Half-blood Princess escrita por Clara de Col


Capítulo 17
Bomboms explosivos, Snapezinha explosiva. *2ªS


Notas iniciais do capítulo

AH MEU MERLIN, SUAS COISAS LINDAS AFF ♥
Mais uma recomendação, Esther C, sua diva glitterizada!
Carambaaa, OBRIGADA pelas reviews na Preview, no último cap, em TUDO.
Espero que gostem da 2ª temporada...
Estou pensando em mudar a capa, o que acham?



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Aquele fora o pior e mais vexamoso Café da manhã que Lucy já vivenciara. Depois de ela engolir em seco mais de três vezes, paralisada, em frente ao exemplar do Profeta Diário em suas mãos, ela ergueu os olhos e de repente parecia que o Salão Principal inteiro a observava. O pior era que todos aqueles rostos chocados e surpresos não poderiam superar o dela mesma. Ela dirigiu os olhos automaticamente para Snape, na grande mesa onde Dumbledore e os professores comiam. Ele estava aparentemente calmo, pelo visto ainda não vira a PRIMEIRA CAPA do Profeta. Então, ele captou seu olhar assustado e ficou atento. Não demoraria muito para descobrir que estava na primeira página.

Aquele SIM era uma vexames DAQUELES. Violet ficou paralisada, e Lucy pegou o exemplar de sua mão que não se mexia. Ela já ouvira falar dessa tal de Rita Skeeter. E pelo que ouvira falar ela era uma fofoqueira que conseguia transformar noticias insignificantes em grandes novidades do mundo bruxo, cheia de besteiróis. Ela agarrou aquele pedaço de lixo e se levantou da mesa, quase caindo. Violet continuara na mesma posição, com a mesma expressão. Ela direcionou seus olhos para Tracey, que estava com um sorriso cínico nos lábios.

Lucy queria simplesmente sair daquele holofote. Ela correu até a entrada do Salão, e pensou melhor. Precisava dar um jeito naquilo... Aquele jornais poderiam se espalhar (e estavam) por todo o Mundo bruxo... A aquelas alturas já pensava em planos mirabolantes para dar impedir um vexame maior. Ela, meio sem pensar, correu até a mesa da Grifinória. A maioria dos alunos a observava.

Ela chegou até os Gêmeos e todos os Grifinórios a encararam. Ela puxou a capa de Fred.

— Weasleys! — ela sussurrou, os dois a olharam curiosos. Ela apenas empurrou o jornal para o meio do nariz de Jorge. Seu queixo caiu e Fred o tirou das mãos do irmão, que repetiu o movimento.

— Vamos, Jorge. — ele puxou o irmão e Lucy e os três saíram correndo pelo Salão principal. Não havia nenhum aluno que não os encarassem e quase se matando para espiar por trás de suas costas, Lucy pegou Snape com os olhos cravados nela.

— COMO ISSO FOI ACONTECER? — ela gritou, enfurecida, enquanto os dois liam a matéria, sentados debaixo da sombra do carvalho do dia anterior.

“Pelos depoimentos dados, Lucy Snape é uma bruxa versada em conhecimentos de magia negra; Nossas fontes disseram que a garota já duelou com um colega e lançou um Alarte Ascendare perfeitamente.” — leu Jorge, tentando não rir.

— MAS QUE DEABOS DE FONTES SÃO ESSAS? — ela chutou o caule do carvalho, e logo depois soltou um urro de dor, agarrando os joelhos contra a barriga e cambaleando para a grama.

— Provavelmente um fofoqueiro. — disse Fred, balançando a cabeça para o artigo, mas também se divertindo.

— Um fofoqueiro muito bem informado... — ela desistiu de chutar árvores e caiu na grama, um pouco a frente dos Gêmeos.

— Na verdade Lucy, todo mundo viu sua briga com o Davis... — comentou Jorge, se segurando ainda mais para não rir.

Ela fechou os olhos por conta da claridade. O que seria da vida dela agora? Todos saberiam que ela era a filha de Snape. E não apenas Hogwarts, mas praticamente toda a sociedade bruxa. Ela soltou um gemido.

— Tenta se acalmar, Lucy. — aconselhou Fred, lhe entregando um doce embrulhado. — Daqui a pouco ninguém mais vai falar disso.

Ela desembrulhou o doce e enfiou o bombom na boca com vontade. Segundo depois, este explodiu em vários pedaços DENTRO de sua maldita garganta e ela regurgitou.

— QUEREM ME MATAR ENGASGADA É ISSO? — ela tossiu, com lágrimas saindo dos olhos, enquanto eles dobravam-se de rir. Ela sentou na grama, se recuperando. — O que é tão engraçado?

Eles não responderam, apenas riam.

