Kane - Os Artefatos Perdidos Do Egito escrita por Black Umbrella


Capítulo 7
Chega de Enrolar, é Hora de Ir


Notas iniciais do capítulo

Oi, meus leitores amados! Algum tempo sem capítulo novo, né? Mas aqui vai um fresquinho, e prometo que tento postar mais um no fim de semana. É que começaram as aulas e tudo está uma loucura.
Bom, não vou mais prendê-los. Boa leitura :)



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Sadie

Malas prontas, tudo arrumado. Não havia dormido muito na noite anterior a viagem... depois da visita de Anúbis. Não dormi muito, pensando em um como dar um jeito naquela bagunça que eu chamava de vida, e tomei uma decisão. Ia tratar Anúbis como um amigo, sem ressentimentos, mas sem intimidade demais. E iria me divertir. Com outras coisas, outras pessoas, outros amores. Já tinha ultrapassado todos os limites com Anúbis. 

Foi com esse pensamento que comecei a fazer as malas. 

Entenda, eu não sou como o resto da família. Organizada, responsável e chata. Na verdade, eu era desorganizada, irresponsável e divertida. Bom, o ruim era que minhas coisas não eram lá muito arrumadas. Tudo bem, não eram nem um pouquinho arrumadas, uma bagunça total. Então, quando abri meu armário para tirar de lá tudo o que precisaria para a viagem, fiquei totalmente perdida. 

Estava lá, olhando, chocada, a bagunça, quando Carter entrou no quarto. 

- Sadie, suas malas já estão... - então, ele viu o armário - Sadie! Que nojo! Meus deuses, que bagunça! Como você pretende arrumar isso? São seis e meia da manhã, papai e mamãe disseram para estarmos lá de sete! 

- Argh, Carter. Você não deveria resmungar tanto, fica ainda mais feio do que já é.

Mas ele não estava me escutando. Estava analisando a bagunça, apanhando roupas que estavam jogadas no chão. 

- Sadie, você poderia pensar em arrumar isso tudo aqui, um dia, sabia? Até embalagem de nachos velhos tem nesse desastre que você chama de quarto...

- Só porque o seu quarto é frufru, cheiroso, limpinho e arrumadinho como o de uma patricinha de dezesseis anos, não quer dizer que o meu tem de ser também.

- ... E ainda tem nachos dentro, cheios de bichos... Eca! Boa sorte para arrumar isso aí. Eu estou descendo, vou esperar lá embaixo com Zia.

E saiu correndo, como se estivesse fugindo. Ok, eu ia ter que terminar tudo sozinha. 

Suspirei e comecei a catar roupas que queria levar. Meu iPod, coturnos, bíquinis (eu não sabia para onde iríamos), dentre outras coisas. Joguei tudo na mala, sem me preocupar em arrumar nada. 

Meia hora depois, estava pronta para ir. Desci, carregando a mala, e encontrei Carter e Zia abraçados no sofá, e Bastet de pernas cruzadas no chão.

- Finalmente, filhotinho! Já estão todos prontos há horas! Vamos? Vou abrir um portal para vocês.

- Hã... eu tive de dar uma arrumada em algumas coisas. Vamos. 

Carter e Zia se levantaram, e arrastaram suas malas até o portal.

- Tchau, meus gatinhos! Estou esperando vocês voltarem!

- Tchau, Bastet. - murmuramos todos, e pulamos

Aparecemos na sala do trono. Havia um homem, de pele cor de café sentado no trono, e uma mulher de carne e osso sentada no ao lado. 

Nós ofegamos.

Não eram Osíris e o fantasma de Ruby Kane.

Eram papai e mamãe.

- Pai? Mãe? São vocês? - eu perguntei hesitantemente. 

Papai abriu um sorriso. 

- Sim, meu amor, somos nós. 

- Pensamos que vocês não iriam querer viajar com uma pessoa azul e um fantasma. - disse mamãe, sorrindo.

- Ah, mãe! - Carter soltou Zia e pulou para abraçá-la. Fiz o mesmo no papai, e por alguns minutos, éramos nós quatro de novo, uma família.

Mas, havia a namorada do meu irmão, e um amigo na sala, então nos separamos e voltamos a parecer civilizados. 

Olhei de soslaio para Anúbis. Ele estava encostado despreocupadamente na parede, lá no fundo.

Parei de prestar atenção, lembrando do que prometera a mim mesma. 

- E aí, pai, essa viagem sai ou não sai? - eu não era lá muito paciente.

Ele riu.

- Claro que sim, querida. Bom, crianças, nós vamos para Toronto, mais especificamente, para um museu. Royal Ontario Museum*. Um colar, que pertenceu a Íris, está exposto lá, e precisamos pegá-lo de volta. Passaremos dois meses viajando. Alguma pergunta? 

- Ah, sim. - eu disse - A que horas pegamos o avião? 

- Meu bem, nós iremos de carro. - disse minha mãe.

- Como assim de carro? - perguntou Zia, parecendo meio assustada.

- Bom, achamos que, para prolongar nossa viajem, poderíamos fazê-la de carro. O que acham? - perguntou papai.

- É muito legal, pai. Adorei a ideia. - disse Carter. [Bom, claro que foi ele. Vê se eu ia concordar assim, de bom humor?]

- Pois eu, não. Isso vai prolongar muito a viajem, mais do que eu gostaria! - eu disse, irritada. Eu estava com medo desse tempo todo circulando num carro com... Ah, eu só não queria passar tanto tempo num carro!

- Uma votação, o que acham? - perguntou minha mãe. Todos concordaram. - De carro, levantem as mãos. 

Papai, mamãe, Carter e Anúbis levantaram a mão. 

- Sinto muito, meu bem. - disse papai. 

- Ai, tudo bem, deixem para lá, eu nunca sou ouvida mesmo...

Todo mundo riu, até Anúbis, que chegou mais perto do nosso grupo. 

- Muito bem, nossas malas já estão no carro, estamos todos prontos... Vamos! - disse minha mãe alegremente. 

Papai abriu um outro portal, e entramos todos. Ao sair, estávamos no centro de Nova York, e um carro grande já estava a nossa espera. Carter começou a falar do carro, mas mandei ele calar a boca. Garotos falando de esportes e carros me enchem a paciência. Só digo que o carro era preto, fato do qual eu gostei.

Papai entrou no banco do motorista, e mamãe ao seu lado. Na segunda parte do carro, Carter e Zia se sentaram e ocuparam o terceiro lugar com bagagem de mão. Sobraram eu, Anúbis e a terceira parte do carro.

Ia ser uma longa viagem.


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Notas finais do capítulo

* O museu em Toronto existe de verdade, quem quiser dar uma conferida: http://pt.wikipedia.org/wiki/Museu_Real_de_Ont%C3%A1rio
Quanto a parte do colar, eu que inventei.
Beijos, e lembrem-se: quanto mais comentários, recomendações e favoritadas, mais rápido vem capítulo novo!
Abraços!



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