Fanfic Hiperativa - EM HIATUS. escrita por FãsdeFanfics


Capítulo 9
Tris e Tobias- Colheita


Notas iniciais do capítulo

Escrito pela Luh ( http://fanfiction.com.br/u/176105/ )
Casal Tris e Tobias da trilogia Divergente.
Nota 1: É como se não existisse a história de Insurgent o segundo livro da trillogia.
Desculpe qualquer erro.
Espero que gostem!



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POV TRIS

Acabou.

Perdi minha família e meus amigos.

Minha facção abandonou seus principais valores.

Virei uma sem-facção.

Eu não tenho vida. Ser sem facção é igual a nada. Eu sou um nada, Tobias é um nada; todos os sem facção não passam de pessoas esquecidas, humilhadas, sem casa que apenas vagueiam por ruas destruídas de uma velha cidade que já teve seus tempos de glória. Não passam de almas esquecidas pela sociedade.

Facção antes do sangue.

Como acreditar nisso? Eu fui traída pela minha própria facção. Traída pela minha suposta família.

E fui expulsa do lugar de onde nasci a minha cidade. A antiga gloriosa Chicago.

Tobias e eu tentamos fugir, mas era tarde demais. Quando fomos vê já estávamos no centro de um círculo composto de pessoas tanto vestidas de preto e algumas de azul.

Preto. Audácia. Minha antiga facção. Traidora. Eu e Tobias confiamos nela pela segunda vez pensando que não iriam nos trair novamente. Mas traíram.

Azul. A inteligente Erudição. Mas não tão inteligente para achar dois jovens divergentes no meio da área dos sem facção, que nem é tão grande assim. Mais especificamente em um porão de um prédio muito alto e abandonado. Demoraram quase seis meses. Quase seis longos meses para achar eu e ele.

Quando eu, Tobias, Peter, Marcus e meu irmão Caleb fugirmos do prédio de vidro do complexo da Audácia de trem, nós não sabíamos para onde íamos. Então decidimos cada um seguir um rumo. Peter foi para sua facção de origem; a Franqueza. Caleb e Marcus foram procurar o resto da Abnegação e eu e Tobias depois de ficarmos três meses no complexo da Amizade decidimos voltar para a nossa facção, a nossa suposta casa; a Audácia.

Decidimos voltar porque a nossa facção estava no comando de outras pessoas e ela e nem a Erudição tinham mais nenhum contato, segundo minha amiga Christina que agora era uma das líderes da Audácia; tudo que ela sempre quis.

Talvez nós fomos bobos em voltar, mas ficar usando roupas amarelas e vermelhas largas invés de pretas e apertadas nos desconfortava. Estávamos com saudade de usar nossas roupas escuras, fazer travessuras, rir e falar alta na mesa de jantar. Nós não éramos nós nesses três meses na Amizade. Nunca existiu Tris e Tobias membros da Amizade bondosos, alegres todo o tempo, carinhosos; porque sempre existiu Tris e Tobias membros da Audácia, o casal divergente, o casal audacioso que passa pela sua própria paisagem do medo no seu tempo livre, o casal que sempre está correndo perigo; por pura diversão.

Logo que chegamos ao complexo da Audácia fomos surpreendidos na porta por pessoas vestidas de azul, membros da Erudição, fazendo a guarda do complexo se alguns deles nos vissem seria o nosso fim. Christina tinha mentido para mim; ela com certeza perdeu o seu costume de não mentir que naturalmente é de quem nasce na Franqueza . Antes que os eruditos nos vissem eu e Tobias começamos a correr, cada vez mais se afastando da nossa antiga facção. Corremos muito tempo sem parar sem saber para onde íamos, até que fomos parar na área dos sem facção. E lá ficamos por longos seis meses, escondidos em um porão só subindo ao ar livre para pegar suprimentos e água.

E foi em uma dessas subidas que fomos apanhados. Eu e Tobias sempre subíamos juntos porque se um fosse pego o outro também seria, nem um nem outro aguentaria ficar longe do outro; esse foi um trato que fizemos no primeiro dia dos cento e vinte e cinco dias que ficamos lá.

Fomos levados até o complexo da Erudição de carro. Tobias e eu permanecemos sempre abraçados, para que se tentassem nos separar não conseguiriam facilmente. Mas um ponto bom disso foi que eles não nos separaram, mas fizeram uma coisa muito pior.

Depois de sairmos do carro fomos levados até o prédio Central do complexo erudito, e lá nos aguardava sentada atrás de uma mesa e como sempre usando seus óculos por pura vaidade para deixa-la com um ar mais inteligente, a lidere da Erudição; a nossa conhecida Jeanine.

