Imprinting escrita por Ana Flávia Mello


Capítulo 11
Capítulo 6 - Renesmee


Notas iniciais do capítulo

Descobriremos como foi a festa de Nessie... E grandes emoções nos deixaram com duvida sobre o decorrer da história! | Boa leitura! Não esqueça de comentar!



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A festa estava maravilhosa. Minha tia não poderia ter feito algo mais perfeito.

Durante toda a tarde eu fiquei fora de casa me preparando com Alice. Só havia chegado uma hora antes para começar a receber os convidados. Minha família iria dormir fora então era tudo só para mim. Uma loucura deles em deixarem a casa às minhas mãos, mas eles tinham confiança que eu não ia por fogo em tudo.

Muita gente já tinha chegado. O DJ era perfeito. As pessoas vinham me cumprimentar e entregar os presentes (que já formavam uma montanha no suporte embaixo da escada).

Apesar de adorar todos que estavam lá, eu sentia falta de uma pessoa em particular: Jacob. Ele falou que viria! Será que entrou na depressão de novo e ia faltar a minha festa? Ele não podia fazer isso! Eu já estava a ponto de surtar.

Estava indo até a porta pela milésima vez quando eu avistei. Jacob estava sorrindo, com os braços estendidos.

– Jake! – Gritei. Corri até ele o abracei.

– Ruiva! – Ele puxou meu braço e me girou. – Você está linda!

Eu sorri.

– São seus olhos. Mas você também não está nada mal hein… – Na verdade, ele estava muito bem. – Já viu alguma coisa interessante? – Apontei para as meninas da festa. Alguma coisa nessa frase era estranha saindo da minha boca.

Jacob mordeu o lábio. Será que ele tinha noção do quanto sexy ele ficava fazendo isso?

– Não ainda… – Ele encarava meus olhos. – Mas acabei de chegar!

– Pois é… – Senti uma leve tontura. Jenna tinha vindo falar que sentira gosto de vodca na bebida, mas eu não sabia se era só impressão dela… Se eu tinha tomado vodca ela já estava começando a fazer efeito.

Dois garotos louros surgiram atrás de Jacob.

– Mike, Riley! – Sorri. Jacob fez uma careta e murmurou algo como “idiotas” e saiu de perto de mim. – Que bom que vocês vieram! – Abracei Mike primeiro. – Você está lindo!

– Você que est… – Riley o interrompeu e me abraçou.

– Você está perfeita, Carly! – A luz roxa refletia de uma forma estranha em seus olhos azuis. – Tão linda!

Você também está perfeito.

– Obrigada! – Agradeci. – Vamos dançar?

Lá paras as onze quase todos os convidados já haviam chegado. Ninguém tinha ido embora ainda e a festa prometia durar por muito tempo. Quando fosse meia noite eu tinha que escolher três garotos para dançar uma valsa ou coisa do tipo comigo. Era quando eu ia colocar a segunda saia do meu vestido. Eu já tinha escolhido um deles: Jacob, claro. Só faltava os outros dois. Eu pensava muito nisso enquanto dançava para lá e para cá com os meus amigos. Tirando Jacob, os únicos garotos que eu era mais próxima mesmo eram Quil e Riley. Seria meio estranho dançar com Riley, principalmente da forma rápida como ele voltou para minha vida depois de tanto tempo. Com Quil seria divertido, ele era tão doce comigo.

Então seriam esses mesmo: Quil, Jacob e Riley.

Um pouco antes da meia noite eu puxei os três para contar.

– Que legal! – Quil me abraçou. Jacob tinha uma ruguinha entre os olhos e Riley tinha um sorriso de orelha a orelha. – Quais são as músicas?

Eu as tinha escolhido pela tarde. Desdobrei o papel amassado que tinha escrito o nome das músicas.

Flightless bird, american mouth – Iron & Wine Sia – My love A thousand years – Christina Perry

Mostrei o papel a eles. Quil analisou por um segundo.

– Eu quero a terceira – Ele sorriu. Depois passou o papel para Jacob.

– Quero “my Love”. – Riley deu um puxão no papel que estava na mão de Jacob. Jacob fez uma careta.

– Fico com a primeira então. – Riley sorriu. – É só instrumental?

– Aham. My Love é piano, Flightless Bird é violino e A thousand years é piano mais violoncelo. São lindas! – Os meninos sorriram e voltaram para a pista de dança, apenas Jacob ficou ao meu lado.

Jacob sorriu. Uma música lenta começou a tocar. Ele se ajeitou e puxou meu braço.

– Quer treinar? – Perguntou, fazendo uma reverência.

Segurei sua mão e ele me levou para a pista de dança. Eu não sabia que música era. Jacob dançava bem, nem tinha percebido isso. Quando a música estava para terminar dei tchau a ele e subi para me trocar. Uma ajudante estava me esperando lá em cima. Ela me ajudou a botar a saia e trocar o penteado do cabelo. Uma trança embutida começava do alto da cabeça e descia até a raiz, deixando cachos grandes soltos por sobre meu ombro.

