E Se...? escrita por Ma Black
Notas iniciais do capítulo
Então jujubas... I'm back! Viu? Nem demorei taaaanto assim... Aproveitem o capítulo :)
- Alice, querida, venha comigo – ouço uma voz doce pedir.
Então escuto um barulho de grades. Está tudo tão escuro que mal posso enxergar nada, mas vejo que realmente tem uma grade e vejo que estou muito abaixo do solo, e no buraco que caí, a cabeça dos meus amigos me procuram, mas duvido que estejam me enxergando.
- Quem é você? – pergunto.
- Apenas me siga – ela pede, mas continuei parada. – Vamos, Alice, tem noção da quantidade de armadilhas que distribuí por Portugal esperando você cair em uma delas? E a quantidade de inocentes que vieram no seu lugar? Foram muitas mentes confusas para agora você dar uma de menina mimada.
- Eu não entendo... – confesso. – Meus amigos, eles...
- Eles não podem te ouvir, porém – ela começa e para.
Apenas observo o que acontece a seguir. Do nada uma pequena pomba branca surgiu e partiu voando em direção ao buraco. Apenas observei-a. Como é linda. Neste momento, esqueço-me de quase tudo e apenas observo. Ela brilha com uma aura especial.
- Essa é a pomba de Quione – ela explica.
- Quione tipo... A deusa?
- Deusa? – a voz riu-se. – Oh! Obviamente você leu sobre mitologia grega na escola... Não, não. Nada haver com a deusa da neve.
- Então quem é Quione?
- A patrona de Portugal – ela explica. – Ela não é imortal, como os deuses. Bom... Talvez isso tudo seja um pouco viajado demais pra sua cabeça, mas ela é uma fada.
- Uma fada? – pergunto encantada. – Primeiro anjos, depois fadas... Meus contos de fada estão se tornando realidade!
- Humanos... – ela diz e quase posso vê-la revirar os olhos. – Você de fato mudou muito, Alice. Amadureceu.
- Oi?
- Ah... Sou uma guardiã de almas e minha protegida era você. Eu jurava que você era um caso perdido! Querida... Você mudou tanto! Antes era só futilidade. Então você formou a banda, mas ainda era tão egoísta... Olhe pra você agora! Continua um pouquinho fútil, é verdade, mas ninguém é perfeito, certo?
- Certo – concordo sem saber exatamente o porquê de fazer isso. – Pode me explicar essa história de fadas? E guardiã de almas?
- Tudo com calma, querida – ela solta uma risadinha. – Seus amigos vêm aí.
E de fato escuto um barulho de alguém escorregando e logo pessoas caindo no chão. Três pessoas. Demora um tempo até que acordem e percebam onde estão, por isso espero pacientemente tentando observar minhas unhas.
- Foi tão... Legal! – exclama Tomás.
- Cale a boca – manda Maria. – Alice?
- Estou aqui! – falo e escuto passos. Depois vejo sombras. Eles estão aqui.
- Então vamos... – fala a voz e nos aproximamos do portão. – Esperem! Sua mãe disse que foi de extrema importância trazer três amigos, certo?
- Sim, por quê?
- Oh, ela não disse? – ela pergunta e solta uma risadinha.
- Não.
- Você perderá dois deles hoje – ela explica.
Fico tensa. Paro de repente e arregalo os olhos, mesmo que não possa enxergar nada. Um nó se forma em minha garganta e meus olhos ardem. A culpa me consome. Eu os meti nisso e agora eles vão... Morrer? Como assim perder? Eu me sinto horrível! De fato, sou tão egoísta...
- E você irá dizer adeus a um deles agora – ela diz.
- Como assim?
- Achou que o frete seria grátis, querida? – ela pergunta. – Sua mãe pediu para eu te encaminhar até a princesa Castellan, conselheira dos anjos, guardiã suprema das almas e princesa das fadas...
- É o que? Fadas? – Maria debocha.
- Gostaria de não ser interrompida – informou a voz. – Obrigada. Enfim... Ela pediu e eu aceitei em ajudar. Mas sabe... Também preciso de ajuda. De um servo leal! Então um de seus dois amigos me será muito útil.
- Não! – declaro.
- Não? – ela pergunta e escuto as portas de metal se fechar. – Então sinto muito, mas não passará por essas grades.
- Que tipo de servo? - Pedro pergunta.
- Pedro, não... – minha voz falha.
- Então... Pedro – começa a voz. – Meu nome é Kellie. Como disse pra Alice, sou uma guardiã de almas. Da alma dela, pra ser especifica. Não irei entrar em detalhes agora, porém... O servo seria como um namorado. É isso! Um amor. Há tempos procuro um amante, mas ninguém se dispunha a uma guardiã. Só porque não sou anja? Preconceito.
- Hãm... Namorado? – ele pergunta.
- Um amigo – ela esclarece. – Com benefícios. Eu só quero uma companhia... Esse é meu preço.
- Eu fico.
- Não, Pedro – ordeno. – Você não vai estragar sua vida pra ficar com uma... Voz!
- Uma voz? – ela debocha. – Quer me ver? Veja-me então.
Uma bola de luz azul surgiu e logo vi que ela estava na palma de sua mão. Ela elevou até seu rosto e quase tive um susto. Seus olhos eram rosa e ela tinha orelhas de gato no topo da cabeça. Era estranho. Era no meio da cabeça! Em meio aos seus cabelos louros ela tinha orelhas marrons e pontudas de gato. E os olhos rosa.
- Agora eu entendo porque ela não tem amigos – sussurrou Maria.
- Eu ouvi.
- Era pra ouvir mesmo – ela cantarolou.
- Temos um acordo, Pedro? – Kellie pergunta.
- Pedro! – falo.
- Temos um acordo – ele confirma.
- Então você vem comigo – ela declara. – Ficará acorrentado a esta grade até eu voltar.
Então algemas brilhantes surgem no escuro e prendem os pulsos de Pedro até a grade. Sinto meus olhos arderem de gratidão. Eu havia terminado com ele, o trocado por Tomás e ele fazia isso por mim? Não posso ficar mais agradecida.
- Pedro... – minha voz falha.
- Não quero despedidas melosas! – fala Kellie. – Vamos logo!
- Sinto muito – falo para meu ex e continuo andando sem saber o que me aguarda depois das grades.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
E entramos na história mais viajada de todos os tempos... Okay, minha imaginação tá muito grande e espero que vocês possam me acompanhar. Estou criando um mundo totalmente novo e mágico... Espero que curtam! Comentem, sim?