Ziriguidum

Pov Annabeth Chase

Sai do carro com muita raiva. Subi até meu apartamento, atirei todas as minhas coisas no chão e gritei.

– Amiga? – Silena veio correndo ao meu encontro preocupada.

– Oi Si! Você não ia à casa do Charles? – perguntei me acalmando.

– Vou sim, na verdade saindo agora! – ela deu uma voltinha – Então como estou?

– Linda! – respondi sentando no sofá e suspirando. Ela me olhou:

-  Vai, conta! – olhei para ela interrogativa e ela continuou – Somos amigas desde os 7 anos, eu sei quando tem algo errado com você. Anda, fala!

– Ok... – eu contei tudo para ela sobre o Percy, o Bernardo, o Luke. Tudo mesmo.

– Me dá esse celular. – ela pediu e eu entreguei.

Ela mexeu durante um tempo, analisou, digitou, pegou uma caneta e um papel e anotou algo.

Ela me entregou e disse:

– Você vai por um vestido lindo, se arrumar e vai direto para esse endereço. Destrocar os celulares.

– Eu posso fazer isso outro dia. A gente vai se encontrar daqui a uns dias para comprar o material. – retruquei.

– Pode, mas vai fazer hoje. Eu entendi porque esse tal de Percy não gostou de você. – disse como se fosse obvio.

Isso é meio impossível, mas tudo bem.

– A é? Então é por quê? – perguntei incrédula.

– Quando um o homem super gato, bem-sucedido, rico e inteligente é bem raro que ele não seja mulherengo. Mas esse Percy, não sei. Esses caras costumam “guardar coisas” no celular, para mostrar aos amigos. Mas ele não. Ele deve ter tido algum trauma de infância ou desilusão amorosa e você o faz lembrar disso. – eu não faço a mínima ideia do que ela tá falando, mas ok.

– Como você sabe? – perguntei confusa.

– Minha cara. Um celular pode falar muito sobre uma pessoa. E de amor eu entendo, vai por mim! – respondeu se levantando, ou seja ela olhou as mensagens dele. – Agora a senhorita vai nessa festa, trocar os celulares.

– Eu sou maior de idade e faço o que eu quero! – teimei. – E eu não vou.

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Aqui estou eu, no meu carro indo para droga de uma festa destrocar o celular com o Mister ego, idiota mor e imbecil completo, Perceus Jackson às 09h30min da noite.

De vez em quando, mesmo que eu a ame, a Silena é insuportavelmente teimosa.

Coloquei um vestido azul, saltos pretos e fiz um penteado no cabelo. Minha maquiagem estava leve e suave. Peguei um casaco preto, que eu não usava a séculos. Realmente eu não me arrumava assim há muito tempo.

Eu não parava de pensar no que Silena havia dito. Para mim era impossível, que Percy Jackson tivesse um dia sentido algo, que não fosse desprezo ou desejo, por uma garota.

Mesmo sem a mínima vontade eu estava indo para uma festa, que segundo um tal de Nico, era a festa do ano.

Eu só desejava que tudo isso acabasse.

E bem de preferência.

Mas com a minha sorte...