Fix You 2: Dark Paradise. escrita por Amanda Mina


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

OiOi gente. Então, por um milagre divino - isso mesmo. Divino. Porque na preguiça que eu estava... - estou conseguindo adiantar capítulos novamente. Quero dizer, no momento, estou escrevendo o 15º capítulo e fazendo diversas reviravoltas. Só aviso que já combinei até mesmo o Epílogo com a minha coleguinha Amanda Mina (que por falar, está na Disney!) e garanto que teremos muitas reviravoltas nessa fic, ainda! Sem falar nos pov's do Ian que virão em um momento crítico para Rose [...] Enfim, to super animada aqui, quase subindo pelas paredes.
E como estou conseguindo adiantar tanto assim, teremos mais posts ~todas comemoram~ uhu o/
Mas pararei de falar e deixarei que vocês leiam. ♥



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Ângela soltou um grito agudo, e Daniele se apressou para pressionar a mão contra a boca da dhampir que tinha os olhos arregalados, e a mão pousada levemente no ventre.

-- Quem mandaria uma atrocidade dessas? – Ela perguntou após Daniele se decidir que ela finalmente havia se acalmado. – Isso é horrível.

-- É de Dimitri. – soprei. – Eu me lembro dessa estaca.

-- Será que eles o torturaram com essa estaca? – Daniele divagou, agora andando pelo quarto. – Se isso realmente aconteceu, não podemos ficar parados aqui. Temos que começar a montar nossas estratégias e agir.

-- Também tem um bilhete. – Agradeci por Dani não ser ligada a Dimitri e não ter entrado em pânico, porque ainda era bom ter alguém com pensamentos racionais por perto. Minha cabeça no momento apenas se perguntava como alguém faria algo assim com Dimitri, e se aquilo realmente havia acontecido com ele.

Era certo que não estavam o tratando com toda gentileza do mundo, mas cortá-lo por prazer para depois me mandar como uma prova do quanto a minha demora estava acabando com ele? Isso era muita crueldade. E alguém só faria isso se realmente quisesse me atingir.

E soubesse como...

-- Quem fez isso me conhece. – murmurei sem pensar direito, atraindo os olhares das duas dhampirs presentes. – É a mesma pessoa que tentou me matar e acabou matando Adrian... A mesma que me incriminou por isso na Corte. – De repente eu entendi a minha própria linha de pensamento. Tudo bem que sequestraram Dimitri, ok. Mas nunca saberiam a quem atingir e quem procuraria por ele, principalmente porque eu não estava anunciando a minha presença. Lissa mantinha absoluto sigilo sobre a minha estadia no Brasil, e somente os meus amigos sabiam disso.

“É alguém próximo a você. Alguém que sempre soube onde você estava” – aquelas palavras ecoaram novamente pela minha mente, e um arrepio percorreu todo o meu corpo. Droga! Agora sim eu não tinha em quem confiar.

Eu tinha certeza de que Ian não me trairia – até porque já tínhamos passado dessa fase, da que ele pensou em me usar para atingir o irmão, mas como habitual acabou se apaixonando por mim e desde então tudo em sua mente se resumia a me proteger, não a me causar dor.

Lissa era minha melhor amiga desde muitos anos, e se ela quisesse se livrar de mim, seria muito mais fácil não ter me salvado no acidente de seus pais, criado um laço psíquico – que depois foi desfeito quando ela trouxe Dimitri de volta e acabou enfraquecendo nossa conexão – e simplesmente me deixado definhar como aconteceu com seus pais e seu irmão.

Eu deveria continuar informando-os, essa era a verdade. E pedir para que fechassem ainda mais o circulo. Era completamente ridículo o que eu estava prestes a falar para eles, mas as palavras de Adrian ainda reverberavam pela minha cabeça. Era alguém próximo. Eu estava vulnerável enquanto continuasse aberta a todos.

-- Tudo bem então... – Daniele quebrou a minha crise pessoal. – É alguém que sabe onde você está e te conhece. Anotado. Você terá que contatar menos pessoas.

