POV Lucy.

Eu gostava dele. Gostava não, amava aquele idiota. E pra que? Pra eu sair magoada de novo.

Meus pensamentos foram interrompidos por um barulho de choro. E não era o meu.

Levantei da grama, limpei minha lágrimas e quando olho, vejo a cena que me deixou paralisada. Justin Adams, sentado na grama chorando. O menino que eu amo, mesmo sendo um idiota, chorando.

- J-Justin? - parei em sua frente.

- Tudo aquilo é verdade? Eu sou tão idiota assim? - Ele me olhou, secando o rosto. Droga, mil vezes droga! O que eu vou falar? Argh!

- Bom, acho que sim. É o que parece...

- Lucy, eu escutei você falando que gostava de mim ainda, isso também é verdade? - PORRA! CARALHO! ARGH!

- Uhum, mas, esquece isso, você é um idiota e eu só vou me magoar de novo. 

- Caralho, para com isso eu não sou esse idiota que vocês pensam! - Ele gritou.

- É sim! E se não fosse, não agiria assim, como o dono do mundo, como o pegador, como o tal. Você não é porra nenhuma Justin! - gritei de volta.

- Se eu sou porra nenhuma, por que você me ama hein? - ele debochou, e essas palavras me irritaram. MUITO.

- É, eu te amo mesmo. E eu me odeio por isso. Odeio. - eu virei as costas chorando de novo - E a propósito, eu não ligo pra nada disso, eu te amo pela pessoa que você realmente é e não pela que você pensa ser! 

- Eu também te amo... - ele gritou.

- MENTIRA! - eu gritei de volta e sai correndo.

POV Justin.

EU A AMO. É ISSO. ESSA TRISTE CONCLUSÃO. 

Eu sempre amei, mais nunca quis admitir, eu achava que era fraco, por amar alguém. Mas não. E hoje eu vou provar isso pra ela, mas eu preciso da ajuda da Ariel.

"Vem aqui no meu quarto, preciso da sua ajuda. Jus xx"

"Não acredito que depois de tudo isso você tem a cara de pau de me pedir ajuda. Ari :)x"

"Eu tive uma ideia e aposto que você vai amar. Vem logo. Jus xx"

"To indo, af. Ari :)x"

Esperei alguns minutos, e ouvi batidas na porta.

- Entra. - abri a porta pra ela.

- Começa a falar. - ela sentou na cama.

- Nossa... ta bom, é o seguinte... - respirei fundo, isso exige coragem - Eu quero pedir desculpas pra Lucy, mas de um jeito diferente, eu descobri que a amo e não quero perder-lá. Não outra vez.

- Awn, nunca pensei que iria ouvir isso de você. - ela sorriu, ótimo, ela vai me ajudar.

- Nem eu, to parecendo um boiola, olha o que essa menina faz comigo. - eu disse e ela sorriu outra vez.

- Ta bom, o que você quer fazer? 

- É mais ou menos assim... - comecei a explicar.

Ficamos um bom tempo pensando em tudo, até que deu a hora, Ariel foi ao encontro de Lucy, eu mandei Pedro, Pierre e Guilherme ajeitar tudo, enquanto eu me arrumava.

Tomei um banho, coloquei um tênis e um terno, peguei o presente dela e fui ao lugar que seria o encontro.

Confesso, eu estava muito nervoso. Eu nunca fiz nada desse tipo antes.

- Justin? - ouvi a voz angelical daquela que eu tanto esperei, eu suava.

- Lucy... - eu virei pra ela, nossa, como ela estava linda.

- Olha, se isso for uma brincadeira, eu... 

- Não é... deixa eu falar, só escuta. - eu a olhei - Por favor.

- Ta bom.

- Vem. - peguei sua mão, e a levei até um lugar pra ela sentar. - Olha Lucy, eu admito, eu fui um idiota. Um grande idiota, só que você sabe o quanto é ruim, você ouvir de todos, que você não presta, que você não é porra nenhuma... - ela abaixou a cabeça e eu a levantei - Eu achava que amar alguém, era ser fraco, ser perdedor, que o negócio mesmo era pegar e não se apegar, mas eu estava enganado, e percebi isso quando descobri que ainda te amava. Me desculpa se eu te magoei, se eu te fiz sofrer, realmente, me desculpa Lucy. Eu te amo, me desculpa? - a essa hora ela já chorava - Ei pequena, não chora, por favor. - eu a puxei e a abracei - E ai, me desculpa? 

- Mas é claro que sim seu idiota. - ela sorriu e eu me aproximei de seu rosto.

- Você está linda, ou melhor, você é linda. - eu sorri.

- Obrigada. 

- De nada - aproximei mais meu rosto do dela e ela ficou me olhando, já dava pra ouvir nossa respiração. - Posso? - eu disse e ela assentiu com a cabeça... eu a puxei pela nuca e a beijei.

Nosso beijo era o melhor, certamente.

O beijo dela, fazia o mundo parar, era como se tudo congelasse, como se o tempo parasse, e no mundo, só existisse nós dois.

Nosso beijo foi ficando mais urgente, como se eu precisasse dela, e ela de mim. Eu a peguei no colo, e fui andando até o meu quarto...