Il Potere Dellamore escrita por MorgsValdez


Capítulo 7
7. Uma deliciosa tolice


Notas iniciais do capítulo

Geeeeeeeente, espero que estejam curtindo cada vez mais a história, aí vai um pedaço bem quente... literalmente.



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Eu era mesmo muito idiota. Sempre fui de tomar decisões impulsivas, mas antes nenhuma delas teve consequências celestiais. Agora eu teria que fazer o quase impossível, com que um anjo se apaixone por mim e que os arcanjos não tentem nos matar porque o meu signo e de meio mundo – o de sagitário – fique sem patrono.

Depois de falar com Francis subi novamente para o meu quarto, as escadas pareciam grandes demais, o tempo parecia pesar nos meus ombros, uma culpa me causando uma dor de cabeça lancinante. Abri a porta do quarto a fim de dormir mais algumas horas, fugir daquele pesadelo o máximo que eu pudesse.

Para meu susto Sebastian estava deitado na cama usando as mãos de travesseiro enquanto olhava para o teto.

– Você é muito idiota. – ele disse sem olhar para mim.

– Eu sei. – falei andando até seu lado na cama e me sentei. – mas isso é uma característica do meu signo não é? Ser impulsiva.

Ele suspirou alto.

– Infelizmente. Não posso te matar, não posso te amar, mas tenho que ficar ao seu lado por tempo indefinido. Quando vou ter paz?! – disse com raiva fechando os olhos.

– Como você tem tanta que não pode me amar? – perguntei magoada.

– Porque não vai dar certo do jeito convencional garota, eu sou um anjo.

– Minha mãe também, e ela é casada!

– Morgana! – ele subiu rapidamente em cima de mim me segurando pela cintura e me beijou.

E não foi um beijo qualquer, ele parecia ser o cara que inventou o beijo, eu já estava com as mãos em seus cabelos e arfando quando ele se afastou.

– Não sinto nada. – disse ele se distanciando até a janela.

– Eu... Eu não sou atraente para você? – falei virando o rosto.

– Não é isso. Eu não sinto nada fisicamente, sim tenho sentimentos, mas apenas emocionais.

Certo. Aquela revelação me devolvera a estaca zero. Quer dizer que apenas palavras poderiam fazer ele se apaixonar por mim? Merda, merda, merda... Levantei da cama e fui até a escrivaninha, peguei o exemplar de Il Pottere Del’lamore e comecei a ler, não achei o livro por acaso, e era ele que me falara de Ayil, ou seja, Sebastian. A esperança é a última que morre afinal.

– Esqueceu que tem que tentar fazer eu me apaixonar por você? – Sebastian chegou perto e cruzou os braços.

– Estou procurando informações! – falei dando com as mãos no ar.

Ele rolou os olhos e voltou para a cama, lembrei do sonho que eu tivera com ele, os mesmos olhos mau humorados sem perder a malícia, ele estava inclusive com a mesma roupa. Um sinal? Talvez. Será que...?

– Tive uma ideia, vamos para a praia! – falei dando um pulo da cadeira.

– Fazer o que? Olha se tu por biquíni vai pegar uma hipotermia desnecessária e... Sério mesmo? – ele bufou e se jogou de novo na cama.

– Sim! Ah levanta essa bunda daí Sebastian, anda logo! Vamos! – comecei a puxá-lo sem muito sucesso e caí em cima dele. – queria que você sentisse algo.

– Pois é, mas não sinto. Vamos a maldita praia.

~*~

Ir á praia parecia uma idéia brilhante, pô-la em prática era complicado, começando por tia Francis. Quando desci as escadas com Sebastian – em lentidão exagerada para me irritar – ela levantou de prontidão, amargura queimando em seus olhos. O ódio dela para com ele era evidente e antigo, e parecia recíproco, pois ele a fuzilou com os olhos e virou-se um pouco para a direção contrária dela, repentinamente muito interessado nos copos-de-leite de plástico enfeitando o recinto. Ela estava toda arrumada, com maquiagem e roupas novas.

– Vai sair zia? – perguntei tentando ser convencional.

– Sim, com... – ela corou – Marco. Eu sei que as coisas não estão nos seus dias melhores, mas...

– Não se preocupe, eu já estou dando meu jeito nas coisas, eu causei isso e não quero ser um problema na sua vida.

– Que jeito? – ela perguntou desconfiada olhando de esguelha para Sebastian.

– Hmm... Primeiro preciso do carro para ir até á praia. – falei sorrindo amarelo.

– Praia en questo inverno bambina? – ela se alterou misturando o italiano com o português – É uma idéia de jerico deste canalha para te matar?

