Half-blood Princess escrita por Clara de Col


Capítulo 21
Uma parceira no Covil Snape


Notas iniciais do capítulo

OLÁ BELOS E BELAS.
Obrigada pelas reviews no último cap que teve, e me perdoem pela demora. Muitas coisas andaram acontecendo, vocês sabem como é... Confesso que larguei a fic, mas não vai acontecer novamente ok?
Esse cap tá pequeno, mas eu queria mais marcar ele como uma volta da fic.



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Lucy apertou Emm contra o seu peito e olhou para os Portões da Mansão de Snape. Não era nada como ela esperava. Ela nunca esperou algo tão bonito. Era grande e branco, com enormes vidrais e um jardim magnifico. Cercado por grandes arbustos e um lago logo ao lado. Ela não sabia bem se estava preparada para começar essa vida (mesmo que fosse falsa, e só por um tempo) com Snape. Ainda mais depois do que aconteceu no Três Vassouras, naquele Domingo.

— É... Meu nome não é Jane, senhora... Eu sou a Lucy. — ela disse, e pensou que não era uma atitude muito esperta sair se apresentando para mulheres malucas, mas depois pensou que todos a conheciam graças á vaca louca da Skeeter.

A mulher a surpreendeu com lágrimas, fungando energicamente. Ela colocou a mão no ombro dela, tentando impedir uma cena ainda maior no estabelecimento quando a mulher se levantou subitamente e a puxou. Lucy soltou uma exclamação e olhou para trás, os Gêmeos conversavam com algum cara do Ministério... Ludo Bangman ela suspeitava. A mulher a arrastou até uma sala com uma cama, algumas roupas jogadas e uma minúscula janela.

— Eu mal posso acreditar! — ela limpou o rosto molhados um dos lenços que pendurara no cabelo. Mirou Lucy como se ela fosse um milagre. — Achei que tinham te pegado... Te pegado...

Ela começou a sussurrar freneticamente, Lucy cogitou seriamente em sair dali discretamente. A mulher era biruta... Mas tinha mencionado Jane. E embora ela deixara suas pesquisas para encontrar a mãe de lado, essa mulher devia saber algo.

— Você disse alguma coisa sobre Jane? — ela tentou, delicadamente, extrair algo da mulher. A mulher assentiu, limpando o rosto.

— Eu e Jane costumávamos brincar de coisas como essas... Não fingir que nos conhecemos para conseguir informações ou dinheiro em certos lugares, mas... Isso não vem ao caso. — ela parecia mais sã agora. — Meu nome é Doria, Doria Strider.

Ela levantou a manga do seu casaco de seda, a marca negra cintilava na sua pele. Lucy deu um passo para trás.

— Sua mãe foi obrigada, Lucy. — ela fungou, escondendo o antebraço. — Foi obrigada. Não teve escolha. Snape escapou do mesmo destino que ela com ajuda de Dumbledore, é claro.

— Onde ela está? — ela se aproximou da mulher, completando seus raciocínios. Obviamente era amiga de sua mãe nos tempos de Hogwarts. E devia saber muita coisa, mas Lucy tinha a leve impressão de que esta não revelaria muito.

— Está fugindo, Lucy. Fugindo

Depois daquilo Lucy conseguiu só mais algumas palavras sem sentido da mulher, antes desta enlouquecer e começar a chorar desesperada novamente. Ela correu para a mesa onde os Gêmeos estavam e lhes contou. Jane estava fugindo. Certo, onde? E de quem? Ela teve só mais algumas horas com eles antes de embarcar com Snape para a Mansão, a qual adentrava agora.

— Onde eu vou dormir? — ela perguntou para Snape, meio impaciente para se trancar em algum beco e ficar sozinha.

O ar na Mansão estava frio e pesado. Mas a casa dentro era bonita e bem cuidada. Lucy hesitou em soltar Emm no chão bem polido de cerâmica branca (estranhamente polido demais), mas o fez. A gatinha praticamente escorregou com as patinhas e Lucy se permitiu por uns segundos sorrir honestamente.

