Além Da Amizade escrita por Renan


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Essa capítulo se passa um dia depois do fim da Saga de Poseidon.
Caso alguém não saiba ou não se lembre da Eiri, ela é a loira que trabalha no mesmo orfanato que Minu, aparece no 1º filme e nota-se que rola um clima entre ela e o Hyoga.



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- Muito bem crianças! Agora começa o segundo tempo! – disse Minu, batendo palmas, indicando que era hora de todos se levantarem e continuarem a jogar. – Preparados ?!

- SIM!!! – gritaram todos ao mesmo tempo.

Minu soprou forte com seu apito. A bola começou a rolar. Em três passes, a bola foi para o pé de Tatsuia, que viu-se cercado por outros dois do outro time. Encurralado, chutou a bola para bem longe, saindo da área do orfanato.

- Poxa, tinha que ser tão pé-frio ?! – ralhou o pequeno Akira, artilheiro do time.

- Nada de brigas, meninos! – disse Minu, pondo-se no meio dos dois e intervindo. – Tatsuia, vá buscar a bola, mas cuidado com os carros hein! 

O pequeno foi até para fora do orfanato para buscar a bola, e voltou meio minuto depois, sem a bola.

- Ei gente, o Seiya está vindo!! – alertou, apontando para a direção do portão.

- Seiya ?! – impressionou-se Minu.

Minu e Tatsuia foram correndo lado a lado para perto da entrada, e atrás deles, as outras crianças e Eiri. Seiya vinha andando bem devagar, levando nos ombros a urna de sua armadura e segurando a bola. Parecia cansado.

- Seiyaaaa!!! – gritou Tatsuia, alegre.

- Olá. – disse Seiya, cansado. – Acho que... isso aqui é seu. – deixou a bola cair no chão.

- Seiya, você está bem ?! – perguntou Minu.

- Ah, sim... estou cem por cento. Só acho que estou meio... cansado. – Seiya largou a urna e deixou-se cair no chão.

- SEIYA!!! – gritou Minu, abanando ele com sua mão. – Oh não! Crianças, voltem a brincar! Eu e Eiri vamos levar o Seiya para dentro!

As crianças estavam preocupadas, mas obedeceram. Minu e Eiri levaram Seiya para dentro, com seus braços envolvendo o pescoço de ambas.  Entraram no quarto de Minu e deitaram Seiya na cama dela. Em seguida as duas saíram do quarto.

Alguns minutos depois, Seiya abriu os olhos devagar. Teve a impressão de estar ouvindo um ruído alto. Levantou um pouco a cabeça e olhou para a porta do quarto, viu Minu empurrar com força a urna de sua armadura, com dificuldade.

- Minu, não se preocupe, pode deixar em qualquer canto mesmo. – disse ele.

Minu parou de empurrar a urna da armadura quando esta se encontrava a um metro da porta. Passou seu braço por sua testa suada e foi até o lado da cama.

- Seiya, como você aguenta levar isso de um lado pro outro nos ombros ?! – perguntou. Seiya deu um risinho.

- Eu sou um cavaleiro, aguento qualquer coisa. Não precisava ter se incomodado de me trazer aqui, eu mesmo podia ter vindo. E me desculpe por ter vindo aqui, é que era mais perto do que na minha casa e eu precisava mesmo repousar.

- Eu já volto, Seiya. Vou buscar alguma coisa pra você beber.

Ela saiu e voltou dois minutos depois, com um copo de suco de laranja. Estendeu para Seiya.

- Agora beba isso e me conte o que aconteceu.

Seiya tomou um gole e começou a contar os ocorridos. Contou que havia passado por batalhas violentas em Asgard e que precisou lutar contra Kanon (irmão do Saga) e Poseidon (deus do mar). E que o motivo pelo qual chegou em um estado que parecia lastimável é porque haviam sido muitas batalhas. E também porque esperou acordado um dia e quase uma noite toda para receber sua armadura concertada, e precisou andar vários quilômetros a pé para chegar onde estava. Não dormira de noite.