– A idéia foi minha. – falei surpreendendo-a – Eu acho que é um bom ponto de partida, afinal, foi lá que tudo começou. Por favor, não se estresse, vai dar tudo certo, vá para o seu encontro.

Ela suspirou e achei que fosse chorar, mas minha tia era forte, ela me abraçou e deu-me um beijo na testa, uma buzinada lá fora à fez saltar e então ela foi para seu encontro. Como uma deixa, ela esqueceu-se a chave do carro na mesa de centro.

– Venha, sem mais delongas. – falei para Sebastian.

Peguei a chave e fui até o carro, o que me fez empacar instantaneamente fazendo Sebastian bater atrás de mim. O carro era naturalmente ao estilo europeu, ou seja, dirige-se do lado direito, não do esquerdo como eu aprendera no Brasil é claro, aliás, outra coisa que estava clara para mim é que eu bateria o veículo se tentasse o dirigir.

– Hmm, então... – comecei a falar.

– Deixa que eu dirijo. – ele pegou as chaves com cara de tédio.

– Você é um encanto sabia? – falei com sarcasmo.

Sebastian dirigia rápido costurando entre os carros, claro, se batêssemos só eu morreria! Se eu não estivesse tão imersa em maquinações para meu plano dar certo, provavelmente estaria gritando histérica com ele. Mas eu estava com muitos “e se” na minha cabeça. E se eu conseguisse fazê-lo se apaixonar por mim? E se ele ficasse no céu e mantivéssemos nosso romance às escuras?

Você deve estar pensando “caramba que garota fria, ela não pensa em Gianluca?”, bem, sim, eu penso. Eu penso muito. Ele era um cavalheiro, lindo, carinhoso, gentil e quente, porque eu diabos não ficava com ele? Nem eu sei. Talvez seja o mistério e o perigo de Sebastian, seus olhos azuis hipnotizantes, seus cheiros inebriantes, o sabor de seus lábios... Não que o de Gianluca fosse ruim, mas era tão certinho o nosso romance, tão previsível, se eu fechasse os olhos poderia ver nossa vida perfeitinha até a meia idade e isso não me atraía. Agora o desconhecido, o imprevisível, era totalmente fascinante, e era o que Sebastian me oferecia a cada segundo juntos, entendo perfeitamente porque as garotas preferem os bad boys, porque elas não são boas moças.

Um pequeno espaço em minha mente se dedicou a observar as imagens de Roseto, que eram lindas. As areias brancas se estendiam como nuvens no chão, o mar era como o céu azul mais cristalino já visto, o cheiro de maresia e pinheiro invadia o carro me deixando mais calma. A alguns quilômetros mais a frente havia uma cabana, era marrom com janelas azuis, parecia aconchegante e... Muito familiar. Era a mesma cabana do sonho. Não precisei falar nada, peguei a mão de Sebastian em um impulso e ele já se dirigia para lá, soltei-a de imediato, tinha medo de ele me mandar tirar e acabar sofrendo com a mágoa e o constrangimento.

Quando ele estacionou o carro, meu coração batia com uma eletricidade que percorria todo o meu corpo, há alguns metros dali estava à árvore que eu me agarrei no sonho, e então olhei para a cabana e Sebastian já estava dentro dela. Degrau por degrau fui sentindo o calor que vinha de dentro, da lareira, e outras coisas se aqueceram em mim, quando vi os olhos dele, aqueles olhos verdes que pareciam um convidativo mar para se flutuar, eu simplesmente criei uma conexão com ele, mortal ou não, mesmo no sonho eu soube que não havia poder na terra que me afastasse dele.

– Se não posso te matar, por que viemos até aqui? – Sebastian perguntou chateado se jogando em uma poltrona.

– Vamos passar a noite aqui. Ok, eu sei, você não sente nada, então justo por isso não tem que ficar preocupado em eu tentar te seduzir.

Puxei um cobertor do armário dentro do quarto e fui para perto da lareira, me aconcheguei no tapete perto do chão e peguei no sono.

POV Sebastian

Eu tenho que me controlar. Uma rixa entre anjos não é uma coisa pequena, mas a garota me fazia inexplicavelmente sentir menos ódio da mãe dela, o que me irritava ainda mais. A nefilim tinha um poder brilhante em si, sua aura era de um vermelho vibrante, o que dizia que ela tinha uma personalidade e tanto, o que se podia ver apenas no dia a dia. Eu não disse para ela que podia me apaixonar tão irracionalmente quanto qualquer outro, por que eu não podia. Não podia deixar meu posto de guardião, e o pior de tudo é que o fato dela ser uma de minhas protegidas só a tornava mais atraente, pelo fato dela ter todos os requisitos para me atrair.

