I Hate You escrita por Carol Munaro
Notas iniciais do capítulo
Ooi gente! Bibela, sua linda! Obrigada pela recomendação perfeita!! Soltei vários "awwwwwww" enquanto lia ú.u Capitulo dedicado a você, anjo!! Boa leitura a todos :3
- Tá ficando muito escuro. – Disse olhando pela janela do quarto da casa.
- Quer voltar agora? – Assenti. Ele levantou, colocamos nossos tênis e saímos da casa. – Podemos voltar qualquer dia. – Sorri pra ele. Já era começo de noite. Só dava pra ver onde tava o carro por causa da luz da lua. A gente não fez nada de mais naquela casa. Lógico que tiveram beijos mais quentes, mas não passaram disso.
- Eu to morrendo de fome.
- A gente passa num drive do Mc. Pode ser? – Assenti ligando o rádio. Fiquei observando ele dirigir. Chegava até a ser engraçado o jeito que ele dirigia. Todo concentrado, quase sem piscar. Bufava quando alguém fazia merda. E batucava os dedos no volante quando tocava alguma musica que ele gostava no radio. Ele olhou pra mim de relance e corou. – Que foi? – Ele me perguntou sorrindo.
- Nada. – Sorri de volta. – Que horas vai ser teu treino segunda?
- Depois da ultima aula. Por que?
- Porque eu sei que você quer a minha companhia. – Ele riu enquanto eu balançava os cabelos.
- Nem se acha. – Ri fraco.
(...)
Jason tava no banho. Depois disso ele iria me levar pra casa. Vi que o tal caderno não tava no carro. Tava em cima do criado mudo. Peguei e percebi que tinha algo escrito que não tinha lá antes. Tinha várias palavras rabiscadas e versos consertados. Óbvio que comecei a ler.
“Quando olho em seus olhos
É como observar o céu de noite
Ou um belo amanhecer
Eles carregam tanta coisa
E como as estrelas antigas
Vejo que você evoluiu muito
Para estar bem aonde está
Qual a idade da sua alma?
Não desistirei de nós
Ainda que os céus fiquem violentos
Estou lhe dando todo meu amor
Ainda olho para cima
E quando precisar de seu espaço
Para navegar um pouco
Esperarei pacientemente
Para ver o que você descobrirá
Porque até as estrelas queimam
Algumas também caem sobre a terra
Temos muito a aprender
Deus sabe que somos dignos
Não, eu não desistirei
Não quero ser alguém que vai embora facilmente
Estou aqui para ficar e fazer a diferença que posso fazer
Nossas diferenças, elas fazem muito nos ensinando a usar
As ferramentas e os dons que temos, sim, há muito em jogo
E no fim, você ainda é minha amiga,
Pelo menos não tivemos a intenção
Para funcionarmos, não quebramos, não queimamos
Tivemos de aprender a ceder sem ceder à pressão do mundo
Tive que aprender o que tenho e o que não sou
E quem sou”
Abri a boca. Eu nao conseguia pensar em outra coisa a não ser “uau”. Ele saiu do banheiro e olhou pra mim.
- Isso é invasão, sabia? – Ele disse brincando.
- Isso é lindo, isso sim! – Ele sorriu.
- Não exagera.
- Quem me dera se eu tivesse exagerando. – Disse e ele me selou. Olhei pra ele por completo. Uau.
- Para de me secar, garota. – Ele disse rindo e eu balancei a cabeça saindo do “transe”.
- Não to te secando.
- Imagina se tivesse. – Ele disse rindo fraco e eu lhe dei a língua.
(...)
- Eae, transaram? – Minha mãe perguntou quando eu entrei no quarto dela. Ela tava se arrumando.
- Mãe! Eu acabei de chegar.
- E daí? Transaram ou não?
- Não. E ele me falou uma coisa sobre isso. – Ela arqueou uma sobrancelha.
- Tenho até medo do que seja. Sabe como são garotos né.
- Ele me falou que é virgem. – Minha mãe olhou pra mim e começou a rir. Ela não parava mais! – Para de rir! Não tem graça isso.
- Ele deve tá mentindo. - Ela disse um tempo depois.
- Sei lá, mãe. Não parecia. E a gente tava quase lá e ele parou. Se ele tivesse mentindo, a gente faria e ele diria que perdeu comigo.
- É... Faz sentido. – Ela parou e pensou em algo. – Sua tarada! Vai tirar a pureza do garoto!
- Mas a gente nem fez nada!
- Pensa que me engana? Duvido que não vão fazer! – Ela disse e eu corei.
- Isso vai depender dele.
- Você quer né? – Dei de ombros. – Você queria ontem?
- Ah... Coisa de momento.
- Você ainda quer!
- Quero nada.
- Quer sim. E vocês foram pra onde hoje?
- No jogo. Depois a gente foi pra uma casa na cidade vizinha.
- De quem?
- Acho que não tem dono. Tá abandonada.
- Tá brincando que não rolou nada lá? – Dei de ombros. – A primeira e ultima vez que eu fui pra uma casa abandonada, eu engravidei de você. – Revirei os olhos. – Mas por que ele não fez ainda?
- Ele tá esperando a menina certa.
- Que fofo! Acho que é você.
- Sei lá. Quero que seja.
- Você tá gostando dele!
- Não to apaixonada ainda.
- Mas tá gostando. – Sorri de canto.
- Tá indo pra onde?
- Vou na casa do Robert.
- Hoje tem hein! – Disse ela me olhou com os olhos semicerrados. Gargalhei. – Tá querendo ele?
- Eu ainda sou sua mãe! – Dei de ombros. – Mas to querendo sim.
- Mas vish. Já te falei que não quero irmãos.
- E nem eu quero um segundo filho. Ah, ele tá querendo namorar, eu acho.
- Você acha que vai mudar alguma coisa?
- Não sei. Ele não falou nada pra mim ainda. Mas tá bom assim, sem a gente saber o que a gente tem. - Ri fraco.
- Vocês vão vim pra cá hoje? – Ela assentiu. – Eu vou ter que ir dormir em outro lugar?
- Não precisa.
(...)
- Minha mãe tem down! – Disse irritada pro Jason no telefone e ele riu.
- O cara tá aí?
- Lógico que ele tá. Eles podiam ser mais silenciosos.
- Por que eles não foram pra casa dele?
- Parece que ele tem um filho, sei lá.
- Mora com ele?
- Eu não sei, Jason.
- Quer ir na casa do Charles amanhã? A gente vai ver filme.
- A gente quem?
- Cody, Charles e... Ah, duas gurias que eles tão ficando. Não sei quem são. E eu não vou ficar de vela.
- Hm. Ok. Vai passar aqui?
- Vou sim. As 15h00.
- Tá bom. Eu vou tentar dormir agora, Jay.
- Tudo bem. Até amanhã.
- Até.
- E sonha comigo. – Ri fraco.
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Então, a musica do capitulo é I won't give up (avá). Ah, e como vcs imaginam o Jason?? :3 Xoxo.