CAROLINE P.O.V

Às vezes eu me perguntava se ser amiga de Katherine era vantagem ou desvantagem. Eu nunca fui o centro das atenções, sempre fui considerada como a “rejeitada bonitinha”. Todos sabiam que Katherine não gostava nem um pouco de mim, assim como também sabiam que Tyler só estava comigo por não conseguir algo melhor. Muitas vezes doía não ser aquilo que todos esperam ser o segundo plano, a rejeitada.

Andar por lugares desertos muitas vezes me ajudava a pensar. Andar pelo pequeno bosque que tinha aqui perto era ótimo para isto, mas eu não estava andando apenas para pensar, estava andando a pedido de uma pessoa. Um amigo que conheci há pouco tempo. Klaus é seu nome. Irmão de Rebekah, os dois não são tão amigos assim, porem entre ela e ele eu prefiro mil vezes ele.

- Você veio. – ele me disse sorrindo. – Trouxe algumas bebidas. Você me disse que queria esquecer os problemas, bom não existe melhor forma. – sorri fraco e me sentei em uma arvore. Ele veio e se sentou ao meu lado. – O que aconteceu Caroline?

- Problemas. – disse ao abrir uma garrafa de whisky. – Hoje quero apenas esquecê-los.

- Como queira! - ele sorriu a me ver colocar os lábios na boca do whisky e beber quase metade do mesmo. O que fez descer queimando como fogo por minha garganta.

KATHERINE P.O.V

Meu corpo doía, estava cheia de hematomas graças aos inúmeros tapas e chutes que aquela pessoa horrivel me dera. Eu precisava sair daquele lugar. Lembrei-me do que descerá, que o amor poderia matar Kol. Se Kol me observava durante todos estes anos então ele teria se apaixonado por mim? Eu poderia usar este pequeno fato ao meu favor. Bom, se quero sair daqui e saber o porquê estou aqui, preciso jogar com minha melhor arma. Sedução. Vi a porta ser aberta e era ele.

- Katherine. – ele se aproximou. – Está tão machucada. – Ele dizia passando a mão por meu rosto e deixei algumas lagrimas rolarem.

- Está doendo tanto. – o deixei me abraçar. – Você é o único que se preocupa comigo. Por quê? – perguntei o olhando dentro dos olhos.

- Eu não sei Katherine. – ele respirou fundo olhando dentro de meus olhos. Pela primeira vez o virá sem óculos escuros. Pude ver seus olhos negros como a noite me olharem com um olhar de ternura e ao mesmo tempo tão perfeito. Um olhar que nunca me deram antes, ele desviou rapidamente seu olhar do meu e se levantou. – É melhor eu ir.

- Não. – disse me levantando com dificuldades. – Por que faz isto? – perguntei virando seu rosto para o meu. – Vem até aqui saber se estou bem, enche minha mente de perguntas e simplesmente vai embora?

- Eu sei o que vai perguntar. – ele respirou fundo. – Quem tem as suas respostas não sou eu.

- Então quem é? – perguntei lhe pondo contra a parede.

DAMON P.O.V

- Eu estou me sentindo um completo gay cara. – disse enquanto bebia todo o liquido que continha em meu copo, que desceu rasgando completamente minha garganta. – Eu nunca chorei por uma mulher cara.

- Eu não sei se eu te apoio ou se me afasto. – disse Matt rindo me fazendo revirar os olhos. – Mas cara, você beijou a Elena e ela é mo gostosa. Você não deveria estar se sentindo mal e sim se sentindo sortudo.

- Damon Salvatore e Matt Donovan. É um prazer. – disse um homem com um terno e óculos escuros. Não era jovem nem velho e aparentava ter uns quarenta. Estava com um sorriso sombrio no rosto e nos estendida sua mão. Mas eu não pensava em nada apenas em como este homem sabia meu nome. – Desculpem a indelicadeza. Chamo-me John Gilbert, sou padrinho da Katherine.

- Padrinho? – perguntei ignorando sua mão, o que o fez a recolher. – Katherine nunca falou sobre você.

- Não nos dávamos muito bem, mas resolvi mudar isto. – ele sorria. – Me falaram que ela poderia estar aqui porem me enganei. Também me falaram que você a minha afilhada tinha uma relação, é um prazer enorme conhecer o namorado dela. – arregalei os olhos e Matt viu minha reação e decidiu me ajudar.

