Clato: Descobrindo Um Amor escrita por Juliana Malfoy


Capítulo 2
Os voluntários


Notas iniciais do capítulo

Feliz Ano Novooo!!



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"Friendship is unnecessary, like philosophy, like art... It has no survival value; rather it's one of those thinngs that give value to survival."


Capitulo 2 - Os voluntários

Poucos segundos depois eu percebi que já estava em seu colo, então me afastei rapidamente e dei um rápido beijo nele.

– Até amanhã. - eu disse e segui andando pela rua.

Por sorte eu já estava perto da minha casa, assim que entrei em casa fui direto para o meu quarto, eu já havia comido na lanchonete da arena e como eu estava muito cansada só me deitei na cama e o sono veio rapidamente.

No outro dia eu agradeci mentalmente por ser sábado, eu estava cansada demais para ter que aguentar mais um dia cansativo na escola. Depois do meu café da manhã eu assisti a um filme e fui para o campo de treinamento.

O Cato e a Rachel já estavam lá quando cheguei, notei que o aviso dizia que o sorteio seria ás cinco e meia. Fui treinar com as facas, eu tinha uma habilidade enorme com elas então eu acertava facilmente o alvo, depois de quinze minutos treinando sozinha decidi ir treinar com um menino moreno. Nossas lutas eram sérias e só não era permitido matar seu oponente.

Ele era muito bom, mas não era tão ágil quanto eu. Depois de cinco minutos de uma luta feroz eu consegui desarmá-lo.

Fui almoçar com Gabrielle e Rachel ás duas horas e quando voltamos consegui ver Cato de mãos dada com uma menina ruiva de sua nova escola, internamente eu lutava contra meu ciúme.

– Clove? - perguntou Rachel parando á minha frente.

– Vem comigo, vamos lutar. - disse Gabrielle puxando minha mão em direção ás facas.

Lutar realmente me ajudava a esquecer das coisas, Gabi sempre soube disso e muitas vezes que eu ou ela estávamos tristes íamos lutar para melhorar o animo.

– Isso é tudo que você consegue fazer Clove? - zombou ela enquanto se desviava de uma das facas que eu joguei.

Em um movimento rápido eu joguei uma faca a sua frente e outra bem atrás de sua cabeça quando ela parou e me aproximei a encurralando.

– Derrotada, mais uma vez. - eu disse e tirei as facas que eu havia jogado da parede e me virei para ir embora.

Gabi me derrubou com uma rasteira, pegou uma de minhas facas e a forçou contra meu pescoço.

– Nunca de as costas para um inimigo. - ela disse brava e se levantou. - Não se esqueça.

– Tudo bem. - eu disse revirando os olhos.

Pegamos as facas que ela havia jogado para longe de mim e guardamos. Depois fomos para a musculação.

– Você gosta mesmo dele? - perguntou Rachel enquanto andávamos na bicicleta.

– Não, da onde tirou isso, só estamos... Nada, não temos nada.

– Você sabe como ele é. Não sei por que ainda fica com ele.

– Eu não quero falar sobre isso, vamos embora, já são dez para as cinco.

– Tudo bem.

– E você e o Junior? - perguntei me lembrando de que normalmente Rachel ficava com um dos jogadores da escola.

– Agora estamos meio que namorando. - ela disse com um sorriso no rosto.

– Fico feliz por vocês, mas quero ver o que o Tio Will vai disser que está namorando. - eu disse rindo me lembrando do pai de Rachel que era muito ciumento.

– Nem me lembre. - ela fez uma careta e vimos uma menina loira de olhos escuros correndo em nossa direção.

– O que vocês estão esperando? - disse Gabi nos puxando em direção ao pátio. - Ele já começou o discurso, andem logo.

Saímos correndo em direção ao pátio, por sorte a academia não ficava muito longe.

– E que será uma honra para os que forem escolhidos, como vocês sabem nosso distrito é um dos mais ricos e com a ajuda de vocês continuaremos assim, espero que não nos decepcionem. - disse o diretor.

O sorteio era através de uma máquina que ficava atrás do homem, para que não houvesse imparcialidade.

– O escolhido masculino para representar o distrito caso o escolhido não estiver em condições de participar é...

– Cato. - disse em sussurro, não podia ser verdade aquilo era um pesadelo e eu não via a hora de acordar.

