Bring Me To Life escrita por Stella Nogueira


Capítulo 16
Carlos André


Notas iniciais do capítulo

Eu não sou experiente em escrever fic, e muito menos cenas de sequestro.
Então, um descontinho seria bom. =)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/31242/chapter/16

Lipe chegou com a Julie, devem ter sofrido sem um tradutor. Foram direto pra piscina.

Recebi uma ligação do Frank, sobre o trabalho, Ângela teimava em dizer que ia dar um caso isso. Deu 4 da tarde e nada da Ang, o Bill e o Georg chegar.

_Boa tarde, desculpem a demora, eu me enrolei pra falar o endereço pro taxista, português não é comigo. – pelo menos Georg tinha chegado, mas e a Ângela? Mais meia hora e nada. Não é possível, na mente de uma mãe tudo acontece, desde se perder até morte.

_Alguém sabe da Ângela? – já tinha ligado umas quinhentas vezes e só caixa postal.

_Não sei não, ela já devia ter ligado. – eu não era a única preocupada, a Marcela estava roendo as unhas, ela também conhecia a Ang.

____________________________

 

 

O telefone da casa tocou, estava ta ansiosa quanto a tia, era minha amiga, cadê ela? Quase cinco da tarde e nada! Ela era muito preocupada em avisar onde estava quando ia demorar, ainda mais quando grávida, vai que acontece algo!

_Alô!? Ang? – me esforcei pra ouvir a conversa.

_A gente ta com a garota aqui e o gringo.

_MÃE! – ouvi um grito, era a Ang. Ela...Ela...

_Cala a boca! – outro grito e um tapa.

_Ang! – outro grito e mais um tapa.

_Si tu quisé vê a filhinha de novo vai te que paga! Um milhão de dólares, cada um! – falou pausadamente as ultimas palavras

_Dois milhões? – nessa hora todo mundo já estava perto. A Tia Nick estava em choque, não pelo dinheiro, mas pela filha e pelo neto que ela sonhava já.

A distancia entre nós devia ser de uns poucos centímetros e o silêncio era mortal.

_É isso ou o gringo morre. – Bill? Não! Eu já estava paralisada e tremendo, senti uma mão no meu ombro, era Gustav. Me mexi e o abracei forte. Ele estava de olhos arregalados.

_Eu faço a troca, mas preciso de tempo pro dinheiro.

­_Tu tem três horas pra pensa, sem polícia, ou ela também morre.

_Certo. Sem polícia. – A Tia falava automaticamente. Como se ela tivesse desligada e trabalhando off. Era um choque e tanto. Ouvimos o Tu tu tu tu.

 

__________________________

 

”Fica quieto, eles estão vindo!” – foi a última coisa que pude dizer até os caras entrarem.

_Ah! O gringo ali já acordou! – falou o mais alto. Eu só ouvia, não conseguia me mexer direito. E o meu bebê?

_Bolacha, será que dá pra aproveitar antes de troca a mina pela grana? – o mais baixo e pelo visto tarado se dirigiu ao mais alto, chamado Bolacha.

_O chefe falo pra num faze nada com a garota e nem com o gringo, ele deve vale um dinheiraço! – o cara falou como se nós fossemos morrer de qualquer jeito nas mãos deles.

_O que..que... – gaguejei, o medo tomava conta de mim, eu respirava e parecia que não entrava oxigênio algum.

_Ah! A menininha falou. Vo te intera do assunto. Vocês foram seqüestrados. – Falou o maníaco tarado. Isso eu já sabia seu pervertido. Ele me olhava maliciosamente. Senti a mão do Bill tremer de raiva do meu lado e de medo também. Ele não sabia o que falávamos, mas notava os olhares

_E! Pra resgata vocês aí, vão te que paga um milhão. – eu comecei a fica tranqüila, não sei por que, mas dava pra vê que o tarado era meio burrinho e explosivo, já o Bolacha era clamo e acatava as ordens do chefinho. Eu raciocinava mesmo assustada, inconscientemente.

