixa o Tyler provar os próximos também. - Minha mãe disse e eu olhei pra ela.
- To afim não.
- Ai que horror! Fecha a boca pra comer! - Ela disse fazendo uma careta e eu dei de ombros.
- Só não explode aqui, Jenny. - Tyler disse e eu dei um risinho irônico.
(...)
No final, conseguimos escolher os docinhos. E literalmente foi no final, porque eu já havia provado quase trinta tipos de docinhos. Quando eu falo que to parecendo a baleia assassina, não acreditam em mim.
- Jenny? - Minha mãe chamou na porta do meu quarto. Eu tirei o fone e coloquei meu caderno de lado.
- Eu.
- Preciso falar com você. - Ela disse sorrindo.
- O que tem a ver com o Robert? - Ela revirou os olhos rindo.
- A gente vai se mudar.
- Ah, imaginei. Quando?
-Três semanas antes do casamento. - Assenti sorrindo e ela sorria também. - E o Jason? - Desmanchei o sorriso.
- Ainda não me ligou.
- Mas você não se falaram mais cedo na escola?
- Ele não foi.
- Tentou ligar pra ele?
- Só de tarde, antes de você chegar do restaurante.
- Vai lá?
- Lá onde?
- Na casa dele.
- Ahn... Não. Se ele sumir amanhã também, eu ligo pra ele. - Ela deu de ombros. Essa sumida repentina do Jason é, obviamente, estranha. Mas, pra mim, é também preocupante. Se tivesse acontecido alguma coisa, ele ou até a mãe dele me ligaria. Porém...
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E aí, o q vcs acham q é essa sumida repentina do Jason? Xoxo :3