– Cato Philip. - disse o homem ao mesmo tempo em que Cato recebia saudações dos amigos e se direcionava para o lado do diretor.

– E a escolhida feminina é... - meu coração parou, não podia ser verdade. - Rachel Pagg.

Algumas meninas que estavam perto de nós a abraçou e eu via aquilo tudo como um pesadelo, Cato poderia ganhar, Rachel também era muito boa, mas também tinham os carreiristas dos outros distritos e eu não conseguia deixar de ficar preocupada, se bem que era muito provável que nenhum tivessem que participar dos jogos realmente.

Cato e Rachel foram levados para a sala do diretor, como sempre o diretor iria falar sobre o compromisso que eles estavam assumindo e que eles não poderiam voltar atrás e outras coisas.

Eu não estava com medo, mas estava apreensiva. Acompanhei Gabi até a sala de lutas.

– Prometo não te machucar lindinha. - provocou o garoto enquanto nos cumprimentávamos.

– Obrigada pela consideração. - falei debochadamente.

Ele era forte e alto, mas não era muito ágil, fazendo com que eu conseguisse me desviar facilmente de suas investidas. Eu apenas ficava me esquivando, pois ele não me dava chances de reagir.

– Vem pra cima gatinha. - ele disse e sorriu de lado.

Eu já estava furiosa com ele, mas me controlava ao máximo para não quebrar a cara daquele infeliz. Quando ele veio tentar me segurar eu me desviei e dei um soco na cara dele, se eu não estivesse tomada pela raiva com certeza iria sentir minha mão latejando.

– Não devia ter feito isso. - ele disse ameaçadoramente.

Não esperei por mais tempo, em poucos segundos eu já estava em cima dele pressionando com força seu braço para trás.

– Nunca mais se meta comigo, pode ser que eu não consiga parar em uma próxima vez. - o ameacei sussurrando em seu ouvido.

Sai da sala com raiva e fui para a lanchonete tentar esfriar a cabeça. Era meu último dia no campo de treinamento, já que no ano que vem eu não participaria mais da colheita.

– Tudo bem? - perguntou Rachel se sentando ao meu lado.

– Sim, mas você tá bem? - perguntei me ajeitando na cadeira.

– Estou, eu ainda não sou a escolhida, mas se eu for quem sabe... Só estou um pouco nervosa, mas é normal.

– Imagino.

A porta se abriu e vi Cato e a mesma ruiva de manhã abraçados. Provavelmente ela era a mais nova namorada dele, seria mais uma com o coração partido, ridícula.

– Vamos sair daqui. - disse Rachel se levantando da mesa e me puxando para fora.

Acompanhei-a e fui passar meu cartão quando vi Gabi vindo em nossa direção.

– Aonde vão? - perguntou Gabi.

– Para casa. - disse Rachel e me lançou um olhar significativo.

– O Cato é um idiota. - disse Gabi colocando a mão em meu ombro.

– Não! - eu disse entendendo o que estava acontecendo. - Eu não estou apaixonada pelo Cato, não sou como essas meninas que ficam chorando quando estão de coração partido por ele.

– Eu não disse isso. - disse Gabi. - Eu sei que você não é como elas, você é forte.

– Vamos? - perguntou Rachel.

– Claro. - respondi sorrindo para elas.

Elas sabiam fazer com que eu me sentisse melhor e quando cheguei em casa eu já estava rindo e me sentia muito melhor, não valia a pena eu sentir ciúmes do Cato.

– Até amanhã meninas. - eu disse me despedindo das meninas que haviam me acompanhado até a porta de casa.

– Boa noite Clove.

Entrei em casa me sentindo muito bem, meu pai e minha mãe me esperavam sentados á mesa.

– O que foi? - perguntei.

– Seu irmão ligou da capital. - disse minha mãe sorrindo.

Meu irmão Tiller havia se mudado para a capital, ele trabalhava como pacificador e quase nunca nos ligava. Minha mãe estava muito animada e depois que terminamos de comer eu a ajudei a lavar a louça e fui para o meu quarto.

– CLOVE, NÃO SE ATRASE! - disse minha mãe me acordando.

Nem me lembrava de ter dormido, mas tentei me animar um pouco, fui tomar meu banho e coloquei uma roupa confortável e intimidadora, assim como todos os carreiristas faziam, não queríamos mostrar fraqueza quando fossemos os escolhidos.




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