— O CARAMBA. Estou praticamente no apocalipse da minha vida social, que nem existe direito, e vocês me dão bombons explosivos e ainda RIEM da situação.

— Não estamos rindo da situação... — lágrimas saiam dos olhos de Fred, de tanto que ele rir. Jorge estava se recuperando. — Estamos rindo da sua cara.

Lucy revirou os olhos.

— Isso lá muda muita coisa. — ela murmurou mal-humorada, se perguntando se Snape já tivera lido o deabo do Profeta Diário.

— Você irritada é a melhor piada de todas, Snape. — disse Jorge, virando a página do Profeta.

Lucy agarrou um tufo de grama e jogou nele. Fred a cutucou com o pé.

— Esses artigos que a Skeeter publica não rendem tanto assim Snapezinha. — ele assegurou — O máximo que um durou foi uma semana.

— Uma semana dos infernos.

Fred retirou uma tortinha do bolso, Lucy olhou para ele com cara de nojo.

— Que foi? — ele meteu a tortinha na boca — Até parece que você não enfia tortinhas nos bolsos também.

Lucy o fuzilou, se lembrando de quando roubou tortinhas da festa no Salão Comunal. Jorge soltou um palavrão um segundo depois.

— PELAS BARBAS DE MERLIN! — ele gritou e apontou para o Profeta na frente de Fred. A tortinha voou da sua boca. Lucy se sobressaltou.

— O que vocês viram ai? — ela tentou pegar o Profeta das mãos de Fred, mas eles se levantaram.

COMO SEMPRE, sou injustiçada por ser baixinha. Lucy pensou enquanto pulava tentado agarrar o jornal, que Fred tirava de seu alcance.

— Acho que você não vai querer ver isso Snapezinha...

— ME. DÁ. ISSO. — ela tirou a varinha do bolso e gritou “Expelliarmus”.

O jornal pulou da mão de Fred e Lucy quase se desdobrou para agarrá-lo no ar. O Weasley balançou a cabeça, rindo.

— Não me diga que não te avisei. — disse ele, levantando os braços dos lados da cabeça, se rendendo.

Lucy abriu na página seguinte e viu fotos suas. Algumas até com Simas na Biblioteca, com Malfoy no Salão Comunal (ela mal se lembrava da data), e como não podia faltar, com os Gêmeos A NOITE na arquibancada. Lucy abriu a boca devagar, inspirando a quantidade de ar suficiente para gritar em seguida.

— AH CÉUS EU TENHO OUTRO STALKER. — Lucy preferiu nem ler as legendas das fotos. Ela passou os olhos pela página e estes fixaram-se na frase em negrito no rodapé.

“Gostou da primeira matéria da minha novíssima coluna? ISSO MESMO! Princesa Mestiça é o nome dela. Da coluna e da mais recente novidade do mundo bruxo: Lucy Snape.”

— COLUNA? — Lucy se descontrolou. Jogou o Profeta no chão e começou a pisoteá-lo. — Essa VACA LOUCA vai escrever sobre a MINHA PESSOA tipo, Constantemente?!

Fred e Jorge se entreolharam, e depois assentiram juntos para ela. Ela pisoteou com ainda mais força, até o papel rasgar sobre seus pés. Ela olhou para as próprias mãos e respirou bem fundo. Antes que fizesse alguma besteira. Escutou passos se aproximando.

— Lucy? — ela levantou os olhos, era Snape. E ele estava abalado. Sua postura controlada possuía uma rachadura. Era visível. — Precisamos conversar.

— Mal posso acreditar que isso fugiu tanto de meu controle. — disse Snape, com a voz tão baixa que Lucy se esforçava para escutá-lo.

Dumbledore suspirou, cansadamente. Ultimamente o Diretor parecia muito cansado. Lucy era de reparar mesmo fazer o que?

— A culpa desse escândalo não é sua Severo, e acredito que eu não precise repetir isto novamente, certo? — disse Dumbledore e Snape passou os dedos pelos cabelos oleosos, virando a cabeça para o outro lado.

Lucy estava nervosamente sentada numa das cadeiras em frente à mesa do Diretor, Snape estava de pé um pouco atrás, e o Diretor estava ao lado de Fawkes, acariciando suas penas. Snape simplesmente não conseguia se conter.

— Em poucos dias todos estarão falando sobre isso Dumbledore! — disse ele, elevando a voz. Lucy nunca o vira daquele jeito. Com sombra de medo nos olhos negros. — Sabe que prezo por...

Uma pausa.

—... Privacidade.

