Love Story escrita por Laay , Lara Vic


Capítulo 6
Amigas Para Sempre


Notas iniciais do capítulo

pessoas que gostam da fic, não nos matem! eu sei, agente demorou de mais, mas fiquem sabendo que o próximo os proximos caps não vão demorar tanto assim. esse capitulo, para mim, foi o melhor de escrever. eu aposto que as pessoas que são fãs da amizade MôMaga vão amar esse cap. comentem e não nos matem!
esse daqui é o link da musica, que se chama Put Your Records On. - http://www.youtube.com/watch?v=OVNK_VDQY8I



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10:05A.M.;  CASA DA MÔNICA.

 

Enquanto esperávamos com o coração na boca – bem, eu –, tudo pareceu rodar devagar, lentamente. Menos, é claro, a batida do meu coração, que só pareceu ir mais rápido. E Cebola, ao contrario, estava totalmente relaxado.

 

Three little birds, sat on my window.
And they told me I don't need to worry.

Três passarinhos, pousaram em minha janela
E me disseram que não preciso me preocupar

 

            Durante alguns segundos pude jurar que todos tivessem saído – estava um silencio terrível na casa e entre mim e o Cebola. Comecei a ficar cada vez mais nervosa, e pude sentir meu amigo de infância desconfortável ao meu lado. Será que ela não estava? E então, como um sinal, ouvi alguém descendo as escadas com um pé pesado (sim, era a Mônica, se recuperando da ressaca).

            - Quem é? – perguntou ela, o som meio irritado como se ela estivesse morrendo de dor de cabeça; e devia estar mesmo. Percebi que nos dois segundos seguintes ela espiou o olho mágico da porta. Silencio.

 

Summer came like cinnamon, so sweet.
Little girls double-dutch on the concrete.

O verão veio que nem canela, tão doce...
Garotinhas pulavam corda no concreto

 

            - Mô, somos nós! – eu disse, antes que o Cebola pudesse fazer qualquer outra coisa que nos botasse numa fria literalmente. – Seus dois melhores amigos arrependidos! Viemos pedis desculpas.

            A porta se abriu com um barulho estranho e minha melhor amiga apareceu arás dela, segurando um copo de água e um frasco de remédios. Ela parecia péssima, e usava uma camiseta roxa do tempo da minha avó e uma bermuda que você só deve usar em casa, bem feia e azul. Mas eu não me importava como ela estava vestida ou como o seu cabelo curto parecia um bagaço naquela manhã ( e, se estou comentando, é porque me importava). E, aparentemente, nem o tarado do Cebola. 

 

Maybe sometimes, we got it wrong, but it's alright
The more things seem to change, the more they stay the same

Talvez as vezes, damos mancadas, mas tudo bem...
Quanto mais que as coisas parecem mudar,
mais elas continuam as mesmas...

 

            Os seus olhos mortos de antes foram ocupados pelos cheios de vida e animados ao dar de cara com as rosas vermelhas e lindas que o Cebola estava nos braços. Mônica sorrio tanto que pensei como os seus lábios poderiam ser tão grandes.

 

Oh, don't you hesitate.

Oh, não hesite

            - É. – disse Cebola, e agora ele parecia nervoso e envergonhado. Já não era sem tempo! Bem, antes tarde do que nunca. – Mônica, olha, eu tava com muita laiva na festa junina, e acabei... Fazendo tudo aquilo. Eu não tinha o dileito. Desculpe.

            Eu quase chorei ao ouvir as palavras dele. Eram tão carregadas de culpa e tristeza que partiu meu coração, e quase berrei pra Mônica não ser egoísta e aceitar logo as desculpas dele para que Cebola parasse de sofrer tanto. Ele não merecia, ele era completamente inocente nessa historia. Ele só estava aborrecido e magoado por ver a garota que ama praticamente em uma dança de acasalamento com outro cara. Meu estomago se embrulhou quando pensei naquilo. A garota que ele ama.

 

Girl, put your records on, tell me your favorite song

Garota, coloque seu som para tocar, me diga sua canção preferida

 

            Mas a Mô não precisava de ninguém que dissesse para ela perdoar o Cebola, já que em dois tempos – sei o que você esta pensando, tudo isso?Mas ela estava de ressaca né? -   ela estava com os braços jogados em torno dos ombros dele. Ela até, ao se lançar para ele, roubou um selinho – teve um estalo quando os lábios dele se tocaram, então nem tinha como evitar olhar. Eu virei meu rosto para o outro lado, vividamente vermelho e com outra emoção perturbando meu estomago. Mas que inferno! O que estava acontecendo comigo? Desde quando eu me importo com que a Mônica e o Cebola fazem ou deixam de fazer? Definitivamente, tinha algo de muito errado comigo naquele dia.

