Sweet Lie escrita por Nina Oliveira


Capítulo 17
Stronger


Notas iniciais do capítulo

Demorei mais postei.
Gente acho que um trecho do capítulo, vocês vão identificar e vão perceber algo. Não se preocupem muito com os "sonhos". Essa fic não é de mitologia, é de PJO na vida real.
Espero que gostem!!!!!!
Kiss, Nina.



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Pov Annabeth.

Stronger

"Sua boca na minha, sonho impossível?"

Desviei meus olhos para sua boca, mas ela parecia tão perfeita quanto seus olhos, então voltei a encara-los. Pude sentir sua respiração descompassada, assim como a minha. Nossos corações acelerados. Ele não passava de um mero desconhecido para mim, e ainda por cima me tratava mal, mas havia algo nele... Algo que eu nunca tinha visto. Era a perfeição mais imperfeita, era mágico e real. Era um homem, mas um menino. E nesse momento, mesmo sendo loucura, eu o queria. E eu sempre tinha quase tudo que queria.

Nossos lábios se roçaram, fazendo meu coração falhar uma batida. Pressionei-os contra os dele, bem devagar, dando-lhe apenas um selinho. Quando eu pensei em aprofundar o beijo, fui surpreendida por um súbito afastamento por parte dele. Confesso que no fundo aquilo me magoou. Ele ficou de costas para mim, de modo que não pude ver o seu rosto. Pigarreei meio incomodada com a situação.

– Me desculpe! - pedi ao mesmo tempo que ele.

– Não, é sério. Me desculpe. Eu não queria ter deixado uma impressão errada. Sabe, não é nada com você, sou eu!

Sério, não é você sou eu? Essa foi a pior desculpa que eu já escutei em toda a minha vida!

Olhei para ele com um sorrisinho irônico.

– Jura?! - exclamei sarcástica.

Ele deu uma risadinha rouca, e meio constrangido disse:

– Eu juro é que não é desculpa. Só não quero brincar com você! Eu não sou mais capaz de amar. Posso até ser, sabe, mas é que esqueci como.

Olhei pra ele, admirada. A sinceridade dele, além de ter me surpreendido, também me encantou. Eu realmente não esperava.

Sorri para baixo e murmurei:

– Você só pode ser bipolar.

– É. Talvez eu seja! – brincou e nós rimos.

Ficamos um tempo em silêncio, quando de repente ele perguntou:

–Ei, você não tem nenhum parente ou amigo, não? Sabe, já é mais meio dia e nada de notícias...

O pior é que ele tinha razão. Eu tinha que avisar a alguém. Resolvi ligar para Silena, enquanto ele ligava para meu irmão.

O telefone chamou três vezes antes de alguém atender.

– Alô!? – uma voz abafada e assustada perguntou do outro lado da linha.

– Si? – perguntei preocupada – Está tudo bem?

Ouvi uma longo suspiro.

– Vai ficar, mas esquece isso. Onde você tá? – mudou de assunto.

– Ah, sabe né. O mundo realmente é bem confuso e... – enrolei.

– Annabeth Chase, fala logo! – mandou.

– Estou no hospital San Vincent. Mas eu to bem, tá, não se preocupa. Será que você pode vir aqui e me trazer alguma muda de roupa? – falei atropelando-a com as palavras.

– Por que você está aí? O que aconteceu? – antes que eu pudesse responder ela completou – Quer saber, estamos indo para aí, ok?

– Estamos? – perguntei confusa.

– Eu e a Thalia! – respondeu como se fosse obvio.

– A Lia não tá na casa do Jason? – rebati.

– Longa história. Só se prepare, você vai levar um susto.

– Se for para me dar um susto, por favor, conte logo. O médico disse que eu não posso sofrer fortes emoções. – menti confesso, mas e daí.

– Okay! - falou resignada. – A Punk voltou.

– Hãn? Como assim?

– Quando chegarmos, você vê. Beijos.

Ela desligou o telefone, me deixando totalmente surpresa e cofusa. A Thalia sempre foi meio punk, se bem que quando a conhecemos era dez vezes pior. Ela usava apenas roupas pretas, e passava sempre maquiagem pesada, além das mechas no cabelo. Era grossa com a maioria das pessoas, e depois aos 15 anos, começou a se cortar e usar drogas.