-- Eu pensei nisso – assenti – e só vou falar com Ian e Lissa agora. E pedirei para que eles não transmitam as informações.

-- Excelente. – Ela continuou pensando, e então fixou os olhos no bilhete. – Ele também sabe nossa localização. O que é péssimo. Temos que falar com Samantha e sair daqui o mais rápido possível antes que acabem conosco.

-- Mas e Dimitri? – Ângela se fez presente. – E se ele estiver por aqui?

-- Não está. – Ela rebateu. – Olhe o bilhete. Tão perto e tão longe. Estamos na trilha certa, porém ele não está aqui.

-- Mas ele está na vizinhança. – Completei. – Em alguma cidade vizinha.

-- Amanhã teremos uma melhor informação sobre isso – Daniele prosseguiu – quando visitarmos Samantha. Ou melhor... Muitos saíram, certo? – Balancei a cabeça. – Ótimo. Acho que não se importarão se formos até a casa de Samantha agora.

-- Eu acho melhor não ir... – Ângela mordeu o lábio inferior. Estava na cara que ela ainda tinha algum trauma pelo que aconteceu. Dei um olhar significante para Dani, que assentiu.

-- Tudo bem, você tem algum problema em ficar aqui? – Ela perguntou com receio. Ângela abriu um sorriso e negou. – Então acho melhor nos arrumarmos. – Dani se virou para mim, e eu levantei da cama em um pulo, tendo cuidado em guardar o “presente” dentro da minha mochila com devido cuidado.

Tirei a primeira muda de roupa que encontrei, ficando com uma camiseta roxa estampada, calça jeans e ankle boots. Os habituais pretos.

Prendi meu cabelo em um rabo de cavalo por estar sem paciência para arrumá-lo melhor, e então guardei minhas duas estacas no bolso da calça, levando o celular na mão devido à falta de espaço. Daniele se arrumava tão rápido quanto eu, então logo estávamos saindo do Hotel e caminhando pelo paralelepípedo.

Alguns minutos depois, Dani parou de frente a uma casa iluminada que mais se parecia de boneca. A fachada era bem cuidada, as paredes pintadas de azul claro e com um canteiro na única janela que ocupava a frente da casa, repleto de orquídeas.

Ela bateu palmas devido à falta de campainha presente, e então um silêncio se fez presente. Nem mesmo o som da televisão estava no ar mais, e então uma porta branca se abriu, revelando uma figura de cabelo castanho claro curto, cortado rente à nuca. Os olhos azuis faziam jus ao sobrenome “água”. Samantha era uma figura alta e bronzeada, com as curvas certas. Ela abriu um vasto sorriso mostrando os dentes brancos e então atravessou o pequeno caminho de pedras que tinha no quintal até o portão de um metro, abrindo-o para que pudéssemos passar.

-- Não acredito que você realmente está aqui. – O sotaque britânico misturado ao que identifiquei ser brasileiro se confundiu conforme ela murmurava as palavras em um claro inglês. – Pensei que nunca mais veria você, Dani.

-- Amigos não se separam. – Dani retribuiu o sorriso e deu um breve abraço na amiga, ainda com o braço ao redor dela quando se virou para mim. – E essa é Rose, minha mais nova amiga – acrescentou uma piscadela que me fez sorrir – e também uma pessoa que precisa de muita, muita ajuda mesmo.

Encarei a fachada da casa mais uma vez. Ela não parecia perdida: -- É um prazer, Samantha. – murmurei enquanto entrava na casa.

-- Não ligue se você ver pessoas conversando. – ela falou. – Moro em uma república. Na verdade, somos todos dhampirs, mas como não temos para onde ir, moramos juntos. E ajudamos a manter a cidade em completa harmonia, também.

-- Mas vocês gostam daqui? – perguntei casualmente.

-- Não.

