Sweet Lie escrita por Nina Oliveira
Notas iniciais do capítulo
Primeiro pov da Thalia. Aproveitem!!!!!!!!!!!!!!!
Pov Thalia
Se tem uma coisa que eu odeio, é o trânsito de Manhattan. Eram mais ou menos uma hora da tarde e até agora eu não tinha conseguido chegar ao aeroporto, mesmo tendo saído de casa 11 horas.
A essa altura minha paciência já tinha ido pro escambau e tudo que eu queria fazer agora, era desistir de tudo e me jogar na minha cama, ouvindo Green Day no volume máximo.
Mas eu não podia. Já tinha meses que eu não via meu maninho. A última vez foi no inicio da gravidez de Piper, sua esposa. E ainda tem o Benjamim, meu sobrinho e afilhado recém-nascido.
Eu já estava bem perto do aeroporto, mais um cinco minutos talvez. O tráfego fluía lentamente, então se pressupõem que é praticamente impossível haver acidentes. Mas certas pessoas tem uma sorte do caramba. Nessas “certas pessoas”, você pode com certeza me incluir, pois foi exatamente o que ocorreu.
Algum imbecil bateu no fundo do meu carro. Se meu humor já não estava bom imagina agora.
Sai do carro furiosa.
– Droga! – berrei. Do outro carro, saiu um menino branco, muito branco, com os cabelos e os olhos negros como a noite. Usava uma calça jeans escuro meio rasgada, uma camisa branca e um casaco de aviador. Ele também parecia bravo, mas sua expressão se abrandou ao me ver.
– Foi mal. – pediu – Eu estava mandando uma mensagem e não vi quando você parou. – e desde quando isso é desculpa?!?!?!?!?
Olhei para ele e revirei os olhos.
– Escuta aqui. Você pode até achar que tá tudo bem, mas não tá não. Você bateu no meu carro e vai ter que pagar o conserto tá ouvindo? Ou é tão retardo assim. Porque pra conseguir provocar um acidente em meio a um engarrafamento, tem que ser no mínimo idiota! – despejei tudo num acesso de fúria. Como eu ia ver o Benjamim agora?
Ele pareceu se ofender e disse irritado.
– Como se a culpa fosse inteiramente minha. Você parou do nada. Daria tempo o suficiente se você não tivesse brecado. – me acusou.
– E se você tivesse prestando atenção na rua, com certeza teria visto. – emendei.
– É isso que dá. Mulher no volante perigo constante. – insultou.
Cara, você pegou pesado agora.
Não sei muito bem o que aconteceu, mas quando eu me dei conta estávamos ambos sentados no banco traseiro de uma viatura.
Uns dez minutos depois chegamos à delegacia.
Fomos encaminhados à sala do delegado que disse assim que nos sentamos:
– Nomes e idade.
– Thalia Olympic Grace, 26 anos. – quando eu disse meu nome os olhos do delegado se arregalaram. Afinal, não é todo dia que prendem a filha do grande Zeus Olympic Grace, um milionário dono de uma das mais famosas companhias de transporte aéreo do pais e do mundo. Irônico não?
O emo amador olhou para mim e depois voltou-se para frente.
– Nico Miller Di Angelo, 27 anos. – se o delegado já estava em choque, piorou umas mil vezes.
Chamou o policial que nos prendeu e foi para um canto, onde aparentemente brigou com ele. Ouvi coisas como: “Incompetente” ou “Prender o filho de Hades Di Angelo” e também “Uma Grace? Você enlouqueceu?”.
Logo depois se retirou, pedindo mil desculpas pelo ocorrido e dizendo que iria consertar tudo, me deixando sozinha com o idiota. Ficamos em silêncio por um tempo, quando ele disse:
– Eu pago o conserto do seu carro. Fui eu que bati. Foi minha culpa. Desculpe por tudo.
Isso sim me surpreendeu. Fiquei meio culpada pelos xingamentos e os tapas. Não que eu fosse assumir.
– Tudo bem! – falei – Foi mal por também.
– Sem problemas. – ele respondeu sorrindo. – Será que você pode me dar seu telefone, sabe, para eu ligar e marcar, pra consertar... O carro?
Pensei uns segundos, que mal faria?
– Tudo bem! – Trocamos os telefones.
Ficamos mais algum tempo em silêncio e ele quebrou novamente.
– Gosta de Green Day? – perguntou olhando a minha blusa.
–Não, odeio. É por isso que eu estou com uma camisa da banda! – respondi irônica e ele encolheu os ombros.
– Calma garota! Você é arrisca viu! – exclamou se levantando e indo até a porta, a trancando com chave. Qual é a desse garoto ein? Se encaminhou novamente para minha direção. Me levantei e o encarei.
Nos olhamos por um tempo e ele se aproximou da minha orelha sussurrando:
– Mas não tem problema. Eu gosto.
Um arrepio involuntário subiu pela minha espinha. Uma sensação boa. Como fogo baixo passando por todo meu corpo.
Ele mordeu o lóbulo da minha orelha e eu rolei novamente meus olhos, que no momento encontravam-se semicerrados.
Desgraçado, filho de uma mulher que vende o corpo, idiota, gostoso...
Ele desceu para o meu pescoço soprou e depositou um beijinho.
–Você é como fogo. – murmurou - Mas tem gosto de chocolate.
Chega! Eu não vou me entregar!
– Quem brinca com fogo se queima – respondi sensualmente – Chocolate engorda!
Eu achava que era brincadeira, exagero dos homens, mas pela cara que ele fez, um joelhada no meio das pernas dói mesmo.
– Você tá louca? – ele perguntou gemendo de dor já no chão.
Andei até a porta e a destranquei. Abri antes de sair falei dramaticamente:
– Não estou não, querido! Louca eu sou!
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
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