Quando fomos para a faculdade, ela melhorou bastante, sabe, tirou aquelas mechas coloridas, e começou a ser mais amigável com as pessoas. Parou de usar drogas e de se automutilar também. Então, o que quer que esteja acontecendo, a frase “a punk voltou” me trouxe um mau pressentimento.

Percy voltou para o quarto com uma expressão pensativa, o que logo despertou minha curiosidade.

– No que está pensando? – perguntei.

Ele suspirou.

– Não sei. Na vida? – tentou e eu ri.

– Você está tentando adivinhar seu próprio pensamento? – perguntei.

– Patético não? – me acompanhou e nós rimos.

Um silêncio desconfortável tomou conta do quarto e para quebra-lo, falei:

– Você não quer ir para casa não? Sabe, dormir aqui, não é muito confortável!

– Logo você tem alta, eu posso esperar. A menos que você esteja me expulsando! - disse e olhou para mim de uma maneira intensa, como se estivesse lendo minha alma.

Neguei com a cabeça.

– Quero que fique. - afirmei.

Ele sorriu e sentou-se na poltrona. Parecia cansado, como se não tivesse dormido direito, o que eu acho que realmente aconteceu.

– Eu liguei para um amigo e pedi para vir aqui trazer o seu carro. Se você não se importa, é claro. - falou.

Assenti em concordância.

– Obrigado! - ele me olhou sem entender - Por tudo!

– De nada! - respondeu.

Ficamos um tempo em silêncio. Eu estava encarando o teto e pensando. Quando voltei meus olhos para ele, constatei que havia dormido, e não era para menos. Resolvi seguir seu exemplo, e ir dormir também.

Eu realmente sempre tinha sonhos malucos, mas esse realmente era sinistro.

Eu estava numa espécie de caverna, e segurava o teto. Se você acha realmente que já carregou algo estupidamente pesado, eu te digo: Você é estúpido e está enganado. O que eu carregava era um milhão de vezes pesado que um arranha-céu. Cada pedaço do meu corpo estava em brasa, não sabia quanto tempo iria aguentar lá. Então eu vi Luke, meu ex-namorado. Ele estava com outro cara alto e forte, e junto dele, havia uma garotinha ruiva. Eles discutiam, e de repente a menina olhou para mim, e concordou em fazer algo. Soltaram-na e ela foi até mim, tomando o peso dos meus ombros.

Eu estava fraca, não conseguia ouvir direito, e minha visão estava meio turva, mas esforcei-me até focalizar um rosto. Percy. Ele me olhava apreensivo, parecia querer me ajudar, correr até mim. Mas havia algo estranho, sua imagem tremeluzia como um holograma. Tentei gritar seu nome, mas não saiu minha voz. Estava desesperada. Luke veio até mim com cuidado e me pegou no colo levando-me dali. Antes apagar, lembro-me de ver Percy dizendo meu nome num sussurro baixo e logo depois sumindo.

– ANNIE!!!!!!!! – Acordo com um grito feminino, e logo depois duas figuras se jogam em cima de mim.

Pov Silena.

"O que não te mata te faz mais forte, te faz sentir melhor. Não significa que estou só quando estou sozinha. O que não te mata te torna uma lutadora, deixa os passos mais leves. Não significa que estou acabada só porque você se foi."

Consegui a muito custo me arrastar para meu quarto. Chega, ele não merece minhas lágrimas, muito menos meu amor. Eu sempre me virei muito bem sozinha e não ia ser agora que isso ia mudar. Eu tinha que ser forte, eu seria forte.

Resolvi tomar outro banho, mas dessa vez para levar todas as tristezas que me sufocavam.

Depois de uns dez minutos debaixo do chuveiro, sai e fui até o closet escolher uma roupa. Me arrumei demoradamente, observando meu reflexo no espelho em busca de algum defeito, alguma imperfeição que tenha o feito terminar comigo. Sem que eu percebesse as lágrimas queriam sair novamente. Fui retirada do meu transe por um barulho de porta se batendo. Meio em dúvida, levantei enxugando meu rosto e sai do quarto.

