O homem de cabelos louros, arqueava as sobrancelhas, os olhos estavam apertados, e seu semblante ameaçava-nos.
- Ah, oi querido – disse mamãe. – estava brincando com as crianças.
- E precisava bagunçar a sala inteira! May, meus gerentes viram aqui para jantar. Já pensou o que eles pensariam, ao encontrar minha casa a esse estado? – disse dramatizando.
- Desculpe Jack – disse mamãe.
- Mãe! – repreendi-a – Não tem que pedir desculpas. Você nunca se importa quando sua família está feliz né? Sempre estragando com a porcaria do seu trabalho – ri irônica.
- Mad.. – reeprendeu-me mamãe.
- Olha Madson, estou cansado desse seu comportamento rebelde. Onde foi que eu errei? – perguntou ele.
- Quando quis transar com mamãe e seu espermatozóide fecundar no óvulo dela! – sorri cinicamente.
- Madson! – gritou mamãe.
- Qual é mãe, todos aqui sabem que não foi à dona cegonha que nos jogou pela chaminé – dei de ombros.
- Está vendo May, você não dá limites a essa garota, e ela agora diz o que bem entende. Você devia tomar vergonha na cara Madson, você devia dar exemplos aos seus irmãos! Mas não, fica me desrespeitando – disse nervoso.
- Que eu saiba, ninguém é igual a mim, porque existe apenas uma Madson com esse DNA, e outra: eles tem os próprios caminhos, não estou influenciando ninguém, se eles puxarem a mim, será porque eles quiseram, não obriguei ninguém a fazer nada! – disse exaltando a voz.
- Você é pensa que é quem para falar com a voz mais alta que a minha? Eu sou seu pai, o mais velho... – disse ele corando de tanta raiva.
- E daí? Grande bosta! Você nunca ligou para mim, nunca me perguntou se estou bem... Você é um idiota autoritário – disse.
Em segundos sua mão branca e pesada estava em meu rosto, deixando-o vermelho. Todos ficaram surpresos, meu sangue fervia nas veias.
- Seu... seu... – respirei – MALDITO! – gritei.

Corri o mais rápido possível para meu quarto, tranquei-o.
Pulei na cama, e ali fiquei, minhas lágrimas agora desciam com dificuldade, o ódio pulsava dentro de mim.
Desliguei o celular e fechei as janelas, eu queria ficar sozinha na escuridão, assim ela roubava minha alma, e eu só seria apenas um corpo ambulante.
Minha vontade era de gritar, mas o silêncio sufocava meus gritos, eu sentia ardência na garganta e meu rosto também.
Senti a última lágrima solitária cair do meu olho esquerdo e depois acostumei com a escuridão e dormi.