Além Da Amizade escrita por Renan
Notas iniciais do capítulo
Essa capítulo se passa um dia depois do fim da Saga de Poseidon.
Caso alguém não saiba ou não se lembre da Eiri, ela é a loira que trabalha no mesmo orfanato que Minu, aparece no 1º filme e nota-se que rola um clima entre ela e o Hyoga.
- Muito bem crianças! Agora começa o segundo tempo! – disse Minu, batendo palmas, indicando que era hora de todos se levantarem e continuarem a jogar. – Preparados ?!
- SIM!!! – gritaram todos ao mesmo tempo.
Minu soprou forte com seu apito. A bola começou a rolar. Em três passes, a bola foi para o pé de Tatsuia, que viu-se cercado por outros dois do outro time. Encurralado, chutou a bola para bem longe, saindo da área do orfanato.
- Poxa, tinha que ser tão pé-frio ?! – ralhou o pequeno Akira, artilheiro do time.
- Nada de brigas, meninos! – disse Minu, pondo-se no meio dos dois e intervindo. – Tatsuia, vá buscar a bola, mas cuidado com os carros hein!
O pequeno foi até para fora do orfanato para buscar a bola, e voltou meio minuto depois, sem a bola.
- Ei gente, o Seiya está vindo!! – alertou, apontando para a direção do portão.
- Seiya ?! – impressionou-se Minu.
Minu e Tatsuia foram correndo lado a lado para perto da entrada, e atrás deles, as outras crianças e Eiri. Seiya vinha andando bem devagar, levando nos ombros a urna de sua armadura e segurando a bola. Parecia cansado.
- Seiyaaaa!!! – gritou Tatsuia, alegre.
- Olá. – disse Seiya, cansado. – Acho que... isso aqui é seu. – deixou a bola cair no chão.
- Seiya, você está bem ?! – perguntou Minu.
- Ah, sim... estou cem por cento. Só acho que estou meio... cansado. – Seiya largou a urna e deixou-se cair no chão.
- SEIYA!!! – gritou Minu, abanando ele com sua mão. – Oh não! Crianças, voltem a brincar! Eu e Eiri vamos levar o Seiya para dentro!
As crianças estavam preocupadas, mas obedeceram. Minu e Eiri levaram Seiya para dentro, com seus braços envolvendo o pescoço de ambas. Entraram no quarto de Minu e deitaram Seiya na cama dela. Em seguida as duas saíram do quarto.
Alguns minutos depois, Seiya abriu os olhos devagar. Teve a impressão de estar ouvindo um ruído alto. Levantou um pouco a cabeça e olhou para a porta do quarto, viu Minu empurrar com força a urna de sua armadura, com dificuldade.
- Minu, não se preocupe, pode deixar em qualquer canto mesmo. – disse ele.
Minu parou de empurrar a urna da armadura quando esta se encontrava a um metro da porta. Passou seu braço por sua testa suada e foi até o lado da cama.
- Seiya, como você aguenta levar isso de um lado pro outro nos ombros ?! – perguntou. Seiya deu um risinho.
- Eu sou um cavaleiro, aguento qualquer coisa. Não precisava ter se incomodado de me trazer aqui, eu mesmo podia ter vindo. E me desculpe por ter vindo aqui, é que era mais perto do que na minha casa e eu precisava mesmo repousar.
- Eu já volto, Seiya. Vou buscar alguma coisa pra você beber.
Ela saiu e voltou dois minutos depois, com um copo de suco de laranja. Estendeu para Seiya.
- Agora beba isso e me conte o que aconteceu.
Seiya tomou um gole e começou a contar os ocorridos. Contou que havia passado por batalhas violentas em Asgard e que precisou lutar contra Kanon (irmão do Saga) e Poseidon (deus do mar). E que o motivo pelo qual chegou em um estado que parecia lastimável é porque haviam sido muitas batalhas. E também porque esperou acordado um dia e quase uma noite toda para receber sua armadura concertada, e precisou andar vários quilômetros a pé para chegar onde estava. Não dormira de noite.