Dumbledore abandonou a fênix e se sentou, olhando para Lucy. Seus olhos diziam “vai ficar tudo bem”, “não tem nada com que se preocupar”. Mas a bruxa sabia que não era bem assim. Snape fora um Comensal da Morte, (se não era ainda), e isso atraia muita atenção para ele. Tanto do Ministério, quanto dos outros Comensais. Tantos os fiéis, que estavam em Azkaban, quanto os refugiados. Muita atenção e pelo visto, muito ódio.

— Sei muito bem Severo, mas não tem nada que eu...

— Foi tudo culpa da Skeeter nojenta. — disse Lucy, abrindo a boca pela primeira vez desde que chegaram ali. — Quer dizer, ela provavelmente tem algum aluno fofoqueiro aqui em Hogwarts e...

— Só podia ser. — resmungou Snape. — Por que não a bane de vez, Alvo?

Dumbledore olhou de Snape para Lucy e sorriu. Lucy sentiu um pouco de cumplicidade no seu olhar, mas realmente não compreendeu.

— Não posso, Severo. — lamentou o diretor — Ano que vem, como você já sabe, realizaremos o Torneio Tribruxo e o Ministério...

— Que se lasque o Ministério! — ele gritou, depois abaixou a voz — Me desculpe.

Lucy levantou as sobrancelhas. Snape falando desculpas era estranho. Como o som de um vômito.

— Vou conversar com Cornélio, para todos os efeitos. — garantiu Dumbledore, oferecendo a Lucy um sorriso amarelo — Esses jornais não podem sair falando da vida pessoal de bruxos alheios sem sua permissão.

Ela soltou o ar dos pulmões.

— Agora... — continuou ele — Presumo que a Senhorita tenha que voltar á aula.

Lucy assentiu e forçou um sorriso. Se levantou, agradecendo o diretor e foi até a porta. Ela parou ao lado de Snape antes de sair, mas logo continuou a andar. Não tinha nada a ser falado. Sua mãe viria no Sábado, e no Sábado eles conversariam. Por um momento ela quase se esquecera que teria de morar na casa de Snape.

Ela saiu da Sala de Dumbledore no intervalo entre primeira e segunda aula. E quando adentrou os corredores, não tinha um único aluno que não parava o que estava fazendo para encará-la. Ela forçou suas bochechas a não corarem e sua boca a não soltar palavras de baixo calão. Andou com a postura firme, e a cabeça levantada... Até um grupo de Lufanos irem em direção a ela no corredor.

— Hm, olhem só a filhinha do Professor Snape! — um deles gritou. Lucy preferiu ignorar, e tentou desviar dos idiotas, mas um deles fechou seu caminho.

— Quem diria não? — ele riu junto com os amigos — A garota mais durona de Hogwarts é filhinha de papai.

Lucy cerrou os punhos.

— Saia da minha frente. Por favor. — disse ela com firmes pausas, segurando seu ataque bipolar. Um dos lufanos pegou um exemplar do Profeta Diário.

— Magia negra Snape? — eles balançaram a cabeça, tirando sarro. — Até parece! E não é que o Davis tinha razão?

Eles riram alto. Lucy mordeu a bochecha bem forte, se controlando ao máximo. Ela simplesmente não poderia suportar um bando de lufanos larazentos fazendo gracinhas com a maior desgraça que lhe acontecia no momento.

— É melhor... Vocês calarem a boca antes que acabem como ele. — disse ela, empurrando o lufano que estava na sua frente, e o fazendo cambalear. — Idiotas.

Eles assoviaram e um deles jogou um feitiço bem no seu traseiro. Ela parou no meio do corredor, escutando as risadas. Isso já foi DEMAIS. Ela começou a tremer, exatamente quando ela tinha ataques bipolares. Seus dedos se fecharam em torno de sua varinha, ainda nas vestes.

— Ui, ela ficou bravinha... — ele riu, e outros alunos se juntaram a ele.

Não me diga que não avisei. Lucy se virou rapidamente e o lançou uma Azaração sem erro. O lufano tropeçou e bateu a cabeça na parede. Os risos cessaram. Lucy virou as costas novamente, saindo dali de vez.

— NÃO ACREDITO! — Jorge exclamou quando Lucy contou o acontecido. Depois ele parou e pensou — Na verdade, acredito sim.

Os três estavam nas arquibancadas do campo de quadribol, alguns minutos antes do treino da Grifinória começar.

— Você azarou Ernesto Macmillan?— Fred riu. — Ele mereceu, sujeito metido.

Lucy apoiou os cotovelos nos joelhos e escondeu seu rosto nas mãos.

— Não sei se vou aguentar toda essa atenção. — disse ela — A droga do jornal saiu hoje de manhã e metade de Hogwarts já está tirando sarro da minha cara.

Os jogadores do time de quadribol da Grifinória estavam chegando, e começando a se aquecer. Lucy se levantou.

— Vão lá, preciso fazer um deveres e procurar Violet. — disse Lucy.