Aquilo me pegou de surpresa. Ela parecia completamente feliz ali, quase em casa quando pronunciara sobre a cidade. A rapidez com que a resposta veio me mostrou que estava enganada.

-- Não veja por mal, mas é que... Eu gostaria de voltar à ativa, proteger outra pessoa. Mas Tatiana não nos deu muita atenção.

-- Para a felicidade geral, o comando mudou. – cantarolei. Ela ergueu uma sobrancelha. – Vasilisa Dragomir assumiu a realeza. Ela é a nova rainha.

-- Isso é ótimo! – ela praticamente gritou. – Uma nova chance. Mas precisaria de alguém para me levar até ela...

-- Está de frente pra essa pessoa. – Dani a interrompeu. – Rose é melhor amiga da Rainha, mas também precisa de certa ajuda sua.

-- Feito. – Ela riu. – O que está acontecendo, criança? – Não era como se Samantha fosse mais velha do que eu com uma diferença de vinte anos, mas era claro que ela tinha mais de trinta anos de idade, de forma que aquilo não me irritou. Apenas vi como um modo carinhoso.

E foi então que eu falei tudo na medida do possível. Deixei entrelinhas o meu antigo romance com Dimitri, dizendo apenas que ele era um amigo próximo – e contei sobre a encomenda que havia recebido hoje e sobre os meus avanços nas informações.

Ela apenas assentiu, me fitando com aqueles olhos azuis astutos. Quando eu terminei de falar, apoiou o cotovelo na perna e descansou a cabeça na palma da mão, refletindo sobre tudo o que eu contara: -- Não é de hoje que vejo sequestros acontecerem por perto, mas... Eu acho que consigo uma boa pista disso.

-- Você disse que o bilhete tinha escrito “Tão perto e tão longe” não é? Vocês passaram por alguma cidade antes de vir aqui?

-- Vitória. – Respondi de imediato. – O que isso tem a ver?

-- Antigamente, quando essas coisas eram mandadas, era sinal de que por um momento você estava perto de descobrir, porém acabou dando dois passos para trás e se afastando. Vocês estavam na pista certa se tivessem ficado em Vitória. – Ela continuou encarando o vazio. – E se bem me lembro, Vitória é a capital, de forma que não há esconderijos possíveis e afastados ali. A única chance seria nas localidades vizinhas, e como Santa Tereza está afastado...

-- E se tiverem feito isso para nos enganar? – Daniele interrompeu.

-- Eu saberia. – Samantha deu um sorriso simples. – Sou responsável por todos que entram e saem dessa cidade. Saberia se algo acontecesse, no entanto ninguém passou por aqui além de vocês. – fez uma pausa – E como Santa Tereza está afastado de suspeita... – continuou o raciocínio que Dani havia interrompido. – Bom, eu não sei. Há muitas localidades próximas de Vitória, porém não me lembro do estado atual. Teria que ir à capital e ter acesso aos arquivos da prefeitura para isso.

-- Tudo bem. – Assenti na mesma hora. – Vamos para Vitória, então.

-- Acho melhor falarmos com todos logo e partirmos pelo amanhecer. – Dani avisou. – Não seria muito bom viajar agora, se é que me entende. – Eu entendi a clara referência aos possíveis ataques que sofreríamos devido à noite escura.

-- Perfeito. – Samantha concordou. – Vocês precisarão de ajuda, então conversarei com boa parte dos dhampirs que habitam essa casa quando chegarem do Festival que está acontecendo. Me ligue amanhã, Dani. – Ela pediu. Dani apenas assentiu, e saímos da mesma maneira que entramos.

Algo em mim dizia que estávamos no caminho certo. E eu realmente esperava que esse fosse um verdadeiro sinal, porque se estivéssemos errando novamente as coordenadas, abriria brecha para outra ameaça.

E significaria que Dimitri seria torturado novamente – o que acabaria comigo de vez. 


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Notas finais do capítulo

Calma Dimka, estamos quase chegando D:
Quem está ansioso para resgatá-lo?! o/