E Se...? escrita por Ma Black


Capítulo 20
Capítulo 20


Notas iniciais do capítulo

Ouvindo Sonho Real enquanto fazia esse cap...
Gente... Mil perdões pela demora! Sabe como é ano de vestibular, né? (wtf?! Eu nem entrei no ensino médio ainda, ushaushaushausha, mas ok...)
Ah, e eu VOU responder os comentários... Acalmem-se! Ando meio sem tempo =/
Enjoy it!



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Acordo com o sol batendo em meu rosto. Estou em uma espreguiçadeira na cobertura de um prédio qualquer. Mesmo bastante ensolarado, o vento do Rio de Janeiro continua frio bagunçando meus cabelos loiros. Daqui do alto, eu consigo ver um grande outdoor com uma foto do Tomás sorridente com uma guitarra na mão e uma etiqueta “#VemQueTem”.

Há uma piscina aqui em cima, coisa que não tinha percebido antes. Algo me diz que devo entrar nela, então é o que eu faço. Ao entrar, respiro normalmente. Isso me assusta no começo, mas com o tempo vou me acostumando. Um breve pensamento se forma em minha cabeça “Seria eu filha de Poseidon?”, mas solto uma risada e afasto os pensamentos da minha cabeça. Isso é apenas um sonho.

A água brilha e dentro dela a figura de uma mulher loira e olhos azuis tremula. Minha mãe. Estendo a mão para toca-la, mas é apenas uma miragem. Porém, quando ela estende a mão em direção ao meu rosto, sinto um frágil toque da água em movimento.

– Você parece triste, meu bem. Não queria me ver? Nunca apareci para você... Está assustada? – ela pergunta.

– O que? Claro que queria lhe ver, mãe. Mas... Eu não estou entendendo. Como assim aparecer pra mim?

– Vamos pular esse assunto, não tenho muito tempo. O que está te deixando triste? – ela pergunta.

Lembro-me de tudo que aconteceu um mês atrás. Tomás, mundos diferentes, Pedro. De repente tenho a leve impressão de que minha mãe sabe. Talvez força de pensamento... Não sei. Só sei que ela suspira triste e nada a minha volta, parando ao meu lado. Me viro para encará-la.

– Entendo... – ela fala. – Oh, querida... Eu achei que seria o melhor pra você. Queria lhe castigar, apenas, não te deixar tristinha assim.

– Como assim?

– Você ainda não entendeu? – ela pergunta.

– Não... O que tem pra eu entender?

– Desde que morri, venho olhando você lá de cima. Acompanhando seus passos, fazendo com que tudo em sua vida fique bem. Você virou uma pessoa mimada, Alice. Desaprendeu a dar valor aos seus amigos. Brigava por besteira... Precisava te mostrar que você necessita dos amigos. E que, deveria aceita-los do jeito que são.

– Então... A culpa disso tudo é sua? – pergunto irritada.

– É meu dever de mãe lhe castigar quando erra – ela responde. – E parece que você aprendeu a lição. A partir do momento em que você aceitou todos os seus amigos, vi que estava pronta para voltar.

Como assim? Mas então, como se ela estivesse obrigando-me a lembrar, as cenas passaram voando.

“No caminho tombei com Diego. Ele me olhou e algo no seu olhar me lembrava muito o Diego antigo. Era o olhar apaixonado. Sorri percebendo que ele finalmente admitiu o que sente pela Roberta.

– Tá rindo do que? – ele perguntou.

– Ah, Diego... Você é meu amigo! Eu só quero te ver feliz... Sério”.

–--

– Como você descobriu? – ela perguntou envergonhada.

– Não se preocupe – falei me levantando – As coisas não mudaram entre a gente. Você pode continuar me odiando o quanto quiser, eu não vou falar o que vi hoje, tudo bem? Só quero que você seja feliz.

–--

– Me... Me desculpa – ele disse pigarreando.

– Tudo bem – sorri.

– É só que...

– Pedro – interrompi as explicações dele. – Tá tudo bem. Eu só quero que você seja feliz.

–--

– E então, só porque eu os aceitei você se viu no direito de estragar minha vida duas vezes?