 

You go ahead, let your hair down
Sapphire and faded jeans, I hope you get your dreams,

Vá em frente, solte os cabelos
Jeans safira e desbotado, espero que alcance seus sonhos

 

            Mônica rio quando viu que meu rosto estava virado para o outro lado. Acho que ela não percebeu as lagrimas nos meus olhos, e foi melhor assim. Quero dizer, eu nem sabia o motivo de estar prestes a chorar. Fiz as lagrimas voltarem para onde vieram.

 

Just go ahead, let your hair down.

Apenas vá em frente, solte seus cabelos

 

            - Deixa de ser boba Magali, olha pra cá. – disse minha melhor amiga, e virei meu rosto para eles. Eu estava com um sorriso estampado no rosto àquela altura. Cebola mantinha um dos braços ao redor da cintura de Mô, e esta segurava o buquê de rosas cheirosas com as duas mãos. Ambos sorriam felizes. Minha amiga estendeu um braço para mim, equilibrando o buquê na outra mão. – Me dá um abraço também, por favor?

 

You're gonna find yourself somewhere, somehow.

Você se encontrará em algum lugar, de alguma maneira...

 

            - Você nem precisa pedir. – disse eu, abraçando minha melhor amiga. Agora tudo parecia ter voltado para seu lugar. Eu e Mônica super amigas novamente, abraçadas. Cê e Mô prontos para se agarrar a qualquer momento, nenhum dos dois se agüentando de amores um pelo outro. Então por que eu estava sentindo que nem tudo estava no seu lugar, mesmo que estivesse tudo bem de novo? – Desculpe.

 

Blue as the sky, sunburnt and lonely,
Sipping tea in the bar by the road side,

Azul como o céu, sombria e sozinha
Bebendo chá no bar ao lado da estrada

 

            - Não peça desculpas, isso só me faz sentir pior. – Mônica falou, e nos separamos do abraço. Eu percebi que ela chorava, e só quando uma lagrima quente escorreu por minha bochecha percebi que também chorava. – Quem te deve desculpa sou eu. Fui horrível com você. Me perdoa?

            - Sempre que você der mancadas, sabemos que essa não foi a primeira nem será a última. – eu falei sorrindo, ela mostrou a língua e voltamos a um abraço rápido.

            E nós duas percebemos ao mesmo tempo Cebola completamente sem ação e envergonhado ali do lado. Ele parecia desconfortável por presenciar aquela cena, e nós rimos.

 

Don't you let those other boys fool you,
Gotta love that afro hairdo.
Não deixe aqueles garotos te fazerem de boba...
Vá e ame aquele penteado afro

 

            - Mô, eu queria só te perguntar mais uma coisa. – falou Cebola, segurando a mão da minha amiga. Agora quem estava desconfortável era eu (por que? Por que? POR QUE!). – Você gostaria de sair para jantar comigo hoje? Como meu presente real de desculpas.

            Senti ela prendendo o fôlego. Cebola havia pedido para sair com Mônica muitas vezes – e ela tinha ido à maioria, na verdade – mas a reação nunca mudava. Ela sempre pirava. Pena, ela nunca percebia que Cebola realmente a amava. Outro embrulho no estomago.

            Será que estou assim por que terminei com o Joaquim hoje? É, acho que devo estar sensível a romances. Deve ser isso. 

 

Maybe sometimes, we feel afraid, but it's alright
The more you stay the same, the more they seem to change.

Talvez algumas vezes, nós sentimos medo, mas tudo bem
Quanto mais você continua a mesma, mais eles parecem mudar.

 

            - Olha Cebola, eu não sei. – Mônica se fez de difícil e eu revirei os olhos. Quando ela vinha com esse papinho, queria dizer ‘sim’. – Se o meu pai deixar, talvez. De que horas seria?

            - Pode ser as 18:00? – ele propôs, enquanto os olhinhos da Mônica brilhavam.

            - É. Certo, pode ser. – ela falou, sorrindo. – Estarei te esperando. Você vem me buscar aqui?