– Vocês foram muito espertinhos. – Ela falou com um tom sereno. – Muito até para minha tolerância de puni-los levemente. - Na hora eu não tive medo, mas se eu soubesse o meu destino e de Tobias eu teria ficado amedrontada.

– Ahh e como seria a sua punição máxima Jeanine?–Tobias começou a falar sentado ao meu lado com nossas mãos entrelaçadas. –Tornar-nos sem facção?– Fala em um tom sarcástico. –Que eu saiba, eu e a Tris estamos vivendo assim há muito tempo.

–Não brinque com fogo meu jovem Tobias.– Jeanine fala ainda com tom sereno em sua voz.- Há punições muito piores do que estás. E eu darei a vocês a segunda pior, porque não quero que vocês morram e sim que sofram. – Eu sempre achei que a Jeanine tivesse uma maneira doentia de pensar, mas nessa hora eu comprovei que ela pensava assim. – E é por isso que estou levando-os para uma terra bem distante além dos muros da cidade. Um país muito perigoso em certos quesitos, como traição. – Tobias na hora se enrijeceu no meu lado, ele com certeza sabia da existência de Panem antes mesmo de sermos mandados para cá.

– Vocês não está nos mandando para... para... – Tobias começou a falar, mas parou e Jeanine completou.

–Para Panem. Isso mesmo Tobias. Um país que a rebeldia é duramente punida. E é para lá que vocês vão. – Jeanine esboçou um sorriso doentio.

– Como assim duramente punida?– Perguntei na hora.

– Com os Jogos Vorazes!– Jeanine pula ao falar. – É um jogo tão lindo... Onde crianças entre doze e dezoito anos são jogadas em uma arena para lutarem entre si até que aja apenas um sobrevivente. Apenas um.

– Você é doente Jeanine!! Doente!!– Tobias avança para cima de Jeanine. Mas os guardas o impedem e logo depois o colocam novamente na cadeira ao meu lado, mas o amarrando dessa vez.

– Eu doente Tobias? Eu?- Jeanine fala fingindo está indignada. – Eu não sou doente quem é doente é quem criou esse maravilhoso jogo. O meu melhor amigo o Amélio Snow. O Presidente Snow como é mais conhecido. Ele sim é doente.

– E só pessoas mais doentias ainda podem ser amigas desse tal de Presidente Snow. –Falo.

–Talvez.– Jeanine fala em um tom pensativo.– Mas isso não importa. Lá existem doze distritos e vocês ficarão no Distrito 2. É lá vocês viverão a partir de agora. Tris você voltará a ter quinze anos e você Tobias dezessete. Vocês por enquanto apenas estudaram e nós manteremos vocês lá e vocês terão que se candidatar mais vezes na colheita para ganhar uma quantia de suprimento limitado durante o ano, mas quando Tobias completar dezenove nós cortaremos a nossa contribuição e você terá que trabalhar. - Ela olha para Tobias e depois faz um sinal para os guardas que estavam ainda atrás de nós. Eles desamarram Tobias da cadeira e nos levantam e nos direcionam para fora da sala, mas antes Jeanine pede a nossa atenção e fala:– E que a sorte esteja ao seu favor!- E caiu em uma gargalhada extrema e totalmente doentia.

Logo depois de sairmos da sala onde Jeanine estava; os guardas me forçaram e a Tobias a tomarmos um remédio sem nenhuma explicação e depois de um minuto eu não enxergava nada apenas ouvi um estrondo em uma dor forte do meu braço direito e apaguei.

Quando acordei do efeito daquele remédio me encontrava deitada em uma cama em com um Tobias desacordado ao meu lado e em uma casa completamente desconhecida. Mas eu apenas sabia que eu estava em um país desconhecido que até pouco tempo eu nem sabia da sua existência e que estava nesse país com Tobias. Eu estava em Panem!

