E Se...? escrita por Ma Black


Capítulo 28
Capítulo 28


Notas iniciais do capítulo

Então jujubas... I'm back! Viu? Nem demorei taaaanto assim... Aproveitem o capítulo :)



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- Alice, querida, venha comigo – ouço uma voz doce pedir.

Então escuto um barulho de grades. Está tudo tão escuro que mal posso enxergar nada, mas vejo que realmente tem uma grade e vejo que estou muito abaixo do solo, e no buraco que caí, a cabeça dos meus amigos me procuram, mas duvido que estejam me enxergando.

- Quem é você? – pergunto.

- Apenas me siga – ela pede, mas continuei parada. – Vamos, Alice, tem noção da quantidade de armadilhas que distribuí por Portugal esperando você cair em uma delas? E a quantidade de inocentes que vieram no seu lugar? Foram muitas mentes confusas para agora você dar uma de menina mimada.

- Eu não entendo... – confesso. – Meus amigos, eles...

- Eles não podem te ouvir, porém – ela começa e para.

Apenas observo o que acontece a seguir. Do nada uma pequena pomba branca surgiu e partiu voando em direção ao buraco. Apenas observei-a. Como é linda. Neste momento, esqueço-me de quase tudo e apenas observo. Ela brilha com uma aura especial.

- Essa é a pomba de Quione – ela explica.

- Quione tipo... A deusa?

- Deusa? – a voz riu-se. – Oh! Obviamente você leu sobre mitologia grega na escola... Não, não. Nada haver com a deusa da neve.

- Então quem é Quione?

- A patrona de Portugal – ela explica. – Ela não é imortal, como os deuses. Bom... Talvez isso tudo seja um pouco viajado demais pra sua cabeça, mas ela é uma fada.

- Uma fada? – pergunto encantada. – Primeiro anjos, depois fadas... Meus contos de fada estão se tornando realidade!

- Humanos... – ela diz e quase posso vê-la revirar os olhos. – Você de fato mudou muito, Alice. Amadureceu.

- Oi?

- Ah... Sou uma guardiã de almas e minha protegida era você. Eu jurava que você era um caso perdido! Querida... Você mudou tanto! Antes era só futilidade. Então você formou a banda, mas ainda era tão egoísta... Olhe pra você agora! Continua um pouquinho fútil, é verdade, mas ninguém é perfeito, certo?

- Certo – concordo sem saber exatamente o porquê de fazer isso. – Pode me explicar essa história de fadas? E guardiã de almas?

- Tudo com calma, querida – ela solta uma risadinha. – Seus amigos vêm aí.

E de fato escuto um barulho de alguém escorregando e logo pessoas caindo no chão. Três pessoas. Demora um tempo até que acordem e percebam onde estão, por isso espero pacientemente tentando observar minhas unhas.

- Foi tão... Legal! – exclama Tomás.

- Cale a boca – manda Maria. – Alice?

- Estou aqui! – falo e escuto passos. Depois vejo sombras. Eles estão aqui.

- Então vamos... – fala a voz e nos aproximamos do portão. – Esperem! Sua mãe disse que foi de extrema importância trazer três amigos, certo?

- Sim, por quê?

- Oh, ela não disse? – ela pergunta e solta uma risadinha.

- Não.

- Você perderá dois deles hoje – ela explica.

Fico tensa. Paro de repente e arregalo os olhos, mesmo que não possa enxergar nada. Um nó se forma em minha garganta e meus olhos ardem. A culpa me consome. Eu os meti nisso e agora eles vão... Morrer? Como assim perder? Eu me sinto horrível! De fato, sou tão egoísta...

- E você irá dizer adeus a um deles agora – ela diz.

- Como assim?

- Achou que o frete seria grátis, querida? – ela pergunta. – Sua mãe pediu para eu te encaminhar até a princesa Castellan, conselheira dos anjos, guardiã suprema das almas e princesa das fadas...

- É o que? Fadas? – Maria debocha.

 - Gostaria de não ser interrompida – informou a voz. – Obrigada. Enfim... Ela pediu e eu aceitei em ajudar. Mas sabe... Também preciso de ajuda. De um servo leal! Então um de seus dois amigos me será muito útil.

- Não! – declaro.

- Não? – ela pergunta e escuto as portas de metal se fechar. – Então sinto muito, mas não passará por essas grades.

- Que tipo de servo? - Pedro pergunta.

- Pedro, não... – minha voz falha.

- Então... Pedro – começa a voz. – Meu nome é Kellie. Como disse pra Alice, sou uma guardiã de almas. Da alma dela, pra ser especifica. Não irei entrar em detalhes agora, porém... O servo seria como um namorado. É isso! Um amor. Há tempos procuro um amante, mas ninguém se dispunha a uma guardiã. Só porque não sou anja? Preconceito.

- Hãm... Namorado? – ele pergunta.

- Um amigo – ela esclarece. – Com benefícios. Eu só quero uma companhia... Esse é meu preço.

- Eu fico.

- Não, Pedro – ordeno. – Você não vai estragar sua vida pra ficar com uma... Voz!

- Uma voz? – ela debocha. – Quer me ver? Veja-me então.

Uma bola de luz azul surgiu e logo vi que ela estava na palma de sua mão. Ela elevou até seu rosto e quase tive um susto. Seus olhos eram rosa e ela tinha orelhas de gato no topo da cabeça. Era estranho. Era no meio da cabeça! Em meio aos seus cabelos louros ela tinha orelhas marrons e pontudas de gato. E os olhos rosa.

- Agora eu entendo porque ela não tem amigos – sussurrou Maria.

- Eu ouvi.

- Era pra ouvir mesmo – ela cantarolou.

- Temos um acordo, Pedro? – Kellie pergunta.

- Pedro! – falo.

- Temos um acordo – ele confirma.

- Então você vem comigo – ela declara. – Ficará acorrentado a esta grade até eu voltar.

Então algemas brilhantes surgem no escuro e prendem os pulsos de Pedro até a grade. Sinto meus olhos arderem de gratidão. Eu havia terminado com ele, o trocado por Tomás e ele fazia isso por mim? Não posso ficar mais agradecida.

- Pedro... – minha voz falha.

- Não quero despedidas melosas! – fala Kellie. – Vamos logo!

- Sinto muito – falo para meu ex e continuo andando sem saber o que me aguarda depois das grades. 


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Notas finais do capítulo

E entramos na história mais viajada de todos os tempos... Okay, minha imaginação tá muito grande e espero que vocês possam me acompanhar. Estou criando um mundo totalmente novo e mágico... Espero que curtam! Comentem, sim?



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