Finding a Dream escrita por Loren


Capítulo 34
Reencontro


Notas iniciais do capítulo

haaai
Aproveitem.



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Onde está a liberdade então?

Ela fechou os olhos e ele levantou mais alto a faca. Ela aguardava com a cabeça e tronco levantados, apoiados nos cotovelos. Até que uma voz conhecida soou por seus ouvidos.

–-Abaixe-se!- a voz gritou e ela obedeceu.

Quando abriu os olhos, já não tinha mais o homem sobre si. Estava deitado no chão, com a face estática. Olhos arregalados e a boca entreaberta. Espanto e medo preenchiam seu olhar e em seu peito estava a responsável pelo seu fim. A flecha estava cravada diretamente em seu coração. As penas vermelhas eram familiares. Ela virou o rosto e por cima do ombro, viu a rainha com o arco ainda em punho. Parecia tão surpresa quanto a loira.

–-Susana...

A morena sorriu e correu até ela. Ajoelhou-se e puxou Irina para um abraço. Ela podia sentir a morena tremendo enquanto a abraçava. Quando se afastou, viu que seus olhos estavam marejados e os lábios carnudos traziam um sorriso.

–-Meu Deus... Você está viva! Viva!- ela exclamou e ajudou a loira a se levantar.- Venha... Tem alguém que quer te ver!

–-Mas quem...- seus olhos desviaram da Gentil por alguns segundos e na linha do horizonte, avistou fios negros e olhos desorbitados de tamanha surpresa.

Sorriu incontrolavelmente. Soltou-se do apoio da morena e correu em direção a ele. Ele largou a espada e dirigiu-se até ela. Não se importava com a ideia de que os músculos latejassem de dor, precisava senti-la em seus braços. Seus corpos se encontraram e se grudaram em um abraço tão apertado que foi capaz de fazê-la perder o controle da respiração. Ela sentiu os olhos arderem, mas continuou a sorrir. Pela primeira vez em muito tempo, sentia felicidade. Seus olhos se encontraram quando desfizeram o abraço e ele levou uma mecha dos cabelos dela para trás da orelha. Ela corou com o gesto, mas não desviou a mirada dos olhos castanhos.

–-Senti sua falta.- ele murmurou.

–-E eu mais ainda.- ela respondeu e ele sorriu.

Em seguida, puxou o seu rosto fino lentamente, procurando por seus lábios. E eles se encontraram. Ela passou os braços ao redor do pescoço dele e pressionou as bocas. As línguas se encontraram e ele apertou a cintura dela. Ele podia sentir um calor subir pela nuca, mas ali, eles estavam em paz. Poderiam morrer, mas que fosse juntos, como sentiam ser um só naquele instante.

–-Desculpe interrompê-los- se separaram, ainda abraçados e avistaram o loiro com o rosto sujo de terra e sangue, porém, sorria-, mas eles estão fugindo.- e apontou com a espada para os telmarinos.

Irina fitou aqueles homens medrosos correndo, quando antes faziam pose de valentões. Agora, eles sentiam o mesmo desespero que ela teve que sentir. Sorriu, divertida e maliciosa.

–-Bem, vamos lá, então!- exclamou e pôs-se a correr, com os reis e a rainha em seu encalço.

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Chegaram a tempo de presenciar o mais belo espetáculo do fim dos telmarinos.

Os narnianos pararam de persegui-los no momento em que viram, do outro lado da ponte, sua rainha mais nova, Lúcia, a Destemida. Parecia confiante e os inimigos estranharam tal comportamento da menina, mas logo desataram a rir com tamanha imprudência. O que liderava desde então, virou-se risonho para seu exército, mas congelou no momento em que todos pararam de rir e suas faces mantiveram-se estáticas. A menina estava acompanhada. Por um leão. O leão.

