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A noite na arena é fria, muito fria, eu e Liam dormimos abraçados, quando uma luz aparece no céu, o hino da Capital começa a tocar, alguns fotos com os rostos e o número de cada Distrito aparece. O garoto do 3 que explodiu, os dois do 4, os dois do 5, a garota do 6 que eu matei, a garotinha de 12 anos e seu companheiro do 9, os dois do 11 e o menino que Liam matou do Distrito 12. Onze mortos no primeiro dia.
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Acordo com um calor estranho já que passei a noite no frio.
- Liam? – Pergunto sonolenta.
- Estou aqui – Ele responde.
Ele está assando algum animal que achou por ai.
-O que é isso? – Pergunto.
- Café da manhã! – Ele fala – Na verdade é um coelho, ou melhor, era.
- Eu tenho frutas na bolsa – Digo mantendo em pé.
- Deixe para mais tarde – Ele me da um pedaço do coelho.
- E depois? – Pergunto a ele.
- Vamos andar por toda arena até encontrar alguém e então matamos – Ele diz.
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Andamos por horas quando já está anoitecendo, escutamos um canhão, olho para o céu e vislumbro o garoto do Distrito 1.
- Menos um – Liam fala.
Tudo acontece muito rápido, vejo Liam gritando de dor, seu braço cravado por uma flecha, procuro de onde veio e encontro uma garotado Distrito 12, como ela conseguiu o arco e flecha? Eu sabia que não deveria deixar essa arma com a garota morta do Distrito 6.
- Você matou meu companheiro – Ela diz apontando para Liam. Como ela sabe disso?
- Corre Lavine, Corre – Liam diz puxando meu braço, e então começo a correr.
Uma flecha passa a centímetros de minha cabeça, vejo que Liam continua perdendo sangue, o faço parar e digo a ele que continue correndo para que eu acabe com a garota.
- Não, você vai morrer – Ele diz.
- Não, não vou, não se preocupe vai dar tudo certo – Falo empurrando ele.
- Tudo bem, mas não posso deixar você assim – Ele me dá um selinho e sai correndo.
Fico escondida atrás de uma árvore e escuto a garota gritar:
- Eu sei que você está ai garoto estúpido –
Seguro uma pedra que estava no chão e jogo à minha direita para que faça barulho, um tempo depois vejo uma sombra surgindo no chão a minha direita, me preparo para atacar, lanço a foice no abdome da garota, ela cai no chão sem saber de onde o golpe veio.
- Por favor, não! – Ela exclama.
- Você feriu meu companheiro – Digo a ela.
- Desculpa, desculpa –
- Não há desculpa – Cravo a foice em sua cabeça.
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Alguns metros depois encontro Liam ainda sangrando.
- Liam, vamos ver isso – Falo puxando seu braço.
- Cuidado – Ele diz.
- Você está pálido, venha aqui eu vou tirar isso de você.
- Mas como? Você sabe fazer isso? – Ele pergunta.
- Eu preciso que você confie em mim, você vai ter que ser forte – Digo encorajando-o.
- Tudo bem, mais vai doer... Arrg – Ele grita quando quebro com uma pedra a parte da flecha.
- Muito bem, uma parte já foi – Vejo seus olhos lacrimejando de dor.
- Liam me desculpe isso é necessário – Digo – Agora é a pior parte, eu vou contar até três e vou puxar a flecha.
- Tudo bem, mas antes me dá uma fruta assim eu coloco na boca e seu eu gritar outros tributos não irão escutar – Ele aponta pára minha mochila.
- Claro! – Retiro uma maçã da mochila e coloco na boca dele.
- É agora, um... Dois... Três... – Retiro a flecha e ele agoniza de dor, bate no chão com a mão boa.
- Liam, calma, calma, vai ficar tudo bem – beijo-o e abraço ele em seguida, retiro a maçã de sua boca.
- Mas e o ferimento? – Ele pergunta choramingando.
- Vamos esperar amanhecer se nenhum patrocinador aparecer eu vou buscar o remédio na cornucópia, caso ainda esteja lá – Digo arrumando o local para dormirmos.
- Agora me dar esse braço, vou fazer um torniquete para você, esse sangramento tem que parar, agora coma tudo, você precisa ficar forte – Preparo o torniquete com alguns gravetos que vejo no chão e corto um pedaço da minha blusa debaixo.