- Seiya, eu fico preocupada com você. – deitou sua cabeça no peito dele. – A Saori obriga você a fazer esse trabalho para ela e é você quem sempre sai machucado. Por favor, Seiya, largue essa vida.
- Não, Minu. Eu não posso. – respondeu, passando a mão nos cabelos azulados dela. – Eu jurei lealdade a Atena. Você precisa entender isso.
Minu levantou a cabeça, apoiou seu queixo na cama, ao lado do travesseiro, seu rosto estava próximo ao do Seiya. Deixou cair duas lágrimas.
- Eu entendo, Seiya. Não vou mentir, eu iria preferir que você largasse essa vida, mas... se é isso o que você quer, eu me conformo.
- Não chore, por favor. – disse Seiya, limpando as lágrimas dela com seus dedos. Sentou-se na beira da cama, Minu se afastou um pouco, de joelhos. – Eu juro que, de hoje em diante, eu não vou mais fazer você chorar de tristeza por minha causa. Só se for de felicidade.
- Seiya... – Minu o abraçou na altura da cintura, Seiya voltou a passar a mão em seus cabelos. – Pode ficar aqui por quanto tempo você quiser. Eu vou cuidar de você.
Minu levantou a cabeça e olhou para Seiya, ele fez o mesmo, ambos estavam sorrindo.
- Seiya, você acha que já está melhor ?
- Sim, claro. Eu só precisava repousar um pouquinho. – cheirou suas axilas. – Ih, mas acho melhor eu tomar um banho.
- Posso passar na sua casa e trazer uma roupa limpa pra você.
***
Minu entrou no quarto, trazendo uma camiseta vermelha e uma calça dobradas, bateu na porta do banheiro.
- Seiya, as suas roupas já estão aqui!
Seiya abriu um pouquinho da porta e com a mão pegou a camiseta e a calça, fechando a porta logo em seguida. Apesar de não ter visto o corpo de Seiya, Minu se sentiu um pouco envergonhada. Seiya saiu logo em seguida.
- Ah, obrigado Minu. Não sei o que faria sem você.
Seiya subitamente pegou nas mãos de Minu e mais uma vez eles ficaram se olhando. Só que naquele momento, Eiri entrou no quarto.
- Ah, me desculpem, estou interrompendo algo ?! – perguntou, envergonhada.
- Não, tudo bem. – disse Seiya, recolhendo suas mãos.
- Ahn... eu só ia avisar que é hora do almoço.
- Ah, muito obrigada. –disse Minu, Eiri saiu do quarto. – Seiya, venha almoçar conosco. As crianças te admiram muito, e eu gosto muito de ficar perto de você.
- Ah, se for assim eu aceito.
***
- Ah, mas você não precisa se preocupar tanto comigo, Minu. – disse Seiya, entrando em um quarto vago do orfanato, haviam acabado de almoçar.
- Mas é melhor assim, Seiya. Mesmo você sendo um cavaleiro, é bom repousar de vez em quando. – disse ela, entrando em seguida.
Seiya deu uma olhada rápida no quarto inteiro.
- É um quarto bonito. Mas eu não vou mesmo incomodar ? – perguntou, se sentando na cama.
- Não Seiya, pelo contrário!
Seiya se deitou e Minu o cobriu com o cobertor.
- Tudo bem, mas vai ser só uma soneca rápida, tá bom ?
- Eu já disse Seiya, pode ficar o quanto quiser! – Mino se ajoelhou ao lado da cama e passou a mão pelo cabelo do cavaleiro, que havia acabado de fechar os olhos.
- Obrigado, Minu. – sussurrou.
- Não se preocupe, Seiya. Eu vou cuidar de você. – deitou sua cabeça ao lado da dele, na beirada do travesseiro. – Para sempre.
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