A sala estava cheia de terra e parada com os olhos fechados e de costas para a porta, uma menina, com a maquiagem borrada, e grossas lágrimas molhando as bochechas. Totalmente descabelada, com as roupas esfarrapadas e sujas. Thalia encontrava-se num estado deplorável.

– Lia?! – gritei.

Ela abriu os olhos assustada, e eu vi que a imensidão azul que sempre foi os olhos dela havia escurecido, como na época do colegial.

– Não enche! – falou e passou por mim com pressa até chegar no seu quarto e bater a porta.

Fiquei parada estática, bem uns dez minutos sem sair do lugar. Confusa, era pouco. Resolvi tomar satisfações do que estava acontecendo, porque na minha cabeça nada encaixava.

Bati na porta dela insistentemente até um Thalia totalmente diferente atender. Tinha mechas azuis no cabelo, maquiagem pesada, e roupas pretas.

– O que?- perguntei sem entender.

– Essa sou eu, Silena. – afirmou – Não adianta tentar mudar.

– Bom, mas... – fui interrompida pelo meu telefone tocando.

Era a Annie:

– Alô!? – atendi ainda meio assustada.

– Si? – perguntou preocupada – Está tudo bem?

Suspirei. Não estava nada bem.

– Vai ficar, mas esquece isso. Onde você tá? – mudei de assunto.

– Ah, sabe né. O mundo realmente é bem confuso e... – enrolou-me.

– Annabeth Chase, fala logo! – mandei.

– Estou no hospital San Vincent. Mas eu to bem, tá, não se preocupa. Será que você pode vir aqui e me trazer alguma muda de roupa? – falou atropelando-me com as palavras. No Hospital?

– Por que você está aí? O que aconteceu? – antes que ela pudesse responder, completei – Quer saber, estamos indo para aí, ok?

– Estamos? – perguntou confusa.

– Eu e a Thalia! – respondi como se fosse obvio. Thalia me olhou indignada e confusa.

– A Lia não tá na casa do Jason? – rebateu.

– Longa história. Só se prepare, você vai levar um susto.

– Se for para me dar um susto, por favor, conte logo. O médico disse que eu não posso sofrer fortes emoções.

– Okay! - falei resignada. – A Punk voltou.

– Hãn? Como assim?

– Quando chegarmos, você vê. Beijos.

Desliguei o telefone e me virei para Thalia.

–A Annie está no hospital! – vi o semblante de mudar de confuso, para preocupado.

– Então tá esperando o que? Vamos!

Descemos e chamamos um táxi. Trinta minutos depois chegamos no hospital, e olha a coincidência, encontramos Bernardo na recepção.

– Bê?! – chamei.

– Silena, Thalia. – ele nos abraçou – A Annie...

– Sabemos! – cortou Thalia. - Qual quarto?

– 6° andar, ala C, quarto 207. – falou. – Estou indo para lá agora.

– Então vamos! – disse e nós saímos em disparada até o quarto.

Chegando lá, Thalia escancarou a porta com força, revelando uma Annabeth numa maca, aparentemente descorada, ou dormindo e um cara, bem gatinho, cochilando na poltrona.

Eu e Lia corremos e pulamos em cima da Annabeth, que parecia ter acabado de acordar.

– ANNIE?

– Si, Tha? – perguntou meio confusa.

– Você quer me matar de susto dona Annabeth Chase? – perguntou Bernardo, antes que pudéssemos ao menos nos pronunciar. Ela lhe deu um sorrisinho culpado. O garoto que antes dormia, levantou-se e se aproximou, com um sorrisinho divertido no rosto.

Nesse momento a porta é reaberta e por ela entra um garoto moreno de olhos igualmente negros, e uma pele totalmente branca.

– Percy, eu já trouxe o carro que você me pediu, agora você pode me explicar o que... – ele congela por um tempo ao perceber que havia mais gente no quarto. Ele olhou cada um de nós, mas por fim seus olhos recaíram em Thalia, a quem ficou encarando. – Aconteceu?

Minha amiga se virou lentamente, como se conhecesse o dono da voz, mas preferisse não lembrar. Ao constatar se estava realmente certa, o olhou da mesma forma.

– Você?! - gritaram ao mesmo tempo.


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Notas finais do capítulo

Comentem!!!!