— Vai dormir no seu quarto, ora essa. — disse ele, quase que impaciente, como se fosse algo obvio. De certa maneira, até era, mas não na visão de Lucy. Passou um terço da vida olhando pela janela de um quarto de orfanato com mais seis crianças. Na casa de Georgie, ela tinha um quarto só dela, mas não era a mesma coisa. Ou era?

— E onde fica? — ela agarrou a mala e observou os cômodos divididos por degraus. Havia lustres de cristal no teto cheio de ornamentos de gesso, uma mesa de jantar gigante com uns 30 lugares de um lado, e sofás pomposos e uma grande (enorme) lareira do outro lado. No centro, uma gigante escada de mármore branco. Lucy quase assoviou. Georgie era bem reconhecida no mundo bruxo, e ganhava muito bem, mas a casa das duas não era nada comparada a todo aquele luxo.

— Lá em cima, na segunda porta á esquerda. — ele disse, e simplesmente desapareceu. Ou talvez, Lucy estava muito ocupada encarando os corrimões largos e enormes para ver sua saída. Com certeza vou me divertir nesses daqui. Ela pensou enquanto subia a escadaria, passando os dedos sobre o corrimão. Nem um grão de pó.

— O que você esperava Lucy? — ela suspirou consigo mesma — Que ele não tivesse...

Ela sentiu um volume abaixo dos quadris e tropeçou quase indo de cara ao chão, logo na primeira subida da escada.

— Por Merlin! Desculpe-me senhorita Snape, não foi a intenção de Lynn... Lynn só queria receber a senhorita e...

— Dá pra me ajudar a levantar, por favor? — Lucy agarrou a pequena mão do elfo domestico que se encontrava á sua frente.

Com um pequeno impulso se levantou e mirou a criaturinha. Parecia loucamente preocupada. Lucy se recompôs e sorriu. O elfo não parava de se desculpar.

— Como se chama mesmo? Lynn? Muito prazer Lynn...

— Mil perdões Senhorita, eu...

— Não fique se desculpando, que coisa! — ela colocou a mala de pé novamente e olhou o grande corredor com nada menos que três caminhos diferentes.

— Você sabe qual é o lado esquerdo certo?

Lucy desabou numa cama de 5 metros por 5 metros e nem pensou em por que Snape se importara em comprar uma cama king kong size. Estava exausta. Seu quarto era gigante, e ela supôs, um dos menores da mansão provavelmente. Sua tapeçaria, enxoval, cortinas e tudo mais eram brancas, com pequenos detalhes azuis. Com certeza aquilo era uma feliz coincidência, ela pensou. Lynn era seu elfo doméstico pessoal, o que Lucy achou um exagero, mas concluiu que não era preciso reclamar... Afinal tudo era gigante e com certeza havia muita comida.

A única parte incomodante era que Lynn não parava de perguntar se ela precisava de algo, enquanto ela queria apenas dormir para sempre. Ela se levantou da cama em um pulo e se agachou, a altura da criatura e segurou os seus pequenos ombros.

— Lynn, — ela fitou os enormes olhos verdes e amoleceu um pouco — Lindinha... Escuta só isso: As coisas vão mudar por aqui um pouco. Eu só vou precisar de você quando eu chamar, e apenas quando eu chamar, ok?

Lynn assentiu.

— Mas não precisa mesmo de nada agora? — ela insistiu. Lucy revirou os olhos e olhou o quarto todo.

— Preciso sim, de uma coisa. — disse a bruxa, e Lynn se iluminou — De uma caixa de areia para a minha gatinha.

Lynn assentiu.

— Ela é meio enjoada, a Emm. Mas dorme comigo na cama, tá? — completou Lucy, e empurrou o elfo para fora de seu quarto, finalmente desabando na cama e adormecendo.

Quando Lucy acordou, já era noite. Ela se espreguiçou e sorriu. Exatamente como estava planejando: a noite era perfeita para ela preparar as coisas para seu plano. Ela levantou animada da cama e desfez a mala, enfiando as roupas nos cabides e nas gavetas. Ela olhou para os lados, trancou a janela e a porta da sacada e fechou as cortinas. Checou o corredor e o banheiro, e trancou as duas portas.