– Não é bem assim, Alice. Quando te mandei pra lá, já tinha sido combinado que quando você aceitasse os cinco, voltaria. Não tinha nada que eu pudesse fazer.

– Me mande pra lá de volta! – disse.

– Vai abandonar seus amigos por um amor?

– Lá eu fiz amigos, mãe. E o Tomás não é um amor, ele é o amor da minha vida.

– Mesmo que você estivesse disposta a voltar... Eu não poderia, simplesmente, te mandar pra lá de novo! – ela disse.

– Por favor! Só por mais algumas horas?

– Acorda...

– Mãe, por favor! – falo desesperada.

– ACORDA!

Levanto-me da cama em um pulo. Ao meu lado Roberta e Carla estão olhando confusas para mim. Provavelmente foram elas que estavam me acordando. Mas que sonho estranho... Olho pela janela e vejo que já é dia. Em cima da mesa, há um jornal de ontem...

Rebeldes entram em turnê.
Matéria por Isabela Cristina

Cerca de seis meses atrás a cantora adolescente de apenas 17 anos, Alice Albuquerque, que estuda no colégio Elite Way (foto) começou a agir de modo estranho, alegando ser namorada de Diego Maldonado (foto 2), o companheiro de grupo. Porém, seus atos começaram a preocupar amigos e familiares a partir do momento que afirmou não participar de nenhuma banda RebeldeS e que sua mãe não havia morrido.

É verdade que a loira sempre se sentiu carente devido a ausência da mãe e que sempre quis a mãe ao seu lado, porém, nunca havia falado com tanta certeza que a mãe estava viva. Contando todas essas coisas absurdas, ela parou de responder aos estímulos do meio ambiente. Veja a seguir uma pequena parte da entrevista com a psicóloga Beatriz Leu (todos os direitos reservados à revista Capricho, que concedeu a entrevista na edição de Abril desse ano):

CAPRICHO: A Alice voltará um dia a ser como antes?

Beatriz: É provável. Muitos desses surtos geralmente passam. Acontecem por motivos comuns como estresse, por exemplo. Acredito que a quantidade de ensaios excessiva possa ter causado isso nela.

CAPRICHO: Há alguma outra teoria para o motivo disso tudo?

Beatriz: Segundo os colegas de classe, a última vez em que Alice estava normal, viu seu namorado Pedro Costa, também da banda, beijando uma aluna. Depois disso, brigou com todos seus amigos e se trancou no banheiro. Saiu de lá no surto. Acreditamos que tudo isso tenha contribuído também. A briga com o namorado e amigos.

CAPRICHO: Qual processo devemos seguir, para que novamente ela volte?

Beatriz: Se ela continuar tomando os remédios... Nada mais precisa ser feito, apenas esperar.

Os dias se passaram, e misteriosamente Alice voltou a agir normalmente há mais ou menos um mês. Depois de se adaptar novamente à vida e recuperar as notas escolares, ensaiar as musicas e criar novas, amanhã Alice e os colegas de banda pegam um avião para Porto Alegre, onde haverá a abertura da nova turnê dos RebeldeS: Meu Jeito, Seu Jeito. Alguém animado?”.

Tomo um banho, coloco a primeira roupa que vejo no armário e com a ajuda dos meninos, carrego as malas até o carro que nos levará ao aeroporto. Não, nós não estamos de férias. Mas nosso empresário, juntamente à Eva, conseguiu com o Jonas, permissão para que nós passássemos duas semanas em turnê. E aqui vamos nós...

– Vamos ensaiar? – sugere Tomás que está sentado ao meu lado no avião.

– Qual música? – pergunto.

Aprendi a agir naturalmente nesse último mês. Respeitando o namoro dele com a Carla e não parecendo uma adolescente apaixonada ao olhá-lo.

– Falando Sozinho.

– Mas a Carla e a Roberta tão lá trás.

– Vamos só nós dois... – ele fala.

E começamos a cantar, apenas nós dois, eu substituindo a Carla e a Roberta...


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Notas finais do capítulo

Então... Eu sei que o capítulo ficou um lixo! No próximo eu capricho mais, flw?
REVIEWS? ;)