Half-blood Princess escrita por Clara de Col


Capítulo 4
Cúmplice


Notas iniciais do capítulo

Oi leitores (: Aqui é a Clara e a Bea me adc como co-autora. Tenho alguns avisos para dar:

— A Bea está sem internet faz um tempo, e não sabemos quando ela vai voltar, até lá eu posto os caps.

— Decidimos mudar a narrativa para a 3ª pessoa

Espero que gostem dos meus capítulos, ok?

Nos vemos nas notas finais!



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– Professor, poderia fazer-lhe uma pergunta? – A garota disse levantando e se aproximando de seu professor, ele assentiu e então ela prosseguiu – O senhor faz ideia por quê nossos sobrenomes são iguais?



Mesmo com tal pergunta, Lucy não queria ser parente dele porém ela precisava ter certeza que eles não tinham nenhum parentesco.

– Senhorita Lucy, é melhor você voltar á seu dormitório. Sem mais perguntas. – Severus disse se afastando, mas ele teria de falar logo e estava ciente.

– Por favor, responda minha pergunta. – Aproximou-se confusa, “por que ele não queria responder?” a garota se perguntava, mas sabia que não havia como entende-lo.


– Perguntas indelicadas não merecem respostas. - disse ele, com o rosto inexpressível - Vá para o seu dormitório. - Ele ordenou, e saiu antes de ver a expressão confusa de Lucy.

Ela acordou olhando para a parte superior do dossel. Estava com torcicolo de novo. Sempre ia se deitar virada para o lado direito da cama, com as cobertas até a cintura, mas sempre acordava de barriga para cima, com a cabeça tombada e as cobertas apenas cobrindo do joelho até os pés. Lucy revirou os olhos mentalmente. Não conseguia dormir. De novo.

Ela deslizou o corpo para fora da cama e cuidadosamente saiu do dormitório. Ela bem sabia que era proibido sair do dormitório depois do toque de recolher. Mas seus pés pareciam mover-se sozinhos. Ela andou e andou, mesmo sem quere, fazendo silencio algum. Estava sendo quase que puxada... Atraída para algum lugar que ela mesma não conhecia. Para sua sorte, seus movimentos eram tão silenciosos que não acordou nenhum quadro. A ultima coisa que queria era uma detenção na sua primeira semana. Mas então por que seus pés a forçavam para prosseguir se seu desejo era fazer a meia volta e retornar ao dormitório? Mas apenas continuou andando. Até perceber que estava dando mais que um passeio pelos corredores.

Sentiu a grama pinicar nos pés e parou abruptamente. Sua vista estava embaçada, e ela se sentia meio zonza, mas pode perceber que estava no Jardim. Piscou os olhos varias vezes e procurou o banco mais próximo para sentar-se. Ela tateou o banco e se sentou, pressionando os dedos contra as têmporas. Se fosse pega ali, naquele horário... Não gostava nem de pensar.


— Ca-ham. — ela escutou uma familiar voz masculina limpar a garganta. Seu peito se encheu de pânico. Serei punida, serei punida, serei punida. Ela não parava de repetir a frase na cabeça. Até que resolveu levantar a cabeça e encará-lo.

Seus olhos se encontraram com outro par, negros como ônix. Serei seriamente punida. Severus Snape estava de pé na sua frente, com as negras sobrancelhas arqueadas e os braços cruzados.

— A Senhorita pode me dizer o que faz fora do dormitório há essas horas? — ele perguntou a encarando zangado.

Ela pensou em uma resposta, pensou em várias respostas. Abriu a boca esperando que as palavras saíssem, apenas para voltar a fechá-la.

— E o que o senhor está fazendo aqui há uma hora dessas? — ela se arrependeu no instante que as palavras saíram de sua boca. Resposta errada, Lucy. Resposta errada! Ele a olhou, surpreso por sua atitude.

— Isso não é da sua conta, senhorita Lucy. — ele retomou sua postura séria, que exalava superioridade. — Presumo que irá voltar nesse momento para o dormitório.

Sem mais uma palavra, nem hesitação, Lucy se levantou e forçou seus pés a serem hábeis e silenciosos na volta para o dormitório do mesmo jeito que foram na saída.