- Desculpe, mas acho que está o confundindo com Stefan o real namorado de Katherine. – disse Matt.

- Claro pequena falha. – ele sorriu. – Agora se me dão licença, irei até a casa de minha afilhada. – logo após dizer isto ele saiu do gril em direção à casa de Katherine.

- Não achou isto muito estranho? – perguntei a Matt. – Katherine nunca o mencionou.

- O que isto tem de estranho? – perguntou Matt sem entender.

- Pense esse cara nunca apareceu antes e agora do nada ele aparece logo depois de...? – perguntei e fazendo Matt arregalar os olhos.

- Logo depois do desaparecimento da Katherine, mas você acha que ele tem algo haver? – ele perguntou tomando o que faltava de sua bebida.

- Eu não sei. Não gostei dele, mas eu espero que Elena não esteja sozinha em casa. – disse olhando para os lados.

KLAUS P.O.V

Deixar Caroline bêbada era uma estratégia ótima para que ela me contasse tudo o que eu queria saber. E também para que eu pudesse ver até que ponto chagava sua raiva e mais satisfeito eu estava ficando e saberia que poderia ter essa doce mulher ao meu lado. Mesmo a usando eu sei que ela aceitaria de qualquer jeito.

- A Katherine me fez de saco de humilhações por esses anos todos. – ela falava completamente revoltada enquanto bebia mais. – Eu fui amiga dela. Sua irmãzinha é uma sonsa uma fingida. Eu sei de todos os segredos dela, melhor quase todos. – ela falava com ódio, se seus olhos mudassem de cor ficariam vermelhos. – Tudo que ela me deu em troca por ser uma boa amiga foi roubar o meu namorado. Ela acha que eu não sei que ela e o Tyler já transaram. Ela ainda fez o meu melhor amigo se apaixonar por ela. Ela não ama o Damon.

- Caroline você tem muita raiva da Katherine não tem? – perguntei tirando a garrafa de vodka de suas mãos. – Pode ser sincera comigo.

- Tenho raiva do que ela já me fez passar.

- Pois bem minha querida. – sorri. – Estaria disposta a entrar em um acordo?

KATHERINE P.O.V

- Katherine quanto menos você souber é melhor. – dizia Kol tentando me convencer a ficar quieta. – Eu só não quero lhe ver machucada, não mais. – ele disse passando as mãos pelo meu rosto.

- Por que se preocupa tanto comigo? – perguntei lhe olhando nos olhos novamente enquanto ele acariciava meu rosto.

(ouçam http://www.youtube.com/watch?v=UKCHHtG1RhE)

– Eu não sei. – ele respondeu quase como um sussurro. Eu sentia sua respiração muito próxima da minha. – Posso fazer uma coisa? – ele perguntou e antes que ele pudesse responder eu o beijei. Nosso beijo era intenso e calmo ao mesmo tempo. Era como se eu precisasse disto. O puxei mais para perto de mim na intenção de nunca mais solta-lo, ele pediu passagem com sua língua e eu dei na mesma hora. Ele segurou em minha cintura e subiu suas mãos calmamente pelas minhas costas até uma delas chegar ao encontro dos meus cabelos o puxando de leve. Ele me imprensou contra a parede o que fez nossos corpos ficarem ainda mais colados pulei em seu colo entrelaçando minhas pernas em sua cintura e me agarrei em seu pescoço o arranhando de leve quando senti morder levemente meus lábios e sussurrar. – Não podemos... – Então ele simplesmente me botou no chão e se afastou completamente ofegante de mim.

(Pause a musica)

– Por que não podemos? – perguntei me ajeitando e passando a mão por meus cabelos.

– Você acha que eu sou burro Katherine? – ele perguntou cruzando os braços. – Você é linda, sedutora, você me atrai e muito devo admitir. – ele sorriu. – Mas eu não vou te tirar daqui. Uma garota que queria que a própria irmã morresse não iria tentar armar para mim? – ele riu. – Você é linda, mas pensa que todos são ingênuos e imbecis feito Elena. – ele se aproximou de mim e me imprensou contra a parede. – Sou mais esperto do que pensa.

– Eu pensei que estivesse apaixonado por mim. – disse sentindo dor em meus braços pelo modo que ele me apertava. – Se não estivesse não seria tão bom comigo. Ou não teria me beijado daquela forma.