            - Eu te pego. – garantiu Cebola, meio desconfortável. Ele queria dar o fora dali, evidente. – Preciso ir. Muito dever de casa. Agente se ver mais tarde, Mô. – ele disse sorrindo, e então olhou pra mim, já indo embora. Cara, eu sou muito insignificante! – E tchau, Magali.

            - Tchau. – dissemos eu e Mô juntas. Rimos.

            Esperamos Cebola se distanciar rapidamente, e, assim que ele virou uma esquina qualquer, viramos uma para a outra e berramos de alegria.

 

Don't you think it's strange?

Você não acha isso estranho?

 

            - Amiga, me abana! – disse Mônica, eufórica, me puxando para dentro da casa e trancando a porta logo depois. Ela encostou-se à porta e se abanou sozinha, enquanto eu caia em uma gargalhada. Mas minha risada me pareceu falsa até para mim, o que só significava que eu ainda não estava para romances. – Não acredito! Vou sair com o Cebolinha de novo!

            - Mas vocês já saíram antes. – observei, enquanto ela corria para a sala e me puxava junto. Meu pé protestou; até estava esquecida dele. – Ai! Calma! Eu machuquei meu pé enquanto estava vindo para cá.

            - Ah, desculpa Maga! – ela falou, pulando no sofá como uma criança em dia de natal. Eu massageei meu pé enquanto, devagarzinho quase parando, fui me sentar junto dela. – É que eu o amo taaaaanto. – Mô olhou para os lados. – Alguém ouviu isso?

            - Sim! Eu! – disse, e rimos de novo.

 

Girl, put your records on, tell me your favorite song

Garota, coloque seu som para tocar, me diga sua canção preferida

 

            - Eu não agüento esperar pelo encontro e... – Mônica piscou os olhos castanhos, meio apavorada. – Minha Santinha do Céu! Não tenho nada para vestir! – olhou para mim com aquele olhar de idéia maligna. – Me ajuda! Por favor, amiga!

            - Claro, Mô. – falei, tocando suas mãos. Ela sorrio para mim. – Vamos subir para o seu quarto? Mas vou precisar de ajuda pelas escadas. – apontei para o meu pé inchado igual a uma bola.

            Do jeito que a Mônica é forte, não demoramos muito para chegar até o quarto vermelho e branco dela. Fui até a cama e sentei lá, vendo minha melhor amiga remexer no guarda-roupa feito louca, jogando um monte de roupa para longe. Varias blusas e shorts vieram parar bem na minha cara.

            Enfim, ela pareceu gostar de algo. Estendeu para mim uma meia calça – daquelas que é para decoração mesmo, vermelha e com aqueles buraquinhos que parecem, bem, de vadias. – e um short jeans com aqueles traços rasgados de roqueira. Uma blusa vermelha e uma jaquetinha de couro também. Aquela roupa faria minha amiga pareceu uma garota de programa.

 

You go ahead, let your hair down
Sapphire and faded jeans, I hope you get your dreams,

Vá em frente, solte os cabelos
Jeans safira e desbotado, espero que alcance seus sonhos

 

            - Hum. – fingi analisar. – Acho que talvez dê. Prove para eu ver melhor. 

            Cinco minutos depois, lá estava a Mônica rodando com sua roupa de prostituta na frente do espelho. Fiz uma careta. A blusa vermelha era justa de mais e a jaqueta curta de mais, e as botas pretas de cano alto fizeram tudo piorar.

            - Nossa. Estou parecendo com uma garota de programa. – Mô disse, sorrindo para o espelho.

            - É, não gostei. É muito oferecida. – disse eu, balançando a cabeça para um lado e para o outro, negativamente. – Essa noite não parece quente o bastante para mini shorts e camisetas com decotes de uma cabeça. Pelo menos eu acho.

 

You're gonna find yourself somewhere, somehow.

Você se encontrará em algum lugar, de alguma maneira...

 

            - Concordo plenamente. – falou Mônica, tirando a jaqueta. – A ultima coisa que quero é o Cebola pensando isso de mim.

            Depois, de calcinha e sutiã, ela voltou a revirar o armário do avesso. Quando finalmente me mostrou alguma coisa que considerei uma opção – um vestido branco longuíssimo – eu a mandei provar. Logo, ela voltou. Estava linda, mas ainda assim não era o ideal.

            - E então? – perguntou ela, com esperanças. – Esse daqui me parece legal.

            - Não sei não. – disse eu.