~

Lucy acordou pela segunda vez naquele dia, com o seu torcicolo. Mais uma vez. Ela resmungou.

— Rápido, Lucy! — ela sentiu duas mãos balançando meus ombros. Piscou os olhos, era Violet.

— Bom dia Violet... — Lucy disse se espreguiçando. Violet estava alerta.

— Temos que ir tomar café, Lucy... Agora! — disse ela, jogando o uniforme de Lucy na cama.

Ela rapidamente fez sua higiene e enquanto se vestia, as lembranças da noite anterior vagaram pela sua cabeça. Com certeza Snape contaria para Dumbledore e ela se ferraria, o pensamento passou pela sua cabeça.
Saíram correndo do dormitório e Violet praticamente a arrastou por todo o caminho. Lucy sentia que seus membros não estavam muito dispostos aquela manhã

— Você ficou até tarde lendo aquele romance trouxa não é? — ela a acusou, enquanto elas se sentavam em seus respectivos lugares na mesa — Está com olheiras enormes!

Lucy deu de ombros e começou a comer. A próxima aula seria de feitiço. Ainda bem, ela sorriu aliviada. A ultima coisa que queria no momento era aula de poções. Ela olhou para a mesa dos professores e encarou Snape. Como sempre, estava rígido e frio como uma pedra. Lucy se perguntou se o professor já havia se apaixonado alguma vez. Mas logo afastou o pensamento. Sua relação com ele já não era a das melhores.

Depois, seu olhar encontrou o de Dumbledore. Ele sorriu para ela. Lucy esperava um sorriso malicioso de “Nos vemos na minha sala, senhorita. E você ganhará de brinde pela visita, uma bela detenção.” Mas apenas viu carinho e alegria nos olhos do diretor. Sorriu de volta. Afinal, Snape tinha ou não a dedurado? Ela enrolou mais um tempo no café para descobrir. Se ele tivesse a entregado, com certeza seria chamada. Mas nada aconteceu.

Ela viu Snape se retirando e aproveitou.

— Professor Snape. — ela o abordou. Ele ficou parado por um tempo, percebendo sua voz, mas logo se virou para encará-la.

— Sim, Senhorita Lucy?

Lucy pensou no que dizer. Não tinha muitas opções se não queria ser enrolada novamente por Snape com uma resposta diplomática como “Perguntas indelicadas não merecem respostas”... Ou algo do tipo. Então foi direta.

— Por que o senhor não me entregou para Dumbledore? - ela perguntou, cerrando a mandíbula. Um ato involuntário com o qual acostumou ter quando ficava nervosa ou ansiosa.

Ele fez uma pausa.

— Acho que isso apenas diz respeito á minha pessoa, senhori...

— Pode ir parando! — ela o interrompeu, cansada de respostas que não levariam á lugar nenhum, erguendo a voz e fazendo algumas cabeças curiosas se virarem para eles. Ele ficou meio em choque.

— Como ousa erguer a voz comigo Lucy? — ele se alterou, erguendo ainda mais a voz, parecendo ainda mais autoritário. Só depois de alguns segundos, Lucy percebeu que ele havia a chamado pelo primeiro nome.

— Me desculpe... Do que me chamou? — ela perguntou, com os joelhos tremendo, quase cambaleando.

— Você não pode fazer uma pergunta dessas depois de levantar a voz comigo! — ele tentou abaixar sua voz, mas sua revolta interior era evidente.

— E isso não faz o menor sentido! — ela reclamou já se sentindo envergonhada. Mas, não sabia por que, sentia necessidade de... Impressioná-lo.

Snape parecia fora de controle, mas os mesmo tempo não abandonava sua postura comportada.

— Não poderia parar de bancar a dona da razão e apenas dizer Obrigado? — disse ele, e deu as costas para Lucy, deixando-a mais uma vez sem reação, parada e com milhares de perguntas na cabeça.



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Notas finais do capítulo

O que acharam?

PS: o comecinho do capítulo a Bea que escreveu (:

Espero que tenham gostado...

Beijos



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