– Poupe-me Katherine. Eu nunca. – ele frisou o nunca. – Me apaixonaria por alguém, fria, sem sentimentos, horrível por dentro, feito você. Devo admitir que você é linda, mas nunca vai conseguir um amor, por ser esse ser humano sujo que você é. – ele sorriu e me soltou eu sentia lagrimas em meus olhos, mas não as deixava sair. – Nunca sentiria nada por você. – e falando isto ele saiu daquele lugar e eu escorreguei até o chão deixando as lagrimas saírem.

– IDIOTA! – eu gritei enquanto chorava. – EU ODEIO VOCÊ KOL, ODEIO ESTE LUGAR, EU VOU SAIR DAQUI E VOU COLOCAR VOCÊS NA CADEIA QUE É O LUGAR DE VOCÊS. EU VOU ME VINGAR ESTÁ OUVINDO? – chorava cada vez mais e fui perdendo a voz enquanto deitava no chão abraçando minhas pernas. – Vou me vingar... – sussurrei para mim mesma.

ELENA P.O.V

– Jeremy será que podemos conversar? – disse entrando em seu quarto. Ele ouvia som alto e abaixou a me ver entrar.

– Milagre minha irmãzinha entrando em meu quarto. – ele disse rindo. – O que foi Rebekah mandou você vir aqui? – bufou. – Já disse não vou voltar com ela!

– Não estou aqui por isto. – disse me sentando em uma cadeira giratória que havia no quarto. – Eu sou uma boa irmã?

– Quer a verdade ou uma mentira bem elaborada? – perguntou me olhando confuso.

– Se estiver sóbrio quero a verdade, se não quero uma mentira bem elaborada. – disse o fazendo rir.

– Kath você sempre me trata mal, patadas, desde que nossos pais morreram você nunca pensou em me dar um apoio se quer. – respirou fundo. – A única coisa que me disse foi “vai ficar tudo bem!” não ficou eu me senti sozinho e sem rumo.

– Por isto você se envolveu com as drogas. – pensei um pouco alto demais.

– Você é esperta maninha. – ele disse se levantando. – Agora se me der licença sou me encontrar com a April.

– Quem é April? – perguntei cruzando os braços.

– Como assim quem é April? – ele disse rindo. – Vocês eram melhores amigas, mas você a rejeitou do nada. Mas diferente de você eu gosto dela!

– Por que eu a rejeitei? – perguntei confusa.

– Você achava que ela era muito estranha para andar com você. – ele riu. – Desde então vocês se odeiam. Mulheres. – ele revirou os olhos. – Se alguém fosse te raptar ela poderia ser uma das suspeitas. – dizia rindo e me fez arregalar os olhos.

– Como assim se fossem me raptar? – perguntei enquanto Jeremy ria. – Por que iriam me raptar?

– Eu sei lá Kath. Eu ein você está esquisita. – ele disse saindo do quarto. – É melhor eu ir sabe.

Ele saiu do quarto e fui atrás dele porem entrando em meu quarto. Peguei meu celular e liguei para Matt ele atendeu com uma voz meia embriagada, mas não liguei.

– Acho que achei o nosso sequestrador. – disse nervosa.

– Quem? – ele perguntou nervoso e sussurrou tudo o que eu falei a alguém.

– Quem está ai? – perguntei.

– Eu. – disse Damon ao provavelmente pegar o celular das mãos de Matt. – Quem pegou a Katherine.

– Eu acho que foi uma tal de April.

– April?

– O que a nossa jovem April fez desta vez? – perguntou uma voz masculina e soltei o celular assustada fazendo-o cair no chão. Virei lentamente e me deparei com um homem em minha porta.

– Quem é você? – perguntei nervosa chegando para trás.

– Não se lembra de mim Katherine? – ele disse sorrindo.

– Eu também fui pega de surpresa. – disse Jenna fuzilando o homem com os olhos. – Ela não deve lembrar-se de você, pois você só vem muito raramente ver sua própria afilhada.

– É deve ter sido isto uma pequena perda de memória, é a escola. – disse sorrindo sem graça.

– Claro que sim Katherine! – ele disse sorrindo ao falar “Katherine” e seu sorriso foi completamente estranho e sombrio que fez eu me arrepiar, ele veio até mim e pegou meu celular me entregando. – Acho que não desligou.