–Tris? Amor?-Cinto mãos em minha cintura e escuto a voz masculina que tanto amo, quero dizer, o dono dela que eu amo. Mas tenho que confessar que adoro a voz dele profunda e grossa, mas mesmo assim doce só eu para entender isso. – Está tudo bem com você?– Tobias já me tirou dos meus pensamentos e já colocou outros em minha cabeça. Eu me distraio tanto quando o assunto é ele. Ele é tão lindo, companheiro, lindo, charmoso, educado (para quem ele quer ser), fofo (só para mim, é claro)... Aqueles olhos azuis escuro são tão “profundos”, eles contem tanto sentimento que é capais que tenha muito mais sentimento do que muitas pessoas devem ter e sua mente toda. São tão expressivos. Viu só? Eu me distraio tão facilmente com ele. Mas uma coisa tenho que dizer: O Tobias pode ser uma figura amedrontadora quando você não o conhece tão bem, mas quando conhece você vê outra pessoa.– Beatrice! Fala alguma coisa pelo amor de Deus e para de ficar só me olhando com essa cara.– Ihhhhhhhhhh. Quando ele me chama de Beatrice quer dizer que está começando a ficar bravo. Nada melhor do que fazer isso:

– Que tal não falar e sim fazer alguma coisa?– Falo provocando-o enquanto me viro para trás para olhar diretamente para ele.

– Que tipo de coisa você quer fazer senhorita Beatrice?– Ele fala enquanto o encurralo entre uma parede e mim. Mas o único problema é que eu sou muito baixinha em comparação a ele, na verdade em comparação a todos; mas eu sempre dou os meus jeitos.

– Você sabe muito bem. – Falo enquanto toco seu rosto e depois seu pescoço com as mãos fazendo-o inclinar-se para baixo e logo depois toco sua boca com a minha. Nós sempre nos beijamos assim e acho que sempre será assim. Sempre apaixonados e sempre com um gostinho de que quero mais, mas nos não podemos.

– Amor. Tobias da um último selinho e fala.– Não queria parar mas hoje temos uma colheita a nos apresentar. – Ele fala e eu bufo e caio para trás para “aterrissar” no colchão da nossa cama.

Essa será a nossa segunda colheita. É! Dois anos aqui em Panem. Posso dizer que não é tão ruim assim, mas é horrível esse tal de Jogos Vorazes. Mas é pior ainda ir para colheita sabendo que você tem grandes chances de ser sorteada e pior ainda ter a pessoa que você ama sorteada, por causa de uma doente. Mas o pior do pior de tudo é que já aconteceu isso. Tobias foi sorteado no nosso primeiro ano e na hora eu decidi que se ele fosse para a arena eu também iria, eu daria um jeito mas iria, a sorte que nós moramos em um distrito carreirista onde quase todos são pessoas confiantes em si mesmas e também no estudo que tem nas academias de lutas aqui do Distrito. E um garoto que nós nem conhecíamos se voluntariou no lugar dele. E eu e nem Tobias tivermos que ir para a arena ano passado.

– Eu sei que é chato, mas nós temos que ir.– Tobias fala carinhoso enquanto me puxa pelos braços para fora do colchão.

– Que horas são?– Pergunto. Eu ainda nem me vesti então estou querendo saber se tenho tempo o bastante para me vestir descentemente.

13:30.Ele fala após olhar para o seu relógio de pulso.

– Que horas é a colheita?- Pergunto. Eu nunca decorei e também não pretendo decorar.

–14:20, Tris. Você nunca decora né?– Tobias finge indignação.

– Não mesmo, eu nunca fui fã de horários então...– Esboço um sorriso e dou-lhe um beijo rápido e falo:–Tenho tempo ainda para me arrumar. Você pode me dar licença?– Falo apontando para porta para que ele saia.

– Eu não me importo de ficar aqui. – Ele fala se jogando na cama.

Ele está tentando bancar uma de espertinho. Mas eu não caio nessa não. Ele deve esquecer de que eu sou uma divergente também então... Sou da Erudição também, ou seja, sou inteligente também.

Ahh é isso mesmo?– Falo.- Então eu vou para o banheiro.

Mas antes eu me dirijo até o meu guarda roupa no outro lado do quarto e o abro. Eu e Tobias por questão de escolha e também para não nos esquecermos de onde somos só usamos roupar pretas e cinzas. Mas na maioria das vezes preta. Preta para a nossa facção de escolha; Audácia e cinza para facção de onde nascemos; Abnegação. Escolho uma calça preta justa e uma blusa preta que deixa exposta a minha clavícula e também os meus ombros, ou seja, deixando expostas as minhas tatuagens; a dos três corvos em minha clavícula e o símbolo da Audácia em um ombro e no outro ombro o da Abnegação. Mas como está frio escolhi colocar também uma jaqueta de couro preta por cima e é claro acessório; argolas pratas para colocar em minha orelhas, pulseiras e um colar que tenho desde da época que moramos no complexo da Amizade. Esse colar foi o Tobias que me deu, ele é um ponto de luz uma pedra transparente, mas muito brilhante.

No dia que ele me deu falou:

– Mais luz para a minha luz.