Mesmo assim, não perdeu a postura e gritou, como impulso para os soldados. Todos avançaram pela água enquanto o líder cavalgava pela ponte. O leão deixou de sorrir e mostrou seus dentes. Em seguida, rugiu. O rugido que fez cada ser presente ter suas fibras vibrarem com o som. A água tomou um controle diferente. Seu nível baixava e os soldados engoliram em seco. O cavalo deteu o passo e o homem alçou o olhar para o lado. De longe, uma criatura feita a partir das águas do Beruna, crescia e tomava a forma de um velho que teria barba e cabelos compridos. Os reis e rainhas riram e a loira observava abismada.

O velho de água olhou para o leão, buscando algo em seu olhar e este, confirmou com um aceno da cabeça. Era o momento. O momento de sua libertação. A água desceu e voltou a subir embaixo da ponte, tirando-a da terra e erguendo-a em seus ombros. Soldados e cavalos tentavam escapar do redemoinho que a água se tornava, porém, muitos acabavam perdidos por baixo desta. Tomou a ponte em suas mãos e observou por alguns segundos a criatura que ali estava sobre a madeira encharcada. E nos olhos do homem, havia medo. O velho de água jogou a cabeça para trás e voltou para frente, engolindo a ponte e desfazendo-a em mil pedaços.

O rio voltava a ter seu curso e no momento, os narnianos tomaram suas armas e rendiam os telmarinos. Os reis e rainhas, plebeia e príncipe telmarino, aproximaram do leão que observava toda a cena do alto de uma pedra, com as garras guardas, a cabeça ereta e a face inexpressiva. A ruiva, ao seu lado, escondia o riso por conta das expressões de cada um que duvidaram dela. No entanto, trocava olhares cúmplices com a loira. Se ajoelharam, envergonhados das atitudes desprezíveis que tiveram nos últimos tempos.

–-De pé, reis e rainhas de Nárnia.- os Pevensies se levantaram.- Todos.- deu ênfase e o telmarino ergueu o olhar, sem muita certeza se as palavras eram para ele.

–-Acho que ainda não estou pronto.

–-É por essa razão, que sei que está.- o leão assentiu e ele levantou-se, sem saber como portar-se perto do grande leão.

–-E quanto a vós, Irina- ela manteu a cabeça abaixada-, levante-se e olhe-me.- ela o fez.- Estou orgulhoso.- e ela sorriu.

E após Aslam ter devolvido a cauda para Ripchip e ter mostrado que era real para o Caro Amiguinho de Lúcia, todos ajudaram a terminar a rendição do inimigo. E no meio de tal movimento, ele se aproximou dela e sorriu internamente ao vê-la com as bochechas coradas.

–-Como está?

–-Por que você quer saber?- perguntou, sem maldade ou rancor. Apenas curiosidade. Ele suspirou e preparou-se para enfim dizer tudo o que estava trancado na garganta há tempo.

–-Quero saber tudo que se passa na sua mente, no seu corpo e nos seus sentimentos. Quero ser mais que teu amigo, Irina.- pegou suas mãos e sorriu.- Eu senti sua falta.

–-E eu mais ainda.- ela respondeu e jogou-se para seu abraço, em busca de seus lábios.

E ali, no fim da guerra, eles se reencontraram e a flor do sentimento que eles tanto desconheciam, desabrochara quando suas peles voltaram a se encontrar. O público ao redor, disparou em palmas e assovios. Os dois riram por sobre o beijo, mas não se afastaram. Haviam ficado longe um do outro por muito tempo. Para quê cometer o mesmo erro outra vez?

Mas, ás vezes, o erro não é nosso. Se não, acaso do destino.

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Notas finais do capítulo

haaaai
Desapareci, mas foi por motivos nobres. O capítulo foi curto. Foi apenas para mostrar que ainda estou viva, infelizmente. Seja como for, tenho dúvidas que ainda existam leitoras para esta fic. Mesmo que não, finalizarei a fanfic até o fim da semana que vem, eu presumo. Falta pouco para o fim.
Tenha um bom dia. Ou boa tarde. Ou boa noite. :)
Beijos e abraços apertados da Loren



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