Eu temia que ela soubesse uma coisa que me faria desmoronar completamente, e que fosse fazer isso essa noite, nessa cabana. Pouco a pouco a respiração uniforme e leve dela foi me adormecendo, e então a tola menina estava levando todos à perdição.

POV Morgana

Abri os olhos e estava na praia, eu não usava nada exceto um daqueles vestidos transparentes de praia, sim, nada exceto aquilo. Sebastian estava saindo da água, seus cachos pingavam e ele estava apenas com uma sunga branca, que por conseqüência da água, estava um pouco bem colada. Minha respiração se tornou rápida, meus pensamentos ficaram embaralhados, ele era lindo demais.

– Ayil. – o chamei pelo seu nome de verdade.

Ele me fitou e seus olhos queimavam, e me perguntei se o rabisco que eu vira no livro era verdade, dizia “anjos podem não sentir nada fisicamente no plano da terra, mas no astral, nos sonhos, seu corpo e sua mente sentem o mesmo que os humanos”. Será que queimavam de prazer? Será que ele me desejava? Fui até ele na água e uma onda bateu em mim, quando limpei os olhos ele estava bem á minha frente, agora meu vestido estava mais transparente que nunca, e a proximidade com ele fez meus bicos dos seios ficarem duros, e ele percebeu aquilo.

– Eu não devo Morgana. É muito para se por a perder. – ele disse respirando com dificuldade.

Aproximei meu corpo dele e passei meus lábios pelo seu maxilar, ficando momentaneamente embriagada com seu cheiro. Era almíscar e frutas cítricas, uma combinação que só ficava bem nele.

– Nós damos um jeito. – falei olhando em seus olhos.

Sebastian me pegou pela cintura e me levou até a areia, agarrando meus quadris com vontade olhou para minha boca, eu não precisei de muito para ele me beijar com voracidade e apertar seu corpo contra o meu, agarrei suas costas e o arranhei, ele sorriu no beijo e então levantou a cabeça me olhando, aquele olhar que diz “você está me corrompendo garota”, e então tirou o meu vestido. Eu já sentia seu membro entre minhas pernas e aquilo estava me deixando muito excitada, joguei minha cabeça para trás quando ele começou a chupar meus seios, era a melhor sensação que havia, sua boca macia e sua língua gentil abocanhavam meus seios me fazendo gemer de prazer.

Eu o virei e fui por cima, o beijei saboreando seus lábios, passando minha língua por seu lábio inferior e mordendo em seguida, tirei sua sunga sem cerimônias e comecei a lamber seu peito e fui descendo de vagar até lá, dei pequenos beijinhos na ponta e ele se contorceu, eu sorri e comecei a fazer um movimento vagaroso de vai em vem com a mão, passando minha língua na ponta o fazendo se arrepiar eu comecei a chupar de vagar e então acelerando, ele pôs a mão na minha cabeça e começou a impor sua velocidade, antes que ele gozasse tirei minha boca e o beijei. Sebastian agarrou meus braços com força e rapidamente estávamos e cima do tapete em frente à lareira, ele segurava meu cabelo puxando minha cabeça para trás, eu sorri para ele e então ele encaixou seu membro em mim me fazendo gemer, de vagar, segurando minha cabeça ainda para trás, ele começou a ir e vir, me fazendo gemer e sussurrar, quando ele me soltou e se apoiou no chão, eu já o arranhava nas costas e sugava o lóbulo de sua orelha, enquanto ele me dava tapas no quadril ou apertava minhas coxas.

– Acorda, temos que voltar, sua tia já está louca de preocupação. – dizia Sebastian me chacoalhando no sofá.

– Hmm, minha tia que espere. – sussurrei adormecida.

Suspiro. – Vamos lá, precisamos ir logo garota. – ele disse tirando o cobertor de mim.

Estalei os olhos me dando conta do que acontecera, se tivéssemos mesmo compartilhado o mesmo sonho...

– Você estava lá, não estava? Era você, não é? – perguntei levantando e agarrando seus braços.

– Sim, mas aquilo não vai se repetir, eu não pos...

Eu o calei com um beijo. Fora talvez uma das melhores noites da minha vida, por sonho, mas foi. Ele não resistiu assim como não ficou a vontade, mas logo me afastou.

– Não me faça me apaixonar... Mais. – ele pôs meu cabelo para trás da orelha e então mudou seu semblante para assustado. – Merda, os arcanjos.

– Já? Mas... Por que tão rápido? – falei alarmada.

– Por que é proibido um anjo se apaixonar por mortais, eles vieram nos executar.


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Notas finais do capítulo

Depois desse mereço reviews né? Bora lá gente, façam uma autora feliz. u.u' beeeijos.



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