Virgem Em Apuros escrita por Victor Bedoze


Capítulo 6
Capítulo 6 - A noite


Notas iniciais do capítulo

Continuação Capitulo Segredos.



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Recapitulando tudo na minha mente. São tantas coisas acontecendo, e sou tão burra, tudo acontecendo na minha frente, e eu apenas não vi. A Savanna assustou-se com minha presença, ela ficou petrificada e em choque ao me ver, e sua mãe parecia não entender o espanto. Talvez ela não saiba que a filha omite ser filha de uma empregada. Mas o pior é ver uma Savanna, sem suas roupas extravagantes e sem suas exuberantes maquiagens, agora com roupas largas e os cabelos presos, ela parece uma garota comum – o que para Savanna é irreal – Apenas fiquei em choque de ante a tanta falsidade e disse:
– Savanna é você mesmo? Ou estou sonhando – na minha mente eu apenas queria dizer que estava tendo um pesadelo, mas continuei. – você é filha da empregada? – disse num tom desagradável. A reação da garota foi instantânea e ela corria pela casa como uma fugitiva eu apenas a observo enquanto a sua mãe vai atrás dela pela casa sem entender. O Caio aparece como se eu previsse tudo o que acabara de acontecer, tentando um possível desmemoriamento meu.- E aí vamos voltar ao trabalho - pergunta ele como se nada houvesse acontecido.

- Aquela era a Savanna? – pergunto perplexa.

- Sim, porque, ela não te contou que a mãe dela trabalha aqui? – ele parece falar a verdade quando diz isso, parece mesmo que ele não sabia que a Savanna mentia esse tempo todo.

- Acho que ela não contou a ninguém. – digo em voz alta.

- Talvez seja por vergonha, ou coisa parecida. – diz ele inocente demais para acreditar que ele não saiba que a filha da empregada tenha mentido e dito pra todos que ela apenas era vizinha do Caio, e que ela pegava carona no seu carro para ir até sua casa. – A minha mãe nunca ligou para essas coisas de classe social, ela apenas deixou que a empregada morasse nos fundos da casa, e que a sua filha tivesse uma vida como outra garota qualquer aqui do bairro, pagou a escola, comprou roupas caras, e tratou-a como princesa, mas a Savanna conviveu comigo como uma irmã e nunca a tratei como filha da empregada. A minha mãe sempre dizia que a sua infância foi de muita pobreza e conquistou isso tudo aqui com esforço e trabalho.

- Nossa e agora a Savanna retribui tudo o que a mãe fez por ela, trabalhando e dando duro, pra manter as coisas em casa, porque a patroa da mãe dela quer ser socialmente conhecida como a mulher do bairro nobre a fazer caridades para empregados. – tapo a boca com medo das palavras fazerem efeito contra ele. – Desculpa não quis dizer isso.

- Tudo bem, eu também pensei nisso, até que um dia percebi como ela tratava melhor a Savanna do que a mim. – vejo sinceridade em seus olhos e percebo como fui burra em dizer tudo aquilo para ele. – Talvez ela apenas esteja com vergonha da mãe.

- Vergonha? Bom, eu não preciso de uma Mercedes pra saber o quanto a minha mãe me ama, ou uma Mansão pra que ela mostre a todos que somos ricos, ou até nem preciso de uma empregada, porque ela nunca me deu ao luxo de gritar da sala, ”por favor, alguém muda de canal a TV, pra mim, porque eu estou muito ocupada deitada no sofá”. Dar ordens cansa, não é Caio? – agora estou com um tom mais a nível baixo em comparação aos berros e continuo - Mas não tanto quanto você descobrir que sua filha tem vergonha de você. – apenas digo e ele fica petrificado na minha frente por instantes como se revisando tudo na sua mente. – Tenho que ir agora, a minha mãe está me esperando.

- Eu levo você pra casa - ele diz.

Nós vamos o caminho todo sem falar nada, ele apenas as vezes para de olhar para o caminho e me olha de relance e de repente quando vê que estou olhando pra ele, apenas sorri e volta a dirigir. Agora vai ser difícil encarar o Caio depois de tudo que falei pra ele, mas a verdade sempre dói, ele um garoto mimado, na vê o mundo como eu vejo, é apenas culpa dessa divisão idiota entre ricos e pobres. Enquanto uns morrem de fome outros morrem de obesidade mórbida. Enquanto uns esperam em orfanatos por famílias, outros apenas ignoram a sua por motivos idiotas como a visão da sociedade preconceituosa. 

Agora chegamos a casa. Ele saiu do carro e abriu a porta e estendeu a sua mãe, agradeci com um sorri e acenei para ele, quando lembro do garoto que deixei no quarto e corro para dentro como uma louca, deixando o Caio para trás.


Chegando ao quarto, não encontro mais ninguém. Agora estou em uma caçada procurando o Matheus quando lembro onde mandei ele se esconder.

- Pode sair do armário Matheus. – digo irônica como sempre.

- Muito engraçada, queria ver você, esperar quase cinco horas dentro de um armário. – diz o garoto do mercado saindo do armário.

- Tanta coisa aconteceu Matheus, em só um instante que fiquei fora. – digo deitando na cama.

- Posso ajudar você, quer um ombro amigo? – sei que o Matheus quer me dar mais que um ombro amigo, mas estou tão arrasada com o Caio que estou querendo qualquer tipo de pessoa ao meu lado. – Ele senta ao meu lado onde estou deitada e coloca a minha cabeça em seu colo.

– Ainda lembra da nossa aposta? - ele diz.

- Você não desiste mesmo não é Matheus? Pode ser até loucura, mas gosto de você – paro a frase, porque soou estranho falar isso. – Como amigo é claro.

- Mas eu gosto de você não como amiga, mas como uma garota linda e com o sorriso mais bonito do mundo. – olho para ele e ele eleva um dedo a minha boca.

– Shhhh. Não fala nada apenas me beija. – ele me beija como um príncipe é respeitoso e me faz sentir visível.Beijamos-nos, e ele arranca minhas roupas e as suas, estou tão excitada de modo que não recuso o convite. Seus beijos são tão quentes e ele tem uma pegada tão forte quando me puxa para o seu corpo sinto uma ereção em suas calças e coro ao sentir que ele está apenas de cueca e tirou as calças. “Não posso fazer isso” essa é a frase que está na minha mente, não posso perder a virgindade com um garoto que conheci agora, em um quarto sem trancas e com a minha mãe vigiando.

- Para Matheus não acho certo, nós transarmos. – ele não para, e continua a me beijar com mais sede agora como um cachorro morto de fome mastigando sua presa. Empurro-o para longe de mim.

- Desculpa – diz ele ofegante como se voltara de uma Maratona. – Não queria forçar você a fazer nada.

- Tudo bem você dormir aqui, mas não tenta nada essa noite. Por favor, agora vai dormir, porque amanha tenho aula e você tem que trabalhar e inventar uma desculpa muito convincente para seu patrão não lhe demitir.


Agora estamos um olhando para o outro com vergonha do que acabara de acontecer, eu estava louca quando deixei ele me tocar, e eu estou aqui agora pensando em como vou dormir no mesmo quarto em que um garoto tentou me agarrar – e o pior eu deixei.


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Notas finais do capítulo

Próximo Capitulo: Minha querida prima
A prima louca da Samanta chega de viagem e causa alvoroço entre o triangulo amoroso. Mas quem não está gostando nada da Gabi, é a Savanna. Muita confusão os espera.