Como Domar Uma Pantera Em Sete Dias escrita por ohhoney


Capítulo 1
Primeiro dia


Notas iniciais do capítulo

Oi! Segunda fic hihi *-* Essa eu escrevi enquanto estava relendo Bleach e chegou na parte de Hueco Mundo, então eu meio que pirei. Perdoem os erros gramaticais e corrijam, por favor! Ah, e não deixem de comentar! Beijinhos! :*



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/310548/chapter/1

–Soltem-me seus incompetentes de merda! Tirem suas mãos sujas de mim!

Eles não disseram nada. Não importava o quanto eu me remexesse e xingasse, eles não soltavam meus braços de jeito nenhum.

–Pra onde vocês tão me levando, hein? Respondam, seus inúteis!

–Façam essa maldita calar a boca de uma vez! - alguém berrou do outro corredor. Estiquei meu pescoço para ver, mas vi somente um borrão azul.

Com isso, os arrankares que me levavam apertaram o passo, e finalmente pararam na frente de uma porta branca imensa. Um deles apertou um botão na parede e a porta se abriu. Com uma força descomunal, eles me lançaram para dentro do aposento, e fecharam a porta. Estava escuro, bem escuro e fresco. Um arrepio subiu pela minha espinha, e esperei meus olhos se acostumarem a pouca luz.

Era um cubículo grande. Tinha uma pequena janela no alto com barras, um sofá que mais parecia uma cama e uma pequena mesa no canto. As paredes, o chão, o teto, tudo era perfeitamente branco. Meu estômago roncava e minhas mãos tremiam por causa da conversa com Aizen. Aquele cara era gato, eu admito, mas metia medo. A calma dele era perturbadora. Não sei porque ele me trouxe junto com Inoue. Ela fez as curas dela, eu não faço nada demais.

Arrastei-me até a cama, sentei e abracei meus joelhos. Vi um interruptor na parede logo ao lado, e o apertei. O quarto se iluminou com uma luz fria e branca.

–Cara... Que fome... - falei para mim mesma, apertando meus joelhos contra minha barriga – Esses caras não devem me deixar passando fome. Qual o propósito disso?

Abaixei a cabeça e a apoiei na perna. Estava frio. Era noite, a luz da lua inundava o chão abaixo da janela, o vento fazia meus cabelos sacudirem. Um barulho meio abafado soou, então olhei para a direita, na direção da porta. Era um cara. Um cara enorme. Vestia um colete branco aberto e calças da mesma cor. Seu cabelo era azul claro jogado para cima e os olhos grandes e azuis rondavam o quarto. Encolhi-me um pouco por causa de sua pressão espiritual assustadoramente grande, e foi quando ele me viu.

–Tsc, menina tosca – ele veio na minha direção. Soltei minhas pernas e sentei na cama.

–O que você quer, Arrankar estúpido? - cuspi.

–Cale a boca, idiota. - ele falou, e pôs a mão na testa – Aizen-sama ainda me paga...

–Do que está falando?

–Ele me deixou responsável por você, garota burra.

–E quem diabos é você?

–Tá, tá, meu nome é Grimmjow. Agora pare de perguntas e coma logo seu jantar.

Ele jogou uma bandeja em cima da mesa e virou de costas, me olhando somente pelo canto dos olhos.

–Se precisar de alguma coisa, blá blá blá...

–Não se preocupe, não vou querer companhia de alguém tão idiota – e bufei.

–Escute aqui... - dedos gelados apertaram minhas bochechas em questão de segundos. Meu coração vacilou. Ele estava muito perto.

–Me solta.

–Só não te mato porque você é importante para Aizen-sama, tá ouvindo?

–Me larga, seu estúpido.

–Melhor começar a me tratar direito, garota.

–ME SOLTA! - berrei, e afastei a mão dele do meu rosto com um tapa – E meu nome não é garota, é Yumi.

–Tanto faz. Coma logo essa merda e vá dormir, ninguém aguenta mais você gritando.

Ele se distanciou indo até a porta, e depois a fechou com um ruído. Fiquei sozinha novamente. Ataquei o prato de comida. Estava bom. Satisfeita, deitei em minha cama e olhei para a lua até dormir.

Cara, ele era gato. Muito, muito gato. Aqueles olhos azuis perfuravam até a alma. Pena que era grosseiro. Não há nada mais triste que um cara gato e rude. Mas foda-se. Virei para o lado, fechei os olhos e deixei o sono tomar conta.


–Acorde, incompetente. Ei, tá ouvindo? Acorda aí!

Pulei da cama num susto. Grimmjow estava parado na porta, segurando uma bandeja com uma cara de nojo. Cobri-me com os lençóis, enquanto ele jogava o metal na mesa.

–Aizen-sama mandou um presentinho.

Ele esticou uma mão e mostrou um pedaço de pano branco. Jogou em minha direção.

–Fale para ele que eu recuso presentes de caras que querem matar meus amigos, obrigada.

E joguei o pano de volta para ele. Grimmjow simplesmente olhou o tecido voando, o pegou no ar e arremessou de volta, atingindo meu rosto.

–Ei!

–Tome cuidado com suas palavras, sua merdinha. Eu já disse que só não te mato...

–Cale a boca, já ouvi isso ontem. Você é muito repetitivo, seu bosta.

–Yumi, Yumi... Está pedindo para morrer.

Ele sorriu da forma mais diabólica que alguém poderia sorrir e foi embora.

Meu sangue congelou por causa da maldade naqueles olhos. Pisquei algumas vezes, recuperando o folego. Peguei o pano e o abri. Era um vestido branco. Ótimo, minhas roupas estavam sujas, rasgadas e manchadas de sangue. Era ótimo poder me trocar. Até que Aizen não era tão mau. Ele só queria matar meus amigos e destruir todo o mundo conhecido. Só isso.