________________________

 

Não estava entendendo nada do que eles falavam , mas só de olhar na cara deles já dava pra notar. Cutuquei a Ang quando eles se sentaram da mesa caindo aos pedaços na parede a nossa frente. Não estava com medo apenas receio, ta bom, eu estava com medo, mas quem não estaria, eplo menos, normalmente seqüestradores não matavam a não ser que ficassem sem a grana.

_Que foi Bill? – falou num sussurro que eu pelo menos entendia.

_Dá pra me explicar? – acho que ela nem me ouviu direito, pois fez uma careta.

_Epa! Que é que tu ta falando como gringo ae garota? – o mais alto lá se virou e falou apontando a arma pra Ang, tremi de raiva.

_Não falei nada demais, ele me perguntou o que falávamos, mas não deu tempo de explicar. – a voz dela saiu meio tremula.

_Hum! Então vai traduzi tudinho que ele fala também. Explica rápido o que o gringo qué ai. – Ang se virou pra mim e falou rápido.

_Os caras querem uma milhão por cada um e acho que estão esperando o chefe deles pra poderem pedi o resgate.

_Que droga! Que horas são? - agora eu estava meio nauseádo. E o meu filho? Minha preocupação era tripla.

_Devem se umas 10 ou 11 da manhã. – olhou pro relógio de pulso.

_To com fome.

_’pera aí.

_A gente ta com fome, da pra conseguir alguma coisa. – falou em português_como se eu entendesse. O pervertido que ficou olhando torto pra minha futura mulher saiu e voltou cinco minutos depois com uma pizza gelada.

__________________________

 

Só quando Bill falou que estava com fome eu me toquei que também estava, afinal, eu estava grávida. O tarado trouxe uma pizza gelada e saiu, no grau da minha fome eu agüentava até pedra.

Um moleque de 8 anos meio raquítico entrou no lugar falando alguma coisa que eu não entendi.

_O Abacate vai fica com vocês ae. Sabe atira moleque? – o garoto fez que sim com a cabeça – Então toma. – deu a 9mm pro garoto e saiu também. Estávamos sozinhos com um garoto de 8 anos que sabia atirar e estava com uma 9mm. O mundo estava mais violento. O medo já se dissipava mas ainda estava apreensiva. E se não desse certo? O que eles estavam esperando?

_O que vai acontecer com a gente? – Bill me olhou com uma visível preocupação.

_O quê que ela falo? – a voz estridente do garoto chegou aos meus ouvidos. Era ELE, mente pequena.

_Ele perguntou o que ia acontecer com a gente. – o garoto não tinha cara de mal, mas eu não sabia se ele era bom. Ou se poderia me ajudar.

_Se pagarem, tão livres, se não, ficam por aqui mesmo – falou num descaso que me assustou. Eles iam nos matar se não fossem pagos? Não havia chance da minha mãe não pagar. Mas se alguma coisa acontecesse? Mortos? E o meu filho? E o Bill? Meu coração acelerou e suei frio. Bill apertou minha mão, como sinal de que ele estava ali e ia me ajudar.

_Por que você está aqui?

_Eles vão me dar remédio pra vigiar vocês.

_Remédio? – eu tinha que falar, se não eu ia começar a ter uns ataques, falar me aclamava.

_É, pra minha avó, eu moro com ela. Ela tem problema de pressão.

_Você estuda? – fez uma careta.

_A escola não presta.

_E por que vocês não se mudam?

_Se arranjar o dinheiro eu vou numa boa, mas eu não tenho. – o moleque estava ali pra vigiar dois prisioneiros por remédio? Onde o mundo foi parar? O garoto estava li só pra ajudar a avó dele. Senti de imediato uma afeição pelo menino, mas é claro que eu não sabia o que ia acontecer com ele e não podia fazer nada

_Qual seu nome de verdade?

_Carlos André.

_Hum. Gostei do nome, acho que posso colocar como nome do meu filho.

_Filho? – se assustou mas logo se fez indiferente.

_É, estou grávida e seqüestrada. – ele murmurou algo incompreensível, como um injusto ou caraca.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Uma merda? Aturável? Bom?
Umas estrelinhas e um comentário fazem bem a todos e não mata.
Afinal, além de escrever pra mim, eu escrevo pra quem lê! Correto?
Então...thanks!