            O vestido realmente parecia legal, para um casamento... Ou um convento. Ela estava usando um tule azul com alguns strass e que acabava total com a magia do vestido branco, que arrastava no chão. Aquela roupa era completamente o oposto da outra, e o Cebola poderia achar que ela não estava interessada.  

 

'Twas more than I could take, pity for pity's sake

E isso é mais do que posso aguentar, perdão só por perdoar

 

            - Esse é muito composto. Nem oito nem oitenta, Mô. – falei. Ela suspirou, e começou a tirar o tule.

            - Muito oferecido, muito composto... Decida-se. – Mônica ainda resmungou quando foi trocar de roupa.

            Dessa vez, eu mesma a ajudei a vasculhar o armário que aquela altura já estava uma bagunça enorme. Peguei um jeans claro e uma bata vermelha com o nome ‘Mônica’ atravessando. A blusa tinha uns babados e uns bordados lindos e fofos, e deixava às costas a amostra, eu havia adorado. Empurrei a roupa com uma sapatilha preta e pedi para Mô provar. 

 

Some nights kept me awake, I thought that I was stronger

Passar noites acordada. Achei que era mais forte...

 

            Quando ela voltou vestida, achei que tinha ficado ótimo, mas ela não.

            - Acho que conseguimos algo melhor. – Mônica insistiu, rodando no espelho e suspirando. – Não é muito chamativo? É que eu estava pensando em algo mais meigo e romântico. Isso é muito discoteca.

            E voltamos a nossa caçada, procurando por roupas. Ela me mostrou algumas, mas eu disse que não. Quase uma hora depois, a Mônica passou a mão pela cabeça, estressada.

            - Ai Magali, vai logo! Só faltam umas nove horas para o encontro e até agora agente não saiu disso! – ela falou, se jogando na cama. Agora ela só vestia uma toalha branca.

 

When you gonna realise, that you don't even have to try any longer.

Quando você vai realizar, que nem precisa mais continuar tentando?

 

            - Mônica Souza, você tem idéia do que acabou de dizer? – perguntei, completamente chocada. – Nove horas é muito tempo!

            - Não sei de mais nada. – disse Mô, se levantando e voltando a remexer nas gavetas. Se virou para mim. – Você acha que algo verde seria mais legal?

            - Não. Na verdade, acho que um vestido seria bem legal. – eu falei. – Você não disse que queria algo mais romântico? Vestidos são super românticos.

            - Sei exatamente o que você está dizendo. – disse ela, sorrindo e se virando para o guarda-roupa. – E tenho o que preciso bem aqui! Só preciso achar.

            Cinco minutos depois ela ainda estava remexendo no bolo misturado de roupas, e eu podia ver roupas intimas – calcinhas e sutiãs – com camisetinhas e shorts voando para todos os lados. Ela tirou, de um cabide no fundo do armário, um vestido coberto por uma daquelas coisas que protegem o tecido de roupas alugadas. E, quando Mô tirou a capa do vestido, eu vi que ele era perfeito.

            - Esse serve? – ela perguntou.

 

Do what you want to.
Vá e faça o que quer

 

            - Temos um vencedor! – falei, me levantando e esquecendo completamente do pé machucado. Doeu, e sentei na cama de novo. – Prova! Quero ver como fica em você.

            Mônica parecia muito feliz quando saiu, usando o vestido lindo vermelho. Ele era um pouco curto e tinha algumas cores mais claras, quase não dava para perceber a diferença. Sem costas e decote moderado, com mangas bufantes. Achei-o tão lindo que babei pela aquela roupa.

            - Meu Deus! É simplesmente lindo de morrer! – praticamente berrei. Mônica ficou pulando de felicidade. – Você precisa usar esse vestido hoje.

            - Ai, que bacana! – ela falou, comemorando por termos finalmente achado uma roupa que prestasse. Nós duas olhamos para o relógio de princesa (de seus tempos de criança) pendurado na parede e vimos que ainda era uma e meia da tarde. – Está quase na hora do almoço.

            Ao ouvir a palavra ‘almoço’ meu estomago roncou alto. Mônica ouviu e gargalhou e eu fiquei vermelha, claro. Mas ela já passou tanto por isso comigo que nem me importei muito.

            - Podemos comer um lanchinho? – pedi, com a voz fina. – Depois agente pode ver a maquiagem e os sapatos.

            - Eu tenho um par de sapatos que combina direitinho com o vestido. – Mô se sentou do meu lado. – Mas nós podemos comer um lanche. Quer bolachas salgadas com suco?

