E Se...? escrita por Ma Black


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Oii! Não era para eu estar postando hoje, mas não pude me conter!

Ah, muitos perguntaram se teria DiRo na fic. Claro que vai ter! Não agora, mais pro meio da fic. Bom... Espero que gostem! Beijos!



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Acordei em um lugar que não conhecia. Estava em um campo completamente deserto, deitada na grama verde e macia. Flores rosas e violetas cheias de orvalho ao meu lado faziam contraste com alguns arbustos ali perto.

Havia um espelho jogado no chão ao meu lado. O peguei, curiosa, e me contemplei sorrindo. Meu cabelo estava preso em uma trança lateral bagunçada e havia um arquinho no meu cabelo. Batom rosa claro e blush da mesma cor estavam na minha pele. Olhei para baixo para ver minha roupa. Estava com um lindo vestido branco e solto que combinava com as sapatilhas da mesma cor. Porque estava vestida assim? Porque eu estou aqui?

Senti passos se aproximarem, mas antes que pudesse ver quem era, mãos tamparam minha visão.

– Quem é? – perguntei.

– Adivinha?

– Pedro! – exclamei me virando e o abraçando.

– Senti sua falta, branquinha.

– Também senti a sua!

A cena se dissolveu e tudo ficou escuro. Aos poucos fui retomando os sentidos e a noção de onde estava. Era isso... Tudo não havia se passado de um sonho. Me espreguicei, antes mesmo de abrir os olhos, e constatei que não estava em minha cama. Estava deitada em alguém.

Abri os olhos bruscamente procurando a minha “cama de aluguel” e levantei o olhar. Tomás estava ali, dormindo feito um bebê. As lembranças do que aconteceu ontem voltaram em minha mente. Tomás acreditava em mim e eu tinha um dos meus amigos de volta.

– Tomás! – o cutuquei depois de me levantar.

– Só mais cinco minutinhos, mãe!

– Tomás! – falei impaciente.

– Deixa eu dormir! – ele falou com a voz embargada causada pelo sono.

– Tomás, o Jonas no porão! – gritei.

O moreno tentou levantar rapidamente, o que fez com que ele caísse do sofá. Ao constatar que tinha apenas eu e ele no porão, me olhou com uma cara zangada, me fazendo gargalhar. Tomás começou a gargalhar também e quando nos demos conta, ambos estavam quase chorando de tanto rir.

– É melhor a gente subir – ele disse após se acalmar.

– Você vai ficar comigo hoje? – perguntei como uma criancinha indefesa que precisa de proteção.

– Vou, Alice – ele disse revirando os olhos.

– Obrigaaada! – disse, do mesmo modo em que falava o “chaataa” pra Roberta e logo depois dei um abraço de urso no Tomás.

– Vamos? – perguntou estendendo o braço.

– Vamos! – respondi envolvendo meu braço no dele.

Nos separamos ao chegar na escada e subimos dando gargalhadas da nossa maturidade. Chegamos na Sala Principal e assim que chegamos Diego disparou feito uma bala para me abraçar.

– Alice! Eu estava preocupado – ele me soltou – Pera... Você está com a mesma roupa de ontem! E você também, Tomás.

– E-eu... – gaguejei enquanto sentia minhas bochechas esquentarem.

– Vocês passaram a noite juntos? – Diego perguntou, quase berrando, trazendo a atenção de alguns estudantes.

– Não! – neguei na mesma hora que Tomás dizia “Sim” – Quer dizer, passamos... Mas não desse jeito que você tá pensando.

– E o que fizeram a noite toda?

Meus olhos procuraram o olhar de Tomás, procurando apoio e quando ele estava quase abrindo a boca para responder, alguém o interrompeu. Do outro lado do salão, com mechas roxas e olhos vermelhos, Roberta batia palmas desdenhando a cena.

– Mal terminou com um e já tá pegando o outro, Alice? – debochou.

Meu olhar percorreu pela sala e percebi que todos nos encaravam. Vitória com nojo, Pedro com desprezo, Carla espantada e Marcinha com medo. Outros alunos cochichavam, outros somente estavam com as sobrancelhas erguidas esperando barraco. Olhei pra Diego e vi decepção em seus olhos.

Comecei a correr. Fugir o mais rápido que podia pra bem longe dali. Cheguei nos jardins e acabei tropeçando, fazendo com que minha saia branca ficasse completamente suja. Ali, afastada de todos abracei meus joelhos e comecei a chorar sem medo de ser ouvida.

A grama fazia barulho, indicando que alguém se aproximava. Rapidamente enxuguei as lágrimas e virei a cabeça. Tomás parou na minha frente, e depois de todos aqueles olhares incriminadores para mim, finalmente alguém olhava pra mim preocupado e transmitindo segurança.

Sorri de leve, indicando que tudo estava bem e Tomás se sentou ao meu lado, passando os braços nos meus ombros. Logo escutamos alguém se aproximando e nos levantamos em um salto. Ao reconhecer a morena que vinha ao nosso encontro meu queixo caiu. Ela estava mesmo ali?

– Eu acredito em você – ela disse sorrindo enquanto corava.


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Notas finais do capítulo

Quem será a morena?

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