- Seiya, eu fico preocupada com você. – deitou sua cabeça no peito dele. – A Saori obriga você a fazer esse trabalho para ela e é você quem sempre sai machucado. Por favor, Seiya, largue essa vida.

- Não, Minu. Eu não posso. – respondeu, passando a mão nos cabelos azulados dela. – Eu jurei lealdade a Atena. Você precisa entender isso.

Minu levantou a cabeça, apoiou seu queixo na cama, ao lado do travesseiro, seu rosto estava próximo ao do Seiya. Deixou cair duas lágrimas.

- Eu entendo, Seiya. Não vou mentir, eu iria preferir que você largasse essa vida, mas... se é isso o que você quer, eu me conformo.

- Não chore, por favor. – disse Seiya, limpando as lágrimas dela com seus dedos. Sentou-se na beira da cama, Minu se afastou um pouco, de joelhos. – Eu juro que, de hoje em diante, eu não vou mais fazer você chorar de tristeza por minha causa. Só se for de felicidade.

- Seiya... – Minu o abraçou na altura da cintura, Seiya voltou a passar a mão em seus cabelos. – Pode ficar aqui por quanto tempo você quiser.  Eu vou cuidar de você.

Minu levantou a cabeça e olhou para Seiya, ele fez o mesmo, ambos estavam sorrindo.

- Seiya, você acha que já está melhor ?

- Sim, claro. Eu só precisava repousar um pouquinho. – cheirou suas axilas. – Ih, mas acho melhor eu tomar um banho.

- Posso passar na sua casa e trazer uma roupa limpa pra você.

***

Minu entrou no quarto, trazendo uma camiseta vermelha e uma calça dobradas, bateu na porta do banheiro.

- Seiya, as suas roupas já estão aqui!

Seiya abriu um pouquinho da porta e com a mão pegou a camiseta e a calça, fechando a porta logo em seguida. Apesar de não ter visto o corpo de Seiya, Minu se sentiu um pouco envergonhada. Seiya saiu logo em seguida.

- Ah, obrigado Minu. Não sei o que faria sem você.

Seiya subitamente pegou nas mãos de Minu e mais uma vez eles ficaram se olhando. Só que naquele momento, Eiri entrou no quarto.

- Ah, me desculpem, estou interrompendo algo ?! – perguntou, envergonhada.

- Não, tudo bem. – disse Seiya, recolhendo suas mãos.

- Ahn... eu só ia avisar que é hora do almoço.

- Ah, muito obrigada. –disse Minu, Eiri saiu do quarto. – Seiya, venha almoçar conosco. As crianças te admiram muito, e eu gosto muito de ficar perto de você.

- Ah, se for assim eu aceito.

***

- Ah, mas você não precisa se preocupar tanto comigo, Minu. – disse Seiya, entrando em um quarto vago do orfanato, haviam acabado de almoçar.

- Mas é melhor assim, Seiya. Mesmo você sendo um cavaleiro, é bom repousar de vez em quando. – disse ela, entrando em seguida.

Seiya deu uma olhada rápida no quarto inteiro.

- É um quarto bonito. Mas eu não vou mesmo incomodar ? – perguntou, se sentando na cama.

- Não Seiya, pelo contrário!

Seiya se deitou e Minu o cobriu com o cobertor.

- Tudo bem, mas vai ser só uma soneca rápida, tá bom ?

- Eu já disse Seiya, pode ficar o quanto quiser! – Mino se ajoelhou ao lado da cama e passou a mão pelo cabelo do cavaleiro, que havia acabado de fechar os olhos.

- Obrigado, Minu. – sussurrou.

- Não se preocupe, Seiya. Eu vou cuidar de você. – deitou sua cabeça ao lado da dele, na beirada do travesseiro. – Para sempre. 


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