– Você está linda – disse-me ela.

Respirei fundo. Eu sempre pensei que essa dança era com o pai ao algo parecido. Talvez Alice tivesse planejado algo mais diferente. Escutei a música parando lá embaixo e um anunciante chamando-me para descer.

Desci a escadas com o rosto vermelho, todos estavam me olhando! Tinha que ser assim mesmo?

Escutei o toque de Flightless Bird começar a ressoar nas caixas de som do DJ. Riley estendeu a mão e começamos a dançar. Não sei se estava mais nervosa com todo mundo me olhando, ou com Riley me segurando apertado daquele jeito ou com meu medo de errar a dança. É claro que não era a música completa, então quando estava mais ou menos no meio, Riley me girou e parei nos braços de Jacob. Ele sorriu para mim.

Era como se o mundo tivesse parado, eu esquecia as pessoas que estavam nos encarando em volta. Encostei a cabeça no ombro de Jacob, lágrimas enchendo meus olhos. Porque eu estava chorando? Como eu era idiota! Pisquei os olhos e olhei para cima. Jacob sorria para mim. My Love começou a baixar e o toque a se misturar com A thousand years… Hora de passar para Quil.

Quil me girou e me abraçou. Ele dançava mais rápido do que os outros e fazia cócegas nas minhas costas.

– Obrigada – falei no ouvido dele. Ele me girou mais uma vez.

Quando as músicas acabaram eu abracei os três ao mesmo tempo e agradeci a todos por terem vindo.

A música eletrônica voltou a soar e eu subi para arrancar a saia grande. Soltei a trança de deixei o cabelo cair nas costas.

Margaret, Jenna e Cassie estavam juntas em um canto do jardim, conversando.

– Lá vem A Princesa – Cassie riu. Seu cabelo preto estava preto e seus olhos azuis elétricos estavam mais chamativos por causa da maquiagem escura. Seu vestido era um tubinho vermelho. – Estavam tão lindos! Quem é esse Jacob? Que gato!

– Eu achei o Quil mais bonito – Margaret pigarreou. – Você só tem amigo bonito! Isso não é justo!

Eu ri. Jenna balançou a cabeça, ela me encarava de um jeito estranho.

– O que Riley está fazendo aqui? Pensei que vocês não se falavam há três anos… – Ela balançou os cabelos castanhos para o lado. Seus olhos verdes escuros eram incisivos. Ela estava vestida com um vestido solto azul escuro com contas no busto.

– Bem… – Olhei para Margaret. Ela enrolava nos dedos o cabelo castanho claro. Ele não estava ondulado como naturalmente. Maggie o havia prendido num coque e solto a franja para um lado. O vestido dela era rosa escuro de alças e a parte de trás da saia era maior que a da frente. Ela sorriu para mim, me incentivando. Seus olhos cor de mel estavam brilhando.

Respirei fundo e contei tudo a elas.

– Isso não foi coincidência! Não pode! – Jenna ia de um canto ao outro. – Tem coisa aí.

– Pare de ser tão investigativa! – Maggie puxou o braço de Jenna. – Ele é lindo!

– Nem por isso presta – Cassie falou.

Eu bufei.

– Parem com isso. Já faz três anos…

– Ingênua – Jenna disse para mim.

Talvez eu fosse um pouco.

– Jenna, por favor.

– Que foi? – Ela fez um biquinho. – Vamos voltar para dentro.

Margaret sorriu.

– Quil é meu. – E desfilou para o salão.

O resto da noite foi extremamente divertido. Eu senti o gosto fraco da vodca de vez em quando, só não sabia quem tinha enfiado uma garrafa daquilo dentro da festa. Eu já estava bem “animadinha” antes das três da manhã.

Quando senti que não ia aguentar mais ficar em pé naquele apertado de gente dançando, fugi para o a varanda do meu quarto no primeiro andar. Não tinha percebido que estava sendo seguida até que escutei um toc tocna porta do meu quarto.

– Riley? Ahn, pode entrar.– Falei, indicando com o dedo.

– Seu quarto é grande. Sabia que, quando nós namorávamos, eu sempre quis conhecê-lo? – Ele disse.

– Você teria tido essa chance se não tivesse feito aquela merda. – Falei. Ele encostou as costas na sacada, ao meu lado.

– Não me orgulho daquilo. Mas eu era louco por você naquela época, sério mesmo.

– Não parecia – Eu meio que tombei de lado e ele me segurou pela cintura.

– Cuidado, opa. Acho que você tomou vodca demais.

– Será? – Eu ri. Ajeitei-me e encostei minhas costas na parede.

– Mas eu tava falando sério… Eu gostava de você mesmo. – Ele encostou a mão ao lado da minha cabeça.

– Ah, é? – Eu encarava seus olhos azuis.

– Acho que ainda… – Ele aproximou o rosto.

Eu o agarrei pelo pescoço e o beijei.



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