Os Gêmeos assentiram, descendo as arquibancadas.

— Ah, e tente não estuporar ninguém até o almoço Snapezinha! — gritou Fred, e Lucy lhe mostrou o dedo médio, caminhando em direção as Estufas.

Violet quase a trucidou.

— COMO ASSIM VOCÊ SOME NO MEIO DO CAFÉ COM OS WEASLEY? — ela gritou, balançando os ombros de Violet, antes da aula de Herbologia começar. — Você fica três dias sem falar comigo e olha no que dá.

— Não importa, Violet. — resmungou Lucy, deitando a cabeça na mesa — Minha vida vai ser um pesadelo agora.

— Não exagera Lucy...

— Azarei Ernesto Macmillan perto da segunda aula.

O QUE?

Lucy choramingou, e a Prof. Sprout finalmente entrou na Estufa. Ela olhou diretamente para Lucy. DIRETAMENTE. Até os professores? Por favor.

— Olha Lucy, eu te entendo estar super apreensiva e tudo o mais... Mas não pode sair atacando todo mundo por ai que vai tirar sarro de você! — disse a amiga.

— Claro que posso.

Violet revirou os olhos.

A Aula, como sempre, fora um saco. Ainda mais com Corvinal, a sala que sempre tinham Herbologia junto. Lucy teve que aturar risinhos e dedos apontando para ela sem parar. Lucy quase tirou a varinha das vestes para azarar Padma Patil, mas Violet a segurou.

Depois do almoço, Lucy foi até a Biblioteca, fez sua pilha de deveres diário e leu alguns dos livros que Granger tinha dito.

Mais tarde ela passou no seu dormitório e pegou Emm, o levando até os jardins para brincar. Ela não iria simplesmente parar sua rotina por causa de vaias, risadinhas, e até olhares assustados dos alunos nos corredores. Violet, como sempre estava com Tracey, Dafne e Harper. Mas Lucy ficou no extremo canto do Jardim, esperando os Gêmeos. Tinham dito que trariam algo para comer, e Lucy esperava que fosse verdade. Precisava de açúcar.

Um saco de doces caiu no seu colo minutos depois, e os dois se largaram do seu lado.

— Vem cá, vocês não estudam nunca? — ela abriu o saco de doces e enfiou umas balas na boca.

— Vamos dar um passeio hoje... — disse Jorge.

— Sabe, passar na sala do Filch, pegar alguns dos nossos itens apreendidos, essas coisas. — comentou Fred, indiferente.

Ele jogou um pedaço de chocolate para Emm, que se esticava no Sol. Lucy olhou para o céu, o clima não estava tão quente. Daqui a alguns dias começaria a nevar. Ah, neve. Ela sorriu consigo mesma. Ela adorava neve.

— Passamos na Torre da Sonserina uma da manhã, por aí. — Jorge pegou um pergaminho do bolso e começou a estudá-lo.

Lucy estranhou e se esticou para ver melhor. Era algo parecido com um... Mecanismo?

— Isso é uma...

— Sim, uma tirolesa. — afirmou Jorge, orgulhoso. — Estou projetando ela para hoje à noite. Nunca transportamos ninguém de uma Torre para outra.

Lucy riu incrédula.

— E vocês acham que eu vou montar nesse troço?

Eles não responderam. Lucy suspirou e olhou para os alunos aproveitando os últimos dias de calor na grama. Violet a encarava, confusa. E ela tinha se esquecido totalmente que mal mencionara os Gêmeos á amiga. Agora Tracey também a encarava. Ela se sentiu terrivelmente desconfortável. Ainda não falara com Tracey, e nem pretendia fazê-lo.

— Snape? — Jorge a chamou. Mas seu olhar estava preso ao de Violet. Ela sentiu algo bater na sua cabeça. Se virou, os dois a olhavam confusos.

— Estávamos discutindo o plano de hoje. — disse Fred — Tem algum lugar que você quer passar?

Lucy pensou. Especificamente, não. Balançou a cabeça negativamente.

— Nem na Sala do Papi Snape? — Jorge movimentou as sobrancelhas, maliciosamente.

— O que diabos eu iria fazer lá?

— Ah, não sei... — começou Fred, se fazendo de desentendido — Espiar alguns livros, poções proibidas... Até mesmo cartas... E... Fotos.

AI MEU MERLIN.

— Vocês querem dizer que... — ela começou.

— Exatamente. — eles responderam juntos.

Lucy mordeu a boca. Seria arriscado, mas... Na verdade, seria perfeito.

— Qual o melhor lugar para descobrir algo sobre Mamis Snape, se não na sala do Papis Snape?


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Notas finais do capítulo

Cap razoável para começar a temporada HAHAHA
Att mais

Clara ♥