Troquei de roupa e comi. Mas eu estava toda suada e suja, precisava de um banho. Será que eles tinham chuveiros por aqui? Tá, mas e agora? Já havia passado um tempo desde que Grimmjow tinha vindo, mas ainda não era hora do almoço e eu estava cada vez com mais nojo de mim. Bem, só me resta uma alternativa.

–Hm... Grimmjow? - chamei, hesitante. Levantei da cama e cheguei perto da porta – Grimmjow? - chamei mais alto, e ouvi uns passos – GRIMMJOW, CARALHO, TO TE CHAMANDO! PARA DE BANCAR O SURDO E VEM AQUI LOGO, SEU FILHO DA MÃE!

–Ahh! - ouvi ele rosnando do outro lado da porta, e socou a parede, fazendo um buraco. A porta se abriu – O que você quer, hein? Ingrata.

–Dá pra parar de ser ignorante e me levar para um banheiro?

Ele me encarou por alguns segundos, então fechou os olhos.

–Tá, tá. Pare de gritar, coisa inútil. Vem, me acompanhe.

Ele virou e saiu andando com as mãos atrás da cabeça. Caramba, ele era muito sexy. Sacudi a cabeça e corri atrás dele. Com o canto dos olhos, vi uma janela. Era a chance de escapar...!

–Nem pense nisso – ele falou, pegando-me de surpresa – Estamos no 27° andar do palácio, acho que se jogar pela janela achando que era a “chance de escapar” não é uma boa ideia – e riu – Garota estúpida.

–Idiota. E eu já disse que meu nome é Yumi. Você é surdo ou o que?

–Cale a boca e ande logo.

Ele me guiou até o banheiro. Lá, entregou-me uma toalha e me empurrou porta adentro. Era grande, tinha uma banheira e vários espelhos. Joguei minha roupa no chão, enchi a banheira e me joguei dentro. Ah, era tão bom. Lavei o cabelo e o corpo, e fiquei mergulhada lá dentro por um tempo. Acho que praticamente dormi.

–To nem aí, to entrando.

Gritei ao ver Grimmjow parado na porta, olhando para mim com aqueles olhos malvados.

–PERVERTIDO! ESTOU NO MEIO DO BANHO, IDIOTA! SAI, SAI!

–Eu chamei quinhentas vezes e ninguém respondeu, então...

–SAI, SAAAAAAAAAAI! PERVERTIDO, SAFADO, FILHO DA MÃE, VOCÊ VAI VER...

–Tá, tá!

Joguei nele o sabonete, que quicou em sua cabeça e parou na mão dele.

–Sua... - ele apertou o sabonete, que esfarelou em seus dedos.

–SAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAIIIIIIIIIIIIIIII!!!!!! - gritei, e comecei a jogar coisas.

Ele pulou para fora rapidamente, e fechou a porta atrás de si. Que cara mais idiota! Como ele ousa! Invadindo o banheiro enquanto eu tomo banho...!

Esvaziei a banheira, enxuguei-me e me troquei. Ele veria só. Ah, se veria.

Abri a porta. Ele estava parado encostado na parede do lado da porta, a máscara cobrindo sua boca. Andei furiosamente até sua frente e desferi um tapa em sua cara. Minha mão ardeu, e o rosto dele ficou meio vermelho.

Grimmjow arregalou os olhos numa fúria assassina. Pegou minha mão num segundo e a apertou, esmagando os ossos.

–QUER MORRER?!

–SAFADO! MALDITO! NÃO POSSO TER UM MÍNIMO DE PRIVACIDADE NESSA PORRA?

–Vai se foder! Eu chamei mil vezes e ninguém respondeu!

–Mentira! Seu sem-vergonha! Como ousa!

Ele ergueu uma mão, mas parou ao ver minha face aterrorizada. Ele fechou os olhos e respirou fundo duas, três vezes.

–Aizen, seu maldito. Vamos logo, sua idiota.

Ele soltou minha mão e nós voltamos para o meu quarto. Sem dar um pio, fechou a porta e enfiou a comida por um buraco recém-aberto na parede. Fiquei xingando o garoto a tarde inteira, enquanto mofava olhando pela janela vendo as nuvens passar. Estava realmente um tédio.

–Ei, Grimmjow! Ô PERVERTIDO, VEM AQUI! GRIMMJOW!

–Que que é, hein? Me deixa em paz!

A porta se abriu. Ele estava parado, secando o cabelo com uma pequena toalha. Perdi o ar de repente. Cara, como alguém podia ser tão... Gato?

–To com tédio.

–Foda-se.

–O que se pode fazer por aqui pra se livrar do tédio?

–Nada – ele jogou, e olhou para o lado, murmurando alguma coisa.

–Quê? Fale mais alto, idiota.

–LIVROS, CARALHO! - ele berrou, e eu pulei de susto.

–Ótimo, então me traga alguns. Rápido!

–Não sou seu mordomo, garota.

–Pare de reclamar, seu imbecil, ou vou começar a gritar – ameacei.

–Tá, tá...

A porta fechou. Minutos depois, ele entrou e jogou alguns livros na minha direção. Fiquei lendo até tarde da noite, e acabei dormindo em cima de um deles.



Observações: No primeiro dia, a pantera será agressiva e desconfiada por um estranho estar invadindo seu território. Mas não se preocupem, com o jeitinho certo e muitos agrados, logo ela cairá nas suas graças. Só tome cuidado extra com as garras afiadas, senão perderá um braço!



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Comentem, senão Grimmjow vai comer a alma de vocês ♥



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Como Domar Uma Pantera Em Sete Dias" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.