A Ironia Da Vida escrita por Uma Garota Entorpecida


Capítulo 10
Capítulo 10- O susto depois de acordar


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem!
Não fiquem chatiadas, ainda vai acontecer muita coisa.
Beijos!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/311186/chapter/10

Acordei com o médico em minha volta. Estava um pouco tonta.

Médico:- Está me ouvindo?

Eu:- Sim, estou.

Médico:- Está tonta?

Eu:- Um pouco, e meu filho?

O médico olhou para a enfermeira, simplesmente me ignorou e saiu da sala. Enfermeira se direcionou á mim e pediu para ficar calma ao saber. Me desesperei na hora.

Ela me disse que o meu filho tinha morrido. Chorei demais, foi uma dor que ninguém imagina como é, e só saberá quando acontecer consigo mesmo.

Eu:- Cadê o meu pai? E ele quem tirou o meu filho de seus braços.

Enfermeira:- Ele saiu e disse para que você aqui até que ele chegasse.

Eu:- E depois que ele tirou o meu bebê de seus braços? O que aconteceu? Eu quero o meu bebê, eu quero.

O que doía mais é que não tive nem a oportunidade de pegá-lo e vê-lo, saber como ele era...

Enfermeira:- Tente se conformar isso acontece.

Eu:- Me conformar? E sofro, não pego o meu bebê, pois um pai o pegou das suas mãos e eu tenho que me conformar?

Enfermeira:- Você não pode se estressar.

Eu:- Me responde, depois que meu pai pegou o bebê de você, o que aconteceu?

Enfermeira:- Você desmaiou

Eu:- Isso eu sei, mas ele morreu no colo do meu pai ou depois?

Enfermeira:- Olha, eu vou te contar uma coisa, porque sou mãe e acho que você tem que saber.

Meu pai chegou no quarto nessa hora e ela se calou e pediu licença. Não sei, mas me parecia que ela estava com medo de meu pai.

Bernardo:- Como você está, minha querida?

Eu:- O que você acha. Estou péssima.

Bernardo:- Vá se arrumar o médico já lhe deu alta.

Fui me arrumar torcendo que fosse a enfermeira que foi interrompida pelo meu pai. Mas infelizmente, não foi.

Ficava com a frase na minha cabeça “Olha, eu vou te contar uma coisa, porque sou mãe e acho que você tem que saber.”

Quando passava pelo corredor do hospital ficava procurando-a, olhando as janelas dos quartos.

Meu pai me chamou e entrei no carro, me doeu mais, quando não saí do hospital com o pedaço de gente nos meus braços.

Chorei a viagem toda até minha casa, meu pai queria me puxar papo, mas será que ele não tem um pingo de bom-senso para saber que estou sofrendo?

Quando cheguei em casa ele disse:

– Para de drama, você só tem 15 anos, não tem a capacidade amar alguém desse jeito e ainda mais alguém que você nem ao menos conheceu.

Eu:- Porque eu tenho 15 anos eu não sou capaz de amar alguém? Então eu não te amo é isso? Ah é verdade, talvez eu não te ame mesmo, porque se não tivesse tirado o meu filho das mãos da enfermeira ele ainda estaria aqui.

Subi as escadas e que senti que ainda estava entalada então parei no meu do caminho e falei:

– Eu não posso ter conhecido ele, o rostinho como ele era, se ele era loiro, moreno, ruivo isso não. Mas saiba que fiquei com ele 9 meses em minha barriga e desde de o primeiro segundo que descobri que estava grávida eu já o amava, fiquei 9 meses sabendo que tinha alguém dentro de mim, 9 meses sentido me chutar, se aconchegar, sabendo que precisava de mim. Talvez eu não tenha mais a capacidade de te amar, para mim ele ainda está aqui no meu coração e você está vivo e parece que sumiu dele.

Subi bati a porta e liguei para minha mãe imediatamente. Estava decidida a não morar mais na Alemanha.



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Eaí, o que acharam?