Foi até a mala e retirou o fundo falso, revelando seu estoque precioso de poções que poderiam ser uteis, livros da seção reservada, engenhocas dos Gêmeos e mais dezenas de utensílios, agulhas e rascunhos de mecanismos. Ela separou tudo no tapete azul marinho, e prendeu o cabelo no alto da cabeça. Tinha muito que fazer para que seu plano saísse perfeito. Não deveria ser fácil simplesmente sair da Casa do Snape, e pelo visto, estava recheada de elfos domésticos, e feitiços de proteção. Ela teria que checar tudo mais tarde, quando ele estivesse dormindo. Se quisesse escapar dali com precisão e silencio, teria que conhecer cada canto do lugar.

Ela separou alguns ingredientes para começar sua primeira poção, quando notou algo num canto. Seu estomago se revirou, adrenalina correu pela suas veias. Ela pulou na cama, pegou sua varinha e caiu rolando no tapete. Levantou-se abruptamente.

— Desculpe Senhorita Snape, Lynn não... AH MERLIN, me desculpe! — o elfo chorava desesperadamente, gesticulando e falando sem parar, enquanto Lucy se recuperava do susto.

— Eu estava limpando o banheiro quando a Senhorita trancou a porta do quarto e...

— Como diabos eu não te vi! — Lucy se levantou do chão e foi até a criatura. — Pare de chorar agora! Escuta aqui...

Então Lynn olhou por trás do ombro de Lucy. Para a mala aberta, para os frascos, papéis e livros e facas. Olhou de volta para Lucy, com os olhos cintilando de medo.

— Não mate Lynn, por favor não... Lynn só estava esfregando a privada...

Lucy soltou uma gargalhada, sem pensar, enquanto a elfo já se preparava para morrer.

— Não vou te matar Lynn! — ela se levantou do lado da elfo, e parou. — Aliás, eu vou. Se contar disso daqui para o Snape.

Lynn assentiu vagorosamente. Lucy praticamente viu uma lâmpada se acender no alto da sua cabeça, por mais que essa visão fosse ridícula.

— Lynn... Gostaria de me ajudar muitíssimo mesmo? — ela perguntou, sorrindo. Lynn assentiu com mais animação.

— Qualquer coisa, senhorita. — disse ela.

— Mas tem que prometer não abrir o bico para mais ninguém. — a bruxa ponderou.

— Nem para o Senhor Seu pai?

— Principalmente o Senhor meu Pai. — Lucy riu nervosa.

Lynn pareceu pensar por um tempo. Olhou para Lucy, para as poções, fez uma careta mais assentiu novamente. E depois com mais firmeza. Ótimo.

— Primeiro precisa me mostrar a Mansão inteira. — pediu Lucy — Cada canto obscuro.

— Certo, mas não quer jantar e esperar o Senhor seu Pai ir para seus aposentos primeiro? — perguntou a elfo. Lucy sorriu, a criatura parecia inteligente.

— Perfeitamente. — ela enfiou tudo no armário e o trancou. A elfo a levou pelos corredores e elas desceram as escadas. Tudo estava aceso, e vozes ecoavam pelo teto de gesso.

— Tenho que ir para a cozinha. — sussurrou Lynn — Mas depois lhe encontro no seu quarto, certo Senhorita Snape?

— Certo. — Lucy esticou o pescoço, Snape estava com visitas. — Mas, me chame de Lucy, ok? SÓ Lucy.

A elfo assentiu e saiu. Lucy arrumou o cabelo embaraçado, alisou a roupa e caminhou devagar até a Sala de jantar. Snape sentava na ponta da mesa, uma mulher de cabelos pretos com mechas descoloridas sentava á sua direita, e a frente da mulher, um homem de cabelos loiros. Os pés de Lucy congelaram no chão.

Snape a avistou e levantou as sobrancelhas.

— Venha cumprimentar os Malfoy, Lucy. — ele a chamou — Draco logo volta lá de fora.

AH. NÃO.


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Notas finais do capítulo

Não ficou aquelas coisas né?
Mais uma vez DESCULPEM-ME rs
Vou compensar no próximo cap, prometo.
Até mais
xoxo
Clara