            Na próxima hora, lanchamos. Conversamos e demos risada do Cebola e de seu ciúme, e também falamos da noite anterior, onde ele tinha ficado totalmente bêbada. Mô não gostou de falar no assunto, e confessou para mim que tinha sido uma estúpida tendo ficado com ciúmes de mim. Concordei que ela havia sido uma idiota, e nós duas rimos de novo. No final, tudo ficou bem.

 

Girl, put your records on, tell me your favorite song

Garota, coloque seu som para tocar, me diga sua canção preferida

 

            A mãe e o pai da Mônica – que estavam no mercado, fazendo as compras desse mês – chegaram aproximadamente de duas e quarenta da tarde. Minha mãe ligou lá pelas três da tarde – para ver por que eu estava demorando tanto para mandar meu pai ir me buscar de carro, e eu disse que havia almoçado por lá e só iria ir embora de tardezinha –, quando a Mô tinha entrado no banho. Dona coisa – tenho que melhorar – nos ajudou a fazer a maquiagem na minha melhor amiga depois de almoçarmos uma macarronada com almôndegas que só perde para a da minha mãe.

            Na pelas quatro da tarde, ajudei Mônica a escolher o colar e o brinco e a fazer escova e chapinha caseira naquela selva que ela chama de cabelo. Não fizemos nenhum penteado especial e deixamos o cabelo dela solto, o brilho no visual dela era o vestido e o lindo colar de coelhinho azul que ela colocou. Dei os últimos retoques na maquiagem dela quando já eram cinco horas e meia; e logo depois liguei para o papai ir me buscar. Ele disse que estaria lá em três minutos.

 

You go ahead, let your hair down
Sapphire and faded jeans, I hope you get your dreams,

Vá em frente, solte os cabelos
Jeans safira e desbotado, espero que alcance seus sonhos

 

            - Tchau, Mô! – falei, quando papai estava buzinando impaciente na rua da Mônica, abaixando o vidro para me chamar. – Não se esquece de me contar tudinho – falei isso mais por obrigação, não sei se ia querer saber... - depois, heim? 

            - Certo! – ela falou, acenando. Quando ia me distanciando, Mônica segurou minha mão. – Espera. Esqueci de perguntar, Maga. Levo ou não levo o celular?

            - Para estragar o que pode ser o melhor momento da sua vida? – perguntei, sorrindo para ela. Mas o nó em meu estomago estava voltando, e o bolo na minha garganta também, o que indicava que eu iria começar a chorar logo. – Não leve. E se levar, deixe desligado.

            - Ta. Ai amiga, eu estou uma pilha de nervos! – Mônica mordeu os lábios, e eu a repreendi. Ela iria estragar o brilho.

 

 

            - Respire, fique calma. – tentei acalmá-la. – Vai dar tudo certo.

            - Até amanhã, Maga. – nos abraçamos, e eu acenei antes de fechar a porta do carro e papai arrancou o carro de lá; ele pegou o caminho para o centro da cidade, mas eu sabia que mamãe tinha falado sério sobre o negócio de ir direto da casa da Mônica para o hospital.

            Passamos pela rua e vi o Cebola, apressado e parecendo muito nervoso, ir em direção a casa da Mônica. Olhei no relógio de pulso da Puma e laranja e vi que ele chegaria uns dois minutos atrasado; pelas minhas contas. O nó na garganta voltou e meus olhos se encheram de lagrimas. Ainda não estava muito para romances.

 

Just go ahead, let your hair down.

Apenas siga em frente, solte seus cabelos

 

            - O Joaquim ligou para você umas cinco vezes. – comentou o meu pai, e meu coração não bateu tão forte quanto deveria. Estranho, também não fiquei com tanta vontade de chorar e meu bolo na garganta não aumentou. – Ele disse para você retornar assim que puder.

            - Certo. Agora por que o senhor não pisa fundo nesse acelerador para que agente possa chegar mais rápido no médico?

            É, minha vida é mesmo uma delicia.

 

Oh, You're gonna find yourself somewhere, somehow.

Você se encontrará em algum lugar, de alguma maneira

 

           

           


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Notas finais do capítulo

gente, agora eu realmente gostaria de fazer um apelo especial para as pessoas que leem a fic e não comentam. os numeros dos leitores são beeeem maiores do que os dos reviews, então eu gostaria mesmo de pedir que as pessoas que leem a fic comentassem mesmo, deixem essas autoras felizes! espero que tenham gostado desse cap, e desculpe pela demora de novo.



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