O Tobias também é minha luz, quando eu penso que não tem mais jeito ele me entusiasma, ele me ajuda. Somos parceiros, um ajuda o outro.

Já estou pronta então saio do banheiro e encontro um Tobias dormindo de boca aberta na cama. Ele fica tão fofo assim, mas eu tenho que chamar ele, Já são 14:10; ainda bem que moramos perto da praça central.

– Tobias? Acorda, já está na hora.– Chego bem perto dele e sacudo-o de leve. E ele não demora muito a abrir seus lindos olhos azuis escuro. Aiii, a combinação de tudo nele o deixa tão lindo. Olhos azuis escuro de uma cor lúdica, adormecida e prolongada; cabelo castanho; alto;seus lábios são um fino e outro grosso. Como eu disse antes tão lindo, e só meu.

– Vamos então. – Ele já está de pé e também na porta da frente da nossa casa.

A casa não é pequena, é apenas simples. Mas a simplicidade não é nada estranha para dois jovens que nasceram e foram criados até seus dezesseis anos na Abnegação.

Nesses dois anos que estamos aqui nós fizemos alguns amigos, mas ainda continuamos muito “fechados”, sempre desconfiamos das pessoas; isso é trauma não tem jeito. Apenas confiamos um no outro.

Nós frequentamos a escola de manhã e a academia de luta à tarde. E como já era de se esperar, nós somos os melhores alunos; tanto que eu estou na turma de meninas da idade falsa de Tobias (18) e minha idade falsa é dezesseis. E assim nós continuamos com nossas habilidades. Tobias continua muito bom em tudo e eu melhorei bastante no uso de facas e na luta, só porque eles não permitem arma de fogo.

– Tris acelera o passo!São 14:18!– Tobias fala logo na minha frente. Mas uma coisa eu ainda continua melhor: Corrida. Não está muito longe da praça então saio em disparada. Chego antes dele, mas ele não demora tanto.

Somos direcionados para nossas seções. Tobias na de dezoito masculina e eu na de dezesseis feminina.

–Bem-vindo a colheita do Distrito 2! Meu nome é Louise e irei sortear os tributos que terão a honra de participarem da edição de Jogos Vorazes desse ano. – Louise apresenta a colheita faz alguns anos segundo uma menina que eu sempre luto nas aulas de luta lá na academia. Louise é bem extravagante. Ela está usando um vestido verde limão curto com um chapéu verde limão também. Extravagante!

– Damas primeiro! – Louise está sempre com um sorriso no rosto, sempre feliz ou pelo menos sempre fingindo estar feliz. Ela caminha até a urna onde contem os nomes das garotas de todo o Distrito 2 que tem entre 12 a 18 anos. E ela escolhe cuidadosamente o papel e:

– Tris Prior!

Jeanine com certeza está por trás disso! Ano passado foi o Tobias e esse ano eu. Ela quer nos ver mortos.

Dirijo-me até o palco onde Louise está me esperando. Sei que Tobias irá se voluntariar. Ele me disse isso varias vezes antes da nossa primeira colheita e eu a ele.

Louise me coloca no meio do palco e vai até a urna dos meninos. Na plateia procuro Tobias e o acho. Ele devolve o meu olhar e me manda um olhar reconfortante e também um beijo. É ele vai se voluntariar.

– E o tributo masculino é Vic...

–Eu me ofereço! – E escuto a voz que tanto amo dizer essas palavras. E tenho uma dor repentina quando escuto.

Nós não merecemos isso. Por que não podemos ser felizes igual a outros casais? Por que não somos normais?

Sinto mãos nos meus ombros e é ai que percebo que estou ajoelhada no chão e inclinada em direção do mesmo escondendo o meu rosto entre minhas penas para disfarçar o as lágrimas que insistem em cair de meus olhos.

– Tris, levante-se amor. Lembra? Sempre juntos. – Tobias me levanta e tenta me reconfortar. Eu me escondo entre seus braços, nunca mais quero solta-lo, nunca mais.

–Esses são os tributos do Distrito 2 na edição de Jogos Vorazes desse ano. E que a sorte esteja sempre ao seu favor!–Ouço a voz de Louise ao fundo. Mas eu só estou me concentrando na batida do coração de Tobias. Nesse momento estou no nosso espaço só com Tobias, nos “fechamos” nesse espaço quando estamos tristes, angustiado ou apenas para cada um consolar o outro. E nesse momento é tudo que precisamos um no braço do outro, no nosso espaço.



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Notas finais do capítulo

Beijoos*
Luh



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