E Se...? escrita por Ma Black


Capítulo 21
Capítulo 21


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora, de verdade. To sem tempo =/
To tão sem tempo que nem revisei o cap. Desculpem os erros. Depois dou uma olhada (: Beijos!



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O primeiro show foi cansativo, assim como os outros que se seguiram. Estava cada vez mais difícil esconder do Tomás os meus sentimentos. Mesmo que não seja desse Tomás que eu esteja apaixonada. Ele vivia brigando com a Carla e toda vez que isso acontecia eu me recriminava por ter ficado feliz.

Essa noite, fui dormir estranhamente feliz. Não sei porque, mas depois de cantar mais de dez musicas, para uma casa de show lotadas, tirar fotos com os fãs, dar autógrafos, etc. eu continuava feliz. Eu uma ocasião normal, eu estaria agora falando minha tipica frase "É difícil ser eu", mas ultimamente mais nada é normal em minha vida.

Resumindo, deitei na cama do hotel em Fortaleza para dormir e não se passaram sete minutos, já estava perdida na inconsciência. Roberta e Carla também dormiam na cama ao lado. Bom... O sonho no começo foi até normal. Até que me vi sonhando com o Elite Way. Como eu poderia sonhar com meu colégio?

De repente olho para baixo e estou vestida com meu pijama. Tá... Isso é estranho. Mas então me lembro de quando "falei" com minha mãe através do sonho. Eu estava debaixo d'água e respirando. Andar pelo Elite Way de pijama não é nada comparado a isso.

Meus pés me levam à um quarto conhecido. Um quarto que três meninos dividem. Ao abrir a porta, a mesma bagunça de sempre se encontra. A cama de Pedro desarrumada, livros na cama do Diego. Toalha molhada em cima da cadeira e uma mochila jogada no chão. Fora papéis amassados. Concentro o olhar na cama do Tomás e ele está lá. Com nariz vermelho e um caderno na mão.

– Alice? - ele levanta surpreso.

– É o meu nome! - respondo sorrindo.

– O que está fazendo aqui de meia noite? E porque tá de pijama?

– Sei lá! Eu costumo ter sonhos estranhos, mesmo - respondo dando de ombros.

– Hã? - pergunta Tomás.

o que?

Eu costumo ter sonhos estranhos - fala com uma péssima imitação da minha voz.

– Isso é um sonho, não é?

– Não. Isso é real.

– Não, é um sonho - teimo.

– Caramba, Alice, tô dizendo que é real - ele responde.

Logo minha mente começa a raciocinar. Antes de perder a coragem, me jogo nos braços de Tomás abraçando-o e sinto o seu cheiro. O cheiro do meu Tomás. O cheiro de alguma planta misturado com o cheiro de cachorro depois do banho em pet shop. Não, não é ruim. É bom, e muito. Me afasto e tento sentir seu halito: Canela. É ele.

– Alice, você pirou? - ele pergunta.

– Deixa de ser lerdo, Tomás - falando isso aproximei nossos lábios.

Como senti falta disso. Do choque no encontro de nossas línguas, ou do modo como ele segura minha cintura. Senti falta do seu cheiro e da sensação boa que tenho depois de beijá-lo. Nos separamos e continuamos abraçados, ele afagando meus cabelos.

– Como eu senti sua falta - ele fala. - Você é minha Alice, não é? Não a Alice do meu mundo... Quer dizer... Ah, isso é tão estranho. Mas...

– Eu te amo - falo rápido interrompendo sua confusão.

A porta se abre revelando uma Carla descabelada de mãos dadas com um menino moreno de olhos incrivelmente azuis. Carlinha... Ah, como senti falta dela. Quer dizer, de estar junto de uma Carla e não me sentir culpada por estar querendo seu namorado.

– Carlinha - falo abraçando-a.

– O que...? - ela pergunta sem entender.

– A nossa Alice voltou - fala Tomás.

– É... Mas não vou poder ficar - falo sentando na cama do Diego. - Eu estou dormindo. Quando eu acordar, acho que voltarei a ser eu. Quer dizer... Ah, isso é tão estranho!

– Ei - protestou Tomás. - Essa frase é minha.

Eu não pude deixar de rir. Senti falta disso. Depois de rir, chorar e saber das novidades, Carla me deixou a sós com Tomás. Daniel, o primo da Maria, se transferiu para o Elite Way para namorar a Carla. Falando na Maria... Descobriram que ela se matou, livrando meus amigos da suspeita.

– ALICE - escuto a voz da Roberta distante. Chegou minha hora.

– Tomás, eu acho que vou voltar - falo com lágrimas nos olhos. - A Roberta tá tentando me acordar.

– Toma isso, rápido - ele disse correndo em direção ao caderno que estava em sua mão e arrancou uma folha. - Eu te amo.

– Não se esqueça de mim, a gente ainda vai se ver de novo - falo. - Te amo.

E antes de dar um beijo de despedida, minha visão fica preta e a voz da Roberta mais alta. Abro os olhos e encontro uma Roberta toda suada sentada na beira da minha cama.

– Achei que nunca viveria pra ver você acordando depois de mim - fala a loira. - Geralmente você acorda cedo...

– Eu sei - respondo sorrindo. - Mas é que o sonho tava bom...

Ela se levanta dizendo que tenho que tomar banho para irmos para o show em outra cidade. Ao levantar, percebo um papel do meu lado. Conheço a letra da pessoa. Tomás Penedo Campos Sales. Na verdade, quatro papeis. Passo um olho rapidamente e vejo: uma carta e uma musica. O que será que dizem?


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Notas finais do capítulo

REVIEWS?