Moiras escrita por AngelSPN


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal, os acontecimentos esquentaram um pouco e espero que apreciem. Uma ótima semana a todos.



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26 de novembro de 2007.

Casey entregou-se aos braços do homem a sua frente, ela conhecia os perigos que estava se metendo. Ele poderia muito bem matá-la. Poderia... Mas, não o fez. Ao contrário de tudo, foi gentil, ágil e deliciosamente prazeroso. Dean Winchester era o homem feito para amar as mulheres, ele certamente tivera várias em sua cama, e isso não lhe importava, não agora.  A mulher passou os dedos no peito másculo e sentiu o coração do amante em ritmo acelerado e se acalmando lentamente. Ele puxou-a para um beijo ardente e em seus olhos o fogo da paixão ainda ardia. Ela sorriu, conhecia quando alguém lhe desejava. No entanto jamais sentira aquele sentimento estranho em seu peito, um medo. Sim, era medo. Não medo de ser morta, longe disso. Era um medo muito maior que isso, era o medo de perdê-lo.

Dean a convidara para um lugar especial, próximo onde ela trabalhava. Certamente ele já havia planejado sua ida até onde estavam. Havia velas, flores e um suave som que embalava seu corpo nu a aconchegar-se aos do caçador. Caçador... era estranho sentir amor por um deles. Quando ele descobrisse a deixaria, ou pior, a aniquilaria ali mesmo. Sentiu o corpo arrepiar-se ao toque do loiro redesenhando suas formas femininas.

— Quanta beleza em uma pessoa só. Você é encantadora Casey. Eu já disse isso? — Dean encontrou mais uma vez os lábios da morena.

— Seu atrevido. Ela lançou os braços sobre o pescoço daquele homem que despertara um sentimento forte e incontrolável.

— Com você sou um homem ainda mais forte, fui ao céu e voltei. Tal sentimento eu havia esquecido de sentir. E...— ela pousou o dedo nos lábios carnudos e sedutores do Winchester.

— Não diga nada. Apenas me abrace.

Dean atendeu seu pedido depositando um leve beijo em seus sedosos cabelos negros. Era tarde da noite e seu telefone tocou. Isso não era bom sinal. Não pensou duas vezes ao ver quem chamava.

— Sam? Hey..hey..calma aí garanhão. Eu estou bem... e bem acompanhado. — Dean levantou calmamente e colocou suas roupas, deixando apenas o peito nu.

Dean olhou para a mulher em sua cama, seus olhos se encontraram e Casey soube naquele instante que problemas estavam prestes a fazerem parte de sua história.

— Casey... meu irmão está com problemas. Tenho que ir.

— O que houve Dean? — ela queria certificar-se do que estava passando na cabeça do loiro.

— Você não acreditaria. E devo mantê-la longe de todos esses perigos. Devo mantê-la longe de mim. —Dean deixou os ombros caírem, não havia felicidade esperando por ele. Apenas a morte aproximando-se e não deveria arrastar mais ninguém consigo.

Casey sentiu as lágrimas banharem seus olhos. Ele não sabia de nada. Ele não conhecia a verdade sobre ela. Estava tentando protegê-la. A morena sentiu raiva, quando ele aproximou-se carinhosamente limpando sua face.

— Está chorando? Eu... eu... não queria magoá-la. — pronto, mais uma vez Dean Winchester sentia-se culpado pelo sofrimento dos que amava. — Eu sempre faço isso, magôo quem realmente...

— Ama? Você me ama?

Dean levantou-se da cama. Estava confuso com seus próprios sentimentos. Virou-se para a morena, aqueles olhos esmeraldinos observando-a tão docemente e atormentados. Casey não agüentou e foi de encontro aos braços de Dean. Mas não os encontrou.

Os olhos do Winchester ficaram maiores, o que via a sua frente o deixara perplexo. Casey não conseguia sair da cama onde haviam feito amor. Debaixo da cama estava a chave de Salomão. Ambos se encararam. A verdade estava ali, literalmente nua e crua.

— Tem alguma coisa a me dizer, Casey? — Dean vestiu a camisa preta. Seu coração estava saindo do peito.

Casey sentiu as lágrimas descerem, não sabia o que era pior. Ser morta ali mesmo ou ver toda a decepção e angustias que aquele jovem carregava em seus ombros. Mas a dúvida lhe corroia as entranhas.

— Você sabia? — cada detalhe da fisionomia do jovem loiro era analisado pela mulher.

— Não. E você pode rir a vontade desse caçador idiota. — Dean atirou as roupas para a mulher.

— Se não sabia, como tem uma armadilha dessas embaixo da cama? — Casey sentiu-se envergonhada ao receber as roupas. Nem havia percebido sua atual situação.

Dean sorriu tristemente dirigindo-se até sua mochila no chão.

— Era para uma outra pessoa. Talvez você a conheça já que são da mesma laia, Ruby.

— Você e ela...

— Não! Nunca dormiria com uma demoni... até agora. Chega soar engraçado. Malditamente engraçado. Como pude ser tão idiota? Bem você conseguiu me enganar direitinho. Cheguei a pensar que tudo o que houve entre nós havia sido sincero. Tolo.

— Dean, pode parecer clichê, mas... eu estava me sentindo amada. Como nunca havia me sentindo antes e...

— Pare. Não vou deixar você sair. Não vou cometer o erro por duas vezes de me enganar. Só não compreendo, porque não me matou quando teve a chance? Queria apreciar mais a sua “caçada”? — Dean segurou um livro em suas mãos e começou a folheá-lo. Estava sem pressa. — Você sabia quem eu era?

Casey sabia que era o ritual de exorcismo que o loiro estava procurando. Era sua impressão ou o homem hesitava?

— Eu sabia. Sabia que você era um maldito caçador. E mesmo assim me apaixonei por você. Arriscando minha existência.

— Apenas me responda uma pergunta. Você matou Rich? — Dean temeu a resposta que iria ouvir.

— Dean eu...

— Apenas responda a droga da pergunta. Você matou o outro caçador? — de punho cerrado ele aguardava a resposta.

— Sim. Ele está morto. — Casey poderia mentir, e não o fez. Estava cansada de mentiras. Era tão apaixonada por Gil e agora descobriu que por todos esses anos estava enganada. Não era amor, era apenas obsessão. Todos os humanos a quem conhecera tentaram enganá-la. Bem afinal de contas não era humana, não totalmente.

— Você o matou enquanto... — se Dean Winchester estivesse próximo a ela certamente levaria uma bofetada. Casey apenas fechou os olhos e o lugar começou a desmoronar e o vento que tomou conta do local deixou as páginas do livro que o loiro segurava pairando no ar.

— Agora estamos quites Dean. Ambos não sairemos daqui.

— Meu irmão está a caminho. Ele virá e então...

—Me matará? Talvez esse seja o caminho da minha salvação. Mas enquanto isso, tenho muito o que lhe falar e assim... Só assim você terá que me ouvir.

— Não preciso das páginas deste livro para recitar um exorcismo. — Dean ameaçou-a.

— Tente.  Pelo que sei você não é muito chegado na leitura. Gosta mais de ação.

Dean sentou-se nos escombros que caíram bloqueando a porta. Alguns resmungos saíram de seus lábios, Casey divertiu-se.

— Acho que ninguém entregará pizza aqui por um bom tempo.

— Eu deveria ter seguido meus instintos. Sentia algo errado, acabei pensando que o padre Gil fosse o demônio e não você.

— E não estava errado.


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Notas finais do capítulo

Mereço reviews? Espero-os com ansiedade. Beijos!



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